OS PRÓXIMOS FILHOS DO FOGO

Aspirava em toda me adolescência um dia me tornar uma Kunoichi poderosa, seguindo os passos de meu falecido irmão que era devoto a Konoha, assim como nossos ancestrais sempre foram. E naquele dia do qual eu contava cada minuto para que chegasse finalmente, pois, assim como todo Genin, conheceria o time do qual eu faria parte.

Eu se quer precisei da ajuda dos meus pais para que estivesse de pé antes mesmo da hora necessária, uma beliscada naquele café da manhã e em poucos minutos estava eu lá fora, correndo pelas ruas de Konoha em direção a academia. Diferente do período em que ainda era uma estudante, esse dia em específico estava calmo e silencioso, e notadamente todos os recém formados pareciam apreensivos, nervosos e incomodados, - Que ridículos! - Exclamei em um tom que chamaria a atenção de qualquer um, já que aquele lugar era um poço do silêncio.

Já no fim do corredor, a sala indicada para que eu esperasse se apresentava, e em um passo eufórico, abri a porta com mais força e vontade que eu deveria aplicar, causando um possível alvoroço nos demais. Me sentei em uma das mesas e apenas aguardei com um largo sorriso no rosto, não abrindo a boca incialmente para conversar com nenhum deles, até porque até então eu não me recordava deles na academia, e muito provavelmente seriam alunos bem discretos das outras turmas.  

- Puffhahaha! Até que enfim... - Esperávamos ali já tinha um certo tempo, e ao ver a chegada daquele homem me fez quebrar o silêncio repentinamente. Aquele homem era jovem, e ostentava uma postura um tanto quanto desconfortável, talvez não se sentisse tão bem assim, mas quem era eu para conseguir indicar algo ou não. - Não vai fal... - Era interrompida naquele mesmo instante após algum tempo silencioso, e daquela forma senti como se estivesse em um dos treinos malucos que meu sempre nos dava, onde automaticamente enrijeci meu corpo, quase que ficando coma postura de um soldado prestes a prestar continência, e então, apenas continuei a ouvir as palavras daquele homem enquanto o silêncio imperava sobre nós três.

Sensei... sempre me peguei imaginando quem de fato seria o tal responsável pelo time, e confesso que de início aquela aparência jovial não me passava tanta confiança - por mais que eu tivesse um histórico familiar com meu irmão atingindo postos além da sua idade -, mas, ele era um superior, então de alguma forma eu tinha que respeitá-lo. - Senju Maka, sensei. Uma integrante do Time Dois! - Respondi com veemência já puxando a fila, ansiosa para que meus companheiros de time falassem, e eu pudesse conhecê-los melhor.

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Mais um dia, mais trabalho. Bocejava pesadamente em meio ao sono e tédio enquanto caminhava em piloto automático em direção ao jardim da família Akuma, uma bonita estrutura com muita área verde e árvores dos mais variados tipos. Mas no outono aquilo era um verdadeiro pesadelo, porque a tarefa de juntar as milhares de folhas todos os dias era obviamente minha. - Arghhhhhhh. - Um gole no café e bora pro trabalho arrastado.

Depois disso, estudei um pouco dos antigos livros, limpei a sala de oferendas e também fiz um pouco de minha meditação diária obrigatória (dormi durante). Enquanto sonhava com rosquinhas e o lámen quentinho que iria comer de noite ouvi a voz arrastada de um demônio… - O que.. fa.. faz aqui. - Meus se abriam lentamente, apertados pela luz da vela apontada para meu rosto. - O QUE FAZ AQUI??? - Não era um demônio, era só meu tataravô e seu bafo podre. - ah, é voce, velhote - Respondia me afastando e apertando o nariz. - Você vai mesmo se atrasar no seu primeiro dia? Você não respeita sua família? Você não honra nossa história, eu não acred - A medida que ele me xingava eu percebia a burrada que tinha feito. - Drogaaaasadahdadhauduad

Deixava o velhote falando sozinho e saia em uma corrida por dentro da casa. Em cada cômodo que passava pegava um item, minha jaqueta, minha bolsa e também mais um pãozinho porque já estava com fome de novo. Você pode achar que eu estava tenso e ansioso, mas na realidade esse tipo de situação era tão normal que tinha um sorriso no rosto, afinal, hoje era o dia que conheceria meu companheiros! - LETS GOOO - Gritava e desviava das pessoas e barracas pelas ruas de Konoha.

Para economizar tempo escalaria os andares pelo lado de fora e entraria pela janela (como já tinha feito algumas vezes durante a academia). Chegando na sala sentaria em cima de uma das mesas e balançando os pés felizes, terminaria de comer seu paozinho. - Vocês sao estranhos… eu gosto. - Sorriria com os dentes afiados e a boca cheia. - Me chamo Akuma. Akuma Hiro, espero que formemos uma grande equipe! - Cerraria o punho e o apontaria para cima em um soco firme.

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Bizarro! A punica explicação para aqueles dois. Um deles gostava de falar sozinho, as vezes parecia até meio carrancudo ou talvez, assustado demais? Enfim, uma coisa eu não posso negar, ele era bem metido e abusado. - “Kazama da Ganacia”, PUFFHAHAHAHA! Você parece ser um sujeito bem engraçado. - Disse após ouvir a sua engraçada apresentação.

Do outro lado, aquele que chegava por último, mas que fazia questão de chamar a atenção. - Olha, esse carinha aqui é realmente bem estranho. - Responderia Hiro enquanto apontava para Kazama com o meu polegar direito. - Mas eu realmente espero que formemos uma bela equipe! Quer dizer, já somos com certeza! - Animada, repetiria sua atitude, cerraria o punho e o apontaria para cima.

Mas junto de nós três estava Squall, o Jounin designado para ser o nosso sensei, com todo esse seu jeito observador e silencioso com a gente. - Ei, não vai fal... - E mais uma vez era interrompida pela sua repentina fala enquanto ele começava a discursar. - Gostei disso. “Suar no treinamento é não sangrar na batalha!” Você até que fala bonito, sensei! - Elogiei, pois muito provavelmente guardaria aquela frase comigo. - Desistir? Por favor, não somos mais crianças, somos shinobis da folha, e herdamos a vontade do fogo. Não importa o que aconteça, eu sempre farei o possível pela minha vila, mesmo que eu morra! - Conclui, tentando rebater seu comentário sobre desistir.

Com isso, fiz questão de puxar a fila. - Eu vim do clã Senju, e assim como os meus ancestrais, eu doarei toda a minha vida pelo bem de Konoha. Sei que não sou um prodígio como meu irmão era, nem se quer tenho o talento que ele tinha de sobra. Mas, eu juro que me tornarei um dos ninjas mais poderosos que Konoha já viu, e meu nome reverberará por todo esse mundo. Essa é a minha promessa! - Cerrei meus punhos e olhei fixamente para Squall com um olhar faminto e firme, de alguém que com toda certeza havia dito tudo aquilo do fundo de seu coração.  

347 palavras.
Turnos: 02

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~ Treinar para não sangrar. ~ Aquela frase ecoava em meus pensamentos e com certeza a carregaria comigo daqui para frente. ~ Mas se tiver que sangrar por Konoha, sangrarei. ~ Conclui sozinho. De fato, fazer sacrifícios não era nenhum tipo de problema para mim.

E quando o sensei perguntou sobre sonhos meus olhos se estreitaram e minha atenção foi toda aos dois ninja ao meu lado. Eu adorava ouvir e entender as histórias das pessoas. - Oohhh, eu adoraria saber mais sobre seu irmão depois, Maka. Ele parece ser um dos melhores.  E você, Kazama da Ganância. - Diria com inocência e admiração. - Estou ansioso para ver tudo que vai conquistar :blush:

E quando acabaram, um grande sorriso se abriu em meu rosto. - Por que pensar tão pequeno? - Ficaria de pé em cima da mesa. - Eu vou ser a porra do próximo Hokage, meu poder vai ser tão grande que não vai existir outra opção a não ser me considerarem o próximo Rei Demonio! O MAIOR DOS DOIS MUNDOS!! - Abriria os braços como se pudesse abraçar o mundo. E então coçaria a cabeça pensativo. - Isso e, experimentar a culinária de todas as vilas… cara, isso seria demais. :thumbsup:

Então, sem mais nem menos voltaria a sentar sobre a mesa e continuaria a balançar os pés. De algum jeito estranho e mesmo sendo completamente diferente do sensei Squall eu estava gostando do jeito dele ,que ele tinha muito a nos ensinar e isso era exatamente o que nós precisávamos para nos desenvolvermos como os melhores. - Vamos ao treino, sensei?

Status:

Equipamentos:

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Nossos sonhos e aspirações eram reveladas uns para os outros sem medo algum, e de imediato era visível o quão diferente éramos. Mas, Kazama em específico começava a me incomodar um pouco, pois seus desejos pareciam ir muito de contra partida aos meus, e isso de certa forma me incomodava, porém, no fundo eu reconhecia que ele seria uma pessoa interessante de se ter por perto. - Protagonista, ahn!? - Disse ao me aproximar dele enquanto olhava em seus olhos. - Estou curiosa pra ver isso acontecer... - Sorria em um último suspiro e então me virei, deixando a sua atenção de lado.

Hiro por outro lado parecia ser um garoto muito mais sonhador que a gente com todo aquele papo de ser um Hokage e um... rei demônio? E a parte sobre as comidas!? Um garoto bem engraçado. - Vai ser divertido ter você no time, Hiro. - Estiquei meu braço direito cerrando o punho esperando que ele retribuísse o cumprimento.

Mas no fim, a pessoa mais interessante naquela sala era Squall, o nosso sensei. Um homem um tanto quanto silêncio as vezes, e bem pensativo também, não consegui entender exatamente quais eram suas intenções, seria preciso ainda muitos dias de convivência que estavam por vir para que pudesse conhecê-lo melhor. - Olha só, Hiro. O sensei fala bonito, cheio de filosofia motivacional! - Comentei cutucando o companheiro após aquele pequeno “ensinamento” passado por ele.

Apesar de tudo, ele estava prestes a se despedir no momento em que se virou e caminhou até a porta, porém, antes que saísse deu-nos um kit de armas básicas ninja, e isso só me fazia pensar que as coisas finalmente estavam acontecendo. - Hum... esse treinamento parece puxado... acho que vou gostar, Puffhahaha! - Disse animada com a notícia do treinamento que começaria dentro de dois dias, e naquele momento eu já estava ansiosa para tê-lo. - Muito obrigado sensei, estaremos lá assim como combinado! - Exclamei enquanto fazia uma reverência para a iminente retirada dele.

Nós havíamos finalmente nos formado na academia, e agora de bandana decorada, e com um kit de armas em nossa posse, éramos oficialmente Genin. Tínhamos uma equipe e um sensei, nada poderia nos parar agora, uma vida inteira repleta de desafios estava bem a minha frente, e eu não hesitaria uma vez se quer em poder aproveitá-la.  

390 palavras.
Turnos: 03

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Por enquanto seus companheiros passavam impressões completamente diferentes um do outro. Maka parece ser uma pessoa esforçada e comprometida ao qual eu esperava me tornar um grande amigo. Já Kazama parecia ser do tipo que faz exatamente o esforço que julga ser o correto, isso poderia ser bom ou ruim dependendo da situação. De qualquer forma, só o tempo diria como seriam os próximos anos e nem sempre amizade e trabalho se misturavam, afinal, o que realmente importava era o nosso grau de eficiência a cada missão executada.. De certo seriam dias intensos.

Os ensinamentos de Sensei eram profundos, às vezes tão complexos que quando chegava no final eu esquecia do começo. Mas tudo bem, o que importava era a sensação que eles deixavam em mim, uma incrível vontade de trabalhar duro e melhorar cada vez mais! Agarrava o pequeno pacote que antes mesmo de abrir já sabia que se tratavam de armas ninjas… Desde pequeno treinava com elas e agora eram como se fossem antigos amigos de infância. - Obrigado, sensei.

O verdadeiro teste estava marcado para dois dias e no mesmo momento um calafrio percorreu todo meu corpo. Não por medo ou desconforto, mas sim pela mais pura excitação pelo o que viria a seguir, mal podia esperar para começar de verdade minha carreira como ninja da folha. - Ficar sem tomar café vai ser um pouco difícil, sensei… hhehe. - Coçava a cabeça meio sem jeito.

Vejo vocês em breve, pessoal. Hey Kazama, ve se bota um sorriso nessa cara amarrada, nós ainda temos muito pela frente. - Iria para a direção contrária a ele, dessa vez seguindo para o corredor.- Maka, vamos sair para comer algo qualquer dia desses, eu adoraria ouvir mais sobre sua família. - Diria sem nenhuma segunda intenção além de conhecer a garota e ouvir sobre ninjas legais. Ouvir boas histórias na companhia de um bom prato era uma das coisas que eu mais amava e por que esperar para conhecer essas pessoas? Bem, talvez Kazama e Sensei levassem um pouco mais de tempo, eles não parecem ser pessoas exatamente… sociáveis.