I'm the bad guy

duh

A arte é algo bastante relativo, um conceito importante e precioso para algumas pessoas, mas para outras a arte é algo inútil, sem importância, considerado por muitos ‘’coisa de vagabundo’’. Artistas existem pelo mundo todo, muitos se escondem com o receio da represália, outros se descobrem de um dia para o outro, como uma sede de se revelar e se descobrir no meio. Em uma das vizinhanças próximas, um homem havia descoberto sua veia artística no violino, mas por mais lindo que sua música soasse em seus ouvidos, a realidade no exterior era incomoda e desproporcional a sua visão. Por tantas denúncias de distúrbio da paz, uma missão foi gerada pelo quartel para investigar a real situação, e para a minha sorte, as missões mais delicadas que necessitavam lidar com pessoas vinham na minha mão. Ainda era de manhã, quando recebi e já precisei me preparar para sair de casa, trajando meu quimono avermelhado com certa preguiça, imaginando as situações que iria passar para tentar convencer um dos lados. Sai de casa e caminhei até passar pela vizinhança. Em poucos minutos o som desafinado do violino já estava escapando pela janela de uma das casas e nem precisei procurar muito para encontrar. Mas o começo não seria ali, por mais difícil que fosse suportar aquele ruído. Parei em uma das casas da vizinha, batendo em sua porta. O olhar das pessoas que me atendiam era de sono, tirados da cama pela manhã com aquele barulho. — O-o que você quer garoto? — O dono da casa parecia incomodado até com a minha presença.

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Era nítido o incomodo das pessoas perante aquela situação. — Bom dia... eu vim por causa das denúncias de distúrbio. Meu nome é Benimaru. — Entravamos dentro da casa assim que eu me apresentei, vendo um olhar mais aliviado no rosto daquele homem. Em sua casa, muitas pessoas compartilhavam aquele mesmo semblante triste, sonambulo. O barulho do violino era mais baixo dentro da casa, mas claramente ainda era alto o suficiente para tirar o sono das pessoas. Sentamos no chão da sala, e todos me observavam como se o problema fosse ser resolvido de uma hora para a outra. — Você precisa roubar aquele violino, quebrar, dar um sumiço com aquilo hoje mesmo! A gente não aguenta mais o barulho desse cara. Todo dia de manhã ele vem e acorda a vizinhança com essa merda de violino... eu preciso trabalhar logo e chego cansado todos os dias! Por favor, você precisa dar um jeito nisso, ou toda a vizinhança vai fazer algo sozinha... — O tom de voz daquele homem era uma mistura de desespero, raiva, indignação, não parecia estar mentindo sobre tudo o que fariam se não fosse resolvido. — Pode deixar, eu vou conversar com ele. Vou dar um jeito do barulho diminuir, talvez ele treinar em outro horário, ou procurar um professor... um lugar para praticar. Podem ficar tranquilo que eu vou resolver. — Me levantei um pouco sem jeito e o dono da casa foi me guiando para a saída, apontando novamente onde o violinista morava. Não que fosse necessário, já que o som do instrumento era suficiente para me guiar.

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Bastou cruzar a rua para chegar no outro prédio, onde o som agudo do violino desafinado estava tocando. Algumas batidas na porta com as costas da minha mão, alguns minutos esperando e balas açucaradas comidas, mas fui atendido quando o som do instrumento parou. Ao abrir a porta, me deparei com uma figura que confirmava todos os estereótipos de um artista enlouquecido. Cabelo bagunçado, barba por fazer, roupas extravagantes que pareciam sair das peças de teatro. Aquele homem claramente não estava em suas perfeitas condições mentais, mas eu não poderia deixar isso explicito de uma hora para a outra. — Bom dia... er... meu nome é Benimaru, podemos conversar um pouco sobre essa música maravilhosa que está tocando? Estava de passagem e amei o que ouvi, acho que tem potencial para conhecer os segredos da Musica da Floresta. — Minha persuasão nunca foi das melhores, mas a condição daquele homem era favorável para deixa-lo curioso sobre o assunto. Pude ver o interesse em seus olhos, me dando passagem para dentro de sua casa. Tudo ali era relacionado a música, mas suas partituras tinham escritas estranhas. Sentamos em uma espécie de sofá antigo. — Musica da Floresta.... como é isso? — A curiosidade do musico estava desperta, me olhando fixamente. — Você não conhece a história? Existe um lago dentro da floresta, esse lago aguarda a chegada de um grande musico para receber sua dadiva e ser digno da Musica da Floresta, uma canção tão bela que vai fazer a pessoa se tornar o maior musico do mundo, reconhecido, famoso, invejado, todos vão querer aprender com ele. Mas é um trabalho árduo, o musico precisa dedicar toda sua prática para a floresta, longe de todos que possam interferir. — Pude ver nos olhos do artista que seu interesse estava na minha história. Ele se levantou com pressa, agarrando um mapa dos arredores de Konoha. Apontei para uma região qualquer. — Mas precisa tomar cuidado, a Floresta pode te testar de muitas maneiras para saber se você é digno... — Avisei, afinal andar pela floresta poderia ser um perigo. — Oh... meu jovem! Muito obrigado! Amanhã mesmo irei me dedicar! Eu tenho certeza que a Floresta te enviou aqui! Ninguém além de mim pode ser digno! Vamos vamos, me deixe descansar, amanhã é um marco para a história da música! — Praticamente expulso dali, mas ao menos a missão estava completa e ambos os lados poderiam continuar felizes.

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