RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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[Moradia] Dojo abandonado — Sem-t-tulo-14


"Meu quarto no fundo do Dojo era um local solitário. A construção abandonada situava-se em uma área pouco habitada do vilarejo, erguida entre um pequeno bosque próximo ao campo de treinamento. Dizem que inicialmente a intenção de algum Hokage para o bosque era torná-lo uma praça de convívio familiar, mas o número alto de insetos na região fez com que desistisse da ideia. O clã Aburame reivindicou o lugar para si, sendo assim, com o último cuidador do Dojo morto há anos em missão, agora eu poderia desfrutar do clima entre as árvores que me ofereciam frescor ainda que no verão. Uma pequena conscessão de Aburame Nobu, meu tutor, por ter-me tornado um Genin. Havia também a sempre presente companhia de insetos, como você deve imaginar. Eu adorava aquele lugar, mais do que qualquer outro lugar no planeta."

(citação: Gaiden — nomes cravados na pedra;)




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|野郎



"gaiden: o guardião e a fanática,



Algumas noites, memórias vem em forma de sonho.

O clima daquela sala de paredes brancas e bem esterilizadas era sempre frio, assim como as pessoas que transitavam por ali. Mantinham-me sentado numa cadeira de metal apregoada no centro. Nada prendia minhas mãos, mas eu me sentia entorpecido, como se acreditasse que fazia realmente parte daquilo e não tivesse motivos para fugir. Isso é engraçado de se pensar, visto que quando lembro da minha primeira infância, mesmo que hoje eu entenda tudo, não me sinto triste ou com raiva. Todas as experiências, o propósito de tantos exames e a forma cujo qual me trataram eram desumanas. Mas… eu não conhecia o mundo além daquelas paredes, entende? Eu não conhecia a palavra “cobaia”. Eles me diziam que aquela era a verdade acima de todas e que tudo era para o meu bem. Eu deveria me sentir grato por servir ao propósito maior.

— Tome mais duas dessas pílulas, Paciente Treze — Mais duas? Com essas devo alcançar a vigésima, e ainda era manhã. As pílulas eram listradas, verdes e brancas, e as mulheres faziam parecer que aquilo era parte da minha rotina alimentar, já que eu era uma criança doente. Ou, como eles também gostavam de dizer: amaldiçoada.

— Insetos conseguem voar na chuva? — Senti a pílula viajar pela minha garganta. Segundos depois, todo meu corpo acalmava-se, tomado por um torpor que deixava minha cabeça leve, livre de pensamentos.

— Como eu vou saber? — Ela parecia sentir repulsa do assunto, mantendo o olhar fixo na preparação de um remédio.

— Ah, desculpe — Disse, lembrando da presença da mulher na sala. Meu olhar estava distante, com as pálpebras entreabertas. Chapadasso — Eu não estava falando com você.

Um tapa fez meu rosto arder, mas nem essa sensação levou meu corpo a exercer alguma contra resposta. Eu apenas a olhei, um pouco surpreso por sua atitude. É que às vezes, quando tomo as pílulas, acabo ficando sincero demais.

— Eram as vozes embaixo da terra — Continuei dizendo — Mas agora, depois dos remédios, não escuto mais.

— Pare de falar desses malditos insetos. Você profana a Casa do Senhor com assuntos imundos, menino agourento — Ela invejou a agulha no meu antebraço e eu vi o líquido azulado sumir do tubo transparente, direto para minha corrente sanguínea. Ela fez o sinal do fogo com o indicador, como se estivesse se limpando por ter me tocado — Já não basta o que o Cardeal teve que fazer para manter você longe do pecado. Longe das pragas! Ele é bom para nós. Agradeça por ter essa sala e todos esses remédios que te deixam longe de todas as enfermidades e imundícies que vão contra O Deus. Não fale com as vozes do outro lado da parede!

Para “nós”? Eu não entendia o que ela dizia, mas pensando bem, seus cabelos azuis eram tão lindos. Pareciam tanto com o meu. Ela continuou:

— É tudo culpa minha. O meu pecado sujou meu nome e minha descendência. Meu ventre rendeu apenas frutos podres e eu dei início a uma linhagem de loucos com o meu sangue — Ela parecia desesperada. Minha mente estava enevoada demais para que eu entendesse o que ela dizia. Porque ela estava tão envergonhada? — Mas eles foram bons pra mim. Me perdoaram e cuidaram de tudo. Entenderam que eu era uma jovem inconsequente que se apaixonou pelos lindos cabelos castanhos de um demônio. Pois é assim que os demônios se aproveitam de nossas fraquezas! Com beleza, poses heróicas e alegando pertencer aos ninjas guardiões que protegem o Daimyo. Palavras enganosas desferidas apenas para enganar e assim fornicar com uma garota inocente e santa.

Eu a olhei com intensidade:

— Por acaso você sabe se insetos voam na chuva? — A dúvida me ocorreu. Ela pareceu não ligar e apenas continuou falando coisas sem sentido:

— Em breve seu sacrifício será dado em nome da Igreja — Ela tocava o meu rosto, mas eu não sentia o gesto. Meu corpo estava dormente e a escuridão parecia querer me engolir para o mundo dos sonhos — O pecado é forte demais em você. O Alto Cardeal acredita que será um perigo pra todos caso você consiga dominar os insetos. Veja só que heresia, você está tomado por essa energia imunda, aquilo que seu pai chamava de “chakra”. De alguma forma, você se liga às pragas ainda que inconsciente...

A mulher de cabelos azuis nem olhava mais para mim, acreditando que eu estaria drogado demais para ouvir seu monólogo. De fato, eu não conseguia processar o que meus ouvidos captavam, inebriado pela sensação do líquido azul chegando à todas as partes do meu corpo. Era gostoso, confesso. Tão bom que a voz daquela mulher foi-se perdendo num eco inconstante e tudo se tornou calmaria.

[...]

Minhas mãos estavam suadas, assim como o lençol cujo qual eu havia descansado as costas a noite toda. Levei as mãos à cabeça e precisei refletir um pouco. Estava enlouquecendo? Não, tinha certeza, eu realmente vivi tudo aquilo. Quero dizer… Embora estivesse chapado demais para discernir o assunto na época, quem sabe aquele sonho fosse uma lembrança perdida entre tantas que meu subconsciente pode ter guardado como forma de proteção.

Quando lembro do meu tempo em que fui um experimento no laboratório da Igreja do Fogo Vivo, não sinto raiva e nem penso que o mundo foi injusto comigo, pasmem. Sei que muitas pessoas acham que isso seria mais do que um motivo lógico pra que eu me tornasse revoltado ou louco da cabeça. Ah, não. Daí eu realmente seria o que eles disseram. Veja bem, eu havia conseguido me livrar de tudo aquilo e hoje estava livre pra me tornar cada vez mais forte e um dia destruir por completo todos aqueles que me causaram mal: A igreja do Fogo Vivo, e assim não permitir que continuem assassinando vidas de inocentes ou fazendo lavagem cerebral nas pessoas. Como fizeram com minha mãe, se é que posso chamá-la assim.

Senti-me triste.

Levantei-me e abri a janela, sentindo a brisa fresca que as árvores ao redor proporcionavam, movimentando-se como uma dança com o vento. Aproveitei o doce sabor de ser alguém livre e, ainda que com muitas dúvidas, estava grato.

— Ninjas que guardam o Daimyo? O que será que ela quis dizer com isso?






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|野郎




— Um tornado feito de insetos? — Perguntei, intrigado com as informações contidas naquele pergaminho que Nobu havia me intrigado.  

— É a técnica de ataque mais poderosa que eu posso te ensinar, ao menos por agora, no nível em que você está — O homem de óculos pretos e atitude séria estava sentado no chão de madeira do corredor externo do Dojo — A variação dessa para outras técnicas é puramente força. Mais chakra e concentração será exigido para que ela seja executada, você está me entendendo?

Enquanto o Aburame falava, acabei me distraindo com um inseto passeando em meu dedo indicador. A verdade é que a forma como aquele Jounin me tratava, embora eu fosse eternamente grato pela sua tutoria, acabava me deixando entediado.

— Não tem com o que se preocupar — No quintal do Dojo, de frente a uma árvore, coloquei-me em posição de luta — Veja e aprenda.

Confiante, teci os selos necessários, formando símbolos específicos com meus dedos. A técnica em si não era muito diferente daquela que ofensivamente era mais usada por mim: a lança de insetos. Com uma técnica mais poderosa, finalmente eu poderia me sentir um pouco mais confiante ao enfrentar inimigos durante as próximas missões.

Sendo assim, concentrando o chakra necessário e expelindo do meu corpo juntamente com os insetos, formei uma grande nuvem caótica no ar. Era possível ouvir os zumbidos dos pequenos besouros residentes do meu corpo, mas a forma como eu executei o golpe pela primeira vez não possuía velocidade, tampouco o poder para formar um tornado realmente útil em batalha.

— Isso é apenas um amontoado de insetos. Um gasto desnecessário de chakra — Disse Nobu, observando a nuvem de insetos que mal conseguia girar em seu próprio eixo para formar o tornado — Deixe que você seja o maestro desses besouros, Treze. Dê-lhes o comando necessário para que ataquem seus inimigos.

Fechei o semblante, concentrado. Absorvi as palavras e Nobu, tentando mais uma vez atacar um pedaço de arbusto com o meu tornado de insetos formados pelo Jutsu. Dessa vez, prestava atenção em cada trajeto durante a distribuição do fluxo de chakra, bem como fortalecia minha intenção de comando dos insetos para que eles se movimentassem em alta velocidade para formar o tornado.

— Mushitatsumaki! — Bradei com vontade, provocando uma infestação rápida de insetos, estes que fizeram uma trajetória circular poderosa até o arbusto, consumindo-o ao fim da execução. Sorri, satisfeito, feliz pelo quanto esse novo aprendizado me seria útil.




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|野郎



"gaiden: conturbada relação,



— Sim, eu vou fazer o teste ainda nesta semana. Só queria te contar isso — Dei de ombros, sabia que ele não ligaria muito. De alguma forma, me sentia grato ao homem que foi meu tutor durante vários anos. O único no clã que não me tratou como o bastardo maluquinho, se quer saber. Se hoje eu lutava ao lado de insetos, foi ele quem me ensinou que aqueles zumbidos e vozes na minha cabeça não eram uma maldição, mas sim uma dádiva — Só quero que você se sinta orgulhoso, sei lá. Essas coisas nem fazem sentido. Eu entendo que você deu o seu melhor mesmo tendo perdido alguém importante no dia em que fui salvo. E acho que você nunca tinha convivido com uma criança na vida, então… Obrigado. Você é o mais próximo daquilo que eu posso chamar de… hm, professor meio cuzão que nunca tá disponível, mas que soube me guiar enquanto teve tempo.

Dei uma risada e ele também. O homem vestia uma flat jacket verde sobre roupas todas negras. Como voltava de uma missão, estava armado com uma espada que guardava em uma bainha nas costas, como se a usasse de mochila. Seus olhos, nunca visíveis, permaneciam escondidos atrás dos óculos cafonas que aparentemente eram uma marca registrada dos membros do clã Aburame. Eu? Tô cagando, sou muito mais meus macacões coloridos e chapéus brilhantes. Já ele, parecia pensativo desde que eu havia dado a notícia sobre a graduação Chuunin. Eu deveria começar a ficar preocupado?

Após um longo trago, ele quebrou o silêncio.

— Eu pergunto de você por aí, moleque — Outro trago e duas batidinhas no meu ombro — Acha que eu não sei? Você andou realizando boas missões por aí. Missões perigosas… Viu companheiros morrerem. Isso vai te mudando como ninja… Te preparando, sabe como é? Você está errado se pensa que eu não tenho orgulho de você. Eu nunca me arrependi de peitar aqueles velhotes que se dizem anciões, mas não tem sabedoria de reconhecer um legítimo entre os seus. O que me fode é só essa porra desse nariz de palhaço na sua cara.  

Ele fez um movimento rápido com as mãos e eu dei um pulo pra trás de susto. Fez de conta que pegaria meu nariz, mas na verdade, mostrava uma sacola que carregava em mãos, como se me oferecesse.

— Eu acredito que você vai passar. Parece que tem até um companheiro de time, certo? Não se esqueça que o trabalho em equipe é a coisa mais importante que um shinobi pode ter — Fiz uma cara de “não acredito que vai começar mais uma aula do nada” e ele interrompeu as palavras, agora dando ênfase para o presente em suas mãos — Isso aqui é pra você. Uma lembrança pela graduação antecipada, vai que isso te dá uma animada.

Desconfiei que dentro da sacola tivesse um papel bomba e que ao explodir no meu rosto Nobu começaria a me dizer que eu deveria estar sempre alerta. De qualquer forma, abri o pacote e dentro dele havia um sobretudo com um símbolo do clã e um óculos de sol quadrado, diferente de todos eles. Eu abri um grande sorriso, grato.

— Isso foi muito maneiro, sensei — Agradeci — Eu vou provar pra todos que a morte do Kagure não foi em vão.

— O pior de tudo é que você é igualzinho a ele — Naquele bosque do clã, o Aburame mais velho sentava-se no parapeito da pequena ponte que passava por cima do lago de carpas. Ele parecia estar satisfeito com a brisa do local, nunca havia-o visto de tão bom humor — Não precisa carregar esse peso. Só seja o mais fodão pra calar a boca da galera e eu sair como o que tava certo. Se falhar, te mando pra bem perto do Kagure.

Ele deu um sorriso maligno, mas eu já estava acostumado. Kagure, caso você não saiba, foi o homem que me salvou dos experimentos de laboratório e me entregou o nariz de palhaço, visto que foi assim que ele se infiltrou no hospital - ou cativeiro, como preferir. Kagure foi marido de Nobu, e por isso ele decidiu me criar quando percebeu minhas conexões com insetos. De repente, Nobu tomou um ar de seriedade.  

— Em uma nova patente, você vai topar com situações perigosas. Não seja precipitado — Ele acendeu outro cigarro — O que eu quero dizer é que… Tá bom, você precisa saber de muita coisa.

— Saber do que, Nobu-sensei? — Eu estava tenso.

— Sei que eu quase não tenho ficado na vila há um tempo e não pude acompanhar seu treinamento de perto enquanto gennin, mas o motivo é que eu tenho perseguido aqueles que te mantiveram preso durante toda a infância. Não se esqueça que eles mataram o meu marido e eu não posso deixar pessoas que pregam aqueles ideais soltos por aí — Ele parou por um instante, recuperando o fôlego e a compostura — Descobri que o homem por trás de tudo é conhecido como Alto Cardeal Ping. Seu nome é conhecido em cada beco do submundo, famoso por ajudar os pobres e ser o santo à frente da Igreja do Fogo. A verdade, Treze, é que ele usa a igreja e a fé das pessoas pra controlá-las, mas por baixo dos panos gere o maior cartel de ilegalidades que eu já ouvi falar. Experimentos com crianças, testes de armas químicas e outras que eu não tenho nem permissão pra dizer em voz alta. Os fiéis que o protegem, matam e morrem por ele, acham que estão servindo ao Deus Fogo, que estão cuidando do profeta. Eles são perigosos, pessoas com ideais tão cegos são imprevisíveis.    

— Me lembro bem de todos os cânticos e livros incrivelmente tediosos que nos forçavam a ouvir no hospital. “Ó, Deus do Fogo, queimai os nossos inimigos” — Comecei a citar um dos trechos que havia recitado tantas vezes sozinho em meu quarto.

— O Deus Fogo não existe, é só um delírio, uma criação do Alto Cardeal — Sua voz se tornou ainda mais grave — Sua mãe… Eu a localizei. Ela trabalha diretamente com o chefão.

— Pois eu não ligo —
Porque ele estava falando tanto disso?  

— Mas precisa estar preparado para encontrar com essas pessoas em atividade pelo país do fogo. Onde você vivia era apenas uma das bases, a operação ainda existe. E eu já disse que você é igualzinho ao Kagure. Confia demais em si, nas suas habilidades, gosta de bancar o herói e mostrar que tem uma mente criativa e esse é o tipo que morre cedo. Não quero ver seu corpo dilacerado em uma esquina por aí só porque você quis bancar o bonzão.

Fixei meu olhar no dele com certa indignação. O tipo que morre mais cedo? Como ele poderia falar assim do falecido marido e de mim?

— Aí, quer saber? — Empurrei o pacote com o sobretudo e os óculos de volta em seu peito, soltando-os — Valeu por quebrar a vibe. Eu só queria que nem tudo virasse uma tempestade de problemas. Só queria que você ficasse feliz com a notícia e que fosse um dia agradável. Mas quer saber? Que se foda. Me dá licença que eu tenho uma missão.

Menti, mas me afastei do homem e do bosque a passos largos. Tínhamos palavras entaladas na garganta, mas não seria hoje que curaríamos aquela conturbada relação.





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O sensei tem que ser mais cuidadoso com as palavras dele pô, coitado do rapaz, tinha que ter pago um churras!
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A manhã estava ensolarada e aquecia a estrutura de madeira do Dojo, fazendo com que o calor tornasse inviável permanecer dormindo até mais tarde. Levantei-me um pouco contemplativo, embora animado para treinar os as técnicas contidas nos pergaminhos que havia adquirido recentemente com o meu suado dinheiro recebido entre missões. Logo, não demorou para que eu estivesse no quintal daquele Dojo abandonado - cujo qual eu chamava de lar.

Por um tempo, apenas sentei-me na grama no espaço arejado entre as árvores e me conectei com o meu íntimo. Senti o meu chakra fluindo pelo corpo e me entendi mais um pouco. Respirando e inspirando. A meditação durou alguns minutos, então sentia-me pronto para continuar.

Peguei o primeiro pergaminho e nele continha o Meisaigakure no Jutsu, técnica utilizada principalmente para espionagem e afins, visto a capacidade de invisibilidade que ela fornecia.

— Técnica de Rank A… — Disse ao ler na inscrição, sabendo que aquilo seria um desafio pessoal tendo em vista que aquela seria a primeira desse nível que eu executaria.

Permaneci sentado, sentindo aquela mesma luz do sol que me acordou e agora estava em minha pele. Eu precisaria refletir aquilo através do meu chakra, deixar de gerar sombras e enfim manter uma forma invisível a olho nu. Ótimo, sendo assim, concentrei parte do meu chakra até a minha pele, fazendo com que fluísse e criasse uma espécie de capa que me cobria. Feito isso, sabendo do poder daquela energia interna, moldei-lhe com a intenção de deixar o meu corpo invisível, após realizar os selos.

Olhei para baixo e reparei em minhas mãos, tentando entender o que havia acontecido de errado: A técnica havia falhado, não tendo chegando nem mesmo perto da total transparência, me dando uma forma mais como um borrão que se misturava ao ambiente de forma ineficaz… Mas então o que era?

De repente, entendi que meu corpo não era apenas feito de pele. Ainda que eu utilizasse o meu chakra na parte exterior, ainda faltava muito para que eu realmente escondesse todos os meus órgãos e parte interna.

— É por isso que é uma técnica tão difícil… — Pensei, tendo concluído que eu precisaria concentrar o meu chakra em cada espectro do meu corpo para que nem mesmo uma parte ficasse à mostra.

Dessa vez, distribuí o chakra igualmente entre toda a minha extensão corporal, deixando que cada partícula que pudesse refletir a luz do sol se escondesse com uma timidez forçada, fazendo com que meu corpo se tornasse translúcido e não pudesse mais ser visto por olhos comuns, ao menos enquanto eu conseguisse manter essa técnica.

— Nossa… Isso é maneiro demais — Olhava para baixo, movendo minhas mãos e tentando vê-las, falhando no processo — Ótimo, vamos para o próximo.




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|野郎



Parei um pouco para respirar, dei-me um tempo aproveitando o clima da manhã e a tranquilidade dos pássaros cantando naquele bosque, como se assistissem ao meu treinamento. Afinal, executar uma técnica nova era sempre um desafio, mas uma técnica de rank A havia me mostrado que realmente é necessário algum tipo de experiência com ninjutsu a mais, visto que eu havia me sentido um pouco tonto após sua execução. Não que o meu chakra estivesse no fim, mas sabe aquela sensação de quando você está deitado e se levanta rápido demais? Era mais ou menos isso… Como se muito chakra fosse repelido de seu corpo de uma só vez. Talvez eu me acostumaria com isso com o tempo, mas achei importante deixar uma nota mental sobre essa sensação de como eu deveria vencê-la.

Me direcionei ao pé da árvore onde eu havia escorado os outros pergaminhos, recuperando o segundo dentre eles.

— Kebari Senbon. Outro jutsu de rank A. Pra continuar seguindo em frente, parece que vou ter que me acostumar com grandes gastos de chakra de uma só vez — Dei uma lida rápida nos selos e execução da técnica, preparando sem demora para continuar o treinamento ao retirar a toca alaranjada da cabeça.

Dessa vez, o jutsu consistia em levar o chakra até os fios de cabelo e dispará-los como grandes alfinetes em alta velocidade, e isso era exatamente o que eu fazia no momento, concentrando-me da mesma forma que antes, porém agora deixando que o meu chakra fluísse até a cabeça, sentindo a energia pulsar até a ponta dos meus fios. Eu sei que é estranho imaginar, mas era uma tarefa árdua levar o chakra até ali: Tente você sentir o próprio cabelo… O que você vai sentir é o peso que ele exerce sobre o couro cabeludo, mas senti-lo foi realmente muito difícil.

Apesar do trabalho cirúrgico necessário, aquilo ainda não era a parte mais difícil entre elas: Disparar os cabelos enquanto eu agia sobre sua fisiologia (afinal não queria ficar careca no processo), como também fornecer aos fios mira e velocidade parecia um trabalho extremamente complexo.

Executei os selos, moldando o chakra e levando até o cabelo. Olhando para um árvore incisivamente, foquei o tronco como o meu alvo e tentei disparar alguns fios. Senti uma dor na cabeça, visto que eles se desprenderam do meu couro de forma abrupta. Merda, se for assim, não funcionaria. Foi então que pensei em exercer o trabalho com chakra na minha cabeça para não usar os fios existentes na minha cabeça, mas sim criar novos e dispará-los. Ao executar os selos, mirei novamente na árvore:

— Kebari Senbon!

Senti o gasto de chakra, mas meus cabelos voaram pelo ambiente em alta velocidade e fizeram daquela parte do tronco um travesseiro de alfinetes. Uma técnica tão forte também  era um excelente componente para o meu arsenal e crescimento como ninja, tinha certeza.




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Ainda restavam dois pergaminhos e eu já sentia-me um pouco cansado. Em dado momento, o sol já quase ia alto no céu, mostrando que o horário de almoço logo chegaria. Infelizmente, hoje eu só pararia quando tivesse completado todas as metas que havia cravado. Precisava me tornar um ninja melhor, precisava estar mais preparado.

O penúltimo pergaminho restante fez com que brotasse um sorriso em meu rosto quando percebi de qual se tratava. Aquela era uma técnica defensiva do meu clã, e só de pensar que eu utilizaria os meus insetos naquele treinamento já me mostrava que seria bem mais fácil pra mim. Afinal, eu sou o Rei Inseto e disso eu entendo.

— Parece que agora é com vocês, meus bebês — Falei, levantando as mangas e deixando que delas saíssem inúmeros besouros de cor amarronzada que criavam um zumbido incessante pelo local. Eles pareciam felizes, e o fato de poder entendê-los e compreender sua alegria por estarem sob a luz do sol agora também me encheu de vigor.

Teci selos com minha mão, deixando que meu chakra se moldasse conforme os próprios besouros precisavam para serem controlados. Eles moravam na minha carne e se alimentavam da minha energia, em troca, como hospedeiro, eu pedia para que eles lutassem por mim. Nossa relação simbiótica era de harmonia e companheirismo.

Com os braços levantados eu parecia reger um maestro, levando o dedo para lá e pra cá, vendo a nuvem se mover conforme o meu balanço. Para o que muitos poderia ser apenas um zunido chato, pra mim era música orquestral. Conforme eu girava, eles giravam também. Comecei a fazer o movimento com as mãos como quem balança um laço antes de arremessar no touro. Acompanhando minha mão, os Kikauchuu começaram a fazer um movimento circular ao meu redor.

— Mais rápido, mais rápido! — Continuava a canalizar o meu chakra para os besouros voadores a fim de deixá-los em um movimento extremamente veloz. A poeira em volta da cúpula começou a se levantar, e de dentro da técnica eu comecei a me sentir protegido. Os insetos agora alcançaram uma rotatividade de extrema eficácia, não deixando pontos cegos que pudessem transpassar em minha direção, pelo menos se não forem destruídos no processo.

De repente, com o gasto de chakra, senti-me cansado. O fim daquela música veio quando os insetos foram novamente impelidos pela minha pele, voltando às suas colônias e me deixando assim sozinho com mais uma técnica aprendida.




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|野郎



A última técnica que eu aprenderia nesse proveitoso dia era o famigerado Kanashibari. Um jutsu de rank D, muito mais simples que todas as outras que eu havia treinado hoje. Ela consistia em prender o alvo, mantendo-o imóvel.

Li as inscrições sem demora e entendi tudo com clareza. Não era necessário selos, portanto apenas achei um esquilo que passava por cima de um galho e implantei nele minha intenção de paralisá-lo. Era um alvo simples, provavelmente alguém mais poderoso seria bem mais difícil, mas o fato é que o meu chakra se esvaiu do meu corpo e alcançou o esquilo, deixando-o totalmente imóvel.

Segundos depois, liberei o animal da técnica que correu assustado. Terminando assim o aprendizado do Kanashibari no Jutsu e de todos os outros que havia me proposto a aprender, recolhi os pergaminhos e parti, preparando-me para um descanso.




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kkk eu vi esse erro entre chakra e hp KKKKK

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O nariz vermelho, parte 1



— Hm, chuva… — Disse, puxando a persiana e olhando para a janela do meu quarto no segundo andar daquele dojo abandonado no meio do bosque, impressionado pelo fenômeno no meio do infindável verão que assolava o vilarejo — O bosque fica tão quieto em dias de chuva. Eu já havia me esquecido de como era.

Desci as escadas e saí pela porta de entrada, sentando-me na cadeira de balanço que ficava no alpendre coberto por um teto de madeira e que me permitia ficar ali fora sem me molhar, mas era incrível o quanto a sensação daquela brisa me deixava contente. Quanto mais eu o tempo passa e eu me vejo nesse vórtice de trabalho, viagens e treinos, mais sinto que mudo. Será que isso se chama maturidade? Eu sei que ainda sou novo, mas e quando sinto o meu coração tão pesado que parece que vivi muito? Quem sabe eu estivesse no direito de me sentir solitário. Era um saudosista e nostálgico incurável.

A chuva foi ficando mais forte e o vento trazia algumas gotículas que me molhavam, mas eu não me importei. Em dias assim, sentia falta do meu tutor. Mas foda-se, não quero falar disso agora. Eu só quero… Aproveitar o frio. Mas, o que é aquilo se movendo no meio do bosque?

Me levantei de repente, escorando-me numa pilastra de madeira e apertei os olhos para conseguir ver através da chuva que caía. Não parecia ameaçador, preciso dizer logo de cara. Pela forma como se movimentava, a silhueta parecia muito mais desesperada do que predatória. Dei um sorriso, reconhecendo quem é que chegava. Como um bom cavalheiro que sou, tirei das minhas próprias mangas um amontoado de insetos que se colocou sobre a garota, como uma espécie de guarda-chuva improvisado. Ela sorriu, agradecida e nitidamente com frio pelo resto do caminho. Quando finalmente colocou os pés no chão também de madeira do alpendre, escorou uma sacola de lado e me deu um abraço sem se importar em me molhar.  

— Hm, oi, Maya — Tentei cumprimentá-la, desconcertado. O que eu faria com meus braços agora? Melhor mantê-los para baixo, acho — Eu nem acredito que você veio até esse bosque debaixo de chuva.

— Parece loucura, né? Me falaram que aqui era pra ser um parque ambiental, mas a incidência de insetos tornou a ideia impossível… Daí o motivo do seu clã cuidar do bosque agora —
Ela fez uma careta, pensando em baratas e coisas do tipo — É verdade?  

— “Meu clã”? —
Dei uma risada, coçando a nuca — Quando você fala assim, faz com que eu me sinta da família… Pra te falar a verdade, eles preferem me ignorar e continuar escondidos sob aqueles óculos pretos e coletes com capuz sem cor nenhuma, indiferentes à minha existência.  

— Enquanto isso, você se esconde atrás desse nariz de palhaço —
Às vezes, a sinceridade dela podia doer, mas seu olhar era doce e me fazia pensar no que falava — Ou você acha que é muito diferente deles? Deve ser tipo um mal de família… Você só escolheu adereços mais coloridos.

— Eu já te contei sobre as cores? —
Olhei para o céu cinza, tentando não me molhar com a chuva no processo — Eu cresci num quarto totalmente branco e esterilizado. É meio doido de se pensar, né? Mas eu acho que nunca havia visto a cor roxa. Eu não convivia entre muitas cores... Acho que por isso gosto tanto delas em mim, como maquiagens e batom.

— Eu acho… Sei lá, diferente —
Ela deu de ombros — Um diferente bom.

Ela olhou para os pés, sem graça, mas daí notou o quanto de barro ela tinha trago, sujando todo o assoalho. Pediu um perdão silencioso e eu fiz como se isso não importasse - e realmente não importava. Estava feliz com a presença de Maya ali, surpreso pela recorrência dela em minha vida, embora não pudesse deixar de pensar o porquê dela estar ali. Pedi um segundo para buscar uma toalha e uma roupa de mangas e gola longa preta para que ela vestisse. A mesma que eu usava por baixo do colete Chuunin.

— O que te faria vencer o medo dos insetos no meio dessa chuva toda? — Sentei-me numa das cadeiras e ela se acomodou em outra. Os dois fizeram um minuto de silêncio, sentindo o vento frio arrepiar a pele.

— Você me disse que aqui era solitário.

— E você veio estragar isso? —
Sorri.

— Na verdade, eu queria ficar solitária também, sabe, Treze? — Ela deu um longo suspiro — Queria um pouco desse silêncio. Dessa paz, da falta de cobranças pelo menos por alguns segundos. Minha vida é meio… Maluca. você deve imaginar.

— Foi exatamente o que eu percebi naquele baile com a sua família. Eles devem ter odiado a gente lá —
Quando eu disse, ela deu uma longa gargalhada. Eu estava certo, e ela havia adorado — Eu entendo que você seja meio que a ovelha negra da sua família, mas será que vale a pena enfrentá-los assim? Maya, você pagou uma missão de rank D só pra eu te acompanhar naquilo e passar raiva nos seus parentes metidos. Isso é doideira demais.

— É, esse pode ter sido um dos motivos —
Ela balançava de um jeito engraçado naquela cadeira. Quem sabe eu agora entendesse que nem só os ninjas são privados de sua própria infância — Só que aquela não foi a nossa única missão, lembra? Nossa, viajar até os arredores do vilarejo pra que eu pudesse pintar a águia foi uma experiência muito maneira! No fim, você lutou com ela e descobriu que a ave havia feito um ninho logo onde era uma rota por onde os pássaros mensageiros passavam. Ela tinha as penas carmesim e asas maiores que quatro metros quando estavam abertas!

— Acho que eu tava com saudade desse seu jeito de bióloga sabichona —
Porque será que eu disse isso? — Lembra do quanto você se gabava por saber coisas sobre aquela água assassina idiota?  

— Já disse: sou um Gênio da Arte e Pintura sobre Selvagem —
Ela parecia orgulhosa de seu posto. O fato era verdade, de qualquer forma. Já li uma matéria sobre ela numa revista — Mas eu não vim aqui pra falar de mim. Minha história é simples e chata. Sim, as vezes me sinto cobrada. Sim, acho que meus pais pesam os meus ombros com suas expectativas de que eu sempre saia na revista mais badalada de arte ou coisas do tipo, mas quem liga?

— Eu ligo um pouco...





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O nariz vermelho, parte 2



A chuva começou a parar.

— Não quero que você se sinta triste ou coisa do tipo. Sem querer desmerecer os seus próprios problemas… É só que… Como ninja, eu enfrento a morte com recorrência. Quando eu era um recém formado na academia, vi um companheiro de missão morrer na minha frente… E eu não consegui fazer nada. Por essas e por outras eu preciso ficar mais forte, Maya.

— Eu acredito em você, Treze. Por isso eu também me preocupo com você. Sabe, não tirar esse nariz de palhaço nunca pode te trazer muitos problemas no futuro, principalmente com a vida que você leva —
Ela usava um tom de sincera preocupação, e isso me fez pensar no que ela estava falando — Não seria difícil descrever um ninja com nariz de palhaço e maquiagem na cara em uma missão de infiltração, por exemplo. Você seria capaz de tirar isso aí? Pra não comprometer a missão?

— Eu poderia fazer um Henge da minha própria cara só que sem o nariz, o que você acha disso? Tô sabotando meu defeito —
Olhei pra ela com um pouco de indignação — E o que você sabe sobre missões de infiltração, afinal? Você vive na sua vidinha chique e acha que o dia a dia de todo mundo é igual ao seu, mas não é, Maya. Sinto muito, mas eu não vou tirar o meu nariz de palhaço por nada… Ele é o símbolo de uma coisa que eu acredito e não há nada no mundo que me faça mudar de ideia  

— Tudo bem, eu estava preparada pra te ver tiltar… Sei que esse é um assunto delicado pra você —
Ela passou um pouco da toalha na cabeça na intenção de secar o cabelo, depois ajeito com os dedos finos — Aquele dia, no Samurai Lámen, quando você e seus amigos brindaram e você acabou ficando no brilho do álcool, eu vi que você comentava algo sobre o Kagure, o homem que te salvou e que te deu esse nariz. Ele disse pra você espalhar a alegria por aí, não é? Isso não quer dizer que você precise sempre se prender tanto as coisas a ponto de deixar que isso comprometa sua própria vida. Você não precisa ficar sem seu nariz idiota, mas você precisa ser capaz de tirá-lo quando for necessário.

Parei um pouco pra refletir no que ela dizia. Realmente fazia sentido. No Quartel General, ouvi dizer que quanto mais os ninjas vão galgando reputação em missões, mais conhecidos ficavam. Isso poderia me prejudicar, quanto mais se eu for uma pessoa facilmente identificável. Que merda, mas aquilo era uma das coisas mais importantes na minha vida. Era parte da minha identidade e de toda minha história. Ela parecia pensativa, então quebrou o silêncio.

— Aliás, como eu disse, não foi só por isso que eu vim até aqui. Acontece que eu gostaria da sua companhia mais uma vez comigo em um jantar de família, mas dessa vez… — Ela corou um pouco, descendo os olhos mais uma vez para suas botas cheias cheias de barro — Eu gostaria que você fosse como meu convidado… Tipo, só um acompanhante. Amigo, colega. Sei lá, acho que eu só queria que você estivesse lá do meu lado. Você não precisa se preocupar em agradar ninguém, mas eu adoraria que você vestisse uma coisa que eu trouxe pra você.

Foi aí que ela se levantou e pegou a sacola que trazia consigo quando chegou. Olhei para o conteúdo com curiosidade: Era um smoking de gala preto e detalhes vermelhos. Acho que até eu que tenho um péssimo gosto pra me vestir acabaria me sentindo uma pessoa bonita dentro de um desses. Maya era uma garota prodígio que já havia ficado conhecida no mundo da arte através de suas pinturas. Dinheiro para ela não era problema, então provavelmente ela teria comprado aquele smoking com todo carinho e cuidado, escolhendo a dedo e gastando seus preciosos ryous comigo. Aquilo nunca havia acontecido na vida, então meus olhos marejaram de emoção. Fora meus próprios amigos de time, uma extensão de carinho era algo difícil de ser visto pela minha vida. Será que eu poderia aceitar? Eu me sentia confuso, não conseguindo compreender muito bem o que ela queria dizer com: “quero que você me acompanhe como meu convidado”. Isso me faz pensar que ela contratou aquela missão com meu nome em específico para que pudesse ficar perto de mim. Isso… não podia ser normal. Será que ela é algum tipo de maluca que quer me matar? Nós tínhamos a mesma idade, mas as vezes eu a enxergava muito mais madura.

— E quando é? — Perguntei, um pouco emburrado.

— Hoje, ué — Ela deu um sorriso de espertalhona e se preparou para partir agora que a chuva havia parado e ela já havia dito tudo que queria. A sacola havia ficado, afinal não era como se ela estivesse me dando realmente uma escolha sobre aquilo. Ela apenas soltou um “preciso ir porque também preciso me arrumar” e então pegou a trilha que a levaria novamente para as ruas asfaltadas da cidade, deixando-me sozinho de novo no bosque.  

Maya havia chegado e partido como um furacão, sem aviso nenhum e deixando um turbilhão de emoções dentro de mim. O que faria? Não é que eu não queira estar com ela, mas não acho que eu me garanta tanto assim num encontro, entende? Aquilo era um encontro? Eu sinceramente não sei o que pensar sobre isso. Quem sabe fosse realmente melhor que eu fosse nesse tal evento para tirar a dúvida que me assola, certo?

No primeiro momento, ao me olhar no espelho após o banho e enfim colocar o smoking que Maya me deu, preciso ser sincero que me senti estranho. Entretanto, com o nariz de palhaço no rosto e a maquiagem branca em forma de “X”, finalmente fiquei satisfeito com o meu look. A hora do jantar logo chegaria e era melhor que eu fosse o mais rápido que eu pudesse para o local combinado com a garota. Minhas mãos suavam, então aproveitava para escovar os cabelos azuis com os dedos, colocando-os num penteado para trás e deixando a tatuagem de “XIII” à vista na minha testa, algo raro de se acontecer. Conferi superficialmente tudo que eu precisava pegar antes de sair e finalmente parti.

[...]

Mesmo de longe, a julgar pelas luzes no topo daquela colina, não era difícil entender qual era o casarão que receberia os convidados naquela noite. Alguns chegavam de charrete, sendo puxados por belos cavalos brancos e pretos com a pelagem extremamente brilhante sobre a luz do luar. Os homens usavam chapéus e gravatas, enquanto as mulheres vestiam-se com toda pompa de rendas e vestidos coloridos. Cumprimentavam-se com sorrisos amarelos e faziam comentários sobre suas próprias indumentárias, criticando quem estivesse de costas e elogiando quando se aproximavam.

A recepção acontecia em frente a um jardim extenso com vários bancos e ambientes separados para que os convidados conversassem e bebessem. Num desses pequenos amontoados de pessoas, vi Maya chamando-me com a mão estendida, balançando freneticamente. Dei um curto sorriso e segui até ela, feliz por tê-la finalmente encontrado e evitando cumprimentar o restante daqueles ricaços. Aquele era o mundo dela, não meu. Por falar nisso, a garota vestia-se com um belo vestido verde cravejado com pedras preciosas de cor branca, realçando seus olhos extremamente caramelos.

— Gostei da tattoo na cara, faz parecer que você é um tipo de delinquente mirim. Com esse nariz então… Psicopata total —
Ela aceitou uma taça de suco que um garçom servia por perto e pegou minha mão, me puxando para longe daquele grupo — Vem comigo.

De repente, sem que as pessoas esperassem, mais um pouco de chuva torrencial começou a cair. As pessoas bem vestidas, preocupados com seus ternos e penteados correram direto para o casarão, onde provavelmente a festa continuaria. Maya estava rindo, sujando suas sandálias de salto naquele barro que se formava sob os nossos pés. Eu também ri, afinal parecia que apenas nós dois ali não nos importávamos em receber um pouco do regozijo que era aquela chuva. Ela parecia querer me levar para um pedaço do jardim mais afastado e muito bem cuidado. Com a chuva, ficava ainda mais charmoso.

As gotas escorriam pelo meu rosto e eu sabia que a tinta branca saía do meu rosto. De repente, sem aviso algum, ela se aproximou com seus lábios tocando os meus. Arregalei os olhos, mas percebi que ela fechava os dela. Tentei fazer do mesmo jeito, concentrando-me no que estava fazendo. Mais repentino do que o beijo, ela se afastou com mais uma gargalhada. Em suas mãos, um nariz de palhaço. Levei as mãos ao rosto rapidamente e me senti nu.

— Você precisa me devolver isso.

— Não preciso não —
Ela não parava de sorrir — Eu não acredito! Seu rosto é bonito. Agora consigo olhar melhor o azul dos seus olhos…

Desci as mãos, rendendo-me. Ela estava certa, eu não me sentia menos heróico ou mais distante dos meus objetivos sem aquele nariz de palhaço. De toda forma, ainda era estranho. Eu dei um sorriso e deixei que ela olhasse mais um pouco para mim, afinal ela parecia impressionada e eu queria aproveitar. Será que ela faria aquilo de novo? Só sei que ela colocou o nariz de palhaço novamente em meu rosto, dando de ombros.

— Agora está tudo bem. Vamos pra festa lá dentro!





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|野郎



Coloquei meus pés descalços sobre o solo de terra fria e internalizei a sensação do elemento através do contato. Após longas reflexões, entendi que deveria também dar atenção ao ninjutsu elemental inerente à mim. Ainda na Academia pude descobrir minha afinidade com Doton, mas como nunca exerci essa conexão concluí que já era hora de estudar mais sobre as possibilidades que o elemento me trazia. Com os novos pergaminhos em mãos, era hora do estudo.

O sistema era diferente do que eu estava acostumado, afinal moldar meu próprio chakra com a força da natureza não era tão simples quanto aparentava. Segundo as instruções, deveria canalizar minha própria energia para o interior da terra para tornar o terreno mais arenoso e assim me movimentar por ele. Na primeira tentativa, enviei chakra demais e acabei apenas criando uma espécie de areia fina demais para que eu conseguisse me sustentar. Na segunda, enviei chakra de menos e apenas enterrei meus próprios pés. Sendo assim, percebi que se eu alterasse sempre a composição do solo de forma direta, seria muito difícil me movimentar e fazê-lo ao mesmo tempo. O que talvez eu devesse fazer é deixar o chakra em volta do meu corpo preparado para moldar a terra ao redor de mim.

Foi só então nessa tentativa que fui capaz de descer por entre o elemento, movimentando-me com êxito por baixo da terra e podendo sentir as vibrações magnéticas da terra através do meu próprio chakra. A sensação era intensa, quase claustrofóbica, mas ainda assim me enchi de contentamento, pois sentia-me conectado como nunca com a Terra.




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|野郎



Dando continuidade ao treinamento no fundo do dojo, recuperei outro pergaminho com técnicas Doton e decidi que aprenderia a formar uma barreira simples de terra em minha frente, para o caso de proteger-me de inimigos através do elemento. O protocolo a ser seguido não parecia difícil, visto que para a execução da técnica deveria ser basicamente condensar meu chakra junto ao solo através das palmas das mãos e, tendo feito isso, fazer com que o solo projetasse a parede para me proteger.

Ao me agachar, tentei sentir o solo com a palma da mão, além das solas dos pés que já estavam sujos com o amarronzado dos grãos. Aproveitando o ensejo, deixei que meu chakra corresse da ponta dos meus dedos e se infiltrassem no solo abaixo de mim, e daí então eu usaria esse mesmo chakra para fazer nascer a parede em minha frente. Tendo feito todos os processos, uma parede do tamanho de uma porta comum surgiu em minha frente. Infelizmente, quando dei-lhe um cutucão, a parede estava fraca demais e apenas cedeu com facilidade. Entendi que isso devia-se à umidade que o solo possuía e eu não havia trago para a superfície, deixando-o muito seco e quebradiço.

Sendo assim, a última tentativa foi muito eficaz ao criar a parede de proteção em minha frente. Uma técnica que embora simples seria extremamente útil para o meu arsenal.




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|野郎


Olhei para a última técnica contida nos pergaminhos recém obtidos por mim e então percebi que se referia ao clone das sombras. Aquele não era um jutsu de execução simples, mas esperava que minha experiência com jutsus parecido pudessem me ajudar. Afinal, eu já era acostumado a invocar outro de mim feito de insetos, ainda que eu ache que a utilização do novo clone possa abrir ainda mais o meu leque de possibilidades.

Sendo assim, realizei os selos necessários e tentei reproduzir as instruções dadas no pergaminho. Para minha surpresa, não exercer a técnica através dos meus insetos era extremamente complexo. Afinal, como reproduzir a minha própria consciência e dividir o meu chakra com o novo indivíduo? Ele seria exatamente uma extensão de mim, não apenas um corpo com minha aparência. O resultado da habilidade deveria gerar outro de mim com as mesmas capacidades cognitivas, incluindo a realização de técnicas completas caso haja chakra o suficiente para isso.

Certo, então vamos tentar mais uma vez. Realizei os selos e deixei com que meu chakra emanasse para fora do meu interior e se moldasse na minha frente, fazendo com que uma pequena e efêmera fumaça surgisse e então sumisse no local, restando então apenas um ser em minha frente que embora possuísse minha aparência, com toda certeza não seria capaz de pensar de forma efetiva.

“Merda, eu não consegui distribuir o chakra igualmente e a falta disso fez com que o falso cérebro que sustentaria a extensão da minha consciência não suportasse tamanhos comandos”, ao menos era o que eu gostava de pensar que era. Eu precisaria tentar mais uma vez, visto a importância do jutsu para mim. Sendo assim, com o sumiço do clone abobalhado, refiz a técnica e implantei nela tudo que era próprio de mim, tentando replicar da forma mais semelhante possível, quase como se eu pudesse olhar em duas direções opostas ao mesmo tempo.

Houve um momento de tensão, preciso confessar, mas quando ouvi o clone dizer “finalmente conseguimos, porra!” eu não pude deixar de abrir um grande sorriso e comemorar não mais sozinho naquele Dojo abandonado.




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|野郎



Se veio até aqui atrás de batalhas épicas e cenas de lutas grandiosas, sinto lhe decepcionar. Eu até te entendo, se quer mesmo saber, mas hoje o que lhe conto é apenas sobre um dia comum - ou, pensando melhor, incomum para mim. Afinal, não é sempre que posso parar um pouco e olhar pra dentro, sabe? Que posso olhar para o céu sem me preocupar com o ataque que virá por baixo, ou dar-me um tempo íntimo só com minha própria companhia e descobrir mais sobre como eu me sinto diante deste mundo. Quem sabe, se todos entendêssemos o quão profundos somos, talvez parássemos um pouco mais para observar o sorriso das crianças nas ruas, e se observássemos o sorriso dessas mesmas crianças, talvez o trabalho valesse mais a pena. Talvez fosse mais fácil se sentir completo ao saber que tudo que eu fazia era para apoiar na manutenção da paz do vilarejo e oferecer qualidade de vida aos seus habitantes, mesmo que das sombras, mesmo que sem reconhecimento algum.

Olha ali, aquela nuvem não tem formato de cachorro?

Dias assim são tão raros.

Olhei para os desenhos formados na grande tela azul sobre mim enquanto permanecia sentado naquele banco de praça. O som metálico do ranger da corrente daquele balanço soava em meus tímpanos e me lembrava o som das espadas. Droga, quando foi que minha cama se tornou tão confortável? Quanto mais eu conhecia sobre a guerra, mais desconectado me sentia do restante. E é exatamente por isso que nesse dia em específico eu me dispus a andar pelas ruas da Folha. Precisava me reconectar, precisava entender que a vida pode ser tudo, menos banal.  

Sinto-me prolixo. Vamos então direto ao ponto: Saí de casa logo ao amanhecer. Além de ostentar o orgulhoso nariz de palhaço no meio do rosto, também calçava botas brancas, uma calça alaranjada e a larga camiseta preta com o XII estampado por mim mesmo no tecido, bem como a touca alaranjada que costumeiramente escondia meus cabelos tão azuis quanto os olhos. Meu braço direito ainda estava enfaixado graças à última missão, mas assim era a composição da indumentária de um ninja. Sentia meu corpo cansado, impróprio para sair numa empreitada remunerada contra bandidos ou ninjas fugitivos. Não queria salvar ninguém, tampouco proteger carroças de comerciantes. Hoje, cuidaria de mim.

Fiz das ruas estreitas de um bairro periférico de Konohagakure no Sato meu caminho inicial. Com as mãos no bolso, chutei algumas pequenas pedras soltas do solo e observei as pessoas em minha volta começando a realizar seus afazeres rotineiros. Comerciantes abriram suas portas e recebiam os clientes com sorrisos receptivos. Mães andavam de mãos dadas com os filhos e pediam para que parassem de correr. Os filhos, obviamente, fingiam não ouvir e só paravam sua brincadeira de pique e pega quando avistavam algum produto de seu interesse numa vitrine, daí então apontavam e imploravam para que suas mães comprassem e levassem para casa. “Na volta”, elas respondiam, mas diferente daquelas crianças eu sabia que essa volta nunca aconteceria. É um sistema curioso. O sistema familiar, eu digo, e mesmo sem nunca ter vivido algo próximo a isso, mesmo assim eu conseguia imaginar como deveria ser bom ter laços sanguíneos.

Foi com esses mesmos pensamentos que eu me vi parar ali naquela praça que citei no começo. Sentei no banco de madeira e as observei brincando de escorregar ou montando castelos de areia. Parecia simples, mas elas carregavam sorrisos em seus rostos. Ao que parece, crescer significa não mais enxergar a beleza que as coisas simples do mundo nos dão. Assim como fumantes perdem uma porcentagem de seu paladar e o gosto da comida nunca mais é o mesmo, obrigando-os a procurar gostos mais fortes como o da pimenta. Sentia que éramos todos tabagistas, incapazes de compreender o sabor da calmaria… mas, qual a razão disso?

Quem sabe fossem os sons de luta em minha mente, perturbando-me à noite e não deixando que eu me esqueça que o mundo é cruel. Talvez sejam os rostos assassinos que eu tanto tive que lidar no último ano, trazendo-me a um estado de alerta constante. Você não deve imaginar como funciona, mas tem madrugadas onde um barulho do lado de fora da janela é o suficiente para que eu desperte em total pose de luta, retirando a kunai de baixo do travesseiro e apontando para ninguém, para só então perceber o quanto o meu susto e minha pose estão idiotas e que eu posso voltar a dormir tranquilamente. Tantos dias ruins, tanta pressão, tantos treinos e tanta necessidade de mostrar poder. Nossa, acho que hoje eu realmente me senti cansado pela primeira vez.

Levantei-me do banco, achando suficiente o tempo que havia passado a observar as crianças naquele parque - mais um pouco, sinto que atrairia olhares estranhos. Algumas delas apontavam para mim e diziam “olha, mamãe, um palhaço”. Eu fazia uma careta qualquer e elas se assustavam, deixando-me sozinho com minha risada e pedido de desculpas para a mãe. Sim, como deve ser bom ter uma. Por falar nisso, por onde será que anda a minha? Não sei nem ao menos se ela está viva, mas também não sei o quanto eu devo reagir a isso. Sempre que penso em família, o rosto de Nobu vem à minha mente.  

Ah, Nobu, seu desgraçado. Será que algum dia eu vou conseguir perdoá-lo por você ter partido sem me avisar? Será que algum dia lembrar do seu rosto vai doer menos o peito? Eu sinto sua falta, afinal você foi o mais próximo daquilo que posso chamar de pai, irmão, ou que seja um tio. Você foi o único que se preocupou comigo e me ofereceu um lar e treinamento. Nós nunca dissemos isso para o outro, mas se o amor é o sentimento de cuidado e preocupação que todos dizem, acho que nós nos amávamos. Agora já era tarde demais.

Sem perceber, vi que do banco de madeira do parque eu estava no memorial de pedra onde o nome de Aburame Nobu havia sido cravado com a descrição de que havia sido morto em missão. Eu estive no seu velório e disseram que seu corpo nunca foi encontrado, provavelmente estaria apodrecendo em alguma vala escura, sozinho e sem as devidas honras que deveriam ser prestadas. Ah, Nobu, hoje era pra ser um dia feliz onde eu observaria o mundo ao meu redor, mas a dor não me deixa pensar em outras coisas. Quem sabe eu devesse mesmo aceitar que na vida de um ninja não há lugar para preocupações infantis como família, amor ou paz.



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Vamos começar da forma que eu mais gostaria de começar: Lá estava eu, sob a noite estrelada, sentado num telhado de concreto e fumando um cigarro. Acompanhado apenas da brisa leve e fresca, assim como era comum seja onde estivesse no País do Fogo. Pensava sobre a vida e sentia desde o amargo da boca ao esquentar dos pulmões. É que desde que eu havia feito uma incursão a um Templo abandonado e conhecido uma famigerada loba prateada, recebi de presente um cigarro de suas mãos e havia realmente apreciado o hábito. A este ponto, embora minha pouca idade, espero que você não se importe em me ver fumando quando não se incomodaria se aqui eu estivesse narrando que de minhas mãos estavam ensanguentadas com o sangue do inimigo. Aguarde um pouco e talvez seja até isso que veja.

O cigarro em questão eu havia roubado de Amiyo-sensei em um treino, e isso diz muito sobre o quanto eu cresci como ninja, afinal havia conseguido infiltrar meus insetos em sua bolsa e retirar de lá um cigarro sem que ela percebesse. Coisa que eu nunca teria habilidade para conseguir tal feito enquanto Genin. Talvez eu realmente pudesse me sair razoavelmente bem no Torneio que se aproximava. Ou será que não? Aproveitando o gancho, era exatamente sobre isso que eu pensava: Mudar de patente.

É que sempre que eu imagino o nome Tokubetsu Jounin sinto um peso em meus ombros. Deve ser chato ter que ouvir sobre isso, mas sinto muito. Discorro hoje sobre como tenho me preocupado com coisas que eu nunca havia pensado antes. Digo, treinar um time? Será que isso seria possível? Quando me olho no espelho e vejo esse nariz de palhaço, sinto que poucos alunos provavelmente muito mais velhos que eu simplesmente não ficariam felizes em me ter como sensei. Não me sentia pronto. Também não quero ser aquele coadjuvante que fica de colete verde andando por Konoha para lá e pra cá, vigiando os portões ou morrendo no primeiro ataque para dar tensão na luta de quando os principais chegassem. Quero ser um bom ninja, entende? Hoje, não sei se esse aparato vermelho no meio do meu rosto é apenas uma promessa idiota ou eu é que estou perdendo a minha essência com o tempo e me tornado incapaz de seguir com as minhas promessas. Mas… qual o valor dessa promessa infantil? Será que deveríamos carregar o fardo de palavras que dissemos quando éramos tão inexperientes e havia visto tão pouco sobre a vida, sobre nós mesmos. É assim que eu me sinto.

Pra que você entenda melhor, preciso te explicar que o nariz de palhaço foi do homem que me salvou do laboratório onde eu cresci. Ele estava disfarçado e daquela forma foi capaz de se infiltrar como voluntário. Um palhaço, meu primeiro contato com o mundo exterior. Isso é uma boa piada. Logo, com todo aquele ímpeto infantil, prometi que usaria o nariz de palhaço para que as pessoas pudessem me enxergar como herói assim como eu enxerguei Kagure naquele dia. O problema é que agora eu não sei mais o quanto isso faz sentido. Não quero ser mais o garoto conhecido por ter um nariz de palhaço no rosto e que parece estranho e maluco para todos que olham de primeira. Ou isso é apenas uma crise de identidade e isso logo vai passar. Veremos, mas talvez eu seja mesmo maluco. Talvez seja melhor manter meu bom companheiro acoplado ao nariz e deixar de me preocupar com essa estética. Afinal, o que isso tem a ver com ser poderoso ou não? Sinto que gostaria de mudanças. Gostaria de ser um cara mais sério e maduro quando voltasse como um Tokujo. Não quero encontrar os assassinos do meu mestre parecendo um idiota, você consegue me entender? Acho que quero ser mais imponente.

Precisava encontrar um mestre, alguém que me ensinasse algo de valor e que correspondesse ao quanto me sinto mais forte agora. Preciso de mais ferramentas que me ajudem a cuidar daqueles que eu amo. Preciso ser um guardião melhor. Uma técnica incrível? Uma transformação maneira? Não sei dizer.

Dei outro um trago e guardei um pouco mais a fumaça em meu peito antes de expeli-la como uma oferenda ao vento. Eu nem sabia que horas eram, e a madrugada sem lua deixava toda aquela pequena vila muito escura. “Uma noite sombria”, pensei, sabendo que logo deveria sumir daquele local e voltar para Konoha com mais uma missão cumprida. Em minhas mãos, sujando o cigarro quando o colocava entre os dedos, o sangue vermelho brilhava com o acender avermelhado na ponta do tabaco. Abaixo de mim, no primeiro andar daquela casa cujo qual eu agachava sobre ela, ouvi um grito feminino. O grito foi seguido de outro. “Amor! Amor! Acorda… meu… deus… Alguém, por favor, ajuda! Socorro! O meu marido… ele...”, ela estava desesperada. Havia acabado de encontrar o homem que eu fui enviado para matar. Ou melhor: seu corpo sem vida. Ele havia sido secado pelos meus insetos, e eu garanti que a lâmina e insetos manipulada em meus braços lhe perfurasse o coração.

Um segundo depois, eu já não estava mais lá. Nem mesmo saberiam sobre mim no local. Seria um fantasma e nunca saberiam que a mandante daquele assassinato foi a grande Folha. Falando assim, parecia piada. Quase fazia sentido o nariz de palhaço. Perdido no silêncio sepulcral da floresta, tomaria caminho para encontrar descanso em minha casa daqui há algumas horas. Afinal, era um Chuunin enviado para missões de risco. Ser um Tokujo significava que isso apenas se tornaria mais comum, cada vez mais. Não éramos palhaços, éramos assassinos. Sabe como é, o nariz vermelho trás aquele “q” de loucura, mas essa vibe em mim estava passando. Havia superado defeitos, cresci e me tornei mais experiente. Em algum momento, precisaria tomar novas escolhas e novos caminhos. “Quem sabe eu não fique tão mal assim sem o nariz no rosto. Será que andar assim é que afasta tanto as gatinhas? Já nem sei mais se isso faz diferença”. Pensava comigo mesmo, ainda com o grito da viúva ressoando em meus ouvidos.





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Que isso! As morenas adoram homens com nariz de palhaço.
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Retornava como Tokubetsu Jonin,
mas não havia aplausos.
Era assim quando eu havia planejado?



Quanto tempo fiquei fora? Talvez tivesse me perdido no tempo entre dias em alto mar, praias, subterrâneos e cenários de guerra. Havia lutado, crescido, protegido e aprendido. Fui um pirata que cantava enquanto saqueava o barco inimigo na primeira prova, mas também fui uma criança com nariz vermelho que precisou ser salva pelo Hokage no ponto chave da batalha. Por falar nisso, também havia regressado com o corpo da Sombra do Fogo, Uzumaki Shanks - que seu nome seja sempre lembrado como o grande herói que foi para todos nós da Folha. O retorno foi silencioso, embora não tão triste quanto poderia ter sido. Estar ao lado dos meus companheiros de time da época em que éramos genins, após tantos eventos, era algo que sempre me fazia pensar que no fim talvez eles fossem mesmo um poderoso laço que mantém minha mente sã num mundo tão caótico.  

O casulo de insetos que cobria o corpo do ex-líder político foi substituído por panos da equipe de inteligência designada pelo quartel general. O dia havia sido cansativo, tanto para o corpo quanto para a mente. Não me lembro há quantos dias não durmo, mas entre relatórios infindáveis e depoimentos, encontrei minha fuga pelo caminho de Konoha até minha casa. Senti o ar do lugar entrando suave em meus pulmões, e então sorri. Agradeci o dia em que Nobu conseguiu a atenção de Shanks para que me aceitasse na vila, não como um maluco de nariz vermelho, mas como um estudante da academia ninja. Em nome dos dois, eu carregaria comigo o legado e ideal de bondade.

A casa no bosque me era familiar, mas meu semblante triste não era assim tão comum. Talvez até mesmo os insetos tenham percebido isso, pois cessaram o zunir em respeito ao meu luto, deixando-me num silêncio sepulcral para que descansasse a cabeça no travesseiro e finalmente dormisse, não como uma criança despreocupada, mas como uma alma velha e cansada apesar da idade. Antes que o sono me levasse para longe, obviamente, deixei que o choro alcançasse a garganta e molhasse o lençol. Não havia som de grilos, besouros ou sequer o bater suave das asas de borboletas. O bosque todo era capaz de sentir e respeitar o luto do Rei Inseto.





Considerações
— RP, chegando do evento apenas

Técnicas
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O treinamento ao lado de Zero havia sido cansativo, e a areia desértica presa em meu cabelo era prova de que eu tinha ido longe o suficiente por um dia. Entretanto, sentia em meu ser que não era hora de descansar, embora o teletransporte para longas localidades tenha exigido muito do meu chakra. Aliás, os pergaminhos jogados na porta frente ao alpendre do Dojo me provavam que a intuição não estava errada: Todos eles estavam descritos com algumas técnicas derivadas do Hiraishin e que provavelmente me seriam úteis de alguma forma caso eu as dominasse. Foram deixadas ali por meu irmão, meu sensei e também um herói em minha infância.

Certo, esse aqui com certeza é o que eu quero — Li os pergaminhos rapidamente e não demorei a escolher quando meus olhos pousaram nesse ataque — Um Rank S, executado com o Hiraishin e uma espada. Então… por isso todos os treinos com a Katana.

Retirei a Katana da bainha presa às costas e a empunhei em frente a uma árvore na entrada do Dojo. Nem mesmo entraria em casa, tamanha pressa eu tinha de aprender a nova técnica. Sendo assim, um grande orvalho que fazia sombra no alpendre serviu de local para que eu realizasse então minha segunda marcação hiraishin, outro ponto de retorno caso eu necessite. Feito isso, me afastei da árvore cerca de vinte metros e apontei a espada para o local, sentindo minha conexão de chakra com a marca feita pelo toque da minha mão nas raízes daquele orvalho.

Feito isso, respirei fundo e deixei que minha existência se descolasse do espaço-tempo para que eu então reaparecesse sobre o selo-fórmula do Hiraishin, executando um corte no tronco daquela árvore. Infelizmente, creio eu por ter me concentrado demais apenas no teletransporte e não no corte, a marca que a espada deixou no tronco havia sido ínfima.

Não vai adiantar nada pegá-los de surpresa se eu não cortar realmente como um grande espadachim — Disse para mim mesmo enquanto movimentava novamente a Katana para sentir seu peso. Me lembrei dos treinamentos onde Zero não se sentia satisfeito até que o cabo da arma produzisse calos em minhas mãos. Minha memória muscular retomou a consciência sobre a forma como eu deveria mover meus ombros quando quisesse dar o golpe e então me restava tentar executar a técnica de corte em conjunto com a técnica de teletransporte.

“Certo”, pensei, respirando fundo e sentindo o chakra fluir pelo meu corpo até que o magnetismo da marca no pé do orvalho me chamasse. Senti também a espada e percebi que além de ninja e pirata eu também poderia ser um samurai. As possibilidades eram infinitas, e por mais poderosa que a técnica fosse, ainda assim eu não me sentiria amedrontado ou incapaz de realizá-la.

Hiraishingiri!

Bradei. Dessa vez, o golpe de espada começou antes mesmo que o teletransporte. Quando meu corpo repentinamente apareceu sobre o orvalho e o corte foi desferido, dessa vez, toda a potência e capacidade do meu ninjutsu foi investido na técnica. Era exatamente como o pergaminho recomendava e como eu sabia que deveria ser realizado. Finalmente, feito isso, me senti pronto para entrar em casa e tomar o meu merecido descanso.




Considerações

— 530 palavras. Aprendizado de jutsu rank S;
— Em velocidade mínima;
— Aparência de Treze aqui;
— comprovante da obtenção do hiraishin e talento bukijutsu na MF (clique), caso esse treino seja aprovado eu já atualizo tudo de uma vez com o jutsu junto

Sobre técnicas
Hiraishingiri
Rank: S
Requerimento: Estudado em Bukijutsu
Descrição: Uma técnica que combina o uso de uma arma laminada e ninjutsu de espaço–tempo. O usuário se teletransporta para um alvo, com a arma na mão, para entregar instantaneamente um rápido e devastador corte a seu oponente. A velocidade pura desta técnica, é tal que mesmo um indivíduo que possui o Sharingan é incapaz de reagir a tempo.

O ninja pode usar uma kunai marcada escondida com outra kunai lançada, permitindo-lhe atacar um alvo que se esquivou de seu ataque de projétil.

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HP:340/340, CH:324/340, Sta:1/6, Sanidade: 220/220



O zumbido era, como sempre, incessante.

Eu estava sentado ao lado da árvore destacada em meu jardim, no fundo do dojo abandonado que eu chamava de lar. Concentrado e em posição de meditação, tentava ouvir as vozes internas de todos aqueles besouros que me rodeavam em voo, formando uma espécie de cúpula ao meu redor que até mesmo evitava que parte da luz solar chegasse até minha pele. Eles eram meus companheiros com quem estabelecer uma conexão sinérgica era essencial. Se eu quisesse ouvir através de seus pêlos corporais e enxergar com seus sensíveis olhos, então era melhor que eu gastasse um tempo naquela simbiose.

Tive a ideia desse jutsu numa missão onde seria muito útil que eu me tornasse uma espécie de warg, utilizando os sentidos dos insetos ao invés dos meus. Como meu cérebro - graças às minhas limitações humanas - não consegue captar duas visões e duas audições ao mesmo tempo, entendi que para que isso funcionasse meus olhos deveriam estar fechados e me esforcei para que os zunidos se silenciassem, tentando me concentrar apenas no que era importante para a técnica. Quase todos os barulhos se foram, com exceção de um inseto específico que voava a menos de cinco metros de distância de onde eu estava sentado. Meu chakra então se conectou ao dele e juntos pudemos dividir as mesmas sinapses de seu pequeno corpo.

“Com sua licença, amiguinho”, deixei que meu respeito chegasse também a ele. Nesse momento, tentava invadir com eficácia o seu corpo, entender como funcionava sua movimentação e tomar o controle disso. Era uma sensação estranha para mim que estava obviamente acostumado a me mover como um humano desde sempre, mas era quase como pilotar algo: através de sua perspectiva, quando eu comandava que voasse para a esquerda, assim era feito, para direita e para cima também. Pousar e recolher as asas era quase como se eu precisasse utilizar outros botões num controle de videogame, mas após algumas tentativas não foi difícil. Me afastei de onde meu corpo estava, não sem antes dar uma boa olhada em como eu era na visão de um besouro.

Me afastar sem perder a conexão também demandava muita concentração, mas eu nunca fui menos que o Deus Inseto, entende? Vivi ao lado deles, cresci ouvindo-os, entendendo-os e muitas vezes baseando meus conceitos morais no que eles me ensinavam em sua bela forma natural de agir e cuidar dos outros. Logo, não foi difícil que a técnica me desse a sensação de que eu realmente fosse aquele besouro voando pelo bosque, olhando as árvores e dando uma volta pelo cenário. Subi pelos galhos, voei até além das copas e voltei. Pousei ao lado de algumas formigas que trabalhavam carregando as costumeiras folhas picadas - que pareciam bem maiores agora, olhando daqui - e ouvi seus passos através do mato. Era bonito, me senti parte de um ecossistema e aproveitei o tempo em que isso durou.

Após um tempo, a conexão foi perdida. Parece que aquele era o limite do que eu poderia me conectar. Apenas para me certificar de que era capaz, retornei os besouros ao interior da minha carne e os zumbidos cessaram. Encontrei então outro inseto que não fosse meu, apenas um distraído que passava por ali e tentei me conectar. Era uma joaninha, e sem demora me senti assim como ela: com asas e livre, embora pequenino. Eu era um ninja, afinal. Quem nunca quis ser uma mosca pra passar pela fechadura?





Considerações


— Aparência de Treze aqui,
— Treinamento de Jutsu criado (conexão com insetos); comprovante em "jutsus aceitos" na MF ao lado caso necessário;
— palavras: 575; 400 necessárias para aprendizado rank A
— metade do chakra gasto e recuperado pela passiva devido aos talentos (MCC & Reservas)



Sobre técnicas


[Moradia] Dojo abandonado — Sem-t-tulo-21


Nome: Mushi no Setsuzoku 虫接続 — Conexão com Insetos.
Rank: B
Requerimentos: Clã Aburame, Versado em Ninjutsu
Classe: Suplementar
Selos/Tempo de preparo: Cavalo, Tigre, Cachorro e Carneiro (4)
Alcance: 50m
Descrição: Uma técnica criada por Treze com o único interesse de exercer espionagem, tornando-o uma espécie de warg com a capacidade de escutar e enxergar através da percepção dos próprios insetos. Para que isso aconteça, é necessário que o usuário permaneça imóvel em estado de concentração, muito embora isso já seja necessário, pois enquanto a conexão estiver estabelecida o Aburame fica incapacitado de ver e ouvir as coisas ao seu redor, levando seu cérebro a apenas processar as sensações de um único inseto cujo qual a ligação é estabelecida. É necessário também que na hora da conexão o inseto (seja seu kikaichuu ou outra espécie no ambiente) esteja há um mínimo de 5m, e uma vez que o vínculo estiver definido a sensação é quase como se o próprio corpo do inseto fosse o seu, podendo guiá-lo em vôo para locais desejados, enxergar através de seus olhos e entender sons definidos através da captação de vibração realizada através dos pêlos desses pequenos seres. A técnica poderá ser mantida por 2 turnos pelo custo de metade do chakra do rank (após o consumo normal necessário para o uso). Caso o inseto morra ou se afaste mais de 50m da fonte de chakra de Treze, a conexão é perdida e o jutsu desfeito imediatamente.   



Bolsa da Armas

- 1 Katana rank C (cabo marcado com Hiraishin)
- 8 Kunai (2 delas com marca Hiraishin) — retirarei 1 caso precise entregá-la ao guarda
- 3 Kibaku Fuuda (1 delas com marca Hiraishin)
- 3 Shuriken (2 delas com marca Hiraishin)

- Mushi Ha - Lâmina de insetos (cabo marcado com Hiraishin)
Rank B
Uma simples manopla sem lâmina, com cabo prateado com adornos dourados. Sua capacidade é revelada quando um portador dos insetos do Clã Aburame libera estes sob a manopla, formando uma Lâmina de Insetos, que apesar de ser incapaz de cortar, possuirá as habilidades dos insetos utilizados em sua composição.
Habilidade: Cria uma lâmina sem capacidade de corte, que recebe a habilidade dos insetos usados. Só poderá ser usado um tipo de inseto por vez entre os que o usuário possuir. Custo de ativação é 10 CH.
Carga: 2 espaços


Selo Hiraishin


Bardo
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Kio
Nukenin Rank A
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
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Cargo Especial : Sem Cargo Especial
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Se deus existe, ele tem cabelão, gosta de muriçoca e tem nome de número.

Aprovado
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虫神様
troca do besouro azul,




Era um desses dias comuns, que amanhecem como aqueles que não tem nada de especial preparado para as horas que viriam. Ledo engano meu, no entanto.

Eu estava de folga, coisa que há muito tempo eu não sabia o que era. Recentemente, havia entrado numa espiral de missões complexas do rank mais elevado, e embora isso tenha contribuído para o fato da minha melhora como ninja de forma exponencial, inevitavelmente me sentia cansado e até machucado demais para aceitar outra tarefa como as que havia me empenhado em cumprir, ao menos por hoje. Não me sinto julgado ou mal por isso, afinal apenas um shinobi de verdade entenderia a necessidade de uma pausa após um longo mês de assassinatos em massa. Estava vivendo a guerra de forma intensa, e minha cabeça doía. Assim como as costelas que ainda se recuperavam da penúltima incursão onde um poderoso inimigo me deixou em estado grave.

Me levantei de forma preguiçosa, pisando no chão frio do dojo que eu chamava de lar e reclamando da barulheira que os insetos estavam fazendo. Bom, não que eles estivessem realmente produzindo palavras, mas em minha cabeça suas vozes eram infinitas e vinham debaixo do assoalho, de dentro da parede e também sobre a laje. Com o sol da manhã me esquentando através da janela e uma grande caneca de café empunhada na canhota, respirei fundo e observei o bosque. “É um dia bem bonito”, pensava em poder aproveitar o dia lá fora, mas o clima da casa parecia extremamente convidativo para permanecer em seu interior. Dei de ombros, preferindo escutar a minha preguiça ao meu senso. Dessa forma, me esparramei no sofá e fiquei olhando pra cima, entrelaçando os dedos e, segundos depois, sentindo-me impaciente.

“Que merda”, será que eu não conseguia mais passar uma manhã relaxada apenas morgando no sofá? Acho que depois de tudo que vivi nos últimos tempos, era impossível não pensar que eu deveria mesmo é estar treinando algo. “Sério, Treze? No seu dia de folga? Que saudade daquele nariz de palhaço que você usava na cara”, disse para mim mesmo enquanto me levantava e ia até o quintal do dojo, onde a grama era verde mesmo no inverno e a copa das árvores faziam uma boa cobertura para o sol. Uma vez lá, respirei fundo e pensei um pouco sobre alguns conceitos que eu vinha criando há algum tempo.

Sobre o Hiraishin, muitas vezes apenas me teletransportar não era suficiente. Lembro-me que em diversos momentos em minha jornada eu precisava de uma espécie de “troca”, onde eu ia para um lugar enquanto o objeto iria para onde eu estava, por exemplo. No entanto, a técnica oferecia algumas limitações de execução, dentre elas, reparei que apenas conseguia teletransportar coisas através de mim. “Preciso conseguir ligar o meu chakra ao objeto marcado que estiver longe”, e essa eu sabia que seria a tarefa mais difícil.

Havia uma marca com o selo hiraishin no pé de uma árvore, lembro-me que havia sido o segundo selo que eu executei na vida, ainda enquanto me acostumava a ter tal habilidade. Me teletransportei para lá, agora fazia de forma costumeira e despreocupada, mas tentei acessar alguns conceitos físicos de quanto eu estava aprendendo. “A técnica é complexa, pois tem a capacidade de burlar leis absolutas do tempo-espaço. É simplesmente me descolar do tecido da realidade e ser realocado em outro ponto. Acho que eu nunca vou conseguir entender completamente o quanto isso é louco, ainda num mundo de ninjas e superpoderes".

Teletransportando-me, senti o formigamento de sempre e juntei novamente todas as minhas células em proporções exatas no selo deixado no alpendre. “Como eu poderia então trocar de lugar com algo?”, refleti por alguns minutos enquanto criava um conceito básico para a técnica que eu tentava agora. Durante aquela manhã e toda tarde, busquei nos pergaminhos que Zero havia deixado para que eu aprendesse a individualidade, revisando tópicos e tentando encontrar nos conceitos do teletransporte uma forma de trocar de lugar. Não encontraria nada ali que me ajudasse, percebendo então que seria necessário criatividade para executar o que eu queria, um tipo de feeling, entende? Nada como frases engessadas num livro.

“Troca do besouro azul”, é como vai se chamar. Nomeei a técnica antes mesmo que ela estivesse pronta, mas através da minha inteligência aguçada - modéstia a parte, bolei um plano onde usaria o método instantâneo de locomoção que a técnica do deus inseto voador fornecia e ao chegar no outro ponto, enviaria o objeto marcado no momento em que o tocasse, mas ele iria sozinho e eu permaneceria no meu ponto recente. Parece complexo, não? Vou tentar explicar de forma mais prática enquanto executo tal ato.

Deixei minha katana de prata jogada na grama e me afastei vinte metros. Tendo feito isso, concentrei-me na marca que havia em seu cabo e me teletransportei até lá, mas no instante em que cheguei no lugar do selo, tentei enviar a espada para onde eu estava. Falhei, obviamente, afinal não havia marca para onde enviar a espada. “Caralho, isso vai ser bem difícil”, então pensei em algo muito menos óbvio: fiz um selo em minha própria palma. Parecia estranho que eu nunca tivesse feito uma marca em mim, mas não fazia sentido até então. Porque eu me marcaria como lugar para me teletransportar? Sendo assim, com uma marca em mim e me concentrando na katana jogada na grama do bosque eu bradei o nome.

Troca do Besouro Azul — imaginei meu chakra como se fosse um ímã, e a questão é que eu me aproveitaria do véu do espaço-tempo rasgado para que eu atravessasse e enviaria de lá para cá a minha espada. Foi necessário prática e treino intenso, mas após uma semana treinando o movimento exaustivamente, eis que ocorreu a primeira vez em que, no mesmo instante onde meu corpo chegava ao novo ponto marcado, a espada também chegava onde eu estava anteriormente. Era a troca perfeita, em sincronia perfeita e executada de forma singular.

Era inevitável que eu ficasse orgulhoso de mim mesmo, afinal aprimorava uma técnica que parecia ser o suficiente, mas para o Deus Inseto, você já sabe, o mundo inteiro não seria o bastante.  



HP:500/500, CH:420/500,
Sta:1/8, San: 220/220,



Considerações:
técnicas & cálculos:
Bolsa de Armas:
Selo Hiraishin:


Bardo
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t2851-o-deus-inseto#23920
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t992-cj-bardo#6561
Bardo
Nukenin Rank S
Icone : [Moradia] Dojo abandonado — Imp-rio-Invis-vel
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
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Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
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Cargo Especial : Sem Cargo Especial
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虫神様
Shinshū,

[Moradia] Dojo abandonado — Image




A caminhada foi longa, um dia inteiro entre as densas e opacas florestas no coração do país do fogo em pleno inverno. Fiz algumas poucas pausas para beber a água do rio que me acompanhou durante toda a trajetória e comer algumas rações militares. Gostava do silêncio que apenas os bosques e pradarias inabitadas produziam, então tomei um tempo para observar a fauna e a flora daquele lindo ecossistema. Ouvi os insetos, conversei com eles e os acompanhei enquanto procuravam suas frutas para fazer pouso e se alimentar. Afinal, isso também faz parte do processo de criação da técnica que compus ao fim do dia.

Segui o mapa até o “x” indicado, chegando em frente a um templo tomado pela natureza, raízes de ervas subindo por suas paredes até o teto de tal forma que escondia boa parte da arquitetura. No entanto, era possível ver duas estátuas cada uma de um lado da porta grossa de madeira negra de ébano. “São kikaichuus”, não foi difícil concluir mesmo com toda grama alta escondendo-os. Sorri, satisfeito, afinal aquela era a prova que eu havia chegado onde eu queria: um templo construído pelos ancestrais do meu clã Aburame, os primeiros a utilizar chakra para domar criaturas invertebradas e fazer do corpo a própria hospedaria de tais seres, usando-os como ferramentas de guerra quando necessário.

Não que eu tenha convivido com os membros do meu próprio clã, fato é que eles nunca realmente me aceitaram como um dos seus, não passando de um bastardo idiota. Eu não fiz muita questão de sua aprovação, sendo bem sincero, mas a única coisa que tínhamos em comum era a arte de manipulação de insetos e eles eu respeitava profundamente. Talvez por isso eu não tenha titubeado em aceitar essa jornada até o templo perdido tão logo tenha encontrado esse mapa perdido no dojo, junto a alguns equipamentos antigos que eu nunca havia mexido nas caixas. Sorte, afinal eu era extremamente conectado com os besouros que habitavam em mim e sempre me socorriam sempre que necessário, saindo de meus poros para atacar quem quer que quisesse me fazer mal.

Me aproximei da porta de entrada e a forcei para tentar abrir. Ela estava emperrada tantas eram as vinhas que a abraçavam. Saquei minha katana com a destra sem demora, abrindo vincos nas plantas que caíram no chão e forneceram passagem através da porta. A madeira rangeu e o abrir da porta fez com que milhares de insetos acordassem e começassem um zumbido ensurdecedor. Estavam nas paredes, no chão e no assoalho, voavam pela entrada principal e muitos vieram em minha direção buscando a luz do dia. Fechei os olhos e coloquei as mãos em frente ao rosto, esperando que o bando passasse por mim após bagunçar minhas madeixas azuis. Uma vez lá dentro, tomei cuidado para não pisar em nenhum deles e caminhei pelo lugar.

Não era muito grande e nem tinha muitos cômodos, muito pelo contrário: aquele grande salão era tudo. O templo, por dentro, contava uma história através dos bonitos desenhos nas paredes que iam até a abóbada. Observei o mural com muita admiração. Nele, contava-se uma história de Shinshū, um inseto sagrado, inseto divino ou, dependendo de como for lido, deus inseto. Não, pelo que consigo entender, os Shinshū são uma espécie. Meus olhos brilhavam, afinal nunca poderia imaginar tamanha grandeza histórica contida ali. Falavam sobre mim, sobre quem eu era e como os pioneiros naquela arte lidavam com isso.

O mural era colorido e podia ser acompanhado como um livro através das paredes: os insetos divinos possuíam olhos largos e se assemelhavam a mariposas do bicho-da-seda, mas eram maiores que elefantes. A boca escancarada era representada cheia de dentes afiados, oito pernas, asas enormes e um longo ferrão saindo da parte traseira do abdômen segmentado. Embora possuíssem aspectos ferozes, é mostrado que eles se alimentam de demônios e espíritos malignos, guiando seres humanos durante suas jornadas de iluminação. O maior deles, Beru, era conhecido como o Besouro Negro, o Deus Inseto sobre todos os outros insetos sagrados.

“Beru”, parecia um bom nome. Agora, explico-lhe que há tempos venho tentando exercer essa técnica que me senti inspirado em completá-la agora que estava no local mais sagrado e cheio de insetos que eu poderia estar. Veja bem, no ataque ao vilarejo, fiz uma armadura de insetos para adentrar no fogo inimigo e poder atacá-lo de surpresa, mas era uma proteção de rank baixo e eu queria poder aumentar a eficácia daquilo. Então… porque não criar a armadura de Beru, o Deus inseto? Através dessa mitologia, comecei a me concentrar e começar a realmente executar tal jutsu. Então, primeiro de tudo, me conectei com os kikaichuu dentro de mim, ficando em plena harmonia com os insetos e pedindo licença para extrair deles o poder que eu precisava para criar a carapaça.

Quando me senti no apse da sinergia e extremamente harmonizado com meus insetos, a maestria de anos em contato com a espécie enfim chegou a sua plenitude: Deixei que eu mesmo me tornasse um, ungindo-me com a carapaça do Deus Besouro e bebendo de suas propriedades, feito dos exoesqueletos fortificados por chakra de meus próprios aliados que se reuniram ao redor da minha pele para formar a armadura. Senti em meus braços, peitos e pernas uma infinidade de besouros sendo moldados através do meu controle de chakra e colocando suas carapaças juntas e solidificadas ao redor. Na cabeça, uma espécie de elmo com olhos vermelhos.

Nesse estado, chegava a ter quase um metro e noventa, afinal além das asas a carapaça também me fornecia envergadura. Olhei para minhas garras e me senti o próprio inseto, finalmente fazendo jus ao nome que sempre havia me dado: Antes o Rei Inseto, agora o Deus. Beru, o maior de todos. Abri minhas asas e voei pelo cenário em conjunto com os besouros e insetos de tantas cores e formatos que até eu nunca havia visto tantos. Deixei que eu fosse apenas mais um naquela dança no ar, sobrevoando até a abóbada no topo do teto e abrindo-a para então sair por cima daquele Templo. Como se nascesse, como se transcendesse.

Ali estava o derradeiro eu.

O Shinshū. 



HP:500/500, CH:460/500,
Sta:1/8, San: 220/220,



Considerações:
técnicas & cálculos:
Bolsa de Armas:
Selo Hiraishin:


Bardo
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t2851-o-deus-inseto#23920
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t992-cj-bardo#6561
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