|野郎






— Como tem lidado com as missões?

— Nada mal, pra ser sincero. Não é nada perigoso, mas tem me ensinado sobre como é ser um ninja — A memória de minha última missão ainda cortava o coração — Dois dias atrás, meu serviço era oferecer um dia de experiência shinobi pra uma garota chamada Iz. Ela tinha cânc…

— Desculpe, eu não tenho tempo. Só vim entregar-lhe isso — O Aburame me cortou. Ele podia ser um pouco bruto, mas era meu único aliado dentro do clã. Havia pedido para que eu o encontrasse no campo de treinamento e só agora entendi o porquê. Em suas mãos, um pergaminho contendo informações de uma técnica secreta apenas para aqueles com o sangue da família. Apesar de bastardo, ele reconhecia em mim algo bom e sempre me ajudou desde a minha chegada — É uma técnica extremamente útil em batalhas e missões. Se você conseguir aprendê-la, sei que poderei trazer outros pergaminhos pra você. Por hora, treine.

Eu o agradeci, então seu corpo desapareceu frente aos meus olhos em uma nuvem de insetos. No pergaminho em minhas mãos, o nome em negrito indicava: Mushi Bunshin no Jutsu. Um clone feito de insetos? Isso era genial.

Sentei-me com calma na grama do treinamento e acalmei meu espírito. Apesar de ainda muito inexperiente na utilização de técnicas ninja, por algum motivo, eu me sentia confiante. No teste Genin, lembro-me da astúcia do garoto que dividiu comigo a batalha. Ele era rápido e gostava de chutar e dar socos, mas eu não me sentia assim. Gostava de usar o meu chakra através de habilidades que me permitiam lutar à distância, focando em ninjutsu. O Clone de Insetos seria perfeito.

Seguindo completamente as instruções descritas no pergaminho executei os selos, tecendo-os em movimentos rápidos e concentrando chakra nos kikaichuu que se expeliram do meu corpo como se sempre estivessem prontos para isso. Era uma técnica de rank B que exigia bastante domínio sobre as artes do controle de chakra, não um simples Henge que eu aprendi na academia.

Em minha frente, numa tentativa canhestra de se assimilarem a mim, um monstro sem face que zumbia e se arrastava numa nuvem de insetos se movimentava. Os besouros no interior do corpo não foram capazes de alterar sua cor e os membros expostos em cor de betume era assustador.

— Nada bom — Disse, movimentando minha mão e desfazendo a técnica, enquanto o monstro se desmontava em outras mil partes menores, voando e zumbindo por aí — Vamos tentar mais uma vez, garotos. É como Nobu me disse: Juntos seremos invencíveis.

Fechei o semblante e executei os respectivos selos. Dessa vez, senti o chakra com mais fluidez e os besouros se mesclando com mais firmeza, formando uma estrutura melhor consolidada em minha frente. Era como se eu colocasse um pedaço da minha consciência em outro corpo pra trabalhar em conjunto com a operante.  

— Mushi Bunshin no Jutsu! — Exclamei, e os insetos perfeitamente se assemelhavam a mim, desde o nariz de palhaço, os cabelos azuis e as vestes listradas. Aquilo era incrível.

— Cacete, de alguma forma, sou eu também — Disse, olhando para o meu corpo feito de insetos enquanto o original me olhava com a cara assustada. Tudo aquilo era paradoxal, mas com certeza eu teria tempo para entender ainda mais aquela técnica e então treiná-la para ser cada vez mais perspicaz ao utilizá-la.

De repente, sentei-me. Parece que o uso respectivo da técnica havia esgotado minhas forças. De qualquer forma, eu não poderia estar mais empolgado. Confessa: Você também ficaria se conseguisse fazer isso. Agora eu me pergunto, quando é que eu vou aprender alguma técnica que machuca?

Considerações:

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