Entre as cartas suspeitas que encontrara na residência de Kayoshi, havia uma que mencionava um santuário oculto no complexo do clã Uchiha, contendo segredos dos quais Saito precisaria saber um dia. Naquela madrugada, o jovem rapaz, acompanhado de seu amigo Gon, partiu em busca do templo proibido. Não levaram mais do que uma hora para encontrarem uma laje com as marcações do Sharingan entalhado nela. Com uma determinação feroz em seu rosto, Saito adentrou o caminho empoeirado e obscuro do santuário, armado com a técnica ensinada por Kayoshi. A tensão no ar era palpável, o silêncio assustador. No entanto, Saito não se deixou abater pelo medo e continuou a avançar, sua sede por conhecimento e justiça superando todas as barreiras. De repente, uma rocha se moveu com um estrondo, revelando uma luz fraca que iluminou o caminho à frente. Os jovens amigos trocaram um olhar ansioso antes de se lançarem na direção da luz, ansiosos para descobrir os segredos que o santuário continha.

O jovem Uchiha adentrou o templo antigo, acompanhado por seu companheiro fiel. Aquele lugar era sagrado, repleto de textos em kanji antigo que adornavam as paredes e o chão de pedra. Saito conseguia decifrar alguns dos ideogramas, mas muitos outros eram um mistério para ele. Seu companheiro, Gon, parecia apreensivo e temeroso, escondendo-se atrás do amigo em busca de proteção. Saito, por sua vez, sentia-se atraído pela aura mística que envolvia o lugar, e sua curiosidade o levava a querer desvendar todos os segredos que ali se escondiam. Logo, seus olhos recaíram sobre uma pedra em destaque, na qual havia inscrições que despertaram seu interesse. Enquanto tentava decifrar o conteúdo das palavras, uma voz feminina quebrou o silêncio e os surpreendeu — O que diz aí, Saito? — perguntou Gon, enquanto se escondia ainda mais atrás do amigo — Aí diz que ele tem que matar o melhor amigo se quiser mais poder! — respondeu Saito, tentando disfarçar a ansiedade que o invadia. De repente, uma figura encapuzada surgiu na entrada por onde haviam passado. A mulher era misteriosa e portava uma espada, o que deixou Saito em estado de alerta — Quem é você? — perguntou ele, colocando-se à frente de Gon em posição de defesa — Eu sou a pessoa que veio fazer o que você não vai conseguir — respondeu a mulher, em tom enigmático — Eu venho te observando e sei que não tem a menor chance de matar o garoto. Mas até onde sei, você só precisa assistir.

Entretanto, antes que pudesse agir, ouviu a voz de Gon tremular em um suspiro seguido por um grito. Ao virar-se para trás, viu que Gon estava ferido e havia muito sangue ao redor dele. Atrás do garoto estava a mesma figura feminina com uma espada na mão. Saito havia sido pego de surpresa e não teve tempo para agir. Como reflexo, agarrou o corpo de Gon e caiu de joelhos, em meio a um misto de emoções que iam da tristeza e do medo até a raiva intensa. Seus olhos estavam arregalados evidenciando um novo padrão para o sharingan e seu coração batia rápido, enquanto lutava para manter a consciência. A figura feminina olhou para Saito e disse algumas palavras enigmáticas antes de desaparecer em meio a uma nuvem de corvos. Saito ficou ali, segurando o corpo do amigo e sentindo-se perdido em meio ao caos, sem ao menos perceber que havia desperto algo que apenas um número seleto de Uchihas conseguira.