The Beggar Tokubetsu Jounin

Após retornar da viagem até as montanhas com o velho Jin que me ensinou uma habilidade sem igual, pude passar finalmente um tempo com Lyzzie que também estava ansiosa por me ver. Fazia tanto tempo que não nos víamos e não fazíamos nada que acabamos empolgando durante a noite toda em um romântico e selvagem compartilhar de caricias e afagos.

O sol ia raiando quando finalmente eu esgotava minhas forças com aquela mulher tão calorosa. Me jogava na cama de qualquer jeito após tanto tempo segurando os finalmente, e respirava fundo olhando pro teto ao lado da médica.

— Berconzinho... Você tem que passar mais tempo fora novamente.

Olhei estranho pra ela naquele instante, mas logo entendi o porquê.

— Haha, mas nem tão cedo. Por hora... Quero aproveitar cada nuance do seu corpo.

Me ergui ficando sobre ela novamente, dando um beijo apaixonado.

Enquanto nos beijávamos, um barulho de vidro soava no quarto. Interrompi o toque e olhei para a janela. Havia um pássaro lá.

— Só faltava essa. Desculpe Lyzzie, me de um instante.

Me levantei e fui até a janela, erguendo-a. Havia um pergaminho com uma missão que parecia bem simples.

— É querida, o dever me chama. Preciso encontrar um er... Paisagista e fazer sua guarda.

Nome: As arte em pauta
Recompensa:
Descrição: Um famoso paisagista esta querendo fazer um quadro de um animal perigoso e requisitou a ajuda dos ninjas para conseguir tal feito.

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Ela me olhou um pouquinho dengosa, e comentou.

— Precisa sair agora?

— Não. — Respondi. — Ainda da tempo de mais uma. — Me virei esboçando uma faceta bem safada.

Lyzzie retribuiu o olhar se colocando sentava esperando por mim que não demorei em ir ao encontro dela e matar mais uma vez a saudade.

Os minutos iam se passando, e após umas quatro dezenas delas se completando, eis que eu terminava o que tinha que terminar

— Você retornou mais vigoroso que eu imaginava.

— Algo me diz que tem a ver com a nova habilidade que aprendi na última missão antes de sequer puder ver você.

— Entendi, devo agradecer então esse senhor. Valeu a pena a espera. Enfim, é melhor você ir logo, ou vai acabar se atrasando.

— Não se preocupe, querida. Ainda há tempo. Sou me movo bem rápido e conheço perfeitamente a vila.

— Tudo bem. Volte logo, então. Isso aqui ainda não acabou. Durante a noite vamos continuar.

— Eita... Alguém aqui não vai ter duas noites de sono.

— É... Se prepare! — Finalizou ela se cobrindo com a coberta.

Me aproximei me abaixando, dei um beijo de despedida e fui me arrumar tomando um banho antes e me vestindo após isso. Uma vez pronto, fui ao encontro do contratante.

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Seguindo rápido dentro da vila nos telhados das casas e estabelecimentos comerciais, regojizava-me pela noitada boa que tive após muito tempo.

— Eita que aquela máquina não me deu sossego hahaah.

Alguns instantes depois cheguei no centro da vila onde o sujeito havia marcado. Por ali tinha um sujeito excêntrico com uma bolsa de couro e um objeto quadrado grande que era quase maior que ele próprio, além de um suporte feito de madeira. Parecia ser meu cliente. Me aproximei por trás do mesmo, fazendo a abordagem inicial.

— Bom dia...

— Ainnn... — Saltava para trás com o susto repentino. — Quase me mata do coração, homem. Como ousa fazer isso com uma dama purpurinada como eu?

— Er... Purpurinada?

— É!

— Entendo. Bom, desculpe-me em todo caso. O senhor é o... — Olhei no papel. — Mr. Purpurin?

— Exatamente.

— Prazer, sou Bercontz.

— Encantada...

— Certo. Aqui diz que você quer ir na zona selvagem. Precisamos ir até os arredores. Conheço um local perfeito, embora seja de difícil acesso. Melhor irmos nos adiantando, levaremos algum tempo. Ainda mais com tantas coisas que está carregando. É por aqui... — Me virei seguindo para o portão.

— Hey, hey hey, espere. Não vai me ajudar com isso?

Pausei a caminhada e me virei.

— Fui contratado pra fazer sua segurança. Se queria um burro de carga, deveria ter chamado mais uma pessoa. — Respondi, retomando minha caminhada.

— Grosso. — Disse o rapaz indignado, mas recolhendo seus pertences e vindo logo atrás.

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Depois de muito caminhar, chegamos na parte da mata onde o cliente teve muita dificuldade em se locomover por ali com tantas coisas carregando. Eu mantive meu modus operanti, afinal minha tarefa era garantir a integridade física do artista, e ficar carregando tralhas poderia me fazer perder tempo preciso e até estragar se houvesse algum problema.

Finalmente encontramos um local adequado aonde o guiei para ele retratar em pintura um animal belo que encontramos.

— Ficarei vigiando, pode começar seu trabalho.

— Fufufu, tudo bem. Irei aproveitar que aquele belo animal está dormindo.

O homem começou sua pintura, e eu dei algumas voltar por perto para manter o perímetro seguro. Assim que voltei, o homem mantinha se atento no que fazia. Entretanto, um barulho de um arbustos nos chamou atenção.

— AAAAin, olhe!!! Chifres brancos. O que é aquilooo???

Olhei aquilo com seriedade, mas ao notar algo, me aproximei sem receios. Adentrei no mato e sumi da vista.

— Geente, socorre. Ele me abandonou.

— Shiii, vai acaba acordando a fera. — Falei saindo com um belo coelho branco em meus braços. — Vê, é só um inocente pequenino.

— Uff...

Todavia, a besta selvagem tinha ouvido o artista. Eu corri em um piscar de olhos a sua frente e permaneci ali parado olhando nos olhos da fera sem piscar. A criatura não avançava, tampouco eu. Na selva ao enfrentar animais do tipo, quem desviasse o olhar, perderia. Mantive imóvel e com olhar fixo. A criatura também. Contudo, embora fosse maior e até mais forte fisicamente, ela recuou o olhar pro lado, e acabou se retirando.

— In-incrível!! — Disse o cliente admirado com o que tinha testemunhado. — Acho que meu fascínio acabou de mudar.

O sujeito amava criaturas selvagens por sua força e imponência por nunca ter visto um humano mostrar do que é capaz. Naquele dia acabei mudando o conceito do sujeito.

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