Lazy Boy

Abrir os olhos era um sacrificio maior do que eu poderia imaginar, não me lembrava aonde estava ou como de fato eu havia acordado ali e demorei um pouco para me situar e perceber que estava em meu quarto, ou pelo menos era nele que imaginava que estava, porque estava tudo de pernas para o ar, Megumi estava por algum motivo dormindo em cima do enorme guarda roupa, com metade do corpo em cima dele e a outra metade para despencar, o quarto fedia a alcool e cigarros, as garrafas se espalhavam por todos e tropecei duas ou tres vezes só para perceber que  o local estava mais zoneado do que imaginava, havia alem de duas pessoas que eu não sabia nem quem era, havia um grupo de filhotes de pato, cinco cachorros visivelmente dopados pelo narguile duas carpas que meu pai amava amarrada no lustre do quarto e a PORRA DE UM AVESTRUZ vestindo terno, em minha mente havia apenas relances de fragmentos de memoria, em uma delas eu estava visivelmente pelada, correndo pelos telhados junto com minha alcateia de alcoolatras anonimos  gritando alguma frase do tipo “A Mary tem carrapato no rabo”.

Tentei me mover pelos lados, fazendo um verdadeiro malabarismo entre as minhas pernas e o chão que parecia se inclinar para todos os lados menos ficar reto, até finalmente alcançar Megumi e a puxar com tudo para baixo.

--VOCÊ QUASE ME MATOU ---  Gritou megumi assustada.

Minha cabeça rodava, e doía e aquele grito parecia não ajudar muito, fiz um gesto para que ela baixasse a voz.

--Pelo menos mortos não falam e nem gritam---

--não era hoje que você tinha um tokubetsu para ir ou algo do tipo? -- Disse Megumi terminando de se arrumar, aparentemente  ela estava visivelmente com menos ressaca e embriagada que eu.

--Eu não vou, decidi que vou viver aqui, fumando narguile, bebendo e virando uma parasita nessa familia.---

Foi quando escutei os passos firmes de duas pessoas, seguidas de batidas mais fortes, eu reconheceria aqueles passos em qualquer lugar, era silvia e ele estava emputecido da vida.

--Ookami, acorde porque precisamos conversar… A começar pelo fato de você ter subido nas costas de um dos comerciantes mais ricos da cidade e falado que estava adestrando um porco de engorda… ahhh Ookami… quando você sair desse quarto você vai ter que dar muita explicação.

Naquela altura do campeonato a bebedeira já havia passado, e o álcool no cérebro deu um lugar ao puro medo, atras daquela porta estava o verdadeiro demônio, e nem quero saber o que ele faria comigo ao saber que eu comi as carpas prediletas dele crua e bebi um vinho envelhecido de oitenta anos, a única coisa que me lembrava era de pegar minhas roupas e bolsa de armas, eu e Megumi pulamos a janela, segurando firme em sua mão corremos até os portões da vila, onde começamos a rir da situação, sendo sincera, mais de nervosismo que de alivio.

--Você promete para mim que vai voltar? ---

Senti as mãos de Megumi apertando as minhas, era raro os momentos que nos separavamos e ela sabia e sentia, que talvez aquela fosse a última visão de mim,até que o lider começou a gritar palavras sobre ter chegado o dia d e alguma coisa, sendo sincera só queria que ele parasse de gritar, minha cabeça ainda estava zoada.

--Eu prometo que um dia eu volto… Adeus---murmurei.

Me aproximei de meus irmãos e logo olhei para Jaina ela estava usando o colete, queria zuar dizendo que era brega, mas ai lembrei que tambem estava e que definitivamente correr com alcool na cabeça e ressaca não era a melhor coisa a se fazer.

--oi para todos vocês... por favor alguem abaixa a luz do sol e pede pro cara la de cima parar de gritar.--- Antes que pudesse dar por mim me abaixei e vomitei parte do alcool em meu estomago. --porra nunca mais roubo as bebidas do papai...---

Palavras:

Talentos:

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