Dentro da Força Policial da Folha existiam diversos tipos de trabalho que variavam desde uma investigação minuciosa que demandava tempo e exigia em demasia dos intelectos dos mais inteligentes da corporação, até deveres muito mais simplórios como a simples tarefa da qual incumbiram o jovem Saito naquela manhã, felizmente, tranquila. Um sargento o acompanhou a passos vagarosos pelo Quartel General. Os corredores eram bem limpos e tinham um cheiro característico que remetia muito a um hospital comum. Seus tantos corredores quase sempre vazios, o que poderia passar a desavisados a impressão de que ali não havia ninguém, o que certamente era um erro.

— Você precisa checar os arquivos da sessão B em busca de algum caso foi colocado aqui sem antes ser completamente solucionado — Dizia o seu superior, deixando-o na sala onde os documentos ficavam.

Saito retirou as caixas das prateleiras e as colocou sobre uma mesa, tirando um por vez os fichários abarrotados de casos solucionados que faziam até mesmo os olhos negros do rapaz se arregalarem. Assassinatos macabros de crianças em prol de alguma divindade pelos próprios pais, membros de uma seita, eram o tipo de situação que feriam o coração do garoto. Aquele tipo de ocorrência sem escrúpulos se repetia algumas mais vezes entre os variados tipos de crime, mas ao contrário do que se esperava, ali não havia qualquer caso não solucionado e erroneamente arquivado. Com o fim da vistoria, retirou-se para a copa onde faria em fim sua primeira refeição.