Era a minha ultima missão a ser realizada antes de eu me submeter ao processo da possibilidade de minha graduação, eu estava nervosa mas nem por isso menos motivada. Eu tive uma manhã ocupada, descansei um pouco mais que o normal, comecei a treinar um pouco o meu treino de visualização e quando vi, já passou-se um tempo até que eu fosse até o Gabinete para pegar meu ganha pão do dia.

Quando cheguei no entanto eu teria visto que lá havia um casal, o pai pareceu em prantos enquanto sua esposa parecia querer lhe trazer a calma no calor de um abraço seguidos de diversos " ficará tudo bem, vão encontrá-los", a cena me surpreendeu um pouco mas não desviou o meu foco e na sala ao qual visitei tantas vezes me fora explicado - Você viu o casal do lado de fora, certo? Precisamos que você vá até a parte do deserto e procure pelas crianças que se perderam em meio a uma tempestade de areia, você deve retornar com ambos, vivos se assim estiverem. O homem era bem nefasto com a possibilidade de eu não encontrá-los a tempo.

Engoli a seco e comentei - Certo Tio, mas que tenebroso! Sai pra lá vou achar eles sim! Antes disso acontecer, você viu como eles estão lá? E nem vem com amadurecer e ser realista, ninguém levanta da cama esperando o pior! Eu teria me irritado denotando que a determinação do homem só não existiu em retrucar. e a imagem de duas fotos eram entregues de duas meninas, a primeira tinha um cabelo mais longo enquanto a outra um cabelo mais curto Eu peguei as fotos e comecei a traçar o meu plano de ação.

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Tentei sair o mais rápido que pude do gabinete, em direção aos portões da vila, o motivo? Não é como se eu quisesse um peso ainda maior em minhas costas, apenas não era legal não pensar na parte ruim passei a me focar no sucesso.

Quando cheguei nos portões da vila comecei a pensar sobre minhas outras missões, sobre as rotas que eu tomei para o resgate de mercadorias e sobre possíveis bons pontos para se esconder, meu primeiro instinto foi me aproximar de formações rochosas ainda que de forma montanhosa que poderiam servir como abrigo, haviam ainda possíveis cavernas ou rochas com cavidades ao qual a erosão poderia ter criado mas era certeiro de que eu demoraria um tempo.

Em um primeiro momento evitei ficar chamando as crianças até mesmo porque na pressa, sequer ouvi seus nomes apesar de saber como pareciam pelas fotos que me foram mostradas. Tomei como um norte em minha orientação as rotas que eu conhecia como comuns para viajantes e partindo da estrada entre muitas aspas principal.

Partindo desse ponto tomei um desvio padrão, não era muito normal que acontecessem tempestades na parte que eu estava mas ainda assim procurei, tendo em vista no insucesso apenas campos gigantescos sem que o nada fosse encontrado, me fazendo andar ainda mais.

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Não tendo muito sucesso em minha primeira ideia comecei a então tentar chamá-los apesar de não achar que poderia ser tão útil assim - Oi! Vocês! Estou aqui pra levar vocês pros seus pais! Etoei uma, duas, diversas vezes de modo que eu até perdi as contas enquanto caminhei, e nenhuma das vezes pareceu que eu teria sucesso já que o som voou como os constantes ventos.

O sol já iria começar a deixar e enxergar não seria algo muito possível e distante da vila como estávamos, difícilmente poderia contar com a segurança que a luz poderia trazer, fosse para evitar possíveis engraçadinhos ou mesmo para evitar que animais noturnos como serpentes ou mesmo aranhas fossem um problema, então apressei o passo e procurando por alguma direção, eu teria encontrado um pedaço de pano e algumas pegadas... - Pode ser uma armadilha mas se não for é melhor que eu vá logo.... Eu teria dito a mim mesma enquanto corri na direção das pegadas.

Após um tempo caminhando eu teria encontrado as crianças das fotos, a irmã mais velha parecia estar cuidando da mais nova sobre uma grande rocha de formato concavo enquanto a criança mais nova pareceu estar com a calça rasgada formando uma espécie de fixador, me aproximei enquanto eu teria dito - Oi! Porque não responderam? Precisamos voltar a vila seus pais estão preocupados! E quando eu me aproximei seus olhos pareciam assustados, em um primeiro instinto defensivo.

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Sorri, tentando trazer uma maior tranquilidade as crianças, levar uma maior tranquilidade e eu mesma pois sabia que não seria tão fácil voltar, o sol havia deixado completamente o céu e uma bizarra lua carmesim havia vindo a colorir o céu, tornando as areias em um tom que misturava o belo e o terror por entre suas infinitas dunas, enquanto olhei para trás, não pude deixar de ficar admirada mas também curiosa ao querer saber o porque aquilo acontecia... Um eclipse solar? Sei lá mas como eu não havia reparado antes, apenas deixei seguir.

-E ai vamos? eu teria estendido a minha mão e então notei a irma mais velha tomando a frente enquanto dizia - A perna... Não vai ser capaz de andar, enquanto corriamos se machucou e... E a interrompendo, vendo que seus olhos se encheriam de lágrimas eu repousei a mão sobre sua cabeça enquanto disse - Eu não sou fortona mas posso levar, vamos fazendo pausas mas vamos logo antes que nós congelemos aqui e viremos picolé hahahaha. Eu achei genuinamente engraçada a ideia de um eucolé mas, deixando isso de lado eu apenas abaixei a postura e permiti que a criança mais nova se apoiasse de modo que eu pude levá-la de cavalinho.

O caminho tinha como sua única iluminação aquela lua vermelha e bizarra que agora estava às minhas costas quase como se observasse em um gigante olhão, eu no entanto? Estava mais preocupada em chegar e comer alguma coisa me enrolando nas cobertas do que com uma lua naqueles dias.

Longo foi o trajeto mas a missão se completou quando a família novamente se reencontrou, era o tipo de missão que deixava a gente de coração quente mas o corpo gelado porque tava friiio! Eu não tinha maturidade pra me despedir e lidar com todas emoções então logo que haviam encontrado seus pais e eu recebi o meu dinheiro piquei a mula pra casa.

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