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— Isso quer dizer que finalmente vou aprender uma técnica ofensiva? Que maneiro! — Eu não poderia estar mais animado. Ao abrir o pergaminho, meus olhos brilharam quando li a descrição do jutsu e também as instruções de como executá-lo — Obrigado, Nobu. Isso vai ser bastante útil pra mim daqui pra frente.

— Nós vamos começar por baixo. Sei que já tem capacidade de realizar ataques superiores ao que você aprenderá hoje, mas se não tiver um golpe básico e que demande menos energia, o seu chakra não aguentará uma luta real. Sem chakra, sem manipulação de insetos. Sem manipulação de insetos, um Aburame está mais próximo da morte do que nunca. Você está me entendendo? — Quando meu sensei perguntou, confesso que não estava prestando muita atenção, entretido com o pergaminho e observando como eu deveria prosseguir para executar o movimento — Ah, moleques…

Aburame Nobu rolou os olhos para cima e bufou, consternado. Ele era um homem sério e sempre mantinha os braços cruzados, mas o vi por um momento relaxar os ombros e executar uma sequência de selos. Segundos depois, uma infestação de besouros comedores de chakra apontaram em riste contra uma árvore, acertando-a com um padrão espiral.

— Agora é a sua vez.

É claro que era, e eu não estava disposto a fazer feio na frente do meu professor. Estávamos no campo de treinamento do vilarejo e ninguém mais nos observava. Respirei fundo, concentrei o meu chakra pelo meu corpo e senti a quantidade de chakra necessária para a execução da lança em espiral de insetos em direção à árvore. Após tecer os selos, a infestação dos meus próprios Kikaichuu se projetaram para fora do meu corpo e se movimentaram de forma a acertar a árvore com certa força, mas sabia que ainda não havia sido suficiente.

— De novo.

Assim eu o fiz por várias vezes até sentir que não havia muito mais chakra a ser gasto, visto a tontura e falta de ar que senti após o treinamento. De qualquer forma, eu não poderia estar mais satisfeito por ter aprendido aquela técnica, mas ao que parecia ainda haviam mais a serem treinadas. Mal posso esperar para me tornar cada vez mais forte.

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Após um breve descanso, deixei que meu chakra se recuperasse e meu corpo deixasse de sentir aquele cansaço que me fazia suar e ficar ofegante. Ao que parecia, Aburame Nobu estava em um bom dia e queria treinar-me o quanto conseguisse naquele dia de folga.

Sendo assim, o homem que esperava escorado em uma árvore enquanto eu treinava veio até mim com um novo pergaminho, mas mais uma vez preferiu demonstrar na prática sabendo que essa era a melhor forma de me manter interessado.

— Viu só? Muito simples — Disse, após encostar as mãos no chão e fazendo com que suas teias de chakra se espalhassem pelo terreno e invocassem outros insetos da área.

Realmente, não parecia uma técnica difícil. Pelo seu baixo nível, também não tive dificuldades. Após preparar o ritual de selos, apenas encostei as mãos no solo e lancei através do meu chakra a intenção de atrair insetos. Dito e feito. Segundos depois, vários bichinhos já rastejavam próximos à minha mão, como se pegos pela linha de chakra e totalmente dispostos a se comunicarem comigo para me oferecer informações.

— Isso é demais. Será muito útil quando eu estiver em missões de buscas. Mais uma vez, obrigado, sensei.

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Aburame Nobu contava os dedos, como se estivesse se certificando de que não estava esquecendo nada. Ele teria mais técnicas para me ensinar? Nesse dia em especial, parecia estar totalmente disposto a ajudar. Ele não era o sensei mais atento e preocupado do mundo comigo, mas foi o único que aceitou o desafio e não deixou que eu ficasse sozinho quando cheguei na vila. Na verdade, ele só me treinava porque sentia que tinha uma dívida com seu melhor amigo que havia morrido pra me salvar.

Ou ao menos era o que eu pensava…

— Uma armadura de insetos? Que maneiro! — Comemorei, saltando com o pergaminho em mãos.

— Veja bem, ela pode ser usada em membros específicos do seu corpo — Enquanto falava, o Jounin também meneava os insetos do braço para a perna, de perna para o corpo todo, e logo após fazê-lo, a armadura tomava um aspecto duro como uma carapaça de besouro — Vai depender apenas da sua criatividade.

Ótimo, eu conhecia aquela pausa: Era a minha vez de tentar. O processo era naturalmente o mesmo: Utilizar meu chakra para mover e moldar os insetos que viviam em simbiose com o meu corpo. O trajeto da técnica era curto, vide que minha pele era quase como o quintal daqueles besouros. Teci os selos e bradei o nome da técnica, tentando fazer com que a carapaça dura se formasse sobre meu corpo. De repente, um soco no estômago me fez perder todo o ar e cair no chão.

— É… Não ficou tão bom. De novo!

— Argh… Desgraçado — Minha voz saiu fraca e o estômago ainda doeu por mais algum tempo até que eu consegui me levantar. Novamente de pé, treinei a formação da armadura por mais algumas vezes até que o soco de Nobu não doeu tanto. Parecia que eu chegaria ao meu limite em breve e eu precisava descansar para a próxima missão.

Nós não éramos de muita conversa, então após ouvir o seu “boa sorte”, ele ouviu meu “obrigado” e cada um seguiu o seu rumo.

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