RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Kenyu


Haru
Kirigakure Jōnin
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veneno melindroso
敏感な




   ... um coquetel de toxinas cardiotóxicas e neurotóxicas. Uma substância surpreendentemente letal.

   Numa das salas do Laboratório da Névoa, os olhos violeta se encontravam vidrados nas lentes do microscópio. A mão pálida regulava, delicadamente, o micrométrico. Os escuros feixes de cabelo, presos numa das laterais da cabeça, escorriam sobre os ombros como o véu que cobre a noite. O acessório que segurava os fios era a típica presilha de borboleta; uma das asas estava faltando, porém.

   Embora estivesse focada na produção de um novo veneno, Haru ouviu o som familiar de passos apressados vindo dos corredores. O ritmo acelerado não era comum para as pessoas que frequentavam o laboratório. Ela logo notou que algo inusitado estava para acontecer. Já foi afastando o rosto do aparelho óptico, aproveitando-se para aprumar a postura e esticar o coluna.

   O toc toc na madeira foi sucedido pelo abrir da porta. — Senhorita Haru, o senhor Mizukage solicita sua presença no hospital, — disse o homem que adentrou a sala sem esperar por um convite.

   Haru o observou, vendo as vestes características dos caçadores. Embora fossem poucas palavras, a garota notou a urgência velada naquele chamado. Em silêncio, ela apenas fez que sim com a cabeça e se aprontou para sair. Com mãos experientes, ela guardou a amostra química num tubo de ensaio. Então recolheu sua bolsa de equipamentos.

   Reparando a movimentação, a serpente albina, que adormecia enrolada sobre a mesa, despertou e já foi se rastejando para assumir seu lugar sobre os ombros da kunoichi. Quando Haru se despiu do jaleco para se vestir com o habitual manto branco, Shiro estava enrolado em seu colo.

   Ela caminhou calmamente na direção do caçador que se mantinha aguardando ao lado da porta. Então ocorreu um insight: O cachecol vermelho... é uma pena que não dê tempo de passar em casa para buscá-lo, Haru falou consigo mesma, lembrando-se da peça que deveria devolver a Warui.

   Para além do laboratório, passos firmes patearam sobre as telhas das estruturas da Névoa. Com alguns minutos, ambos chegavam ao destino. O caçador guiou Haru até o leito onde ela encontrou não só o Sexto, como também outras duas figuras integrantes dos Anbu — sendo que uma ela já conhecia.

   O olhar violáceo correu pelo ambiente e acabou ficando preso nas faixas que amarravam um dos braços de Warui. Por um instante, o semblante impassível de Haru foi quebrado por um espanto repentino. Rapidamente, os lábios entreabriram e as pálpebras arregalaram. As bochechas de porcelana ficaram levemente coradas. Mas ela não demorou a se recompor.

   — A que devo o chamado, Warui-san? — A voz soou de modo categórico, porém com um tom de doçura no fim.

   Um silêncio. O silvo de Shiro no fundo.



Considerações:
Haru
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Nero
Mizukage






I.


As gargalhadas se calaram quando o som de nós de dedos na madeira da porta invadiu o quarto do hospital. Nenhuma resposta veio do lado de dentro, o Sexto correu seus olhos brandos na direção da porta que se abriu sem ranger. O manto negro cobria todo o corpo do pequeno caçador que atendia pelo codinome Doninha; ele se postava um pouco adiante da garota de cabelos pretos como a noite e olhos lilases como pétalas de violeta.
  Não havia surpresa no semblante de Warui e ele quase poderia dizer, ainda que sem olhar, que os lábios de Ichika se curvavam num sorriso travesso de canto de rosto. Os olhos violáceos se arregalaram sutilmente a boca da menina se abriu quando estava voltada diretamente para si. Acho que é a primeira vez que ela me vê após uma missão, seus parceiros e sua mestra já haviam se habituado à sua maneira quase inconsequente de lutar, mas era um fato de que aquilo era novidade para a neta de Watanabi.
  Viu o mascarado ajoelhar-se e baixar a cabeça numa respeitosa reverência. Com um menear de sua mão livre, ordenou que o outro se levantasse – assim foi feito.
  — Obrigado por trazê-la, Doninha.
  — Ora, ora, estávamos falando de você ainda agora, Haru-chan. — dizia a loira, num tom que fazia-o ter certeza de que estava sorrindo.
  — A que devo o chamado, Warui-san? — foi a voz doce da kunoichi a sua frente que fez a pergunta. A pequena cobra nos ombros franzinos silvou enquanto o silêncio se fez presente.
  — É bom vê-lo também, Shiro. — cumprimentou a pequena serpente, sem fazer qualquer ligação com os animais que lhes causaram problemas horas atrás. O dedo indicador apontou para a cama ao lado da sua, onde o parceiro estava deitado já despido de sua máscara. — Jiro foi envenenado durante uma batalha. Os médicos conseguiram evitar que ele morresse, mas temo que ainda haja veneno no sangue dele.
  Seus olhos não desgrudaram daqueles grandes orbes lilases, mas conhecia o parceiro bem o suficiente para saber que naquele rosto estava um semblante sem jeito que dizia “eu estou bem, não se preocupe”.
  — Não consegui pensar em outra pessoa que não fosse você para tratá-lo da melhor maneira. Pode examiná-lo? — a Sombra não deu uma ordem, o tom explicitava um pedido genuíno de um amigo preocupado.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 290/290 // ST: 00/07


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Haru
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veneno melindroso
敏感な




   As palavras de Ichika, a caçadora que Haru conhecera primeiro como Raposa, eram proferidas com uma brincadeira no tom. Mas a atinada kunoichi de olhos violeta, curiosamente, não foi capaz de decifrar a melodia do sorriso travesso; o que, normalmente, ela faria de modo espontâneo. Já há algum tempo desde que ela percebera que seus sentidos ficavam embaçados quando na presença de Warui.

   Falavam de mim?, questionou-se Haru. Seria algo urgente? Mas estão todos muito tranquilos...

   Só quando o indicador da Sombra apontou para a cama ao lado, que Haru se desprendeu dos olhos borgonha para testemunhar o que seria seu real objetivo ali. Jiro, repetiu o nome do rapaz em pensamento, para não esquecê-lo, logo após as instruções de Warui. Então, como sussurros, algumas palavras escaparam dos finos lábios rosados:

   — Ah, ele está envenenado. — ela já entendia o que deveria ser feito. E continuou, agora com a voz menos introspectiva: — Farei o possível.

   Passos lentos levaram Haru até Jiro. Os olhos violeta varreram o corpo do rapaz, estudando-o com uma obstinação clínica. E parou ao lado do leito.

   — Peço licença para examiná-lo, Jiro-san, — disse Haru.

   — Vá em frente — ele respondeu —, não se preocupe.

   — O que sente? — perguntou Haru.

   No meio tempo da breve conversa, a kunoichi não deixava de observar o rapaz. O aspecto de sua pele. O visco de seus lábios. O tom de sua voz. E, até mesmo, a cadência de sua respiração.

   — Uma leve tontura e algumas... — a fala foi interrompida por uma tosse carregada. Após se recompor, ele continuou: — Dores no peito.

   Tosse produtiva, constatou Haru. E disse: — Já deve imaginar onde o veneno está te afetando. As toxinas são, em sua maioria, produzidas para afetar os órgãos vitais, principalmente os pulmões e o coração. Acredito que os resquícios do veneno estão na sua região pulmonar. — o olhar violáceo o percorreu mais uma vez. — Por isso a voz meio arrastada, a tosse carregada, as dores no peito, a dificuldade de respiração e o cansaço extremo.

   Haru deu alguns passos para trás, afastando-se da cama. Aproximando-se de uma mesa, ela despiu-se do manto branco e o colocou sobre o móvel. Com cuidado, os dedos franzinos apanharam a esguia serpente e a repousaram sobre o manto; onde o animal camuflou-se por ambos serem alvos como a neve. E então caminhou até a pia mais próxima, subiu as mangas da blusa e ligou a torneira, a fim de higienizar as mãos.

   Feito os preparativos, Haru voltou. E, dos seus lábios, saiu um suspiro, enquanto ela aprumava a postura.

   — Para retirar o que resta da toxina, devo extrair por uma técnica não muito agradável, — disse Haru. Então, virando-se para Warui e Ichika, ela continuou: — Preciso me certificar de que ele não irá se mexer durante o processo.

   — Deixa comigo, — respondeu Ichika, entendendo o recado.

   Prontamente, a caçadora se aproximou e segurou o rapaz com mãos firmes em seus ombros. E Haru notou um sorriso de malícia no canto dos lábios da loira. Jiro parecia tenso, com uma feição sem graça. Apesar de manter um semblante impassível, a garota de tez pálida também sentia-se ligeiramente desconfortável.

   De maneira delicada, Haru pousou a mão sobre a testa de Jiro. Ela afastou os fios ruivos dele para que seus dedos entrassem em contato com a pele e o calor do corpo. Quero garantir ainda mais segurança nesse processo, ela pensava. Mas como? Só se eu... usar aquele outro jutsu. Uma técnica que não estava completamente dominada, mas que Haru sentia a necessidade de usá-la: o Choque Desorientador do Corpo.

   Haru fechou os olhos. Então, com seu refinado controle de chakra, ela deixou a energia espiritual emanar por entre seus dedos. Pouco a pouco, o chakra de Haru criava uma espécie de elo entre ela e Jiro. Mas muito mais do que um simples elo, ela usou a energia para criar um caminho até o sistema nervoso do rapaz. Desse modo, ela começou a enviar impulsos às células nervosas. Impulsos que começaram a interferir nas trocas elétricas dos neurônios; na comunicação entre cérebro e corpo.

   A kunoichi mordeu os lábios devido à pressão que a minúcia daquela técnica lhe exigia. Seu alto nível de controle da energia espiritual foi determinante para a realização do feito. Ainda de olhos fechados, ela respirou fundo, e visualizou a sua energia interferindo em todos os caminhos de neurônios por todo o corpo de Jiro.

   Então os olhos violeta se abriram. Os dedos lívidos cessaram a emanação de energia. E Haru terminou por afastar sua mão da testa do rapaz.

   — Tente mover o braço, Jiro-san, — disse Haru.

   Alguns segundos se passaram e nada aconteceu. O caçador arregalou os olhos, olhando para o próprio braço, com uma expressão incrédula. Ichika tinha uma feição confusa estampada no rosto. E Haru sorriu aliviada.

   — Não se preocupe, — disse Haru. — Interrompi temporariamente seus movimentos para conseguir precisão. Agora irei iniciar, de fato, o processo de extração do veneno. Ichika-san, pode me arranjar um recipiente com água, por favor? Preciso que seja como uma travessa.

   Enquanto a caçadora saía, Haru voltava a se concentrar em Jiro. Com certo receio, ela abaixou o cobertor que cobria o rapaz até o peito, e levantou a blusa. E, outra vez, os olhos violeta se arregalaram. Dessa vez, porém, não era por uma razão qualquer. A garota se deparou com uma série de picadas no torso do rapaz e hematomas espalhados — principalmente no peito.

   — Aqui está, Haru-chan... — Ichika se fez novamente presente. — Nossa, ele está bem machucado ainda.

   Munida de uma travessa de água, a loira deixou o recipiente sobre a mesa perto da kunoichi de cabelos pretos. Haru, por outro lado, voltou a não esboçar nenhuma reação e a se concentrar totalmente no processo. A partir dali, tudo a volta da pequena ficou enevoado. O foco dos olhos violeta ia até onde o paciente e o recipiente de água estavam.

   Dois dedos da mão direita se uniram e emanaram chakra. Uma lâmina energética era criada e, com bastante cuidado, Haru a usou para fazer uma pequena incisão logo abaixo do peito esquerdo de Jiro. A outra mão pousou sobre o recipiente de água, até a palma tocar a superfície do líquido, e também emanou chakra por ali. Quando essa mão subiu, parte da água veio pregada à palma no formato de uma bolha, pouco maior que a própria mão.

   A bolha foi levada à incisão. Então o líquido entrava, lentamente, no corpo do rapaz. Enquanto a mão esquerda pressionava a bolha para entrar, a outra abandonou o bisturi de chakra e se posicionou sobre o peito direito. Com a destra ela puxava a bolha, que vertia da própria pele do rapaz. Porém, a água que entrava cristalina, saía com manchas escuras de um líquido purpúreo — era o veneno.

   A extração levou um tempo. No fim, a bolha sugou completamente o veneno que havia nos pulmões de Jiro. E o recipiente que antes continha água, agora continha a substância venenosa.

   — Pronto... — Haru estava nitidamente exausta, ofegando. — Jiro não está mais envenenado.



HP: 260/260 | CH: 190/260 | ST: 01/04 | SA: 250/250

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Haru
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II.


  O ambiente, antes descontraído no quarto do hospital, cedeu à tensão da impotência que lhe tomara e quiçá também abraçava Ichika e Doninha. Desde o momento em que Jiro concedeu permissão à Haru para que o examinasse, o protagonismo passou a ser todo da menina dos olhos lilases. Não podia fazer mais que observar e sentir seu coração apertar enquanto o ruivo era tratado – ou operado, melhor dizendo.
  Seu corpo havia sido envenenado e, segundo as palavras da neta de seu conselheiro, atacaram os órgãos vitais do caçador. Warui não tinha dúvidas de que talvez a vida do parceiro ainda estivesse em risco, mas a informação fora recebida como um belo soco na boca do estômago. Raposa ainda tinha alguma função em todo o processo; o Sexto estava inutilizado ali com seu braço enfaixado. E isto é exclusivamente culpa minha, ele recostou a cabeça e voltou os olhos para o teto, quase podendo ver toda a cena projetada diante de si outra vez.
  Ele, porém, não se arrependia, conseguiu o que queria no final de contas e era apenas isso que lhe importava, mesmo que tivesse lhe custado alguns ossos quebrados. Voltou sua atenção para Jiro, que tinha os ombros segurados por Ichika enquanto violeta agitava a própria energia para tratar do Uzumaki. Os olhos da mente lhe permitiram notar a estranha mescla que ocorrera nas assinaturas da pequena kunoichi e do caçador. Após o pedido de violeta quando nada aconteceu, aquilo o fizera arquear uma das sobrancelhas. Ela é realmente uma figura bastante interessante.
  Calmamente virou seu corpo sobre o colchão e levou ambos os pés ao chão, caminhando sem pressa para mais perto de onde ocorria o trabalho para salvar a vida de seu velho amigo. Naquele momento, a blusa do rapaz era levantada e a Yamanaka não mediu sua surpresa.
  — Eu deveria tê-lo salvado antes de atacar as invasoras. — pensou alto, olhando diretamente para Jiro, que lhe oferecia um sorriso sincero.
  — Se tivesse focado em me salvar, abriria uma brecha para elas te atacarem. — ouviu falando com a voz um tanto arrastada. — Você agiu bem, Warui-san.
  — Você se cobra demais às vezes, já falei que precisa parar com isso. — Ichika o repreendia, mas não com a veemência que faria caso a apreensão não a tivesse tomado também.
  Se estava tensa, violeta era a única que não o demonstrava. Seus olhos se grudaram nela e admiraram toda a concentração da chunin enquanto ela fazia o próprio chakra envolver a mão a transformando numa espécie de lâmina. Haru mostrava-se ainda mais habilidosa que quando ajudara a salvara vida de sua parceira, sendo agora a grande responsável pela parte mais delicada da operação. Uma bolha entrou por um lado do peito do paciente e saiu do outro horas depois; a água que antes era límpida estava repleta de manchas escuras.
  O semblante exaurido havia assumido o lugar da expressão concentrada de violeta. Os olhos borgonha da Sombra se prenderam nos dela, sabendo que lhe devia ainda mais do que antes. Já é a segunda vez que ela salva parte de mim, a pressão em seus ombros aliviou de forma drástica.
  — Te devo uma, mais uma vez. — disse, levando a mão boa ao interior de seu quimono.
  Entre o dedo polegar e o indicador, ele segurava o outro lado da pequena presilha da menina. A cena de quando recebera o presente e fizeram a promessa vieram a sua mente como se ele estivesse a vivendo outra vez. Abriu a palma da mão, oferecendo aquilo que os mantivera conectados durante toda a incursão no País das Ondas, para mim, foi como se pudesse senti-la mesmo no calor da batalha.
  — Em Namigakure, enfrentei a Quinta. Seu descanso foi perturbado por um homem de olhos de serpente. — lembrou-se que não havia compartilhado com seus parceiros tudo o que vivera lá. — Isto me ajudou a lembrar que tinha motivos para lutar, ainda que fosse contra ela. — seus olhos não desgrudaram daqueles grandes orbes violáceos. — Obrigado por salvar meus amigos. — por ter voltado viva.
  A risada abafada de Ichika o fizera desviar os olhos na direção dela.
  — Pare de ler meus pensamentos.
  O quarto também estava despido da tensão e o Sexto sentiu-se grato mais uma vez.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 290/290 // ST: 00/07


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Haru
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veneno melindroso
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   Ao final do processo, Haru levou a mão à testa como reflexo do cansaço.

   Cambaleou com um passo para trás, e apoiou-se na margem da mesa em que havia deixado seu manto. Ouviu o silvo da serpente que também deixara por ali. Haru se virou para sua esguia companheira e concedeu-lhe a mão para que subisse por seu braço.

   O frescor das escamas brancas e gélidas eram um acalento notável de Shiro, e arrepiava o braço da garota como um carinho intenso. Já estava acostumada, porém; até gostava da sensação.

   Entregou-se ao prazeroso sentimento de alívio que apenas um procedimento bem-sucedido era capaz de promover. Mas era um sentimento que exigia um custo: o de abaixar a guarda. Quando ergueu o rosto e tornou a olhar para frente, deparou-se com aqueles vívidos olhos borgonha a observando.

   Um novo arrepio. Mas, agora, por todo o corpo.

   A cor pálida de Haru evidenciou quando suas bochechas enrubesceram. E seus lábios, peças sutis de veludo, curvaram-se num sorriso tímido. Inclinou a cabeça para baixo, uma ação inevitável. Porém, por algum motivo que não era capaz de explicar, seus olhos continuaram magnetizados por ele. Alguns fios negros de seu cabelo escorreram por cima dos ombros, um véu escuro e sedoso.

   E ela permaneceu com o sorriso.

   — Te devo uma, mais uma vez — disse Warui.

   Haru ficou em silêncio. Um silêncio tímido.

   "Te devo uma, mais uma vez", as palavras ecoaram em sua mente. E ela sabia que ficariam gravadas em sua memória.

   Warui prosseguiu com sua fala, e o clima se tornou mais sério. Só que uma risada travessa por parte de Ichika não deixou que aquele momento continuasse com a devida seriedade. O que foi bom... uma distração a mais que Haru não foi capaz de prever. E esse despreparo se fez presente quando a pequena Watanabi deixou escapar, ainda que baixa, uma risada.

   De imediato, Haru assustou-se consigo mesma. Tapou a boca com as mãos. Shiro, que estava enrolado no braço dela, encimou o ombro franzino e silvou num tom diferente do comum: até a companheira albina ficou surpresa.



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III.


  Os olhos dela estavam baixos e os lábios finos curvados num sorriso singelo. O trabalho de Haru havia terminado e ele sentia-se grato por tê-la em sua vida, sabia que os destinos de Ichika e Jiro poderiam ter sido diferentes. Seu olhar correu na direção da caçadora, a fuzilando de soslaio enquanto o semblante da loira ostentava aquele traço debochado que o irritara tantas outras vezes no passado.
  As mãos de violeta correram na direção da boca abafando uma risada que escapava e pareceu deixá-la constrangida. Não conseguia esconder a surpresa em ver a garota daquele jeito, que apesar de toda a suavidade sempre mostrou-se alguém serena e por vezes até pouco expressiva. Um sorriso de canto invadiu seu rosto de forma involuntária vendo-a daquele jeito e sentiu o coração acalorado, uma pequena porção de paz.
  Cada passo de Raposa estalava contra o piso do quarto e ele sabia que estava vindo em sua direção. O toque dela em seu ombro precedeu um abraço inesperado e a viu manter aqueles grandes olhos azuis em Haru enquanto permanecia um tanto risonha.
  — Vocês dois são tão parecidos e ao mesmo tempo tão diferentes. — viu-a se desvencilhar e parar ao lado de ambos, pousando a mão direita sob o queixo. — “Haru é doce como um sonho de primavera e Warui é intenso como ventos de inverno”, Jiro definiu uma vez e agora consigo entender, mas... — notou a Yamanaka se aproximar da Watanabi e arqueou as sobrancelhas quando viu o olhar tão próximo da pequena. — ...os dois são incapazes de entender os próprios sentimentos.
  — Ichika...
  — Não esquenta, eu vou deixar os pombinhos a sós.
  A caçadora passou por si com seus longos fios dourados balançando e espalhando o cheiro de flores que ela sempre carregava consigo. O andar dela era elegante e pode perceber o desacelerar quando estava a poucos metros atrás de si.
  — E eu falava de você e do Jiro.
  — É claro.

(...)

  — Eu espero que você não esteja pensando em sair com ela vestindo ISSO! — a voz estridente de Ichika arrancou-o de sua lembrança enquanto ela apontava para si com desdém. — Quantos anos você levou para chamar ela para sair?! E quando faz vai usar exatamente as mesmas roupas de SEMPRE?!
  — Agora me lembro porque pensei bastante antes de pedir sua ajuda.
  Num canto da sala de estar da casa dos Yamanaka, estava Jiro jogado em uma poltrona vermelha com um sorriso largo no rosto. O carmesim também cobria o corpo do Sexto, um grande casaco sobre uma camisa branca e encimando calças de moletom cinzas. Tomoko-sensei mirava-o com aqueles grandes olhos negros que o analisavam dos pés à cabeça com os braços cruzados a frente do peito.
  — Ichika tem razão, você não pode se vestir como se fosse nos encontrar. — Warui não esperava palavras de apoio de sua mestra.
  — E como eu devo me vestir?
  Quando a última palavra escapou, ele sentiu os olhos azuis da caçadora o agarrarem como uma serpente e sua presa. No rosto, um sorriso quase sádico brincava nos lábios dela; ele sabia que o que quer que viesse dali em diante, iria contra todos os seus gostos. E Ichika jamais desperdiçaria uma oportunidade dessas.
  — Eu tive uma ótima ideia.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 290/290 // ST: 00/07


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