Pandora, tomada pela entidade Fênix, tinha deixado Iwa há algum tempo e já se aproximava da cidade de Olsen, onde encontraria algo relacionado aos antigos Sacerdotes da Igreja do Fogo Eterno, a qual a jovem de cabelos negros como a noite chegou a seguir. Com sua genialidade, já tinha plena consciência da necessidade de reunir informações antes de caçar os inimigos e destruí-los.

Passados os eventos da caverna do homem morto e da confirmação do segundo pacto de sangue da kunoichi, depois da chuva cessar, Pandora seguiu seu caminho até a cidade de Olsen, a grande e pitoresca capital daquela nação estrangeira, onde se localizava o templo principal da Igreja.

No seu turno, dentro do templo, a kunoichi encontrava apenas pergaminhos gerais com informações inúteis sobre planos de ação, já executados, nos países menores, de acordo com o que Kaginimaru tinha contado a ela de ter sido relatado pelo estranho homem de capa que bancava o herói.

Pergaminhos lacrados em uma sala secreta, no entanto, pareciam elevar a expectativa dela por maior proveito. No entanto, precisaria descobrir uma forma de acessá-los e isso, mesmo que aquela entidade não gostasse, apenas aconteceria em Iwa, depois de muita pesquisa. Questões de Estado como aquela poderiam demandar mais tempo do que Pandora tinha ali.

Depois de recolher o material dos pergaminhos, a garota deixava o templo. Tinha todo o caminho de volta a fazer, mas não seguiria toda a viagem sozinha, principalmente, por portar documentos ultra secretos da Igreja do Fogo Eterno, inclusive com possíveis informações sobre habilidades de seus integrantes ainda vivos.

Para facilitar o caminho, ela invocava a serpente macho mais amável da Caverna Ryüchi: Aoda. As características dóceis daquela cobra roxa seriam úteis para Pandora e o transporte sobre a cabeça dele garantia mais velocidade e mais segurança para a kunoichi durante todo o traçado das Fontes Termais até a Vila da Pedra.

Já na vila, levava os pergaminhos obtidos para seu laboratório e os deixava lá, escondidos, para trabalhar sobre eles quando tivesse tempo. A exaustão, todavia, era grande demais naquele momento, mais do que tinha costume.



Já de volta à Vila da Pedra, Pandora se mantinha em seu trabalho no hospital principal, à medida que seu aniversário se aproximava e ela tomava conhecimento a respeito do estado gravídico. Como médica, ela tinha plena consciência sobre o que precisava fazer e o que precisava evitar para o melhor desenvolvimento da criança.

No entanto, os constantes enjoos matinais realmente a irritavam profundamente, haja vista que seu parceiro não tinha que passar por nenhuma dificuldade. E não era nenhum pouco honroso ser a responsável por gerar uma vida, como todos pareciam querer fazer parecer.

Dias e dias se passando e a kunoichi já não era responsável pela realização de missões, por ordem direta do Tsuchikage, o que a fazia se sentir um pouco improdutiva. Embora não parecesse, ela até gostava do período de folga para se dedicar ao aprimoramento de seus conhecimentos médicos e científicos através de estudos no hospital e no laboratório.

Com a mudança da estação, chegou a data de aniversário da morena. Embora ela não estivesse a fim de comemorar a passagem de mais aquela primavera, no entanto, Kaginimaru fez questão de organizar um verdadeiro evento local em Iwa. Ela optou por não questioná-lo quanto a escolha de um grande evento.  

Trajando um longo vestido negro, chegou até o ambiente em que a festa acontecia, um pouco atrasada. Mesmo com toda atenção voltada para ela, especialmente, vinda de Kaginimaru, Felícia e Damian.

(In)Felizmente, ela não podia beber em razão do início da gravidez, período fundamental para o desenvolvimento do feto em seu ventre. Embora não acreditasse com fosse possível, tudo correu bem na festa, sem qualquer incidente estranho ou de ódio contra pessoas de clã, o que poderia demonstrar que as ações do novo Tsuchikage estavam surtindo efeito e que agouro dos tempos do urubu Yamanaka tinha cessado.

A verdadeira união do povo de Iwa estava cada vez mais próxima e a morena tinha certeza que sua opção por Kaginimaru como líder estava certa. Ao final da noite de comemoração, Pandora já tinha ciência que outro grande evento estava se aproximando, este mais importante que seu aniversário.

Com alguns meses de preparativos, o grande momento chegou. Outro evento grandioso, este mais íntimo que o aniversário da morena, especialmente, pela torrente de sentimentos aflorados causados pela gravidez. Ela se recusava a abrir o casamento para muitas pessoas e se mostrar frágil, mesmo sabendo que seu noivo tinha interesse na participação de todos os seus conterrâneos.

Toda a apoteose do casamento dos principais ninjas da Vila da Pedra era reafirmada a cada entrada e posicionamento das figuras que compunham o evento. A principal delas, da noiva acompanhada por seu avô, era grandiosa para a jovem que jamais imaginaria a sensação de caminhar até o altar para encontrar seu parceiro de vida, algo realmente indescritível em palavras.

Por não ser muito boa com as demonstrações de seus sentimentos, a morena viu por bem escrever seus votos para lê-los no momento dedicado a eles na cerimônia e assim faria, com a ajuda de sua madrinha e sensei, Felícia. Ligeiramente trêmula, pegava o papel das mãos da mais velha e olhava nos olhos do parceiro e noivo, antes de começar a ler.

— Kaginimaru… Quis que estes votos fossem perfeitos, mas a perfeição é uma coisa difícil de alcançar. No dia que a gente se conheceu na academia e você tão desastradamente caiu em cima de mim, eu não entendi muito bem o quão Rao estava sendo generoso e me dando o melhor presente da minha vida, mesmo ele não sendo perfeito. Você também não foi perfeito ao não demonstrar interesse pelas aulas de ninjutsu e de questões que não se relacionavam com Taijutsu. Você não foi perfeito nas missões que realizamos em conjunto quando nos tornamos gennins. Você não foi perfeito em todas as vezes que tentou me mostrar que ser ninja é mais do que um trabalho… Você não foi perfeito em sempre me proteger e em proteger todos que você ama. Você não foi perfeito quando me proibiu de realizar missões e me meter em conflitos durante os últimos e os próximos meses… Por tudo isso que me ensinou, eu desisti de buscar ser perfeita com estes votos e aceitei que eu só preciso ser eu mesma para retribuir todo o amor que você me destina desde aquele dia na academia. Prometo que sempre protegerei você, assim como sempre me protegeu… Você é o meu melhor amigo e meu verdadeiro amor… —

Agora casados, poderiam seguir com suas vidas e seus planos, políticos ou de vida, agora unidos por laços ainda mais firmes e intensos.



Os dias iam passando lentamente com ela evoluindo na gravidez. Já no segundo semestre, as cólicas, o sono, os enjoos e o cansaço começaram a diminuir nesta fase, entretanto, a dor nas costas e a dificuldade de dormir iam no sentido contrário.

Não conseguia dormir direito e poder ver Kaginimaru ao seu lado dormindo como uma pedra a irritava bastante. Eram as únicas horas que ela tinha vontade de matá-lo derretendo membro a membro, até chegar no rosto. Poderia simplificar e sufocá-lo durante o sono, mas suas emoções estavam bastante confusas.

Sem matar o marido, Pandora seguia com seus treinamentos para manter ao máximo a forma física em dia para não ter muito mais trabalho no pós-parto. As visitas a ela também aumentaram um pouco mais, embora ela se limitasse a ir ao Hospital para trabalhar, não mais em plantões noturnos.

Apesar de todas as coisas que pioraram desde antes de engravidar, a morena começou a sentir o bebê mexer em sua barriga, algo mágico para ela. Mesmo entendendo o ponto de vista científico daqueles eventos, a emoção de estar acontecendo com ela era incrível. Durante as noites acordadas, ficava acariciando a própria barriga em silêncio.

Algumas (poucas) vezes, ela se dirigia até o gabinete do Tsuchikage para ver como as coisas estavam no local e analisar questões de diplomacia e comércio da Vila. Naquele período do ano, Kaginimaru tinha contratado uma nova assistente: Kirche, para a doce surpresa da Heinstein.

Mesmo com a frieza intrínseca, era impossível esconder o descontentamento que ficava impresso no rosto da kunoichi ao ver o marido trabalhando com aquela mulher de cabelos cor de fogo. Ela não tinha qualquer interesse em esconder sua opinião sobre tudo aquilo e até mesmo que o líder da vila não tivesse nenhum ponto de inteligência ou de atenção, poderia identificar aquilo e teria que lidar com esse ponto específico.



Avançando na gravidez, Pandora sentia o desconforto físico aumentar ao máximo no último trimestre. O aumento do peso e tamanho do bebê, gerava o grande desconforto e aumentava ainda mais a dificuldade de dormir, embora ela tenha aberto mão de deixar o marido dormir enquanto ela ficava acordada.

Ninguém mais na casa dormiriam enquanto ela ficasse acordada. Outros pontos negativos eram facilmente percebidos por ela. Dá-se maior destaque à dificuldade de respirar e de comer. Era evidente: o bebê ocupava o mesmo espaço que os órgãos da mãe.

Não havia mais nada de positivo a ser descoberto, cabendo apenas aguardar a data do nascimento. Ela fazia questão de não ir mais até o hospital ou ao gabinete do Tsuchikage para trabalhar com o objetivo de poupar energias para o grande dia.

Em uma noite de outono, Pandora começou a sentir bastante dor e chamou Kaginimaru para levá-la para o hospital, pois era o momento de seguir em frente com o ápice da gravidez. Foram horas de trabalho de parto para conseguir dar a luz à uma menina. Finalmente estava tudo concluído e a criança tinha nascido: Yennefer.



Pandora já estava retornando a sua rotina de trabalhos militares da Vila da Pedra, depois de alguns meses do nascimento da filha dela com Kaginimaru. Em determinado momento, recebeu um chamado diretamente relacionado com seu chakra, similar àquele que recebeu antes de dominar Manda e de ser convocada pela Hakuja Sennin para o treinamento do modo especial.

Não era nenhuma novidade aquela sensação trazida por aquela invocação reversa era bastante simples. Pandora foi enviada para a Caverna Ryüchi para se encontrar mais uma vez com a grande serpente sábia. Novas orientações vindas da imensa serpente branca eram necessárias para que a morena pudesse alcançar novos patamares em sua habilidade com a energia natural.

Sob as orientações diretas da grande Sennin, a jovem kunoichi da Pedra entendeu que o principal mecanismo para evolução do controle sobre a energia natural necessária para acessar técnicas do Senjutsu. Era bastante similar aos treinamentos impostos por Felícia Hardy desde que a morena se formou na academia para melhorar sua capacidade de controlar o próprio chakra e se tornar uma especialista em ninjutsu médico.

A Heinstein se lembrava bem do ataque sofrido pela Sennin para ter acesso à energia natural da primeira vez. Era provável que o chakra venenoso ainda corresse nas veias da garota e isso poderia lhe ser útil no desenvolvimento do controle sobre a energia capaz de levar ao Modo Sennin, criado pela Hakuja.

Em posição de lótus, Pandora entraria em estado de unidade com a natureza, algo que seria bem mais fácil no espaço físico em que se encontrava. Com os olhos fechados e limpando sua mente, iniciando o processo de absorção do chakra natural. Por já ser algo até comum, especialmente depois dos eventos ocorridos na antiga Vila da Nuvem, a kunoichi não tinha qualquer dificuldade em trazer para si a energia à sua volta. No entanto, era preciso ir além e aumentar o fluxo de absorção.

O problema residia exatamente neste ponto: como aumentar a absorção sem perder o controle sobre o potente chakra da natureza. Graças à maestria em controle de chakra e sua genialidade destacada, a morena conseguia conceber diversas maneiras de manter a sobriedade e a serenidade para domar de forma completa aquela evolução de sua habilidade suplementar.

Porém, naquele treinamento, muito além dos outros, a pressa seria inimiga da perfeição e a paciência deveria ser a principal virtude da fria ninja da Pedra. Aumentando paulatinamente a absorção, quase ponto a ponto, ela podia sentir em seu interior as mudanças mais drásticas daquele estágio de Senjutsu. ”Então é assim que funciona as habilidades de Hakuja-sama?!... Eu não pensei que a técnica Sennin pudesse ter tamanha energia. Eu consigo sentir até meus músculos enrijecendo com a força da energia da natureza em minha corrente de chakra…”

De fato, a garota de cabelos negros estava certa. Em contrapartida, ela perdia o controle sobre a energia de forma direta e abria os olhos, focando sua visão na cobra gigante à sua frente. Respirando fundo, voltava a se concentrar no ambiente e em sua energia para voltar à absorção. Desta vez, mais preparada e conhecedora das mudanças que a evolução lhe causariam, buscava evitar quaisquer surpresas.

Novamente alcançando o perfeito estado de harmonia com a natureza, algo ínsito de seus talentos como a experiente ninja que já era, embora ainda bastante jovem. Concentrada em controlar ao máximo o chakra da natureza que absorvia mais rápido, começava a sentir os mesmo efeitos de enrijecimento muscular, que aumentava ainda mais desta vez, quando escutou a voz da Sennin lhe ordenando cuidado.

Pandora tinha consciência que aquele treinamento era ainda mais complexo que sua afinidade natural em controlar a energia da natureza que lhe possibilitava ativar o Modo Sennin ensinado pela grande fera branca presente no mesmo recinto que ela. Todavia, não esperava que fosse tão complexo a ponto de ela não dominar de imediato, mesmo com suas habilidades de mestre em diversas áreas ninjas, com suas reservas absurdas e sua genialidade.

A pedido da serpente, fazia uma pausa para descansar, enquanto conversava com a velha réptil para trocar experiências quanto à energia natural. Algo que a morena costumava fazer com sua sensei, Felícia. A sensação de nostalgia ativava algumas memórias em sua mente com as preciosas dicas sobre controle de chakra, a maior especialidade da mestre de cabelos brancos.

Encerrando aquele dia, a garota dormiria ali mesmo na Caverna Ryüchi, algo que lhe mostraria como era difícil se manter longe de Iwa agora com a filha. Restava a ela acreditar que aquele treinamento seria positivo para proteger a bebê deixada com o pai na vila. Sua preocupação primordial era com o tempo necessário para realmente evoluir suas habilidades com o Senjutsu.

Renovadas suas energias, depois da longa noite na Caverna, Pandora iniciava bem cedo seu treinamento, diante de Hakuja. A questão principal a ser resolvida por ela era a forma de controlar ainda mais energia da natureza simultaneamente que realizava a ativação do Modo Sennin.

”Vamos lá, Pandora. Isso é fácil para você. Concentre-se no controle do maldito chakra da natureza e una ele ao seu…” Ela tinha razão de pensar assim, pois já dominava o Senjutsu há algum tempo e já tinha utilizado aquela habilidade diversas vezes em combates contra inimigos.

Treinamentos frequentes e intensos para alcançar o chamado Senjutsu Perfeito foram realizados durante todo o dia, com Pandora utilizando sua elevada inteligência para avançar a cada nova tentativa de ampliar o controle sobre o chakra natural que absorvia, juntando diversas outras dicas dadas pela cobra branca.

Finalmente, depois de muita prática, ela conseguia dominar a técnica de forma completa, aplicando seus conhecimentos em controle de chakra, o que lhe facilitaria infinitamente a evolução para a forma perfeita de sua habilidade individual. Podia sentir o quão mais forte estava e mesmo ler os chakras das serpentes presentes na caverna, algo realmente útil em combate.

Outro ponto positivo era o fato de sua aparência não ser mais tão deformada quanto antes, algo que não reclamaria, de forma alguma, para a sábia das cobras da Caverna Ryüchi. Concluída aquela fase, era chegada a hora de retornar para Iwa, seu marido e sua filha.

Status:

Considerações:

Especificidades de luta da personagem:

Bolsa de Armas:

Jutsus Utilizados:

Jutsus Preparados:

Habilidades: