[ Missão D ] Ganância

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Kenyu

[ Missão D ] Ganância _{Shinobi World :: Cinco Grandes Nações :: Sunagakure no Sato :: Moradias}

Tama

Sunagakure Genin

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Cargo Especial : Sem Cargo Especial

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[ Missão D ] Ganância - Postado Sex Jan 15, 2021 10:16 am

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1/2
O fragmento azul
Descrição: Uma joia extremamente cara não foi devolvida por uma mulher rica que o pegou, e o relojoeiro mandou vocês ir recuperar tal item convencendo a mulher.

Mais um dia entediante, mais um dia caminhando sem rumo.

Agora sem uma casa fixa, Date dependia de pousadas e das boas ações de pessoas para deixarem-no passar a noite. A comida ele conseguia se virar com o pouco dinheiro que ganhava como um genin assalariado, e também conseguia tirar alguma pouca moeda com as missões paralelas que resolvia encarar vez ou outra quando o dever o chamava. Basicamente, procurava o que fazer quando a fome apertava e percebia que logo o dinheiro que havia guardado não seria suficiente para suprir suas necessidades.

Aquele era um dos dias. O quadro de missões erguido na vila trazia ao rapaz duas sensações: alívio ao vê-lo cheio de marcações com a letra "D", ou seja, missões fáceis que ele mesmo poderia realizar arbitrariamente, sem ter de prestar contas diretamente a um superior, mas também sentia uma angústia de assumir a responsabilidade de tocar uma missão por si só. Tal responsabilidade delegada a ele era absorvida com dificuldade. Cabeça dura e sem preocupação alguma com as necessidades alheias, encarava as missões que escolhia mais como uma obrigação do que como um dever.

Era este o jeito de Date. Sem destino. Sem pretensões.

A missão que o genin retirara do mural demonstrava uma situação inusitada. Date ergueu a sobrancelha e seus lábios soletraram um "mas que..." que não foi concluído pois seu corpo moveu-se de imediato para a relojoaria, o palco do primeiro encontro entre o ninja de sunagakure e seu contratante.

[...]

A relojoaria de Sunagakure era bonita, de fato, e não era a primeira vez que Date visitava aquele comércio. As pedras preciosas expostas nas vitrines horizontais reluziam à luz que era posicionada quase que estrategicamente para entrar pelos vidros diagonais do mostruário principal. O acolchoado vermelho destacava os minérios e dava um ar de preciosidade às gemas brutas, fazendo-os esquecer de que um dia aquelas peças já estiveram embrenhadas em um monte de lama, pedra ou dentro de alguma região inóspita.

A sineta na porta anunciou sua chegada, tirando um sorriso do comerciante bem-vestido que já o conhecia.

— Date-kun! — exclamou o homem garboso por trás da vitrine. — Há quanto tempo, rapaz! A que devo sua visita?

— E aí, senhor Kumada. — cumprimentou, aproximando-se de vitrine com o papel descrevendo a missão em mãos. — Eu vim por isso aqui.

240/240 240/240; 150/150; 0/3;

Considerações:

Bolsa de Armas:

Ficha de Personagem :

https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t248-fp#408

Criações do Personagem :

https://narutoshinobiworld.forumeiros.com

Tama

Sunagakure Genin

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Re: [ Missão D ] Ganância - Postado Sáb Jan 16, 2021 1:09 am

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O fragmento azul
Descrição: Uma joia extremamente cara não foi devolvida por uma mulher rica que o pegou, e o relojoeiro mandou vocês ir recuperar tal item convencendo a mulher.

— Você? Um ninja?! — exclamou o comerciante deixando os óculos escorrerem por seu nariz já oleoso pelo calor em Suna.

Kumada já era um senhor de idade, tinha trabalhado a vida inteira como relojoeiro. Seu ofício o fez construir uma pequena fortuna que o tornou um homem influente dentro dos aristocratas do País do Vento, mas especialmente dentro da sociedade de Sunagakure, era conhecido por fornecer os apetrechos e decorações das maiores personalidades da vila, incluindo alguns relogios usados até mesmo por Kazekages do passado. Tudo isso era refletido em uma aparência garbosa, sempre utilizando roupas finas e uma postura elegante.

Date cresceu visitando o comércio de Kumada junto de seus pais, que sempre optavam por dar presentes caros a quem fosse, sendo as peças do velho relojoeiro frequentemente escolhidas pelos comerciantes de especiarias. O pequeno garoto ruivo, caçula da família, acompanhava Yamato e Himawari sempre que podia durante a infância, e recebia sempre um tratamento especial do velho, que sempre tinha uma nova história para contar ao menino que um dia sonhava em voar alto, de modo que a relação entre ambos adquiriu um tom de amizade profunda.

— É... pois é. — respondeu, disfarçando o desconforto. — Eu meio que discuti com os velhos e saí de casa por causa disso, mas acontece. — reclamou, dando de ombros no final, mantendo a expressão apática típica. — Mas diz aí, o que aconteceu? Roubaram sua joia?

— Sim! A maldita senhorita Shimano. Eu emprestei uma joia para ela utilizar em uma festa, mas ela não me devolveu. — explicou o velho passando a mão pela cabeça já sem muito cabelo. — A missão é pegar de volta, mas sem machucar ela. Senão sobra pra mim.

Yoshionna Shimano era também um membro da alta sociedade de Sunagakure, herdeira de uma fábrica têxtil de gerações e dona de uma fortuna inestimável, com propriedades em todos os países ninja. Assim como a reputação da família Shimano, a então presidente da fábrica também o tinha, mas de maneira reversa, já que deixava de pagar fornecedores e, principalmente, era conhecida por comprar produtos à prazo e jamais pagá-los. Ao ouvir esse nome e a situação, Date levou a mão à testa, sem acreditar no que tinha acontecido.

— Você emprestou uma joia... pra caloteira da Shimano? Eu não acredito. — falou incrédulo. — Eu lembro até hoje da canseira que ela deu nos meus pais pelas especiarias das festas de fim de ano que ela comprou fiado.

Date deu as costas para Kumada e acessou a maçaneta logo em seguida. Embora não fosse o maior fã de assumir a responsabilidade pelos outros, se tratava de um dever como shinobi, e principalmente, era algo parcialmente pessoal, já que a mulher havia prejudicado sua familia uma vez no passado com as atitudes desonestas que praticara.

— Eu sei onde essa velha mora. Deixa comigo, senhor Kumada.

[...]

A parte residencial dos mais ricos em Sunagakure ficava numa área repleta de seguranças, mas o que eles não contavam era que a pessoa que invadiria o condomínio seria um ex-morador. Tendo pais extremamente conservadores, Date teve de aprender a sair e entrar sorrateiramente do complexo, de modo que ninguém fosse capaz de descobrir. Ainda por cima, sabia onde a caloteira morava, já que teve de ir na casa da mulher diversas vezes para tentar receber um dinheiro que seus pais jamais viram em seus bolsos.

— Isso é um saco. — murmurou.

Date entrou por um de seus acessos e logo se esgueirou pelas ruas do complexo de moradias, acessando em pouco tempo a rua pretendida, onde situava-se a grande mansão da família Shimano. Ela tinha um grande muro feito em pedra, e janelas grandes, assim como uma grande sacada para o quarto que o gsaroto sabia se tratar do quarto da mulher. Ainda assim, para evitar qualquer tipo de erro em sua missão, concentrou chakra nos pés para fazer um caminho maior, que seria por cima da casa, de modo que não fosse visto por qualquer segurança que eventualmente pudesse vê-lo.

O garoto colocou os pés na sacada e abriu a porta corrediça com vagarosidade para não fazer barulho. Estranhamente, a mulher estava dormindo àquela hora e com um tapa-olhos para evitar a claridade, ela dificilmente poderia notar alguma diferença de claridade pelos movimentos de Date, mas era ele quem fazia questão de que Shimano soubesse que ele estava ali. Em um movimento brusco, o rapaz levantou o colchão da cama de casal de mulher, derrubando-a no chão com força, fazendo um barulho seco no chão de madeira da casa nobre.

— Então você acha legal roubar as coisas dos outros? — indagou furioso assim que a mulher conseguiu se desvencilhar dos lencóis e o viu.

— Date?! — exclamou espantada, reconhecendo o filho dos comerciantes de especiarias.

— Sou eu mesmo. Cadê a jóia azul do senhor Kumada? Eu quero ela agora... — Date se aproximou da mulher, caída ao chão, e agachou-se para fica cara-a-cara com Shimano. — Eu acho que você quer devolver a joia, não é? Você não quer que algo ruim aconteça com a sua casa... ou com você... não é? Senhorita Shimano.

— Guardas! — exclamou a velha caloteira, mas sem sucesso.

— Não adianta gritar, velha. — desdenhou. Date cuspiu na cara da mulher e se levantou. — Agora a joia! Vamos! Onde está ela?!

De imediato, Shimano, com as mãos trêmulas, apontou para um móvel com uma gaveta. Dirigindo-se a ela, Date puxou-a com desconfiança, mas dentro do único objeto dentro daquele compartimento do móvel da casa, estava a pedra preciosa com as descrições ditas por Kumada.

— Muito bem. — falou ao colocar a pedra envolta em um pano dentro do bolso. — Eu espero que a senhora pague meus pais, para que eu não tenha que voltar aqui.

[...]

— Tá aqui, senhor Kumada. Eu recuperei sua joia. — exclamou Date ao entrar na relojoaria.

O som do sino fez o velho relojoeiro observar a entrada do menino de cabelos ruivos, que deixou um invólucro de tecido vermelho em sua mesa. Ao abri-lo, a joia azul emprestada à velha caloteira ganhava luz e a refletia com a lucidez que somente uma joia bruta como aquela poderia exibir.

— Eu não sei como te agradecer, Date-kun. — expressou-se Kumada. — Sua recompensa está aqui. Espero que seja suficiente.

Date recolheu o saco de dinheiro colocado à vitrine pelo velho, mas não deixou de apreciar a beleza da pedra que havia sido roubada. Sua responsabilidade, apesar de tudo, tinha tornado-se maior por ter escolhido uma missão como aquela, mas de alguma forma, no âmago de seus sentimentos, tinha uma sensação de realização. Realização por ter ajudado um velho amigo, por ter feito aquilo que era certo e ter praticado a justiça. De alguma forma, tudo aquilo o fazia sentir-se bem, apesar da responsabilidade que tinha sido depositada em seus ombros.

— Não há de quê, senhor Kumada. Eu recebo pra isso, afinal de contas.

240/240 240/240; 150/150; 0/3;