Cassyana não queria deixar de acompanhar a mulher, aquele clima de pouca aproximação e conversas íntimas estava cativando a ruiva, não que ela fosse completamente insensível, mas por temer por seu passado, não queria falar de nada daquilo e menos ainda confessar para alguém que era uma assassina. A parte, que foi abandonada pelos seus pais sendo tão nova, já a deixava como uma vítima inocente e não requeriam que fosse feita explicações.
Quando a mulher entrou na caverna a ruiva não demorou em seguir, aquele ponto já estava fora de um retorno, ela nunca pensou que treinamentos seriam fáceis, se nem viver estava sendo, imagina aprender como ser melhor como ninja que exigia várias técnicas e aperfeiçoamentos.
A garota ruiva obedeceu o que a mulher lhe impôs, Cassyana não tinha medo de morrer, seu medo era de acidentalmente matar alguém por não controlar seus poderes que ainda reagia a suas emoções e não ao comando de seu chakra. Depois de todos os traumas passados, para a garota morrer seria um alívio de todo seu tormento. Por isso, o que incomodava ela ali, era o calor e não o fato que se caísse iria morrer.
Em posição de combate, Cassyana podia sentira as pedras como se fosse parte do seu corpo, apesar que o calor também esquentava elas. Seus olhos verdes fitavam a morena, a garota não sentia nenhuma emoção naquele momento, o suor escorria por sua pele. A morena atacou, Cassy defendeu o primeiro soco e foi empurrada pelo segundo, seus pés quase soltaram da rocha, mas ela conseguiu manter seu foco.
Talvez a falta de fala naquele momento era até uma ajuda que um empecilho, porém, não manter uma conversa era uma coisa, já emitir sons era outra completamente diferente e ao sentir dor a garota não ficava em silêncio. Porém, ela falhou em uma coisa, não conseguiu deixar de magnetizar a mulher, apesar de usar isso para machucá-la, sabia que poderia ser decepcionante aquilo. A mulher parecia não ter tempo a perder, para que as pessoas não fizesse o que ela falava. Os cabelos ruivos estavam desgrenhados, um pouco grudado no rosto suado da garota e o restante pendurado para baixo.
“— Será que devo atacar ou esperar?” — nisso ela não tinha muita certeza, mas tava prestando atenção nas pedras, já que sua pele já começava a suar e isso a tornava escorregadia também.
Como também sua pele ficaria marcada, já que as pedras estavam quentes devido ao calor do lugar.

Considerações:

Características da Personagem:

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Bolsas de Armas:

A mente de Cassyana estava em uma dualidade muito grande. A garota estava pensando em seu treinamento, claro. Se não as pedras já teriam caído, porém, aquele perigo iminente de morte a levava para o passado. “Ela descobriu o que fiz.” “Ela sabe porque meus pais me abandonaram.” “Ela quer que eu morra por isso.” Todos os pensamentos eram gatilhos para a sua paranoia, se seu remédio não fosse bebido, ela cairia inevitavelmente na lava, querendo ou não querendo.
Então, a garota teve a ideia de poder ter alguma vantagem para ter alguma brecha para poder pegar o frasco em sua bolsa e virar o líquido goela abaixo, não seria fácil, principalmente por estarem de cabeça para baixo, se abrisse a bolsa de forma errada, tudo iria cair.
As palavras de Pandora eram absorvidas pela ruiva, mas ela também tinha sua mente girando em sua paranoia que se iniciava com gatilhos daquele tipo, a mulher era mesmo impressionante, a garota já tinha medo do magnetismo, imagina controlar algo que teoricamente seria incontrolável, como a natureza. “Será que o núcleo da Terra suportaria alguém descontrolado como eu?” O pensamento veio no mesmo momento que o ataque da mulher de longos cabelos pretos. A reação foi de desviar, mesmo que as palavras de Pandora sugerisse que a garota lidasse com aquilo, mas não tinha como naquele momento.
O elemento passou bem próximo, poderia ser dito que Cassy sentiu o “ventinho” passando por sua pele, quase próximo ao seu rosto. Porém, aquele era seu limite, não conseguiria lidar com controle de chakra e paranoia ao mesmo tempo, precisava tomar seu remédio. Levou as duas mãos para trás, em direção a bolsa, tentaria enfiar uma ali dentro sem abrir, pela borda, ao puxar o frasco, se conseguisse, o levaria o mais próximo da boca e tiraria a tampa com os dentes, para o líquido já entornar por seus lábios.
A garota não podia tocar na lava, obviamente. Então resolveu usar seu magnetismo nas rochas. A mulher tinha alertado que não era para magnetizá-la, não falou nada das pedras que formava a caverna. Ação que levaria um pouco de tempo, mas que ajudaria a garota em seu ataque e defesa naquele treinamento e se fosse algo além disso, ela poderia tentar sair viva.

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Cassyana estava concentrada, mas sabia que não era a garota zen que já dominava todo seu íntimo e seu chakra, afinal era por isso que estava ali treinando. A garota usou sua KG para magnetizar as rochas, não iria se comunicar com a mulher quanto a isso. Talvez era por isso que estava sendo impedida de soltar-se do teto da caverna, mesmo com o foco abalado.
Só que isso também fazia uso de seu chakra, assim como manter as pedras em seu corpo e também se manter presa ao teto da caverna, tudo isso requeria um gasto de chakra que Cassy ainda não tinha tanto, suspirando cansada a garota percebeu que a mulher faria algo, já que havia anunciado o fim do “descanso”. Ela ainda não tinha relaxado, então ficar sem ser atacada não lhe provocava conforto, só diminuía um pouco seu estresse da situação.
O suor escorria por seu corpo, porém no sentido que pingava para dentro da larva e não que escorria para seus pés, o que fez seus cabelos ficarem bem úmidos com aquela situação. Até o cabelo corria risco, já que a mesma tinha longos cabelos ruivos, dependendo da distância poderia pegar fogo na lava.
A mulher atacou de novo, os pés da garota se afastaram um do outro, para poder desviar do projétil, mas isso foi tudo que Cassyana percebeu, o calor e o esforço fez tudo ficar turvo diante de seus olhos. O corpo da garota amoleceu e parecia uma sequência de uma tragédia. Seus braços penderam pendurados, as pedras se soltaram e na sequência os pés desprenderam do teto e Cassyana foi na direção do lago que lhe derreteria por completo.
A ruiva não viu a mulher a salvar e menos ainda como foi parar no chão, seu corpo só ficou ali, as pedras que haviam caído tinha deixado a marca de queimadura em sua pele, afinal um forno esquentava as pedras e isso não foi diferente com as que Cassyana tentava manter em seu corpo. Ela não acordou de imediato, mas quando abriu os olhos pode ver a mulher afastada com uma expressão contemplativa, ela não entendeu e só pensou que havia falhado mais uma vez.

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