Ela parecia um pouco tensa com a minha informação me passando um certo pesar de responsabilidade. Afinal, era minha culpa aquele rompimento, e, no fim, a sensei de tranças turquesas parecia assumir um papel de importância para ela tal qual era pra mim. Ela permaneceu um tempo assim enquanto eu levava a mão para acariciar o dorso da cabeça da alva serpente. Ela recobrava um pouco da razão após algumas piscadelas rápidas e parecia novamente a mesma de todo esse tempo em que convivemos. - Bom, se você diz. Vou confiar nas suas capacidades.

Ela parece bem cuidadosa com como eu ajo com a pequena shiro e como ela age em retorno comigo, antes de perguntar algo. - Bem, sim, vou ficar na casa da Chi, apesar de tudo, legalmente ela ainda era minha mãe, ela e a Hoshi... Apesar de ser muito breve... De fato tão breve que mal experimentamos muito além da mudança de meu sobrenome para o dela. - Talvez eu devesse visitar a "vovó" também, afinal ela deve ser o mais perto de família que tenho, pelo menos é o mesmo sobrenome... Apesar que, não sei se isso faria bem para ela de todo jeito... Uma neta adotiva de uma filha desaparecida, é, não parecia boa ideia dar as caras.

Ela fala algo sobre ficar ali, me informando sobre o lugar se tratar sobre um tipo de fachada que era bem a cara dela. - Hum... Aperto os olhos pensando até que, racionalmente, fazia sentido já que ficar no lar onde poderiam procurar, mesmo afastado, era um tanto arriscado, mas, faziam tantos anos e meu nível de procura era muito baixo, além de a antiga proprietária não ser assim como eu alvo de alguma busca pelo que imagino. Talvez, até foi dada como morta por autoridades interessadas no meio de tanto caos, assim como foi com Hoshi...

Outra oferta porém interessava. - Uma assistente... Bem, ganhar uma "identidade" da menina que trabalhar na floricultura parece interessante... Penso balançando a cabeça enquanto pondero a oferta. - Mas bem, devo avisá-la que diferente de minha mãe que entendia algo sobre isso, eu só sei bater martelo e atirar flechas... Mas, bem, eu posso tentar.

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A cobra parecia realmente como um animal de estimação deveras curioso. Eu deveria ter uma dia? Bem, este pensamento não era muito relevante quando valia muito mais à pena brincar somente com a pequena que estaria sempre por ali sem me dar trabalho algum. Depois de tudo, todos que eu resolvia chamar de família desaparecem e era melhor manter esta distância segura de colegas. Ao menos, nenhuma das quais chamei desta forma se foram em definitivo.

Solto-a enquanto a violeta começa a me explicar sobre uma habilidade comunicação, um fuinjutsu tal qual adorava Chi anteriormente. O dela tece uma forma de uma borboleta luminosa em vez de dragões, mas, imagino que o propósito final não seja tão distante, formando alguma gravura ou semelhante. Um de comunicação, ela diz. Naturalmente quando a alva serpente repousa à mesa ergo meu pescoço deixando o lugar aberto para que ela o faça.

- Se é sobre falas, e, minha vida já está em suas mãos de toda forma, então, por qual motivo eu não permitiria um lugar que o represente? Digo com um sorriso suntuoso enquanto movo os fios ruivos para liberar o espaço ali. - Faça estiloso, por favor. Digo de forma quase leviana imaginando por seu comportamento que ela seja alguém cuja relevância visual seja ainda mais imprescindível do que seria para mim.

Quando ela termina deixo um sorriso escapar entre meus lábios enquanto parte dos fios retornam e mostro a língua para fora me tornando um pouco mais leve em humor. - E aí, como ficou?


Paro em um momento de observação logo antes de ponderar. - Na verdade, melhor que isto seria um breve teste. Meus pés pressionam o chão violentamente enquanto uma breve névoa acompanham a passada consideravelmente veloz me afastando dela em um breve piscar de olhos em torno de cinquenta metros. Ér... Acho que é assim... Ativo a habilidade e uma borboleta circunda meus arredores em uma imagem curiosa. - Bem, creio que seja assim... Diz aí, ela pode ser destruída fisicamente?

A pergunta não era trivial já que havia algo em mente em me afastar tanto além de simplesmente ativar aquele jutsu que ela me concebeu. Saco o arco e meus olhos tornam-se expandidos e veias alastram-se por meu rosto. A flecha toma uma postura calma em minha mão e os hábitos de uma arqueira se reforçam. Penso no limite da forma do vento, do chakra no meio, dos objetos dentro daqueles cinquenta metros sendo mapeados em minha mente de forma precisa o suficiente para que um disparo perfeito possa ser executado.

Dou alguns passos para frente, ainda um pouco insegura com a rota quase antecipando as minhas próprias capacidades, ou, talvez apenas sendo um pouco insegura. Sem chakra, apenas um tiro limpo seria executado com destreza e velocidade tamanha que seria um zunido transpassante acertando aquela borboleta que estaria com ela lhe transmitindo a minha voz. Ela provavelmente não seria afetada por este tipo de ataque, mas, era uma forma interessante de afirmar minhas capacidades que venho tentando enquanto lhe mostro o que ela está contratando.

- Bem, é assim que eu luto agora, eu não era tão boa com a espada. Patrulʹnaya etika, meu estilo de combate. Como alguém me contratando é bom você ter ciência do que eu posso fazer.

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O sorriso confiante em minha face perambula por alguns instantes ouvindo a garota. A confiança que surge do disparo e concretizar envolvido com a seta perfeitamente amparada em uma das pilastras de madeira. - Curtiu? Você podia depois em receitar umas... Ervas... Para sua funcionária relaxar, ela adoraria e tals... Digo recolhendo o arco em um breve momento para caminhar de volta para ela logo antes de ouvir uma fala um tanto... Angustiante?

- Er.... Meus lábios tremem em um balbuciar logo antes de outro salto veloz até próximo a ela para vê-la de perto para uma verdade vergonhosa que talvez ela não quisesse ouvir. - Você acha samurais legais? Pergunto inclinando o rosto meio que sem a ver com assunto antes da continuidade. - Bom... Eu espero que sim, pois é tudo que eu consigo fazer no momento. Foi bastante tempo... Um tanto ociosa... Sem criar muita coisa, eu comecei a aprender outra arma e tals...

O sorriso vai ficando cada vez mais amarelo enquanto observo suas reações. - Bom, mas eu to tentando melhorar um pouco disso. Mas, bom, sei lá, acho que não to tão longe dá garota que fez vergonha pra nossa equipe alguns anos atrás... Balbucio com certo pesar enrolando um dos fios rubros de cabelo, um tanto ansiosa do que ela diria ou se ela acharia que era uma mentira... Talvez, eu até quisesse que ela achasse ser uma por ser meio humilhante.

Como quem pensa como reafirmar utilidade retomo um dos assuntos já abordados. - Ah, mas eu sou uma boa ferreira... Eu diria que nesse ponto eu já superei a mestra Chi. Acho que provavelmente eu seja a melhor ferreira em Kirigakure atualmente... Ou talvez seja prepotência de não ter visto nenhuma desde que voltei. Dou de ombros batendo os dedos contra os outros. - Bom, acho que é isso... Tem algum serviço pra mim?

Desviar o assunto parecia o melhor e assim já sabia se ela detinha algum desejo mais imediato sobre mim. Talvez uma escolta? Um saque? Um assassinato parecia extremo conhecendo meus limites, mas, quem sabe? Bom, seja o que fosse, acolheria seu pedido tão logo fosse algo tangível ou prático.

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