Saito gradualmente abriu seus olhos, sentindo os raios do sol matinal invadirem seu quarto. Sua mente ficou imediatamente preenchida com a sensação de excitação e nervosismo que permeava seu ser. Era sua primeira noite dormindo no Complexo do Clã Uchiha, e ele estava ansioso para iniciar sua nova vida lá. Ao examinar seu quarto com mais atenção, ele notou a decoração elegante e espaçosa, composta por móveis de madeira escura, que contrastavam com as paredes brancas, imaculadas. Na parede oposta à janela, uma grande imagem do símbolo do Clã Uchiha estava pendurada, uma lembrança constante de sua conexão com um dos clãs mais influentes da Folha. Ao se sentar na cama, Saito se esticou e, por um momento, refletiu sobre o que o dia lhe reservava. Ele se deixou levar pela sensação de tranquilidade que emanava do quarto, passando a mão pelos cabelos bagunçados, sentindo a suavidade dos lençóis brancos sob seus dedos. Uma brisa refrescante invadiu o quarto, transportando o aroma do jardim que circundava o complexo.

Com movimentos graciosos, Saito levantou-se da cama, sentindo o toque agradável do tapete sob seus pés descalços enquanto caminhava até a janela para apreciar a vista panorâmica. O cenário era de tirar o fôlego, exibindo as árvores altas e majestosas que abraçavam o complexo, o lago cristalino que refletia os raios solares, e as montanhas impressionantes que se elevavam ao fundo. Saito contemplou a vista por um tempo, permitindo que seus pensamentos vagueassem pelo turbilhão de emoções que o invadiam. Ele se sentia grato por ter a oportunidade de viver em um local tão exuberante e sereno. No entanto, seu coração também estava repleto de determinação, consciente de que a vida no Clã Uchiha seria repleta de desafios e oportunidades para crescer e aprender. Com um suspiro suave, Saito se afastou da janela e dirigiu-se à porta do quarto. Saito adentrou o corredor principal, esgueirando-se com cuidado pelas paredes, sob a luz fraca dos corredores. Seus passos eram suaves, quase imperceptíveis, enquanto ele se aproximava da cozinha. Ao dobrar a esquina, avistou uma figura se movendo lentamente em sua direção, e seus olhos se iluminaram quando percebeu que era Metatron, seu fiel companheiro felino.

Saito estendeu a mão para afagar Metatron, sentindo o pelo macio do animal deslizar entre seus dedos. O gato ronronou de prazer, demonstrando toda a satisfação que sentia com a presença de seu dono — Como tem sido sua adaptação ao novo lar, meu amigo? — Saito indagou, com um sorriso gentil nos lábios. Ele sabia que a resposta seria apenas um miado, mas o gesto servia como uma demonstração de companheirismo e cumplicidade entre os dois. Enquanto Metatron se esfregava na perna de Saito, este contemplava a cozinha com seus olhos curiosos e perspicazes. Cada objeto, cada utensílio, parecia trazer consigo uma história, um significado mais profundo e enraizado no cotidiano do clã. Saito sabia que, para conquistar seu lugar naquela comunidade, precisaria dedicar-se com afinco e perseverança, enfrentando cada desafio com bravura e inteligência. Ele sentia a energia pulsante do clã, a força de vontade que movia aqueles guerreiros, e estava ansioso para fazer parte de tudo aquilo. Saito decidiu que precisava alimentar-se com um substancial café da manhã para encarar com energia o dia que o aguardava. Ele abriu as portas do armário e ficou admirado com a ordeira disposição e diversidade dos ingredientes ali contidos. Havia grãos de café tostados, chás de ervas frescas, frutas e hortaliças coloridas e variadas, além de diversos tipos de pães e cereais.

A cozinha era espaçosa e muito bem iluminada, com amplas janelas que permitiam a entrada de luz natural. No centro, havia uma robusta mesa de madeira, guarnecida de cadeiras confortáveis, e diversas bancadas de mármore que se estendiam pelas paredes. Cada canto era minuciosamente organizado, com utensílios de cozinha de alta qualidade dispostos em prateleiras e gavetas. Saito optou pelos ingredientes de sua preferência e deu início à preparação do café da manhã. Colocou água para ferver em uma primorosa chaleira, escolheu um filtro de café e, com um moedor de grãos de excelência, moeu grãos recém-tostados. O aroma do café acabado de ser torrado impregnou a cozinha, deixando-o com água na boca. Enquanto aguardava a água ferver, Saito começou a cortar frutas frescas para acompanhar o café. Escolheu algumas bananas maduras, maçãs crocantes e fatias de abacaxi doce. Posteriormente, pegou uma fatia de pão e colocou-a na torradeira, ajustando o tempo para que ficassem crocantes e douradas.

Enquanto o café ia sendo coado, Saito preparou uma tigela de aveia com leite fresco e mel, para um toque extra de doçura. Depois, tudo foi arrumado em uma bandeja, que ele levou até a mesa, onde se assentou para desfrutar do café da manhã. Saito estava saboreando o seu café da manhã quando subitamente uma sensação de que havia esquecido algo importante veio à sua mente. Ele revirou as lembranças da manhã em sua cabeça e então se deu conta: havia esquecido de preparar a refeição de seu companheiro felino, Metatron. Saito ficou um pouco desapontado consigo mesmo por ter esquecido o seu amigo peludo, mas imediatamente decidiu corrigir o erro. Ele foi até o armário onde estavam guardados os alimentos de Metatron e escolheu uma lata de comida úmida, acompanhada de um punhado de croquetes de alta qualidade. Com a lata em mãos, Saito se dirigiu ao corredor em busca do gato preto. Ele avistou Metatron ali mesmo, sentado com a postura altiva e as pupilas dilatadas em expectativa. O felino era uma verdadeira joia, com a pelagem sedosa e os olhos brilhantes como esmeraldas.

Saito abriu a lata de comida e dispostos os croquetes em um prato raso. Ele colocou o prato no chão e aguardou enquanto o gato se aproximava com cautela. Metatron farejou a comida com interesse, e então começou a se alimentar com satisfação. Saito observou o gato por alguns instantes, apreciando a elegância de seus movimentos e a beleza de sua pelagem negra. Depois de ver que Metatron estava bem alimentado, Saito se levantou e retornou à cozinha para lavar a louça. Ele se permitiu um momento de reflexão enquanto lavava os pratos, pensando em todas as mudanças que haviam ocorrido em sua vida nos últimos tempos.