O momento "família" do outro dia ainda me incomodava um pouco, não sendo eu exatamente confortável em lidar com esses momentos mais afetivos. Não somente eu em verdade, o outro mais velho também parecia meio travado neste tipo de coisa, enquanto Deijin só era arrogante de mais para a maioria das pessoas gostarem dele. Mas, ali estava eu, mais uma vez avançando em direção ao nosso local de encontro para apresentar-me para mais um trabalho. Como nunca estou sozinha, além de que os outros sempre pegam as missões, sequer consulto algo anteriormente. Nem mesmo minha mãe estava naquele dia tão afoita, aos poucos indo perdendo o encanto pelo ofício que só me era cada vez rotineiro.

Deijin explicava o conteúdo ali, além de questionar sobre o nome do nosso integrante de mais idade. Ele não disso no dia da garota moribunda? Pensei comigo, mas, esforçando-me um pouco noto que mesmo nesse dia não houve nada formalizado. Tanto faz. Nem me atenho a resposta, caminhando vagarosamente na direção da entrada, para onde, ao sair,  estariam as tais ervais azuis. Era um ótimo serviço para procrastinar, provavelmente íamos nos separar e eu poderia encontrar uma boa sombra para "procurar" as tais ervas. - Bem, vou dar a volta e ir ao fundo da vila. Digo com um certo sorriso contido, escondendo um pouco da malícia ainda que não completamente eficiente e indo para tal direção.

As lembranças do outro dia quando achei que teria vida fácil me perturbam com a possibilidade de acabar trabalhando aumentado. Outra coisa era que as orlas da nossa vila não eram tipo, água? Talvez fosse uma planta marinha? Eu descobriria, ou não, quando me aproximasse mais das cercanias da nossa vila nem tão oculta assim.

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Minha caminhada me levava as encostas com o mar, a neblina suave e o vento sereno. Olhava os arredores e de alguma forma não me sentia estando exatamente no lugar certo, na verdade, um certo desconforto ia me correndo como se eu tivesse sido induzida a chegar até ali. Observo os arredores de forma calma, respiro, me indago. Eu costumo realmente andar tão disposta? Para quem estava tão preguiçosa eu realmente tinha sido bastante afoita. Quase instintivamente selo a minha frente tigre, ativando minha habilidade ocular suspeitando que as coisas não iam exatamente pacíficas como parecia. - Ketsuryugan!

Minha mão deslizava pela bolsa sacando dois senbons, ouço passos apenas quando já estão bem próximos, virando-me e acompanhando com os olhos o que era uma investida intensa de um homem que segurava uma katana em suas mãos fazendo-me saltar para trás apoiando minha mão no solo, soltando um senbon e infundindo-lhe chakra. Não era tão ágil, o homem de certa forma era visivelmente mais rápido, mas, conseguia acompanhá-lo e tomar as decisões de forma precisa a encurtar a distância de meus movimentos compensando o percurso em ações mais sucintas. Com uma breve perseguição uso do objeto deixado, substituindo minha posição para conseguir deslocar-me para trás do que estava mascarado e deixando uma imagem minha para trás.

Uma breve brecha, aproveitada pelo movimento preciso de minhas mãos que envolviam a agulha de sangue para lançá-la em uma conexão de fio para o corpo do meu alvo de forma intensa, cravando-a por sua nuca. Quando ele esboçou o movimento de virar-se assumi sua corrente sanguínea conectada a minha para restringir seu movimento enquanto pela fresta do ângulo gerado pelo movimento iniciado alvejo novamente o homem com outra agulha que crava por seu olho fazendo este grunhir de dor. - Genjutsu, névoa... O que um shinobi quer comigo? Questiono arqueando as sobrancelhas procurando por seu corpo sua bandana. - Ou talvez nukenin? Pondero ao não encontrar nada.

Ele reluta em responder enquanto lentamente vou dilacerando seu rosto com o senbon até que ele solta apenas um "Mataram gente por uns roubos quaisquer e acharam que ninguém ia se incomodar? Vocês cegos pela autoridade que tem são os piores." No mesmo instante cesso o movimento da agulha na face do homem imobilizado e a levo até meus lábios com um sutil sorriso que quase descrevia perfeitamente o pensamento. Ah, então era isso. Olho nos olhos dele e arfo, falando com biquinho em tom de reclamação. - Mas eu nem matei ninguém. E como se fosse completamente irônica ao afirmar tal, dilacero seu pescoço fazendo seu sangue verter ao solo antes do próprio homem também cair e ser empurrado por meu pé em direção ao mar.

Volto sem ervas, limpando o sangue em minhas armas ao controlá-lo com o Ketsuryugan que é desativado antes mesmo de chegar até o reencontro com os outros dois pelo percurso feito. Quando os visse perceberia que felizmente o sarutobi tinha completado a missão por nós, quanto a Bercon eu apenas faria um aviso bastante sucinto. - Talvez tenhamos conseguido inimigos na fazenda. Digo dando de ombros, nem sequer falando o motivo por trás e já seguindo em busca das nossas recompensas junto com o orgulhoso Deijin.

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