RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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- Eu não sei nem como começar... – A noite densa marcava presença no cenário da Vila Oculta da Folha como um plano de fundo para a rotina quieta e silenciosa, típica do horário. Era possível escutar a comunicação dos pequeninos grilos perdidos nas ruas, alguns gatos que teimavam em contemplar o luar oculto em nuvens e talvez umas quatro ou cinco pessoas gesticulando em um conversa mais distante. – Esses últimos seis meses não têm sido nada fáceis... –

---

A viagem de volta não foi calma para ninguém. O elefante branco no barco impedia que qualquer tipo de comunicação ou dinâmica com meus companheiros de equipe se prolongasse por mais do que algumas palavras. Tentei sim emitir algumas palavras que nos remetesse a tempos mais fáceis, mas não consegui. Não era o meu melhor momento, devo te confessar. E era sua culpa. Digo... “Culpa” no sentido de motivo, lógico que você não teve “cuuuulpa” em morrer para salvar a vida de meus dois companheiros de time, mas velho... Isso impactou demais aquele momento de retorno... Eu não conseguia dizer nada, sabe?! Nunca fui muito do tipo líder motivador, acho que quando falo eu só externalizo minha animação e talvez... Beeeem talvez... Isso acabe contagiando algumas pessoas. Mas como que eu poderia ajudar se não existia animação por dentro? Minhas palavras soavam vazias, meu sorriso era amarelado e mesmo aliviado pelos dois estarem bem, eu não sabia como ajuda-los. Mas enfim, acho que você já entendeu onde eu queria chegar... A volta foi uma merda... A culpa foi sua... Mas ninguém te julga por isso...

A chegada... Putz... A chegada... Eles já sabiam, obviamente. Os Shinobis de Konoha já nos aguardavam no porto e eu imaginei aquela porra de uma forma tão diferente. Iria te agradecer ali, naquele momento, saca? A gente voltando para Konoha, Time 1 como Tokubetsus, história sendo feita. Eu ia puxar seu saco um pouco pra ser reconhecido e quem sabe tu se lembrar de meu nome quando passasse na rua e me visse... Purran, seria foda... As Cocotinhas iriam ficar pra onda, eu ia lascar todo mundo... Mas não. De novo. Você tinha que morrer. Você tinha que ser a porra do Mártir e fuder todo o meu planejamento. É engraçado demais isso, velho... A realidade é uma puta filha da puta que chega, dá um tapa na sua cara, cospe nos seus planos e sai dando risada. Em que mundo eu ia imaginar que o picudo do Hokage morreria naquele dia e eu, eu, estaria como um dos únicos sobreviventes? Foda-se o planejamento do pai. Aí o que me restou? Horas e mais horas de interrogatório. Conversas, detalhes. “Porra, eu já falei o que aconteceu...” – Não sei quantas vezes repeti essa frase nos três dias que sucederam a nossa chegada e eu sei que era o trabalho deles, mas isso não mudava o fato de ser chato para caralho ter que ficar revivendo aquele dia por tanto tempo.

E eu não sei se você já sabe... Deve saber... Aconteceu o massacre no hospital. Vidas perdidas, dor e sofrimento no nosso símbolo de recuperação. Teve também um negócio de sequestro de duas crianças mas sobre esse assunto eu tô meio por fora... É Shanks, pois é... A gente precisava de você aqui. Isso tudo seria mais fácil. Eu não precisaria estar parado na noite do lado de fora da sua janela, me prendendo na parede e conversando com uma sala vazia, eu poderia estar trocando essa ideia presencialmente. Com você. Como eu deveria ter feito a muito tempo, desde que cheguei aqui. Caralho... Eu não sei o que fazer... O mundo mudou muito rápido...

Falando em mudanças, vou ser papai. Pois é. Papai. A história é interessante para caralho, você vai curtir e acho que vai quebrar um pouco esse tom depressivo de nossa conversa. Bom, o negócio é o seguinte. Manja a Senhorita Shinobu, aquela coroa covardia? Você não deve conhecer. Enfim... A mulher é uma quarentona que parece ser rata de academia. Sabe as coroas que não gostam de envelhecer e seguem dieta e treino a risca para manter o shape e bater de frente com as novinhas? Então, é ela. A conheci numa das minhas primeiras missões pela vila, desculpe por isso a propósito, e a gente tem mantido uma relação aberta desde então, ela é casada afinal. Só que o que aconteceu? Eu fiquei carente nesses últimos meses, minhas visitas que costumavam ser semanais ou mensais viraram quase diárias e ela engravidou. O marido dela não “compareceu”, se é que você me entende, na época que rolou a fecundação e então o filho só pode ser meu. Pois é... Olha as situações que eu me coloco... Só que obviamente ela não quer largar o marido e vai dar um jeito de dizer que é dele, mentir as semanas, sei lá. Aí é com ela. Vou ter que visitar meu filho escondido, para ele vou ser o Titio Gen e eu nem sei ainda o que achar disso ainda. É meu filho, sabe? É o prosseguimento da minha linhagem e eu espero, do fundo do meu coração, que ele não puxe o sangue da família da avó. A propósito, quando eu digo “ele”, é modo de falar, ainda não sabemos o sexo. “Elx” fica uma pronúncia estranha, meu vocabulário é meio antigo mesmo então acabo puxando tudo pro masculino. Se você for um feministo, espero que não se incomode com esses detalhes.

Roteiro de novela né?! Pois é. Ainda bem que meu cabelo rosa é tingido, porque se fosse natural e ele nascesse dessa cor não ia ter nem como mentir mais pro maridão da Senhorita Shinobu. Enfim Shanks, como eu disse antes, esses seis meses estão difíceis e estão sendo um aprendizado absurdo para mim. Minha vida como Tokubetsu se iniciou de uma maneira que reflete bastante o cenário do mundo que vivemos. Uma missão de assassinato, ou extermínio, de um grupo de 15 pessoas. Eles estavam controlando as rotas comerciais do país do fogo e planejando uma expansão ao país do vento, aparentemente. Tinham poder e influência suficiente com diversos políticos da região, então prendê-los deixou de ser uma opção. Eu o fiz, Shanks. Agi friamente e me controlei, como um Shinobi de verdade. Enfrentei meus impulsos e finalizei a missão com perfeição. Matei um a um. Em nome de Konoha, em nome da nossa vila. E preciso confessar que isso não me abalou em nada. O sentimento de culpa que veio depois não foi pelo assassinato, mas foi por eu justamente não sentir nada. Eu encarava os corpos deles e só pensava no quanto eles poderiam ter algum tipo de influência na sua morte ou no massacre do hospital, mesmo que mínima, mesmo que indiretamente. Pensava em como eles poderiam ser um risco para o meu filho no futuro, em como a influência deles poderia crescer e trazer acesso a outras Vilas para o nosso país. Matá-los me trouxe alívio, isso é foda de reconhecer.

A guerra está batendo na porta e o propósito de paz do evento de seis meses atrás falhou miseravelmente, devo confessar. Todos aqueles Shinobis de bandeiras diferentes que se uniram podem a qualquer momento tirar a vida um do outro em nome de sua vila. Seria Jaina capaz disso? Não sei. Mas poderia eu hesitar e esperar ela tomar a decisão? E se eu estiver errado sobre a motivação da Uchiha? E se no final, Jaina vestisse tanto a bandana da Vila da Pedra a ponto de fazer qualquer coisa em nome de sua vila? É um pensamento que me atormenta... Não podemos mais arriscar outra perda como a sua, outra chacina no hospital... A vida de meu filho...

Amanhã pela manha eu estarei aqui, na sua sala. Com quem eu vou conversar eu não sei, mas oferecerei meus serviços à vila como ANBU. Se for escolhido, serei uma das armas ocultas de Konoha. Eu vou limpar o solo das causas de sofrimento dos nossos. Treze, Squall, Amiyo, a Senhorita Shinobu, meu filho...  Eles estão sob as minhas asas, sob a minha proteção. Arcarei com toda a carga necessária para isso e eu espero que você esteja daí de cima aprovando os meus passos. Aprovando as minhas decisões... E... Desculpe-me pelo papo longo a propósito. Desculpe-me por não ter sido forte o suficiente para te trazer de volta para casa com vida. Desculpe-me por nunca ter agradecido em presença por você ter me recebido como um Konohense. Desculpe-me por tudo.

---

Do lado de fora do gabinete do Hokage, o reflexo do rosto de Gen se projetava no vidro da grande janela. Suas palavras eram sussurradas e sua cabeça se mantinha baixa. Como um pecador num confessionário. Falava para a sala escura, para a cadeira vazia, para a caneta imóvel e quando finalizou, olhou para os céus. Respirou fundo, sentindo o ar preenchendo seus pulmões e trazendo uma sensação de alívio. Saltou em direção aos telhados das casas da vilas e pôs-se a se deslocar pelas ruas silenciosas. O dia seguinte lhe aguardava naquele gabinete mas até lá, respiraria os ares da vila, da sua morada.


HP: 280/280
Chakra: 280/280
St: 0/5
Sanidade: 170/170


Considerações:
Jutsus utilizados:
Bolsa de Armas:
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Tengu
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