“Caos”

Essa era a palavra que definia todo o país da água e principalmente Kirigakure, mais conhecida a partir daquele fatídico evento que inicio a guerra civil, como Névoa Sangrenta.

A população da vila estava revoltada com toda a situação instalada no país, a notícia da morte do herdeiro e toda a guerra civil levou todos a loucura. A maioria culpava a liderança atual do Mizukage por essa insurgência contra o governo do país e agora, todos estavam sofrendo com isso. A mídia fazia questão de colocar cada vez mais fogo na lenha e incitar o caos para ganhar mais e mais audiência e dinheiro com a propagandas de guerra, sendo elas a favor de Kiri ou não, a única coisa que já se sabe, é que a verdade foi a primeira vítima da guerra.

Uma parcela da população mais radical e totalmente contrária ao governo, alguns com membros de ideais controversos e retrógrados, estava em frente ao quartel onde normalmente se armazena e entrega missões aos ninjas. Eles estavam promovendo um boicote ao serviço ninja para minar o dinheiro dado através dos serviços e pressionar o estado a parar a suposta insurgência contra o país da água.

No momento atual, já era possível ver a lua no céu e o sol se pondo em um lindo pôr-do-sol laranja que poderia ser apreciado se não fosse o cheiro de sangue e sujeira das ruas. Com a noite vindo, o clarão das chamas proveniente das tochas e dos incêndios de objetos e estabelecimentos queimados ficavam mais visíveis juntamente da fumaça negra que infestava o local. O protesto outrora passivo, escalava seu nível de periculosidade com o passar do tempo, com homens com balaclavas, lenços e mascaras no rosto incitando a violência, em ações como trazer armas cortantes e contundentes, pedregulhos, papéis bombas de compra e fabricação ilegal e várias garrafas de álcool. Todos levantam sua voz para mostrar o nível de revolta contra o Mizukage e seu governo, exigindo o fim do conflito e das violências exercidas.

Não demorou muito e a frente do quartel começou a virar um inferno com a queda da noite. A tropa de choque da polícia ninja recebia mais e mais reforços, usando escudos metálicos, estes já danificados com a quantidade de pedras e objetos arremessadas, máscaras de gás como preocupação de um ataque químico além de roupas reforçadas, semelhantes às da cultura samurai. Mais e mais pessoas se juntavam a manifestação que cada vez mais perdia seu propósito inicial e se tornava uma briga feroz entre população e governo.

Foram chamados até mesmo shinobis militares, como era o caso da chunin Asthar e do jonin Naga. A primeira, responsável por usar seu suiton para afastar as massas das forças policiais e apagar qualquer incêndio perigoso junto de outros usuários de suiton e o segundo, ajudava como podia, verificando se ninguém com uma arma potencialmente destrutiva passaria ali ou um indivíduo tentaria sabotar a barreira. Ambos estavam naquele lugar a algumas poucas horas, conseguindo ver toda a escalada do conflito e a fúria que surgia de todos os lados. Não importava se eles eram contra ou a favor de Kirigakure, naquele momento, estavam fazendo o trabalho que lhes foram ordenados como qualquer ninja de respeito faria.

- Ei vocês dois! - Um shinobi de Kiri surgi do meio dos policiais, correndo o mais rápido que suas pernas lhe permitiam até eles e desviando por um triz das pedras mortais que eram lançadas pelos violentos manifestantes – Naga e  Asthar? – Pergunta ofegante, com as mãos no joelho e entregando um pergaminho diretamente aos dois - Uma missão urgente, de categoria S, deve ser realizada imediatamente – Explica o Shinobi olhando para os lados com uma expressão preocupada.



- MORRAM SEUS PORCOS! - Um dos manifestantes mascarados grita e uma explosão pode ser ouvida em meio ao escudo de policiais, incendiando alguns deles e quebrando a parcialmente formação. Os revoltosos tinham se equipado com molotovs caseiros, distribuídos por alguma organização ali no meio. Um dos policiais incendiados, se debate de dor, tendo sua armadura e pele derretida aos poucos, sendo possível ver as queimaduras se intensificando cada vez até ser salvo por um ninja cujo usou um simples jutsu de suiton.

- ABAIXO KIRIGAKURE! - Outro exclama com tudo sua força nas cordas vocais, erguendo uma bandeira com o símbolo do país da água. Com apenas esse grito de guerra que parece sobrepor os demais, a maioria das pessoas começa a avançar para cima da barreira policial para finalmente tentar derruba-la de uma vez por todas e então, destruir o quartel completamente.

- NÃO DEIXEM NINGUÉM PASSAR! - O comandante da operação policial ordena em mesmo tom do outro, liberando totalmente o uso da força e todos pegam e prepararam seus porretes, em posição de porrete para protegerem o quartel e depois, espancar aquele pessoal até os mesmos fugirem com o rabo entre as pernas apenas para tentar novamente um outro dia. A partir desse ponto, quando a diplomacia não é possível, tudo só tendia a piorar, não importava se os ninjas venceriam ou perderiam aquela batalha, ainda seria uma derrota no geral.

- Doton: Doroku Gaeshi! – Com rápidos selos de mão, o shinobi mensageiro ergue uma pequena parede de Doton para defende-los de um molotv que os acertaria em cheio – Vocês precisam ir logo! Tempo é crucial e glória a Kirigakure!  – Pede o ninja, se despedindo com um grito de guerra a favor de sua vila.

Ambos os ninjas deveriam se afastar com segurança dali, com objetivo de ler e realizar a missão tão importante que lhes fora dada, de tal nível que foram até mesmo retirados de um importante evento na vila para cumpri-la.