RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Simon M. Stilinski
Iwagakure Chunin
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Títulos : Sem título
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Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Introdução
Eu me lembro da primeira noite em que meu pai me ensinou aquela brincadeira... O quarto estava iluminado com a lua e com os relâmpagos que eram frequentes em Kumo. A chuva caía em pingos tão fortes que era possível ouvir a sua queda contra o vidro de forma assustadora. Meu irmão dormia na cama do outro lado do quarto, mas eu não conseguia pegar no sono, afinal, sempre fui medroso e ansioso, era uma dádiva da neurodivergência que eu ainda não sabia que tinha.

Agarrava meu ursinho com todas as forças pois na época ainda tinha 8 anos, enquanto olhava para a janela, tendo a certeza de que ninguém iria passar por ela. Deveria ser por volta das nove da noite, pois esse era o horário que meu pai, um homem superprotetor, vinha nos ver no quarto, apenas pra checar se esta tudo bem. Eu já havia o visto ali no quarto algumas vezes, quando eu estava mais ansioso e não conseguia dormir e ele sempre me acalmava.

[...]

Acordado de novo, Simon? — Ele falou, tentando manter um tom positivo sobre o que falava. — Você podia ter me chamado, eu leria um livro pra você. — Eu me ajeitei conforme ele ameaçava sentar-se do meu lado na cama, permitindo que ele se acomodasse e cobrisse suas pernas enquanto me acariciava.

Não quis incomodar, o maninho já está dormindo a um bom tempo. — Eu estava acompanhando conforme ele roncava e rolava na cama nas posições mais estranhas e humanamente impossíveis, antes dele se tornar o robô que é hoje. — Ele tem estado bastante cansado ultimamente, pensando apenas na academia.

É normal, mas isso não significa que você não possa dormir. — Ele subitamente pulou da cama animado. — Vêm! Vou te ensinar uma coisa que meu pai me ensinou quando eu tinha a sua idade. — Ele estendeu a mão para mim, e eu a peguei conforme chutava as cobertas para os pés da cama.

Vamos pra onde exatamente? Esta tarde, a mamãe não vai gostar se a gente sair de casa agora. — Disse conforme ele me guiava. Não para fora de casa, mas para o meu guarda-roupas.

Não precisamos sair de casa para sair de casa. — Ele foi um tanto enigmático. — Mas ela vai entender quando eu explicar que foi para o seu bem. — Ele abriu a porta, revelando apenas as minhas roupas e de Yukio, mas empurrou os cabides para as laterais, dando espaço o suficiente para que, encolhidos, coubéssemos nós dois.

O que exatamente vamos fazer aqui? — Sobre as ordens dele, puxei uma das portas enquanto ele fechava a outra, deixando-nos no escuro.

Quando você estiver com medo, ou sozinho, tudo que você precisa é de um lugar quieto e escuro, onde você ache que ninguém pode te machucar, tipo esse guarda roupas. — Ele tateou até achar minha perna e acariciar, como se dissesse “estou aqui com você” mas sem palavras. — Agora feche seus olhos, vou viajar com você.

[...]

“Imagine um campo aberto, tipo aquele que passamos as férias no ano passado...”

Me lembrei imediatamente que não havíamos passado as férias em lugar nenhum no ano anterior, sempre foi muito perigoso andar fora da vila sem os devidos preparos, e ninguém da família era um ninja muito experiente, apenas aspirantes. Mas naquele ano nós havíamos lido um livro completo e em pouco tempo, um livro que nosso pai era obcecado, chamado de a casa no penhasco.

O local era exatamente como o nome dizia, um casebre que ficava em um penhasco, rodeado apenas pela visão das rochas e montanhas que compunham o relevo e a grama baixa que ficava no chão. A casa por si só não era nada especial por fora, era acinzentada e simples, pelo menos até adentrarmos nela.

A parte da frente da casa, havia uma escada e uma porta de madeira, assim como um banquinho ao lado da porta, na lateral esquerda e atrás era onde ficava a vista do penhasco e, na lateral direita, era possível ver uma pequena horta cheia de vegetais plantados a mão. O telhado parecia estar se destruindo, muito provavelmente devido aos anos e exposição ao clima.

“Agora imagine-se adentrando a casa e vendo todos aqueles móveis e contos de natal...”

Ele havia me dado tempo o suficiente para imaginar tal lugar, e agora eu me via abrindo a porta e imediatamente tendo meus olhos cegados pela luz dourada e ofuscante que vinham das pratarias, onde era servido o chá da tarde, da tintura das paredes e piso, e da fogueira acesa na sala que crepitava.

Minha mãe decorava suas famosas casinhas de biscoito de gengibre que ela vendia na padaria, mas que dessa vez era inteiramente para nós. Meu pai estava brincando conosco e garantindo que não iriamos derrubar chá em nós mesmos e nos queimarmos. Meu irmão, assim como eu, brincávamos com os brinquedos que havíamos ganhamos de natal, no entanto, havia mais uma garota ali, uma garota que eu nunca havia visto.

Seus cabelos eram negros como a noite trajava uma roupa de bolinhas rosa. Não me dava nenhuma sensação de desconforto tê-la ali, muito pelo contrário, parecia que ela era a peça que estava faltando em nossa família. Irvin, que era outro aspirante a ninja como eu e meu irmão, se juntava ali com a família dele, que trazia alegria e mais comida para o almoço que aconteceria em breve.

“Não se esqueça do seu animalzinho e dos seus amigos, é para ser o lugar perfeito para você.”

Imediatamente um pequeno dragãozinho de cores metálicas aparecia voando, sentava-se em meu ombro e enrolava sua calda em meu pescoço e soltava uma pequena chama para o ar, como se ele ainda não tivesse aprendido a cuspir fogo e estivesse apenas tossindo as chamas. Todos estavam felizes e se levantavam para se sentar na mesa, onde a comida era farta, cheia de coisas que apenas os meus pais conseguiam produziu e nos dar para que pudéssemos comer.

Minha visão então começou a falhar com aquele pensamento, a chuva já não me incomodava mais, nem os relâmpagos ou trovões. E eu só fui notar que havia tudo passado quando acordei na manhã seguinte coberto e em minha cama, papai havia me colocado para dormir na cama depois que eu adormeci dentro do armário.


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Simon M. Stilinski
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Simon M. Stilinski
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O Trauma
Depois daquela noite em que meu pai me ensinou a ir para um lugar feliz, eu nunca mais parei de o fazer, até o dia em que eu e meu irmão nos formamos na academia ninja e começamos a fazer nossas primeiras missões de reconhecimentos. Eu nunca disse isso para ninguém, sempre inventei o motivo para o qual eu tinha decidido dar um tempo de minha vida ninja, apenas me lembro o motivo de voltar agora...

Uma das minhas primeiras missões foi investigar uma vila em escombros, algo havia acontecido ali, mas não é importante para esse momento, eu só sei que sabia exatamente o que tinha passado por ali: O espírito do Lobo e da Ovelha, eu havia sonhado com isso e a cidade era exatamente a mesma, mas não tinha como eu falar para alguém que fantasmas haviam acabado com uma vila inteira, já era difícil para mim convencer as pessoas e que o “exotérico” é real.

Casas caída ao meio, pedras soterravam algumas pessoas e as arvores terminavam de extinguir suas chamas com a chuva que estava caindo forçosamente por outro grupo de ninjas que nos ajudavam. Minha missão ali era encontrar pistas do que haviam acontecido ali ou sobreviventes daquele massacre, mas tudo que eu encontrava eram corpos mutilados e rasgados ou corpos com um furo milimétrico na mesma área da cabeça, como se fosse para dar uma morte rápida e indolor. Eu não entendia de anatomia, mas pelo rosto das pessoas com furos na cabeça, elas não haviam sentido medo, estavam em paz com aquelas mortes.

O que seria forte o bastante para penetrar a cabeça dessa forma se não as flechas da ovelha? Ou dilacerar corpos tão violentamente se não as garras do lobo? De qualquer forma, não havia o que encontrar ali. Quase todas as casas haviam sido revistadas e nada havia sido encontrado, até que em uma das que eu entrei, um grunhido cansado e quase sem forças surgiu. Imediatamente fui até a origem do som, onde uma moça, beirando os seus 20 anos, estava com metade do seu corpo esmagado e com suas tripas e sangue para fora, não havia o que fazer ali.

Vai ficar tudo bem. — Sussurrei. Me aproximei e me ajoelhei, pegando em sua mão com ambas as minhas. Meus olhos já se enchiam de lágrimas e a ansiedade me atacava, não sabia se eu dava o golpe de misericórdia ou se eu simplesmente esperava que sua vida fosse embora.

A... O... ve... lha... — Ela me disse, quase como se escolhesse isso, mas já era tarde para qualquer coisa, ela apagou logo em seguida, deixando para trás apenas seu semblante de dor.

[...]

A noite em casa, tudo estava normal, meu irmão não parecia se importar com nada. Minha mãe e pai não sabiam o que havíamos passado e eu... continuei sem pegar no sono. Nesse ponto, meu pai já não vinha mais no nosso quarto, já não éramos tão crianças assim e éramos ninjas, sabíamos nos virar. Sem meu pai para me consolar, a única coisa que eu podia fazer era tentar ir para o meu lugar feliz.

Me levantei da cama e fui até o guarda-roupa, me tranquei e tentei imaginar novamente a casa do penhasco. A imersão foi rápida, em poucos segundos eu já me imaginava lá, ou pelo menos era o que eu achava até entrar de fato na casa. Eu havia aparecido no mesmo lugar da última caçada, onde as pessoas que estavam mortas se reunião para cultuar os espíritos do Lobo e da Ovelha.

Os espíritos assistiam aquilo, com suas formas etéreas e com uma imagem tremula. O lobo negro rosnava para os fiéis, impondo medo e controle sobre ele, enquanto a ovelha, um ser meio humanoide, guiava-os para algum lugar. Ambos os espíritos portavam máscaras de cor inversa. Aqueles que saiam do caminho que a ovelha guiava, o logo imediatamente consumia com fúria, sem sangue pois não era nada corpóreo.

Ali em cima! — Um homem apontou para mim. — É o corpo da ovelha! Podemos matar ela e sair daqui! — Um motim se formava e o caminho totalmente linear dava lugar ao caos de pessoas me perseguindo.

Assustado, comecei a andar para trás conforme via o lobo consumir aos poucos sua presa e a ovelha dar flechadas capazes de fazê-los desaparecer instantaneamente. Outros rebeldes conseguiam vir até mim, me fazendo virar de costas e correr, até minhas pernas começarem a falhar, e foi nesse momento que eu caí no chão e não vi ninguém me seguindo mais, provavelmente pereceram pela caçada em que trouxeram para si mesmo.

Ao piscar novamente, eu havia incorporado a ovelha. Estava pacífico no mesmo lugar que ela ficou durante o motim, portando seu arco e com a mesma pelagem branca. O lobo ainda massacrava os, agora, infiéis. Eu não tinha outra escolha se não seguir com a caçada ou o lobo ficaria em desvantagem. Aproveitando que alguns homens subiam o morro em que o meu eu anterior estava, puxei o arco pela primeira vez, liberando uma saraivada de flechas na área e acabando com as almas de todo daquela área.

Por outro lado, uma garota vinha até mim, a ovelha. Ela estava triste, desamparada na verdade. Seus cabelos eram negros assim como seus olhos, ela lacrimejava e andava com muita calma balbuciando algumas palavras para mim.

Você não me salvou. Por quê? — Ela perguntou e, só então, a reconheci como sendo a mesma garota que eu havia visto no lugar. Eu estava em choque, minhas mãos tremiam e meu evento traumático havia até mesmo afetado o meu lugar feliz.

Você teve sua escolha. — Falei, sem intenção e sem nenhum controle, meu corpo agia por conta própria agora. Estendi o arco e mirei na garota, desferindo uma flecha contra seu peito, fazendo-a implodir em luz.

[...]

Imediatamente acordei, estava em minha cama, alguma coisa me trouxe para ela. Mas depois de tudo que eu havia sonhado e passado, minha única certeza era de que estava na hora de desistir da vida ninja e nunca mais ir para o meu lugar feliz, alguma coisa estava errada na casa do penhasco. Mas por ser apenas uma criança, essas memórias traumáticas são suprimidas. Eu acabei esquecendo disso até o momento em que voltei para aquela casa, dessa vez não apenas em mente, mas em corpo também.

Considerações:
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Simon M. Stilinski
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Dantes
Raikage
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Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
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Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
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Títulos : Sem título
Aprovado
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Simon M. Stilinski
Iwagakure Chunin
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
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O Primeiro Sonho
As cicatrizes de guerra daquela maldita casa começaram a surgir na noite seguinte ao ocorrido. Com as luzes apagadas do grande salão comunitário das pessoas da vila que ficaram desabrigadas durante o incidente que devastou a vila, meu corpo começava a soar frio. O rosto pingava no chão, a gola da minha roupa, já estava encharcada. Meu corpo tremia e eu me debatia conforme o sonho ia acontecendo.

Dentro de minha mente, eu estava para, deitado no chão em um local nunca antes visto. Era uma floresta com arvores protuberantes que cresciam em montanhas já conhecidas. Pela minha inteligência aquilo só poderia ser uma Kumo do passado. A terra parecia intocada e nenhum sinal da vila existia ali, simplesmente animais e plantas.

Eu não era eu, eu não estava lá, mas sim uma versão de mim estava, uma versão rústica que evoluiria com o tempo, quem estava ali era a própria ovelha, a primeira ovelha. A bondade encarnada que havia se cansado de fugir. Ela amamentava os filhotes como uma boa mãe, enquanto eles brincavam uns com os outros, enquanto eles se machucavam e se afagavam na pelagem da mãe, enquanto eles dormiam a sua volta, mas suas pernas não respondiam mais, tudo que ela podia fazer ali era ver...

Ela via também uma flecha após outra atravessarem seus filhotes com fúria. Ela via a pelagem branca de seus filhos serem manchadas com seu próprio sangue. Ela via homens do passado pegarem seus filhos pela pata, alguns ainda vivos, e colocarem em suas costas, os bebês pigavam de sangue ainda, alguns até escorriam, mas ela não podia fazer nada, ela tentava se levantar mas estava fraca demais para isso.

Vamos, essa daí não serve de alimento. — Disse um dos homens, trajado com pele de outros animais.

Mas a pele dela, pode esquentar. — Disse o outro.

O sangue dela está podre já, essa ai morrerá em pouco tempo. — Disse o primeiro. — Vamos achar outros. — Encerrou conforme eles saíam dali.

A ovelha se enfureceu, eles queriam acabar com mais crianças inocentes ainda. Ela não podia aceitar aquilo, ela estava obstinada a acabar com qualquer humano existente. As pernas ainda tremulas tentavam dia e noite se levantar, sentindo a dor física e emocional do que estava acontecendo. Até que uma criança se aproximou naquela noite. Ela parecia sorrir com aquela visão e não esboçou nenhuma outra expressão enquanto pegava uma pedra no chão e batia contra a cabeça da ovelha.

Na primeira, ela sentiu e sua visão enturveceu, na segunda, pingos de sangue voaram na cara da criança, o filhote dos humanos, e na terceira, seus olhos se fecharam para sempre. Ela havia sido levada para fora de seu corpo, e tal como ela, eu também. Eu podia ver o corpo do ser estirado no chão, conforme o tempo passada, conforme a luz atingia seu corpo e conforme a noite recaía de volta. Até que finalmente algo mudou no cenário.

A criança passava novamente ali, dias depois do ocorrido, ainda sorrindo. E dessa vez pegava um graveto, ela realmente iria mexer no corpo do animal que já estava em decomposição. A criança se aproximou e se inclinou para frente, não parecia se importar com o odor que o corpo morto exalava, mas eu me importava. Não com o odor, mas com o que a criança estava para fazer.

Conforme ela cutucava, nada acontecia, mas bastou um vento, uma brisa causada pelo toque da ovelha desencarnada, por um toque meu, por um toque nossa. Carregado com o ódio e com a angústia. Que a criança perfurou a pele do animal, e não contente com isso, tentou rasgar ainda mais a carne, tentou ver o que tinha dentro.

E sem explicação alguma sobre como ou por que, ou até mesmo onde ele havia acertado, uma pequena nuvem de gás saiu de dentro do animal. Eu só podia ouvir e narrar, não interagir. A nuvem voou contra o rosto do garoto que não teve reflexos o suficiente para desviar, e corroeu a face da criança, não muito, mas o suficiente para que cegasse um dos olhos e deixasse uma grande cicatriz em seu rosto.

[...]

Anos depois, a carcaça mal podia ser vista de tão enterrada. Um homem se aproximou daquele lugar, seu rosto estava com uma grande cicatriz e ele trazia consigo uma madeira, trazia consigo uma faca também. Ele talhou a madeira com uma palavra: Kindred. E amarrou a placa na arvore. Após isso, ele se ajoelhou e falou algumas palavras que eu não compreendia, como se fosse outra língua. Arrastou um pouco mais de terra e cobriu o que restava da carcaça da ovelha.

Quando o homem se levantou para sair, eu fui guiado até suas costas, a ovelha me guiava, mas dessa vez não para matá-lo. Com um impulso, havia adentrado aquele corpo, não como um guia ou como alguém que estava estivesse no controle, naquele ponto eu ainda era um telespectador que estava seguindo outra vida. Eu era a ovelha, eu era o Simon, e agora também era o homem que outrora matou a ovelha. Eu era os três e ao mesmo tempo nenhum, eu era uma força, um sentimento, eu era todos os kindreds que já existiram.

Acordei ofegante, acordei com medo, felizmente ninguém estava ali, pelo menos não físico. Eu ainda sentia um dor na cabeça, como se eu tivesse realmente apanhado ali, mas poderia ser apenas o sonho extremamente realista, ou o chão duro que eu dormia. Mas o chão não respondia uma coisa: Meu peito doía em um ponto específico, como se fosse perfurado, perfurado por uma flecha. Eu não sabia ainda como o outro garoto havia morrido, mas eu poderia adivinhar que tinha sido por uma flecha. A flecha misericordiosa da ovelha, mas apenas para criar um novo ciclo.

Já estava de manhã, a luz entrava pelas frestas de madeira do galpão, eu tinha que trabalhar e parecia que eu não havia descansado nem um pouco desde ontem à noite, como se eu estivesse acordado a noite inteira. Me levantei e peguei minhas coisas, precisava seguir ajudando a vila mesmo com aquela olheira e sensação de areia nos olhos que me incomodavam.

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Simon M. Stilinski
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O Segundo Sonho
Desde que eu descobri meu papel como um precursor da morte, aquele que que era responsável por trazer a morte pacifica e adquiri esses poderes junto com meu irmão, eu não tive a chance de investigar o que significava isso, qual era a história por trás do lobo e da ovelha, qual era a minha origem. Porém, conforme os dias iam passando, alguns sonhos vinham a minha mente, sem dizer ao certo se eram visões ou simples sonhos.

Numa dessas noites, a chuva estava forte na vila, e em minha cabeça soava apenas as palavras que minha mãe dizia: “A chuva sempre sabe quando cair”. Terminava de arrumar minha cama no completo escuro, para que meu irmão não acordasse. Embaixo do meu travesseiro, havia uma Kunai de emergência que, curiosamente, eu nunca havia me machucado com ela. Deitei minha cabeça no travesseiro e fechei meus olhos.

Não demorou muito para que minha mente fosse levada para outro lugar, para uma floresta, para um local que eu já conhecia em uma posição que eu já conhecia, uma continuação de algo que eu já havia visto anteriormente. Eu estava permanentemente olhando para cima enquanto via um garoto chegar e cutucar a minha barriga, ou melhor, a barriga da ovelha que eu estava encarnado. Um gás se liberou, um gás pútrido da morte não tão recente, e atingiu diretamente a face do garoto.

Como se eu piscasse, a minha visão havia mudado e agora eu sentia dor, dor em toda a parte lateral do meu rosto, como se tivesse sido derretido por alguma coisa. Por sorte, era apenas uma queimadura de segundo grau, mesmo assim eu chorava, diferente do meu corpo ninja, esse corpo não era preparado para essa dor, me obrigando a voltar para a vila chorando.

Na vila, ou melhor, na pequena aldeia, fui acudido pelo tal chefe da vila e por algumas outras mulheres. O homem era alto e extremamente musculoso, barba e cabelos longos e pretos, portava um tipo de saia feita com pele e pelo de animais, incluindo ovelhas, assim como uma faixa que seguia de seu torço ao ombro para segurar a roupagem, os pelos eram ásperos e marrom.

Filho, o que aconteceu com você? — Ele me questionou.

Querido, deixe-o comigo, depois você o questiona. — A mulher esbelta e de cabelos lisos e pretos, parecia ser sua esposa e minha mãe. Ela também trajava roupas de pelagem animalescas.

[...]

A mulher, após algumas palavras, me guiou até uma tenda que havia no local. Em meu rosto, as lagrimas escorriam pela área queimada, o que apenas aumentava a sensação de dor na área. O local que ela me levou parecia um centro de recuperação, mas diferente do mundo moderno, era uma área cujo uso era, primordialmente, através de ervas e coisas que se podia adquirir da natureza.

A Moça da tenda, com roupas semelhantes ao de todos da aldeia, se aproximou de minha, era quase uma anciã da aldeia. Cabelos brancos e pele enrugada. Ela rapidamente preparou algumas ervas dentro de um pote feito com a metade de um coco e colocou umas gotas de água e esmagou com uma pedra, até que se tornasse uma coisa pastosa e esverdeada. A velha, então, colocou no que parecia ser um monte de folhas em meu rosto, cobrindo toda a área afetada e amarrando com algumas coisas que pareciam fibras que se assemelhavam a uma corda.

[...]

As marcas perduraram por muito tempo até que cicatrizassem e eu pudesse tirar os curativos, mas assim que o fiz, uma enorme cicatriz ficou em meu rosto, me fazendo entender que não era certo profanar os corpos mortos, nem mesmo de animais. Por este motivo, antes que uma grande guerra se formasse ali, eu tinha que me desculpar por todo o sofrimento que eu havia causado no passado com aquela família de ovelhas.

Após os meus 27 anos, amadurecido e pronto para tomar meu posto como líder da aldeia, fui até o local onde a ovelha estava no passado. Peguei algumas ferramentas rudimentares, tabuas e o que mais eu precisava, e segui até o local. No local, apenas os ossos daquele ser restava, mas eu não me importava, nem mesmo pelo fato de estarem parcialmente enterrados já. Apenas me abaixei e comecei a talhar algumas frases em outra língua, era a maneira que aquele povo fazia seu rito de passagem, tudo para colocar aquela placa no local onde a ovelha havia morrido.

[...]

Finalmente havia chegado a hora, entraríamos em guerra contra a aldeia vizinha, uma aldeia que havia sido responsável por muitas mortes dos nossos no passado, e todos eles mereciam uma morte honrada e pacifica, uma morte em batalha faria o trabalho. Meu pai passaria o trono para mim quando isso tudo acabasse. Trajando roupas mais resistentes para a batalha e armas de pedra e madeira, eu me preparava para entrar no campo de batalha conforme meu pai dava o discurso para os homens e mulheres que lutaria nisso.

...Por fim, vamos mostrar a esses idiotas do que somos feitos!! — Encerrou meu pai, dando o sinal para que agíssemos. Uma corrida pela mata começou, cada um por um lado para que eles não tivessem por onde se defender, sem uma manobra de luta muito sofisticada.

Todos se encontraram no centro. Lanças e flechas eram arremessada, assim como se chocavam e eu, com minhas habilidades de batalha, derrubava um por um. Primeiro com golpes contusivos, para que eles caíssem, em seguida, fincava minha lança em seus crânios, matando-os com muita agilidade e eficácia. Até que veio o meu fim, a flecha que voou por entre as árvores desde a colina onde ficava a outra aldeia. A flecha caiu de cima em diagonal, e, por pouco, não acerta um local vital, mas como se o próprio destino quisesse assim, ele acertou o ponto exato do meu coração e, a minha ultima visão nessa vida, foi o rosto do atirador.

O garoto estava com o arco virado para mim, até checar que meu corpo estava em queda, então virou-se e começou a acertar cada um dos homens que me seguia, incluindo meu pai, tudo isso apenas para anexar e unificar as duas aldeias. O garoto, não hesitava nem mesmo por um minuto, sabia que merecíamos e eu também sabia que ele merecia ser o próximo a levar a morte aos outros.


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