RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
Últimos assuntos
Publicado Ter Out 22, 2024 2:19 am
Hanami

Publicado Sex Set 27, 2024 2:06 pm
Gerald

Publicado Sex Jul 26, 2024 3:06 pm
samoel

Publicado Qui Nov 02, 2023 8:25 am
Haru

Publicado Ter Out 31, 2023 7:10 pm
Yume

Publicado Ter Out 31, 2023 1:32 am
JungYukiko

Publicado Sáb Out 21, 2023 4:44 pm
Kaginimaru

Publicado Sex Out 20, 2023 2:45 pm
Pandora

Publicado Qui Out 19, 2023 9:08 pm
Tomie

Publicado Ter Out 17, 2023 8:57 pm
Kaginimaru


Bardo
Nukenin Rank S
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título


虫神様
contos do deus inseto




Lá estava eu de novo no Templo construído pelos antepassados do meu clã, dessa vez chegando através da marca deixada na última visita. Por anos, os murais nas paredes interiores que foram desenhados até a abóbada mantiveram-se preservados e, com isso, uma preciosa história. Observei o mural com muita admiração. Nele, contava-se uma história de Shinshū, um inseto sagrado, inseto divino ou, dependendo de como for lido, deus inseto. As cores me reverenciavam uma grandeza história inexplicável.

Falavam sobre mim, sobre quem eu era e como os pioneiros na arte da manipulação de insetos se associaram aos seres.

As pinturas podiam ser acompanhadas como um livro através das paredes: os insetos divinos possuíam olhos largos e se assemelhavam a mariposas do bicho-da-seda, mas eram maiores que elefantes. A boca escancarada era representada cheia de dentes afiados, oito pernas, asas enormes e um longo ferrão saindo da parte traseira do abdome segmentado. Embora possuíssem aspectos ferozes, é mostrado que eles se alimentavam de demônios e espíritos malignos, guiando seres humanos durante suas jornadas de iluminação. O maior deles, Beru, era conhecido como o Besouro Negro, o Deus Inseto sobre todos os outros insetos sagrados. E graças a esse mural que batizei minha técnica de armadura-carapaça com esse nome.

Desviei os olhos por um momento das paredes e olhei pela janela, apreciando a sutileza como a natureza se movimentava. O balançar da grama alta na dança contínua com o vento, o sol brilhando e a grande presença de insetos no ambiente faziam com que eu me sentisse contemplativo, quase pleno. Me teleportei para fora de repente, fazendo com que alguns insetos voassem e, pasmem, eu podia ouvir suas reclamações. Sorri, pensando que talvez aquele lugar fosse uma espécie de tesouro. Uma dimensão particular longe de todos os problemas, onde apenas eu poderia alcançar. Pelo sibilar dos pássaros e coaxar na lagoa próxima, pensei que aquela profunda floresta escondida no país do fogo, há léguas de qualquer civilização, fosse de alguma forma mágica. Um bosque encantado desses que a gente encontra em livros infantis e tem vontade de conhecer pessoalmente. Bem, eu tive a chance.

Então, um galho se quebrou e todos os meus sentidos reagiram num movimento rápido de pescoço. Olhei pra trás e num piscar de olhos vi uma lança roxa se aproximando do meu rosto. Precisei usar minha velocidade máxima para conseguir me esquivar do projétil. “Veneno”, meus besouros sussurraram. Colocaram-se a voar ao meu redor e notei a presença de quem havia me atacado. Era uma garota que se movia pelo ar como uma mariposa, mas as asas eram o pano de suas roupas. Outros arpões recheados de veneno se aproximaram rapidamente, mas eu era mais rápido que seus ataques. Se ela fosse uma boa lutadora, não ficaria apenas naquilo. Nem eu, se quisesse me defender. Teci alguns selos e minha própria presença se tornou a do próprio Deus Inseto Beru, o corpo envolto pela carapaça negra e energia que fluía através dos poros. Lutar de outro jeito contra alguém que poderia me vencer num simples arranhar de pele não parecia prudente.

Nesse modo, voei por entre as árvores e na mesma subida fui acompanhado pela garota, até que transpassamos as copas esverdeadas e sobre nossas cabeças só existiam as nuvens e o sol. No entanto, ela havia deixado de me atacar. Apenas me olhava com imensa curiosidade, quase como se não soubesse se continuava atacando ou se me reverenciava, julgando pela sua expressão.

Be… Beru? — Ela balbuciou, mantendo-se parada em seu voo assim como um beija-flor.  

— Quem pode dizer que não? — O elmo negro que cobria minha cabeça foi retraído e deixei que meu rosto sorridente aparecesse — Há quem me chame de Deus Inseto assim como fizeram com ele… e sinceramente, cada vez mais chego a pensar que sou um tipo de reencarnação desse que você pensou que eu fosse.    

— Não zombe de mim ou do grande Beru
— Ela parecia querer dizer algo, mas refez sua frase — Então você também é da linhagem dos companheiros de insetos.

— Com muita honra, embora nem saiba de quem herdei esse mesmo sangue
— Fiz uma reverência, mantendo as mãos pra cima em declaração de paz e retraindo quase toda a armadura, apenas para deixar as asas que me mantinham no ar presas ao corpo — Peço perdão pela forma que me fiz parecer um invasor. Meu nome é Treze. Aburame Treze.

— Como encontrou o Santuário?

— Por um mapa abandonado no antigo dojo do clã onde eu moro agora
— Ela fez questão de deixar claro que ainda não confiava em mim e que não me diria seu nome tão facilmente — Pode ter sido deixado por alguém há muito tempo ou pelo meu mestre, Nobu. Eu não saberia dizer. Parecia abandonado da primeira vez que vim.  

— Então foi você quem invadiu no último dia?
— Sua expressão se tornou ainda mais calma — Quando cheguei, os insetos me disseram que um forasteiro havia nos encontrado, mas que ele não fez nada de mal. Pelo contrário, que havia voado e conversado com eles. Mas… você apareceu de repente e eu não poderia arriscar. Não sabia se você era ou não aquele forasteiro, mas então você não me atacou em momento algum e utilizou técnicas com os besouros parasitas.  

— Você fez muito bem protegendo o lugar. Eu também faria o mesmo
— Deixei que lentamente meu vôo se aproximasse do dela. Ela não se afastou — Esse lugar acabou se tornando especial pra mim e eu não quero que nenhum mal o alcance. Vim através de uma técnica que impossibilita que eu seja seguido, e meu plano era fazer com que esse fosse o meu segredo mais precioso.

— Assim como é o meu
— Seus olhos estavam cobertos por uma espécie de máscara (como uma boa aburame) da mesma cor lilás de seus cabelos. Ela vestia um tipo de armadura, assim como se vestiriam os cavaleiros — Sou a guardiã desse lugar. Aburame Shinra, a Envenenadora.

— Tem até um título? Quero dizer… Você é uma ninja?

— Sim, apesar da idade, sou uma Jounin da Folha afastada dos serviços e que agora apenas protege essa área que pertence ao clã.

— Porque se afastou?    

— Não reparou? É que… eu sou cega.




HP:500/500, CH:440/500,
Sta:2/8, San: 270/270,



Considerações:
técnicas & cálculos:
Bolsa de Armas:
Selo Hiraishin:


Bardo
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t2851-o-deus-inseto#23920
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t992-cj-bardo#6561
Tsukuyomi
Administrador
O cara lançou a Lucina de NPC
Máximo respeito
@aprovo
Tsukuyomi
Bardo
Nukenin Rank S
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título


虫神様
contos do deus inseto




Os calos abertos em minhas mãos projetavam sangue no cabo da espada, deixando minha empunhadura escorregadia e vacilante. A adversária na minha frente não era o tipo de mulher que perdoava qualquer tipo de hesitação, então vi o movimento de ombros na vertical fazer com que sua espada arremessasse a minha alguns metros de distância. Eu apenas olhei a arma por um segundo, então no outro, antes que eu pudesse voltar minha concentração para onde Shinra estava, a bota com salto chutou a boca do meu estômago e o chão se aproximou das minhas costas. Tão rápido quanto eu havia caído, lá estava ela com o fio da espada encostada no meu nariz, olhando-me com um ar de soberba enquanto bloqueava a luz do sol em minha visão de baixo pra cima.

Acho que… — levei as mãos até a barriga e me curvei ali mesmo no chão com uma leve falta de ar — o chute foi totalmente desnecessário.

— Que tipo patético de espadachim não consegue manter sua arma empunhada?
— Esbravejou a mascarada cega.

— O tipo que está cansado demais para continuar.

Era verdade. Minhas mãos ardiam com a vermelhidão e a pele gasta doía demais para que eu continuasse segurando minha katana. Também é certo que eu não me considerava necessariamente um espadachim, apenas era minha melhor ação quando o combate se tornava mais próximo, já que o taijutsu nunca foi minha área de atuação. Além do mais, havia desenvolvido recentemente a capacidade de realizar selos com apenas a mão direita, tendo então a canhota livre para cortar. Era um bom estilo, mas minha mestra não parecia estar satisfeita.

Porque você não se defendeu com o casulo de insetos quando perdeu sua arma?

— Bom…
— Tentei encontrar uma boa resposta, mas ela fugia dos meus lábios — talvez porque você foi rápida demais.  

— Exatamente
— Ela levantou o indicador animada, como se acabasse de ter uma ótima revelação — Se você precisa moldar seu chakra através de selos para realizar jutsus, não é viável que você demore tanto a fazê-los. Se você quer ser um ninja grandioso, vai ter que ser mais ágil com isso.

— Entendo o que você diz, mas como eu posso fazer isso?

— Treinando, oras
— Ela embainhou sua arma e deu as costas para mim, caminhando até as árvores da profunda floresta — E que não seja aqui. Esse bosque não é seu dojo, e eu já faço muito por deixar que você brinque de samurai algumas vezes. Sempre sinto um mau pressentimento quando penso sobre sua presença nesse lugar sagrado…

— Já disse pra você
— Agora de pé, dei alguns tapas na roupa para retirar a poeira — É impossível que alguém me siga. Sempre que venho, uso o meu teletransporte. Além do mais, minha vida tem sido bem mais solitária do que você imagina. Não é como se eu tivesse muitas pessoas no meu encalço para me preocupar. A questão é que... daqui seis dias eu vou viajar em uma missão que pode trazer a resolução da guerra e o fim de pessoas muito ruins. Ficar no meu quarto rolando na cama não me ajuda muito a relaxar, então venho pra cá treinar.

— Vocês e suas carnificinas — A garota cega quase cuspiu as palavras
Sempre se matando para ver quem é o último idiota a cair. Acharia melhor se… você não fosse.

— E abandonar todos que precisam de mim? Eu não poderia conviver com isso
— Então respirei, agora falando um pouco mais calmo — Quase pareceu um tom de preocupação na sua voz.

— É claro que me preocupo, idiota. Você é o único ser humano que eu conversei nos últimos seis anos, desde que me tornei a guardiã do santuário. Gosto de saber como andam as coisas no mundo exterior além da proteção dessa floresta. Gosto das comidas diferentes que você me trás e sinto através da minha leitura de chakra que você não é alguém que emana maldade
— Ela suspirou — Aceitar que você vá para a guerra sem tentar tirar a ideia da sua cabeça é me conformar em perder você por perto. Lutas não trazem nada de bom, Treze.

Entendi que ela se referia a sua cegueira que foi adquirida no campo de batalha. Eu não tinha muito a dizer, apenas me sentia mal que isso tenha acontecido com ela. Caminhei ao seu lado por entre as árvores enquanto atravessamos o bosque.  

Lutar guerras é tudo que eu sei fazer, Shinra — Eu não poderia ter sido mais sincero — Você é como uma irmã mais velha, então apenas peço que confie em mim. Além do mais, eu não vou morrer assim tão fácil.

Ela sorriu, e eu soube que aquela conversa tinha acabado ali. Não só aquela como também todas as outras, visto o silêncio que se fez entre nós enquanto ela entrava em sua cabana de madeira. Eu não continuei com ela até o interior, apenas agradeci e me despedi. Antes, quando vi que sua limitação visual não a atrapalhava a ser uma boa ninja e guardiã, imaginei que eu poderia aprender com ela a arte de sentir chakra e reconhecê-lo, mas depois de várias tentativas de treinamentos descobri que eu era incapaz de executar a técnica. Segundo ela, o próprio hiraishin atrapalhava que eu fosse apto, visto ser uma habilidade poderosa e que consome toda minha capacidade física. Bom, tudo que eu podia fazer era aceitar essa limitação e me focar no que eu poderia melhorar, assim como ela havia me ensinado.

Dei um passo na grama e quando o outro pé tocou o chão, a bota militar ninja encostou no taco de madeira do qual era feito o dojo da minha casa. Num piscar de olhos, longe da floresta, respirei o ar abafado do local que havia ficado fechado durante todo o dia e me sentei em um banco reto e sem encosto que ficava ao lado do tatame. Dali, gastei um tempo enfaixando meus punhos e mãos que se desgastaram com o treinamento intenso do dia. Era um ritual que havia se tornado comum, mas além dos machucados havia outra coisa que doía, mas uma alma triste não pode ser enfaixada, certo?




HP:500/500, CH:500/500,
Sta:0/8, San: 270/270,



Considerações:
técnicas & cálculos:
Bolsa de Armas:
Selo Hiraishin:


Bardo
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t2851-o-deus-inseto#23920
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t992-cj-bardo#6561
Ōkami
Mestres de RPG
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
como sempre cada post um mais lindo que o outro

[gaiden] Shinshū Conringa-aprovado
Ōkami
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com
Bardo
Nukenin Rank S
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título


虫神様
contos do deus inseto




Ei, acorde.

Merda. Se me recordo bem, ao abrir os olhos, vou ter que lidar com a vergonha de ter caído em um genjutsu. Afinal, minha adversária era boa nisso e eu nunca tinha muito o que fazer quando ela conseguia me pegar nessa maldita arte. Claro, eu faço o possível para evitar utilizando meus próprios métodos, mas nem sempre dá certo. Principalmente hoje, onde eu me sentia extremamente cansado e uma tosse incessante enchia meu peito a todo momento. Não só isso, algo diferente estava me incomodando agora.

Acho que… É minha cabeça que doía um pouco. Num ponto específico perto da orelha, então abri os olhos um pouco preocupado. Levei a destra até a nuca e senti a viscosidade do sangue que deixou meus dedos pegajosos. Só então reparei que Shinra estava próxima, a guardiã do santuário com seus óculos em formato de asas de vespa se certificava de que eu não havia morrido após a queda.

Você não costuma cair em truques simples como esse, Treze — eu não sabia dizer se ela estava mais preocupada do que decepcionada — Vamos parar por hoje.

Era tudo que ela tinha pra me dizer? Tsc. Que pirracenta. Tudo bem, decidimos treinar incansavelmente até o dia em que eu fosse para a guerra que se aproximava - você também consegue ouvir os tambores? - e ela havia deixado claro que não iria pegar leve comigo por não desejar que eu morra lá. Não vou negar que uma pausa seria ótimo, principalmente agora que os joelhos que deveriam sustentar o corpo não encontram força para se manter de pé.

Meu estômago embrulhou quando me levantei, embora o fator mais desconcertante tenha sido o tontear que me impediu que eu chegasse a dar sequer um passo. Lembro-me como se em câmera lenta do chão se aproximando do meu rosto e instintivamente alguns insetos se acoplando a ele para formarem uma espécie de escudo que o protegeria da queda. Nem tive tempo de agradecer, afinal tudo escureceu e então eu apaguei. Incapaz como um besouro virado de barriga pra cima.

Ei, acorde.

Eu não gostava de como ouvir isso estava ficando comum, mas abri os olhos mesmo assim acordando de um sonho doce para um mundo que me desnorteou. Apesar de Shinra estar lá, nada mais me era conhecido: o tipo de construção tinha um tipo de arquitetura que eu nunca havia visto, assim como os móveis, as tochas, as cores e até mesmo o estilo de cama que tinha formato de casulo. Era como estar em outro mundo. Quem sabe o medo estivesse estampado em meu rosto, já que uma anciã deu um passo através das sombras e me trouxe o que parecia ser água ou chá.

Tome, vai te acalmar — sua voz era agradável, embora eu tenha percebido que ela não se comunicava através das cordas vocais. Quando olhei seu rosto, me surpreendi pelo rosto com características de louva-deus, assim como as patas que tinham um formato de foice no que deveriam ser os cotovelos — Lady Shinra trouxe você até nós. Teve muita sorte em chegar à tempo.

Chegar a tempo de que? — minha voz saiu engasgada e só então percebi o quanto minha boca estava seca. Aceitei a água e tomei. Era algum tipo de xarope com o que reconheci ser essencialmente mel.  

Percebi que você não estava muito bem hoje. Você se olhou no espelho nos últimos dias? — Shinra balançava as penas no que parecia ser uma espécie de balcão feito de resina branca. A garota cega mantinha o semblante impassível enquanto continuava — Como nunca foi muito próximo do seu próprio clã, então seu corpo não foi preparado corretamente pelos rituais que os Aburame fazem. Para receber os kikaichuu, entende? Sempre que uma criança nasce, não são só festividades e batismos triviais como muitos pensam, aquilo que fazem com os bebês. Todas as ervas ministradas, alimentos específicos e unguentos corporais. Tudo aquilo é para que seu corpo seja capaz de comungar com os primeiros besouros sem que haja um descontrole no equilíbrio das energias.

— Suas olheiras azuladas e manchas negras na testa são prova da doença, garoto
— quem disse foi a anciã louva-deus — Como dom natural, você inconscientemente trabalhou em conjunto com seus insetos sem nunca ter sido treinado pra isso. Por instinto, por herança de sangue. No entanto, você tem usado cada vez mais o poder dos insetos e isso cobra um preço ao seu corpo. Você os força a se reproduzir e multiplicar com mais frequência, usa colônias inteiras de uma só vez e seu corpo automaticamente os repõe. Com o tempo, o processo se torna desgastante para o corpo e você começa a… ser devorado de dentro pra fora. Isso acontece quando seu organismo está em desequilíbrio.

— A doença é chamada de hércules-negro, Treze. Reconheci na hora, isso é coisa séria. Por isso o trouxe aqui
— seu tom se tornou sombrio — mas é um segredo ainda maior que o próprio santuário. Não se preocupe com isso agora, trate de melhorar. A Sacerdotisa Izzkanis precisa de você acordado para engolir algumas ervas para dar condução ao tratamento. Eu esperarei lá fora.

— Espera…
— tentei chamá-la, mas foi em vão. Com a saída de Shinra, não obstante, lembrei-me que poderia me comunicar mentalmente com Izzkanis mesmo que ela me enfiasse mais chás de ervas goela abaixo — Senhora, o que eu tenho é sério?

— Sem tratamento adequado e utilizando os poderes dos insetos em seu pequeno corpo humano desenfreadamente, sim. Agora que equilibraremos todas as vitaminas, faremos cálculo de gastos e controle populacional, não. O que você talvez não saiba, filhote, é que domar insetos é uma arte profunda e perigosa. Não pode ser levada com leviandade.

— E prometo nunca tê-lo feito, senhora sacerdotisa. Quero te agradecer por tratar da minha doença.

— Não se preocupe, Shinra é uma antiga amiga e sempre lutou ao nosso lado. Se ela pediu para que fizéssemos a invocação reversa e te trouxéssemos para cá, então é porque a coisa era realmente séria e que ela confia em você
— A mulher inseto humanóide agora usava algum tipo de jutsu com cor de chakra esverdeado sobre o meu corpo, mas mesmo a leve imposição de mãos já fazia com que eu me sentisse melhor — Aqui nós respeitamos a herança das colônias.

Herança das colônias? Não fazia ideia do que ela estava falando. Minha mente vagou até a irmã mais velha. Bom, “irmã” era a forma como eu gostava de tratá-la, mas eu não poderia imaginar o quão próximo da verdade eu estava mesmo sem saber.

— Aliás, senhora sacerdotisa. Onde exatamente eu estou?

— Ah, eu não te disse? Seja bem vindo ao Grande Ninho.  





HP:500/500, CH:500/500,
Sta:0/8, San: 270/270,



Considerações:
técnicas & cálculos:
Bolsa de Armas:
Selo Hiraishin:


Bardo
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t2851-o-deus-inseto#23920
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t992-cj-bardo#6561
Tsukuyomi
Administrador
@
Tsukuyomi
Bardo
Nukenin Rank S
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título


虫神様
contos do deus inseto




Estendi os braços e senti os besouros sendo extraídos do interior da minha pele, fazendo a trajetória para o ar livre através dos poros. Estava quase desacostumado ao tamanho mínimo dos kikaichuu.  

Nos últimos dias, me vi rodeado de insetos. Talvez tudo tenha começado aí.

Não tinham o tamanho comum, alguns eram da altura de casas e a maioria deles conseguia se comunicar telepaticamente, exercer consciência de forma muito mais desenvolvida do que os insectóides que normalmente são encontrados por aí debaixo das pedras e cascas de árvore. Viviam todos em comunidade, ali na Grande Colônia. Para o bem da verdade, olhando de longe toda a movimentação daquela cidade acastelada em algum lugar sobre a colina, não fosse pela aparência dos habitantes, aquela não passaria de uma sociedade normal. As vestimentas eram diferentes, feitas de seda e lã produzida pelos próprios insetos humanóides, e os guerreiros utilizavam uma armadura cunhada em uma resina especial do bicho-seda. Também funcionavam ao melhor estilo medieval que não se parecia com a estética feudal do mundo que eu estava acostumado, seja nas constrções ou no tipo de governo onde tinham reis e rainhas, mas além do desconforto anacrônico, nada mais era diferente.  

Bom, o zumbido era ainda mais incessante que o normal, preciso dizer. Alguns seres se movimentavam através do vôo e o bater das suas asas cortava o ambiente com timbres que irritariam a maioria dos ouvintes. Para mim, que possuía a transformação do deus Beru, estava acostumado ao som. Alguns estranhavam minha presença ali, mas ainda assim nada me diziam. Ao que parecia, Shinra era respeitada pela maioria dos cidadãos. Inclusive, o que a sacerdotisa citou sobre “invocação reversa” me foi explicado mais tarde: ali, na Grande Colônia, era a sociedade dos insetos místicos que minha irmã usava como invocação em suas batalhas. Tendo feito vários contratos e lutado lado a lado com os seres gigantes, ela possuía um salvo conduto para transitar entre os dois mundos, sendo aceita também por eles e consequentemente tendo a liberdade de me trazer até aqui quando foi necessário.

Por falar nisso, sentia-me bem, curado da doença. Meu corpo foi posto em equilíbrio com os gastos de energia conforme a velocidade que os besouros parasitas se alimentavam, e só por isso eu havia sido capaz de caminhar até aqui para dar continuidade ao treinamento de uma técnica que me assombrava há meses e eu nunca havia conseguido completá-la ou sequer desenvolvê-la com eficácia. A técnica consistia em invocar um enxame de insetos do meu próprio corpo e deixá-los em vôo ao meu redor, sendo que vários desses insetos estariam marcados com a fórmula do meu selo de teletransporte e isso possibilitaria que eu me movesse instantaneamente para qualquer lugar dentro daquela nuvem praguenta, cortando com a katana qualquer inimigo corajoso demais para adentrá-la.

No entanto, algo sempre me impedia de completá-lo, só que nos últimos dias em que fiquei inserido numa sociedade de insetos do meu tamanho e quem sabe até mais inteligentes, rodeado por essa forma de vida tão diferente, uma ideia brotou em minha mente. Quem sabe, o erro estava na forma como eu imaginava o ataque.  

Na parte do mundo onde ficava a Grande Colônia, reino dos insetos místicos, as árvores eram bem maiores que o normal. Suas folhas serviam de cama e as cascas de árvore eram largas ruas que funcionavam na vertical. Na colina que eu havia escolhido como local de treino, parte disso podia ser observado, mas no momento usava o apoio da gigantesca folha da árvore para entrar em conexão profunda com os insetos que voavam ao meu redor, invocados do interior da minha própria carne. Feito isso, saquei minha espada com a mão esquerda e esperei o momento ideal para tentar me teletransportar para outro ponto na nuvem, mas a alta rotatividade dos insetos deixava tudo mais difícil, então me encontrei de cabeça pra baixo no ar ao me teleportar e acabei caindo de costas no chão, perdendo o ar em meus pulmões e tendo dificuldade para respirar novamente.

“A mecânica está errada”, pensei, “estou me preocupando demais com o ataque, almejando que seja um ataque ofensivo”. A nuvem negra e barulhenta se desfez apenas para segundos depois eu realizar o selo e poder invocá-la novamente. Concentrei o chakra para que o comando de deixá-los voando ao meu redor fosse efetivo, bem como precisei consumir uma boa quantidade de energia para marcar todos eles de uma só vez com a preparação da técnica. “Com certeza é um movimento de rank S”, pensei devido a complexidade para ser desenvolvido. “Se eu for capaz se mantê-los voando por mais tempo, então posso nomear a nuvem de insetos como uma técnica suplementar, e o ataque para retalhar o inimigo que adentrar aqui pode ser feito através do próprio Hiraishingiri ou até um curte normal com a lâmina”, não era um plano assim tão mau.

No fim, foi o único método que deu certo. Realizando os selos com apenas uma das mãos, invocava o enxame que começava o seu voo e me cercava como um casulo ensandecido. Mantê-los no ambiente em vôo organizado havia se tornado minha preocupação maior referente à técnica, então passei bastante tempo treinando aquilo. Em seguida, o próximo passo foi realizar repetidas vezes o teletransporte sequenciado pelo corte da katana, aproveitando o movimento da nuvem para realizar um ataque surpresa.

Mal pude notar que o sol alaranjado se deitava no horizonte. Minhas vestes estavam sujas e as mãos calejadas pelo manuseio da katana. O chakra em meu corpo também havia sido drenado, consumido não só pelos kikaichuu como também pelo uso contínuo de uma técnica de nível tão avançado. Sentia-me, inevitavelmente, como um fantasma em meio à nuvem de insetos, pronto para decapitar qualquer um que entrasse em minha área de domínio. Rodeado pelos besouros, aquele lugar se tornava meu pequeno reino onde eu poderia ditar as regras, e eu tinha plena certeza que carregar um movimento como aquele no arsenal era uma vantagem válida sobre inimigos desavisados.

A caminhada até o castelo onde Shinra e a Sacerdotisa Izzkanis me esperavam para o jantar foi calma e demorada. Haviam me dito que tinham algo importante para tratar comigo, deixando o assunto para quando eu me sentisse melhor. Agora eu já me sentia, tanto que havia finalmente conseguido completar a criação de uma técnica desejada há muito tempo, mas o que poderia ser que elas queriam comigo?




HP:500/500, CH:100/500,
Sta:7/8, San: 270/270,



Considerações:
técnicas & cálculos:
Bolsa de Armas:
Selo Hiraishin:


Bardo
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t2851-o-deus-inseto#23920
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t992-cj-bardo#6561
'Jow
Nukenin Rank C
Icone : [gaiden] Shinshū LBs3xk9
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū LBs3xk9
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū LBs3xk9
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
jae
'Jow
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t3783-fp-akasuna-no-baipa-vibora-da-areia-vermelha
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t1671-cj-akasuna-no-baipa
Bardo
Nukenin Rank S
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título


虫神様
contos do deus inseto




A neve caía sobre os pinheiros, formando pontudos chapéus brancos sobre as copas altas. No chão, o tapete alvo que cobria a grama dificultava meus passos, afundando meu pé nos sulcos menos densos, mas eu constantemente me forçava a não diminuir o ritmo. Afinal, Shinra estava comigo e a garota parecia não se importar com o caminho difícil. Mantinha o olhar concentrado e falava pouco durante a viagem, focada em subir logo até o cume da montanha situada no reino que os insetos místicos chamavam de Colônias Livres, nosso almejado destino.

Coloquei a mão em frente ao rosto para tentar proteger as vistas dos ventos cortantes que ressecavam minha boca e queimavam as maçãs do rosto e ponta do nariz. Abrir os olhos se tornava difícil a cada piscar, tendo os flocos de neve se grudando aos cílios e pesando-os cada vez mais. Reparei que na última meia hora hora, quando o trajeto ficou mais íngreme e tempestuoso, não foi possível contemplar nada além da branquitude infinita.  

Sabia que a presença de insetos em lugares muito frios é quase nula? Até mesmo em lugares mais quentes, no inverno, eles entram em diapausa, que é uma espécie de hibernação — tentava fazer minha voz soar mais alta que o barulho da ventania — Me pergunto o porquê de você querer me levar pro lugar mais inóspito do planeta pra mim e pros meus besouros.

— Você acha porque a Vidente escolheu o topo da montanha mais alta nas terras da Colônia para viver?
— Shinra foi cortante em sua resposta — Dizem que ela procurou o lugar mais inóspito e longe de insetos possível, apenas em busca de silêncio.

— Quer dizer que estamos indo até uma vidente?
— dei uma risada que fez doer meus lábios rachados — Se ela veio até aqui pra ficar longe de visitas, estou ansioso para ver como será nossa recepção.      

— Ela não é só uma vidente. Bazztet já foi a rainha da Colônia
— o tom de Shinra era solene —, mas ela enlouqueceu com o passar dos anos por estar sempre conectada às vontades e desejos dos seres em seu reino. Dizem que ela tinha a habilidade de ouvir seus pensamentos há milhas de distância. Dádiva ou maldição? Ninguém sequer cogitava ao menos sonhar em tramar contra a rainha durante seu governo, mas em tempos de guerra com outro reino, ela podia ouvir cada pensamento faminto de cada criancinha que havia ficado órfã, ou o choro de toda mãe que perdeu seu filho em batalhas que ela mesmo liderou. Aquilo se tornou um fardo pesado demais, então Bazztet fugiu.

— Meu mestre costumava dizer que ser um líder é enlouquecedor, principalmente se for daqueles que se importam com seu povo
— sorri ao citar o nome há muito tempo intocado pela minha boca — Você precisava tê-lo conhecido, Shinra, ele era demais.

— É que, Treze… eu…

— Olha, chegamos.


Sem perceber que a garota queria ter me contado algo, apontei para a choupana quase totalmente coberta pela nevasca, uma pequena construção com a cor bege natural de um casulo. Shinra respirou aliviada por finalmente termos chegado, então apressou o passo deixando uma sequência de buracos duplos pelo chão de neve que cobria até o joelho. Estávamos há cerca de cinquenta metros de distância do chalé solitário em meio ao branco quando ouvi um zumbido rápido se aproximando.

Shinra! — bradei, mas eu não poderia alcançá-la nem mesmo ela seria capaz de desviar a tempo do corte.

O que veio a seguir pareceu acontecer em câmera lenta. Minha mente trabalhou rápido entre as possibilidades, então troquei de lugar com a Aburame que receberia o golpe. No entanto, o teletransporte mais do que a moveu para um ponto seguro, como também deixou o próprio deus Beru de pé para recebê-lo. Transformado e portando a armadura encouraçada no corpo que absorveu todo o dano, finalmente olhei de perto os olhos sem íris de quem atacava: o ser possuía mais de dois metros de altura, suas asas eram translúcidas com veios brilhantes e coloridos em tons que eu nunca havia visto. A arma que usava para cortar era a própria protuberância em forma de haste pontiaguda, invocada de seus punhos.

Eu serei seu adversário, Majestade.

Com um giro rápido, me desprendi do toque de seu ferrão e dei um passo para frente com a intenção de cortá-la com minha própria espada desembainhada. A ponta da katana desenhou uma meia-lua no ar, mas não encontrou contato algum. A adversária, rápida em sua esquiva, viu uma oportunidade perfeita para contra-atacar, encaixando o que seria uma estocada perfeita. No entanto, tudo que ela viu foi meu corpo desaparecer da frente de seus olhos para então surgir próximo a Shinra, alguns metros para trás. Não obstante, após sair do rumo do golpe, tracei novamente uma linha reta até a rainha e movimentei mais uma vez a espada.

Rápido, mas não o suficiente.

Foi a primeira vez que eu ouvi sua voz em minha cabeça. Com o seu ferrão do tamanho de uma lança, Bazztet girou o corpo e arremessou longe minha espada que inevitavelmente se desprendeu da minha mão. Ela deu um sorriso, mas o meu foi ainda maior. Com a outra mão, aquela que não estava a distraindo com a espada, eu havia tecido os selos necessários para executar a técnica que invocava milhares dos meus insetos para a área. O zunido era incessante, e até eu que me comunicava com os seres apenas da forma mais superficial possível me incomodei com a quantidade de conversas paralelas em campo.

Ah, por favor, cale-os! — ela tapava seus ouvidos em extrema agonia, tão desconsertada com a quantidade de insetos que a rodeava que até mesmo se esqueceu da luta — Calos-os, faço o que for preciso!

Um instante depois, os kikaichuu haviam retornado à carne, deixando novamente apenas o som da ventania pairar sobre a colina.

Viemos até aqui em busca de direcionamento, Vidente Bazztet — quem falou foi Shinra num tom mais humilde do que eu teria falado — Perdoe a forma como chegamos.

O que? — me indignei — foi ela quem tentou nos matar, Shinra! Cuidado, sua velha maluca, um movimento em falso e eu invoco meus besouros e acabo de te enlouquecer.

Com a transformação em deus Beru desfeita, minha ameaça soou como a de uma criança, bem como eu era. Um som esganiçado que parecia uma risada cortou o ambiente, então ela falou:

Eu prometi, não foi? Venham, vamos conversar lá dentro.



HP:500/500, CH:500/500,
Sta:0/8, San: 270/270,



Considerações:
técnicas & cálculos:
Bolsa de Armas:
Selo Hiraishin:


Bardo
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t2851-o-deus-inseto#23920
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t992-cj-bardo#6561
Ōkami
Mestres de RPG
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
ok
Ōkami
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com
Bardo
Nukenin Rank S
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título


虫神様
contos do deus inseto




Tive a sensação de estar dentro de um grande casulo. O interior da cabana era de um quente tão reconfortante que eu poderia muito bem morar ali o restante do inverno e partir apenas quando o sol se tornasse mais poderoso com a chegada da próxima estação, onde a turbulenta ventania incessante do cume da montanha se acalmaria e o gelo começa a derreter.

A mesa rústica da sala era feita de uma resina bege provavelmente produzida pela própria vidente, e sobre ela um estranho dispositivo estava ligado. Construído com materiais estranhos que o forneciam uma aparência rudimentar, do interior de seu cone saía uma espécie de ruído, como o cantar dos grilos entoados em harmonia. A face insectóide de Bazztet parecia satisfeita com o sibilar agudo que tocava e foi possível ouvi-la acompanhar o som com um assovio, como se conhecesse bem a melodia. Ela esquentava água no fogão após ter-me coberto com uma pesada manta.

— Isso é música — constatei com certa surpresa, e ela me fitou com os olhos amarelos da mesma forma como olhamos para um neném — É bonito quando se presta atenção.

— Melhor que aquela barulheira de instrumentos construídos pelas próprias mãos que vocês, humanos, chamam de música
— ela se aproximou e me entregou uma caneca feita do mesmo material que tudo ali parecia ser feito — Aqui, vocês vão se sentir melhor. Como eu ia dizendo, insetos são cantores, músicos e artistas por natureza. Tenho uma amiga cigarra que alcança um tom tão agudo que seu ouvido não seria capaz de perceber.

— Mas atrairia todos os cães das redondezas.

— Certamente
— ela sorriu.

Porque tentou nos matar?         

Shinra se endireitou no mesmo sofá que eu estava sentado, também coberta pelo manto e com o cabelo secando envolto por uma toalha de seda. A vidente soltou um bufo desanimado, escorando numa cadeira próxima e bebericando um pouco do próprio chá de ervas que ela fez há pouco.

Viver em isolamento tem seus riscos, garotinho. Sabes que fui alguém importante para a sociedade da Grande Colônia, ouvi a garota te contar a história de como enlouqueci e abandonei meu reinado — Shinra colocou no rosto um semblante misto de surpresa e vergonha. Ser capaz de nos ouvir falando disso há centenas de metros da cabana era uma demonstração clara do quanto ela era poderosa — Acha mesmo que eu daria um chilique daqueles por conta de uma nuvenzinha de kikaichuus? Ah, não, Aburame. Queria ler seu coração, saber se nele existia compaixão com o próximo e qual era a intenção de vocês. Tenho informações e habilidades que os inimigos adorariam adquirir. Informações que venceriam a guerra.  

— Guerra? Mas que guerra é essa que vocês vivem falando?

— Você não sabe mesmo de nada?
— ela deu outro gole no chá, paciente — As Colônias Livres estão constantemente em conflito com as terras do sul onde o povo se denomina Os Primeiros. Em busca de poder e terras, afirmando serem os donos de tudo por direito, seus líderes desejam escravizar as tribos livres e dominar toda a área entre os dois reinos. No entanto, as contendas seguiram equilibradas. Até o fatídico dia em que o Rei Negro surgiu… O humano amaldiçoado que trouxe seu bando para esse reino sagrado e maculou nosso solo com sangue dos insetos místicos. Ele lutou pelos Primeiros até se tornar seu rei, regindo através de ideais opressores e militarismo, tendo hoje total apoio do seu povo. Para alguns, ele é até mesmo uma divindade, a reencarnação do próprio Shinshu.

— O que você acha disso?

— Quem me dera ainda ter fé em lendas e visões
— ela deu de ombros, recolhendo nossos copos vazios e deixando de qualquer jeito na pia da cozinha — Sabe porque? Isso significaria que eu poderia ter esperança de que o verdadeiro Deus Inseto entraria porta adentro algum dia e lideraria a batalha contra o Rei Negro, ceifando sua vida e dando fim aos conflitos entre os povos da Colônia e Os Primeiros. Bom, ao menos foi isso que minhas visões um dia me trouxeram, mas há anos perdi minha real clarividência e acredito que todos esses sonhos são só devaneios e peças que minha mente prega.

— Quer dizer que você já viu como tudo termina? A profecia… Ela diz que o Rei será vencido?

— A profecia está errada
— ela parecia consternada —, não me encha mais com isso.

— Como pode ter tanta certeza?
— insisti teimosamente.

Alguns penduricalhos foram pendurados nas paredes, assim como símbolos e runas desenhados por toda extensão da cabana. Bazztet arrumou um deles, fingindo que ele estava torto apenas para não precisar olhar nenhum dos visitantes nos olhos.

A profecia diz que o Rei Negro será derrotado por sua própria linhagem, pois apenas sangue pode ser pago com sangue — seu semblante se tornou triste — Como ele mesmo gosta de se gabar por aí, no entanto, zombando das minhas visões, o homem nunca gerou descendentes e evita a aproximação de qualquer uma que queira ser sua esposa ou apenas dividir com ele uma noite de prazeres. Dessa vez, eu realmente pareço ter errado.

— Majestade, é justamente disso que eu vim tratar com a senhora — foi a primeira vez que Shinra se pronunciou.

— Então me diga, garota cega. Tem minha atenção
— a fêmea parecia realmente curiosa — O que seria tão urgente para te fazer subir até o topo da montanha mais alta do País do Fogo, no mais profundo inverno?

— É que, bem…
— a demora de Shinra deixava até a mim incomodado — Eu já estive na presença do Rei Negro. Fui a guarda-costas que acompanhou Nobu-sama numa reunião que os dois tiveram anos atrás, quando o sensei tentou impedir o homem, que era seu amigo na época, de invadir as Colônias e continuar com o ciclo de ataques que vinham acontecendo. Para mim, chakras tem cores, cheiros, ressonância e até mesmo gosto. Todos os meus sentidos sentem o mundo de uma forma diferente do que acontece com as pessoas comuns. Veja bem, senhora, aquele dia eu analisei o chakra do Rei Negro profundamente e o conheci em cada detalhe.

— Isso ainda não me diz nada, garota cega. O que tem de mais nisso?

— Senhora, o que eu acho é que… Treze é filho do Rei Negro.




HP:500/500, CH:500/500,
Sta:0/8, San: 270/270,



Considerações:
técnicas & cálculos:
Bolsa de Armas:
Selo Hiraishin:


Bardo
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t2851-o-deus-inseto#23920
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t992-cj-bardo#6561
Tsukuyomi
Administrador
@
Tsukuyomi
Bardo
Nukenin Rank S
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título


虫神様
contos do deus inseto




Abri os olhos e me senti um pouco zonzo, lembrando-me que bati a cabeça quando teletransportei. Olhei ao redor e uma lanterna portadora da pequena chama que fornecia a única iluminação ali falhava vez ou outra, dando um aspecto sombrio  ao cubículo em que me encontrava. Pelo cheiro, tive certeza: estava em um banheiro. Havia caído em algo macio, então entendi que a marca hiraishin feita nas costas da roupa de um bandido aleatório que encontrei em missão estava vestida por outro homem - que provavelmente roubou o casaco do cadáver - e este, por sua vez, estava desmaiado com o rosto enfiado no vaso sujo de vômito azedo daquele lugar, incapaz de notar minha presença ainda que eu estivesse literalmente sentado em suas costas.

Cacete, eu tava com a cabeça zoada e errei o salto quando não pensei para onde exatamente eu queria ir — lembrei-me do ocorrido, enfim juntando as peças do quebra-cabeça — Senti minha existência quase se descolar da realidade. Você deve estar confuso, né? Se você já usou drogas pesadas, e eu que usou, você vai entender o que eu quero dizer. Para que não haja confusão sobre o que está acontecendo, aqui está a explicação: Eu estava agora pouco sobre o pico mais alto da montanha mais alta do país do fogo. Levado até lá pela garota que eu descobri também agora pouco que era minha irmã. Aliás, nós somos filhos de um vilão perverso, um Aburame conhecido como Rei Negro que está tentando tomar e escravizar todos os insetos humanóides e gigantes que vivem na Grande Colônia, local onde moram todos os “insetos místicos”, que são invocados por meio de kuchiyose. Descobri também que existe uma profecia feita pela ex Rainha da colônia chamada Bazztet, ela que morava no pico da montanha, que dizia que o apenas o inseto macho da prole do próprio rei poderia detê-lo. Veja bem, a profecia fala sobre mim. No entanto, o Rei Negro não sabe da minha existência e confiante por não ter um filho homem, desmoralizou Bazztet e transformou o lugar sagrado num campo de guerra. Agora, é minha responsabilidade salvar o povo de toda essa confusão, como se o sangue de todos eles sujasse minhas mãos caso eu nada faça. Foi tanta informação que eu senti vontade de fugir. Como eu posso me teletransportar, foi o que eu fiz, mas eu não pensei direito para onde ia e acabei vindo pra essa marca no casaco. Acho que eu vou acabar ajudando todo esse povo, entende? Sou um guardião. Sem problemas, só quis sair um pouco para pensar sobre isso de ter um pai, já que de todas as notícias essa foi a que mais me chocou.

Limpei a garganta seca, então continuei:

Acho que nunca refleti muito sobre isso. Não se pensa em pais e mães quando você cresce num hospital de fachada da igreja usado na verdade para testes de drogas e cosméticos em crianças. Macabro, né? O Paciente Treze, mais azarão impossível. Daí, juntando todas as peças, entendo que minha mãe era uma extremista religiosa que engravidou de um ninja aburame numa noitada quente com o besourão e, envergonhada pelo filho, o doou para a igreja. Meu pai, que não sabe de mim, vai me conhecer e já estaremos em lugares opostos. Eu gostaria que fosse diferente, entende? Sei que a gente não pode se responsabilizar pela atitude dos outros, mas eu realmente queria que ele fosse só um ninja que em viagem engravidou a extremista sem querer e agora eu poderia visitá-lo para que a gente ter alguns momentos de pai e filho, tipo brincar de jogar shuriken ou pique-clone. Ah, não, ele tinha que ser o maior malvadão de um clã conhecido por ser tímido e bondoso na maioria das vezes. Não é uma merda? Agora tenho a missão de matar meu pai antes mesmo de conhecê-lo. Qualquer um precisa de um tempo sozinho, não é? Você está certo, elas vão entender o porquê de eu ter partido. Shinra me conhece, sabe que eu realmente me importo com a vida da população da Colônia. Você está certo. Cara, como você é incrível.

Coloquei os dois pés sobre as costas do homem e dei dois tapinhas em seu ombro.

Obrigado por me ouvir, você é muito bom nisso. Ah, e um conselho de amigo? Se eu fosse você pegava mais leve da próxima, irmão — então o usei de apoio para saltar para fora do compartimento do banheiro e finalmente sair porta afora daquele cômodo abafado com cheiro de mijo. Uma vez do lado de fora, tentei entender onde eu estava — Nossa… por onde é que esse cara costuma andar?  

O lugar era todo feito da junção de uma infinidade de pequenas vielas. Parecia já ter sido outrora um centro comercial, mas hoje se tornou apenas um pedaço de vilarejo que não acompanhou a modernização e continuou parado no tempo, abandonado e esquecido. Vielas de ruas estreitas carregavam uma atmosfera do passado e do tradicionalismo. Vários estabelecimentos dessas ruas estavam fechados e no tempo em que caminhei pelo chão úmido de pedra, vi que era um ambiente tão profundo que apenas os moradores locais mais antigos sabiam da existência desse conjunto e o frequentavam. Não contei mais que dois presentes ali em todo trajeto.

Não havia muita luz, apenas pequenas lanternas arredondadas e amareladas que eram distribuídas espaçadamente, presas a uma linha central que cortava por cima da rua. Os compactos estabelecimentos, em sua maioria vazios, provavelmente se esforçam para sobreviver, se é que sobrevivem. Afinal, só de estar ali, já era possível sentir a melancolia. Por tudo ser velho, esquecido, tomado pelo silêncio e por essa ferrugem. Tudo isso trazia um ar de tristeza. Sim, era mesmo um lugar muito triste, embora fosse possível ver que na forma como foi construído que provavelmente já foi movimentado e possuía muita história entre suas estruturas velhas e madeira apodrecida que ficou para trás. Como uma cidade fantasma, onde a solidão transitava entre o assustador e o aconchegante. De repente, uma voz:

De todos os lugares do mundo, não esperava encontrá-lo aqui.



HP:500/500, CH:500/500,
Sta:0/8, San: 270/270,



Considerações:
técnicas & cálculos:
Bolsa de Armas:
Selo Hiraishin:


Bardo
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t2851-o-deus-inseto#23920
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t992-cj-bardo#6561
Tsukuyomi
Administrador
@
Tsukuyomi
Bardo
Nukenin Rank S
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título


虫神様
contos do deus inseto




Notei que minha mão esquerda estava calejada pelo uso contínuo da espada, mas uma memória insistente não queria me deixar dormir. Ainda tinha um pouco das cicatrizes no antebraço - agora coberto com ataduras amareladas e outras tantas cicatrizes que se misturavam -, mas as queimaduras daquele dia doeram mais do que na pele. Eu, que na época ainda era o rei inseto, sendo acertado pelo jutsu de fogo e jogado longe contra uma árvore. Inaceitável. Não que eu nunca tivesse recebido um golpe como aquele antes, quem dirá depois, mas o garoto com olhos de sharingan era alguém com o qual durante muito tempo rivalizei e medi forças incessantemente.

Ainda éramos genins, uma luta pré-exame chuunin. Porque isso ainda me atormenta?  

Olhei para o céu rosado uma última vez, pensando se alguma vez outro ser humano havia tido a oportunidade de contemplar nuvens alaranjadas e uma fauna tão diferente como era aquela da qual gozavam os insetos místicos. Não que eu estivesse em outra dimensão, foi o que eles me explicaram. Era apenas outro canto no mundo cujo qual eles permitiam acesso através da invocação reversa, como havia um monte dos sapos ou tocas de cobras onde os animais que podem assinar contratos para kuchiyose vivem. Normalmente, são seres especiais e com uma consciência talvez mais avançada até que das pessoas de onde eu venho. Ao menos, da parte dos insetos, todos eles eram maiores e humanóides, constituíam famílias baseadas em afeto, amor e carinho. Possuíam uma sociedade comercial ativa onde produziam roupas, tecido, construíam casas, cidades e operavam até mesmo segundo um forte senso de monarquia. Admiráveis, preciso assumir.

Com a partida do céu de fim de tarde, a noite caiu sobre as colinas da Grande Colônia, então me vi sozinho em meio ao descampado iluminado apenas pela grande lua e as estrelas. Dali, conseguia ver as montanhas subindo e descendo ao fundo, estendidas ao fim de um grande tapete de grama de tons intensamente verdes durante o dia que se estendia entre elevações baixas de colinas. Porque eu estava ali, afinal? Balançando a minha espada e girando sobre os próprios joelhos. Queria, no fim, não me sentir inferior. Foi aí que imaginei o Uchiha soltando fogo dos pulmões antes que a grande nuvem tóxica e explosiva cobrisse todo o cenário ao redor dele. Havia escorado em meu travesseiro com essa imagem na cabeça, segundos antes da explosão, durante várias noites. Se ele usa fogo, porque não tentar algo parecido utilizando os recursos que eu tenho?

Insetos, sim. Os seres que habitavam minha carne. Faziam parte do meu cerne e de quase todos os movimentos que eu aplicava em combate. Como não poderiam, então, ser parte de mim? Manipulei alguns para que voassem ao meu redor, fazendo uma pequena nuvem que zumbia preguiçosamente me rodear como se brincassem comigo. Acumulei chakra e o senti na boca do estômago durante um tempo, preparando para aplicá-lo nos insetos segundos antes que eles fossem expelidos pelos poros da minha pele, principalmente tronco, braços e pernas em alta velocidade. Esse era o golpe que eu planejei durante quem sabe um ano e finalmente teria coragem de colocá-lo à tona; Kurodama. Um ataque em área que produziria uma massiva onda de insetos que sairiam à caça formando um domo ao meu redor.

Estão prontos, companheiros?

Eles disseram que sim, entre zumbidos e estridulações. Sabiam qual seria o seu trabalho e pela forma como se reproduziam, as próximas gerações sempre sabiam como agir quando eu aplicava um jutsu. Dessa forma, deveria treiná-los e também treinar a mim para não cometer erros em batalhas. Principalmente quando amanhã eu partirei para uma missão importante em nome da Folha. Com esse pensamento, fiz alguns selos e implantei energia nos besouros, fazendo-os com que se expulsassem e formassem a nuvem feita de pura infestação negra. Kurodama, pensei mais uma vez enquanto o jutsu era executado. Os kikaichuu saíram aos montes e formaram o domo de ataque que se espalhou pela área até que não existisse mais. Foi aí que os insetos voltaram, dessa vez demorando mais do que quando saíram, e novamente fizeram de meu corpo sua morada.

Obrigado, agradeci mentalmente e eles puderam escutar. A técnica ainda não estava pronta, então repeti o processo por mais algumas tantas vezes. Até que meu chakra se esgotasse e com a lua no meio do céu eu adormecesse ao lado de uma árvore. Não temia, afinal os insetos da floresta me protegeriam - ao menos é o que eu gosto de pensar. Velando o sono de seu deus que não tinha para onde retornar além do relento, com eles. Afinal, nem mesmo Shinra que havia me apresentado esse lugar sabia que eu havia retornado. Tem todo aquele papo de meu pai ser o Rei Negro e a profecia assumir que eu seria capaz de derrotá-lo, então eu fugi. Continuarei fugindo, afinal o dever me chama. Amanhã partirei para o país das ondas.

O que eu penso sobre isso? Bom, estive presente na reunião em que o ataque foi decidido, agindo como guarda-costas do hokage interino. Vi que Kagushiki é bastante poderoso, mas está velho. As outras vilas em sua maioria são formadas por novas lideranças e eu pouco sei sobre até onde vai a força de Danzou. Espero que, no fim, tudo isso não se mostre apenas um plano suicida onde todos nós caímos na armadilha da aranha. Não me leve a mal, eu não estou com medo. Aquela era mais uma batalha, outro embate, outra rinha. Uma entre tantas cujo qual a vida ninja já havia me colocado. Tomara que Gen esteja lá, e Squall também. Amiyo-sensei e Osho. Quem sabe eu pudesse olhá-los nos olhos e sentir minha vontade do fogo reforçada.

E foi com sonhos sobre a incursão que eu senti o sol em meu rosto e a sensação de areia nos olhos quando os abri. Obviamente, o sono não havia sido suficiente para que eu me sentisse descansado, mas ao menos minha estâmina e reservas de chakra seriam o necessário para que eu pudesse continuar com a sequência de aprendizados que ainda me restavam.




HP:500/500, CH:400/500,
Sta:2/8, San: 270/270,



Considerações:
técnicas & cálculos:
Bolsa de Armas:
Selo Hiraishin:


Bardo
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t2851-o-deus-inseto#23920
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t992-cj-bardo#6561
Bardo
Nukenin Rank S
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [gaiden] Shinshū Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título


虫神様
contos do deus inseto




Lembrava-me de ter lido o pergaminho sobre essa técnica em algum lugar pelo dojo, perdido entre outros ensinamentos empoeirados dentro de caixas. Era uma técnica de rank b, lembro-me bem, onde insetos eram enviados até o inimigo para sugarem seu chakra, única e exclusivamente sobre isso. Sabia que o treino seria rápido, afinal eu já era tão acostumado aos kikaichuu e domínio de chakra que cada vez mais técnicas de ranks medianos eram fáceis de serem aprendidas.

Teci os selos necessários e fiz com que os besouros se espalhassem na direção de uma árvore, primeiro seguindo por baixo, sobre a terra, na velocidade máxima que uma técnica daquele nível conseguiria alcançar. Depois, espalharam-se ao redor do tronco e consumiram até mesmo as folhas das copas. Um segundo depois, levantei meu braço como se os chamasse, e todos eles regressaram ao seu lar adentrando pelos poros do meu antebraço. Com isso, a técnica estava completa.




HP:500/500, CH:300/500,
Sta:3/8, San: 270/270,



Considerações:
técnicas & cálculos:
Bolsa de Armas:
Selo Hiraishin:


[/quote]
Bardo
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t2851-o-deus-inseto#23920
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t992-cj-bardo#6561
Yusei
Konohagakure Anbu
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Aprovados
Yusei
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t3211-ficha-tengoku
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com
Conteúdo patrocinado
  • Resposta Rápida

    Área para escrever mensagem