Um ninja sempre tem que manter o corpo saudável. É o que dizem os mais velhos, principalmente para um usuário de Taijutsu. Mas não é raro ver ninjas desfrutarem de um churrasco, um Dango, um Teriyaki, uma fritura. No fim, Tsurugi também era adepto dessa filosofia, por mais que não gostasse de legumes e frutas, ele devorava sempre que possível a contragosto. Mas, apesar de gostar do Ichiraku Ramen, o T. Jonnin estava sem tempo. Esse período em que não estava sendo chamado para missões, passava horas em treinamento ao ponto de esquecer que havia dia, era a sua perseverança. Mas aquilo dava tanto preguiça depois quanto frutos, talvez pelo fato de já estar no ápice da capacidade humana.

No fim, com os dedos ao redor da borda do prato, enquanto a outra segurava um palito entre os dedos, puxou umas grandes causas de macarrão com um movimento, trazendo consigo alguns Narutos e um pedaço de carne de mizu de porco. No fim, devorou o mesmo com muito gosto, não era uma salada e legume mas era muito bom. Então, foi que uma figura conhecida apareceu por ali após tanto tempo. — Oh, Saito? — O grisalho ergueu as sobrancelhas, não via o amigo fazia algum tempo, talvez porque estava muito ocupado com o seu trabalho de policial. No fim, o moreno começou a contar como estava engajado em fazer missões e que no último, havia derrotado um grupo de ninjas sozinho, só com shurikens e Genjutsu.

— Maneiro. Então você tem tido bastante aventuras, deve estar gostando. — Falou, erguendo uma das mãos para tocar o ombro. — Eu tive alguns problemas. — Comentou, tirando o braço de dentro do casaco preto e erguendo o suéter até o ombro, onde relevou o selo da maldição de três linhas ligeiramente curvas na região. — Eu fui atacado por um cara, e ganhei essa marca. — Comentou, e então, ajustou o suéter e o casaco em seguida. — Quase morri, mas de todo modo, estou vivo, não sei que diabos aquele tal de Sukuna tem na cabeça, espero que morra uma hora. — Soltou o ar pela boca. — Foi bem problemático lutar com ele e passar por isso. — Comentou.

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Tsurugi trajava suas roupas de sempre. Diferente de Saito, ele não costumava mudar de vestes frequentemente. Tinha preguiça de fazê-lo, mas trocava quando era necessário. No fim, ele trajava seu tradicional suéter cinza escuro, com casaco preto de golas altas ao redor da nuca, com as mangas levantadas até o antebraço. As munhequeiras estavam colocadas em seus pulsos. Com a sua calça, estava alocado com uma fivela cinza e branca. Sua calça havia mudado, agora não era mais uma calça de cargo, agora era uma calça jogger, mas ainda tinha muitos bolsos junto com seus equipamentos ninjas. O casaco também tem um acesso a um casaco apesar de ter uma gola alta. Usava sandália shinobi de cano alto com sua bandana ostentando o braço esquerdo.

No fim, ambos falavam sobre Sukuna. — Mas é, pois é, eu acho que ele sempre esteve por aí. Entrando na Vila sem ninguém perceber, olhando por aí. — Comentava, enfiando mais um punhado de macarrão na boca. — Eu estava tranquilo em um telhado de uma casa, quando ele surgiu repentinamente, e então lutamos. Digo que ele é bem forte, forte demais, meu golpe não foi capaz de feri-lo efetivamente. Então ele me mordeu e eu senti uma dor mesquinha demais. — Comentou, olhando o amigo de lado. — Acho que seria justo, que tipo de pessoas ele poderia ferir daqui pra frente? Pode ser até que ele seja um cara que faz experimentos a rodo. Imagina quantas pessoas ele deve estar fazendo de cobaia? Não é justo com as pessoas nem com as vidas delas. — Comentava, se ajustando na cadeira e colocando parte do braço sobre a cadeira.

— Devemos sim, a gente deve tomar providências sobre isso. Não dá pra deixar ele por aí, atacando as outras pessoas assim como se fossem um experimento para ele usar e testar do jeito que quiser como se fossem reduzidas a isso. — Tsurugi estava bastante incomodado com a existência de Sukuna, isso porque as coisas eram sérias. — Acho que ele não tem chance contra nós dois, não é? — Questionou, fitando o amigo de lado novamente enquanto um pequeno sorriso se formava em seus lábios.

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Saito era mesmo diferente de Tsurugi. Talvez pelo fato de que apesar de ser um homem frio e calculista, ele tinha suas emoções bem guardadas, e Kawaruhaya não era burro, dava pra ver o quanto ele estava desconfortável com tudo aquilo. Tsurugi só não nutria o mesmo tipo de sentimento tão fortemente, porque era preguiçoso. Ele tinha em mente o seguinte pensamento de que estar com raiva ou irritado era problemático demais, e então, seus sentimentos costumavam estar mínimos, no fim, soltou o ar pela boca. Saito era quem mais havia sofrido com tudo aquilo, o tal nível do seu incômodo não poderia ser invisível, era possível ver que ao fechar os olhos e respirar fundo, estava revivendo as memórias fatídicas.

Tsurugi também se lembrava claramente. O fato da dor estar correndo seu corpo, ajoelhado e incapaz de fazer algo enquanto q figura maligna estava sendo banhada pelo luar. Um sorriso confiante e cheio de si se esboçava sobre aquele rosto marcado, como se ele tivesse o garoto dos fios brancos na palma de sua mão, entre seus dedos negros. Talvez até pelo fato de que o mesmo cara havia voltado para que pudesse inserir uma pílula em sua boca que quase o matou. Sabe-se lá o que poderia ser desse louco. Mas eles iriam acabar com ele, não era vingativo nem nada do tipo, mas aquela seria a vingança deles, por todos aqueles que foram afetados por Sukuna, mas também por todos os inocentes que morreram na mão daquele monstro.

O vento começou a vibrar mais forte naquele momento, resultando em um balançar de fios, além das roupas que começaram a vibrar com esse fenômeno. Folhas voavam pelos lados e cantos. Colocando as moedas sobre a mesa, era um indício de que o homem não estava mais afim de comer e ter uma conversa amigável. Agora, exibia uma postura impaciente. Soltando o ar pela boca, Tsurugi ergueu o grande prato de ramen de mizu de porco e bebericou tudo de uma vez só, apenas pegando um guardanapo para limpar os lábios e se levantar, deixando as moedas necessárias e se levantando para andar ao lado do amigo. — Vamos. — Falou, naquele momento, seus olhos brilhavam em verde.

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