RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Bardo
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甲虫


               
                Muito antes das linhas fronteiriças terem sido riscadas nos mapas, dividindo populações e designando nações, existiu um povo mais curioso e com um senso de liberdade mais aguçado que todos os outros. Inconformados em não saber o que havia por trás de cada horizonte, montaram em gigantescas arraias voadoras e, mesmo que o ninshuu ainda não fosse chamado assim, usaram suas energias vitais se colocar invisíveis sobre os homens, peregrinando pelo continente sem nunca permanecer mais do que duas luas cheias no mesmo lugar, longe dos olhos de quaisquer curiosos.

  Era um povo de rica cultura, veneravam expressões artísticas como música, dança e pantomimas mais do que ouro e deuses. Suas roupas possuíam tecidos de cores vibrantes, as sedas eram as mais macias que poderiam ser encontradas em todo mundo e a pacificidade da nação itinerante tornou-se lendária. Durante as eras, foram chamados de país do céu, ou ciganos, ou país-nenhum, até que suas histórias entrelaçaram-se com tantas outras que já não era mais possível saber se eram mesmo uma verdade ou só um mito.

  A culpa de tal ruptura era toda deles, pensava o atual rei cigano. Oh, tantas guerras, tantos conflitos que poderiam ser resolvidos por alguns tonéis de vinhos, uma roda de conversa entre bêbados e bons tragos de erva no cachimbo. O mundo sob seus pés perdia-se em carnificina, mas era seu dever proteger o seu próprio país. Por isso, não os envolvia em nenhuma arrelia do povo-de-baixo, nunca tomava partido, assim como fizeram os reis antes dele por pelo menos um milênio. Nem sequer aceitava não-descendentes pisarem sobre suas arraias místicas ou viajar na presença de sua preciosa população, pois enquanto os povos terrenos não forem capazes de despir-se da ganância e cobiça, estar com eles era perigoso demais.

  O rei já ia para lá da meia idade, mas ainda era forte e teimoso, de tal forma que só foi flexível quanto a sua impetuosa decisão uma única vez: quando, em meio àquele temporal no país da água, acharam o ninja de pele pintada com símbolos e flores, de joelhos, abraçando a morte. O garoto estava com um talho nas costas que ia do ombro às nádegas, mas jurou, com a boca cheia de sangue, que quem o havia cortado estava pior ainda. Tratá-lo foi um pedido de sua filha, Yua, pois se conheciam de outras primaveras e também se amavam, assim como amaram-se na grama de outros bosques antes mesmo daquele encontro muitas vezes antes, e o sábio rei cigano podia reconhecer a ternura e o belo fogo que costuma arder entre os jovens de tal maneira que não soube recusar o acolhimento ao forasteiro.

  Mal poderia imaginar que, com o tempo, o rapaz acabaria se tornando muito querido em sua destra. Devia ser mesmo coisa do destino encontrá-lo pela segunda vez, eles que nunca faziam morada duas vezes no mesmo lugar. Além do mais, as arraias invocadas, antigas e sábias, gostavam dele, assim como as crianças, por mais que ele nunca brincasse com elas. Quem sabe fosse bom ter alguém assim por perto - o que descobriu ser verdade, visto que saqueadores proliferavam como ratos e o mestre em ninjutsu lidou com todos que apareceram desde então. Sua presença se tornou uma segurança. O mundo estava cada vez mais perigoso, e os tambores de uma nova guerra soavam cada vez mais barulhentos ali do alto.

  Os dias que se seguiram foram os mais felizes na vida do besouro samurai, e ele seria capaz de gritar isso aos quatro ventos com tanta certeza que faria o mais cruel dos homens chorar, uma vez que embriagou-se do horizonte e conheceu tantos lugares quanto foram capazes seus olhos de ver, cirandou tantas vezes ao redor do fogo, conheceu tantas novas canções e formas de viver que era impossível pensar em si mesmo como quem havia sido um dia. Ao lado de Yua do país do céu, viu florestas onde as flores brilhavam azul à noite, iluminando mais que tochas. No topo de uma cordilheira tomada por neve que estendia-se como um cobertor, assistiu lençóis esverdeados esvoaçando na abóbada celeste durante horas, e disseram-lhe que as luzes eram o caminho por onde nossos antepassados alcançaram o verdadeiro céu. Meditou sobre cachoeiras, dançou ao luar no deserto.

  Percebeu que por tempo demais vivera pela raiva, mas agora não sabia mais como era ter ódio. Até que, um dia, por fim, esqueceu. Para que tê-lo, afinal, quando a cada dia que nascia a liberdade oferecia-lhe um novo pacato cume de montanha longe de qualquer outra civilização, ou um campo de flores com frutas doces de verão caindo gordas das árvores? Ser um shinobi se tornou uma memória distante, mesmo que nunca tenha se esquecido de quem era.

  Assim, o ano passou como um quadro falso, com uma moldura brilhante demais para ser pendurado numa parede tão descascada como era a vida de Treze, azarado desde o nome.

  No começo, sempre que reparava em como os dias eram bons e agradáveis, mais certo ficava de que tudo aquilo se esfarelaria por entre seus dedos como pó de arroz, quase como se não se achasse merecedor dos sorrisos nos lábios e do constante coração aquecido - coisas não raras ao longo dessa dúzia de meses. Tentava de alguma forma não cair na armadilha, não se apegar demais, mas era difícil demais. Qual era o custo de toda essa alegria? Sua companheira percebia o quanto o passado assombrava-lhe as noites, capaz de fazê-lo sair da cama quente da tenda e encarar o céu por horas a fio, sozinho e silencioso.    

  ─── Por hoje, sorriremos ─── era o que Yua constantemente lhe dizia, tomando-lhe pela mão e convidando-o a ser seu par em mais uma dança, espantando para longe os devaneios obscuros que atormentavam o rapaz. Esse era o maior poder da cigana, e o domador de insetos amava-a ainda mais por isso ───, o amanhã não existe, Peregrino.

  “Nós só temos o agora”, ele sabia o resto. O povo do país itinerante possuía vários dizeres que usavam como mantras, escudos de sua filosofia que os guiavam constantemente. Falavam sempre sobre paz, harmonia e honra. Treze escutou sabiamente cada um dos lemas e guardou em seu coração, certo que de todos lhe seriam úteis em algum momento da vida. Então, por vezes, ébrio pela utópica ideia de que talvez fosse mesmo possível para ele viver de forma leve, esquecia-se do medo e abaixava a guarda, bebendo da sensação de felicidade plena com o mais apurado paladar. E foi assim, quando esqueceu-se de quem era, que o passado finalmente voltou para buscá-lo.  

  Era noite e chamas crepitavam na fogueira construída sobre o pequeno círculo de pedras, lançando cinzas para o ar que dançavam com o vento suave e eram levadas por alguma melodia silenciosa até o céu aberto e estrelado. Embriagando-se dessa mesma canção inaudível, também dançava uma mulher com a pele cor de avelã e volumosos cachos negros que caíam-lhe como uma cachoeira de ônix sobre os ombros desnudos. De pés descalços, seus movimentos eram como os de lince. Leves, astutos, elegantes, e a sombra de sua silhueta serpenteava pela areia do deserto como um lençol negro posto no varal em dia de chuva, inquieto e hipnotizante.

  Yua amava sua plateia composta apenas pela lua do tamanho de uma unha roída e seu ninja de olhar magnetizado, que fumava enquanto a incentivava a continuar dançando com aplausos animados. Amava ainda mais as areias do deserto ainda quentes mesmo após o fim de tarde, e a cada rodopio que dava, arremessava um punhado para o alto, fazendo dos grãos parte de sua coreografia. Ela e Treze haviam se afastado do acampamento levantado sobre um oásis secreto no país do vento, encontrando um amontoado de grama verde do outro lado do grande lago onde as tendas foram erguidas. Se prestassem atenção, ainda poderiam ouvir as vozes do povo viajando através da água plana e quieta.

  ─── Essa é a décima terceira lua nascente em que está conosco ─── era assim que o povo cigano contava um ano completo. Ela parou a dança e saltou para o colo do rapaz ─── O tempo passa mesmo rápido. Um agora de cada vez.

  ─── Treze ciclos lunares ─── o ninja respondeu com a voz pensativa, afagando os cabelos de sua querida princesa ─── Gosto de como soa, Yua.

  ─── É claro que gosta. Os números possuem poder, você sabe bem, e as cordas do seu destino estão intrinsecamente amarradas a esse ─── ela sorriu e tocou-lhe os lábios nos seus ─── Talvez eu tenha te amado em treze vidas.

  ─── Me ame em outras treze, então saberei que tenho sorte ─── abraçou-a como se quisesse estar para sempre naquele momento, aninhando o rosto da garota fundo em seu peito. Ela o olhou por um segundo e reparou que havia crescido pelo menos um palmo no último ano, sua voz estava mais séria e as feições mais maduras. Um homem feito, pensou, antes que ele se levantasse repentinamente ─── O que é isso?

  Houve um sobressalto, mas Yua ainda não entendera a princípio. O Deus Inseto percebeu algo muitos segundos antes dela. Sentiu preocupação em seu tom, e os olhos semicerrados como um coiote ao avistar um perdiz pairavam sobre o acampamento do outro lado da extensão do lago. Ele ouviu atento por um instante, até que o primeiro grito viajou por sobre a água em conjunto com a luz do fogo que queimava as primeiras cabanas. Seus insetos tornaram-se inquietos dentro de seu corpo. Quem quer que fosse, não era simplesmente um salteador e bandido. Então, um gosto amargo brotou-lhe na boca, era chegado o dia do juízo.

  ─── Você deve se esconder ─── ele disse, quase como uma súplica ─── Você precisa, Yua.

  Ela apertou suas mãos e levantou a cabeça para fitá-lo nos olhos. Encheu-se de coragem, um instinto natural que borbulhava em seu estômago. Era a filha o rei do Povo do Céu, e ela não se esconderia enquanto seu povo precisasse dela.  

  ─── Não, pois hoje, meu bom Peregrino, lutaremos ─── ao fim da frase, ela já não estava envolta da cama de grama no pequeno espaço silencioso de antes, levada até ali por meio do teletransporte de Treze que havia marcado um coqueiro do entre as tendas. Ele sabia que não adiantaria argumentar contra o ímpeto da princesa, portanto apressou-se em chegar até o cerne do ataque mesmo que com ela do lado.  

  No centro do acampamento, o oásis sagrado tornara-se a boca do inferno. O calor estava intenso, com três ou quatro cabanas jazendo em fogo alto. Havia alguns cadáveres espalhados pelo chão, os pescoços cortados profundamente e o sangue empoçando-se onde as cabeças caíram. O Aburame sabia o nome de todos os mortos, concluiu de coração pesado. Aquilo era culpa dele, e um peso tomou-lhe profundamente como um soco na boca do estômago. O rei, todavia, não prestava atenção no Besouro, pois tentava evacuar os civis para cima das arraias. Um dos invasores foi em sua direção na intenção de matar o corpulento com uma adaga, mas Treze colocou-se entre eles com muita velocidade e espetou uma lâmina feita com insetos venenosos na barriga do adversário.

  O sangue salpicou-lhe o rosto como chuva quente, e esse foi o exato momento em que o ninja começou a gargalhar. A respiração ofegante, o gosto de ferro nos lábios e a sensação de estar novamente numa batalha. Ah, sim, estava finalmente de volta ao seu habitat natural. Durante os próximos segundos, moveu-se como um fantasma sobre as areias, assassinando sem a menor sombra de remorso todos os invasores que tiveram a audácia de encostar no país itinerante. Não os contou, mas eram ao todo nove, mortos pelo maestro que orquestrava uma sinfonia de carapaças negras e zumbidos pelo ambiente. Quando terminou, sabia que restava apenas um.    

  ─── Ah, aí está, o herói da Folha! ─── estalou a língua e lambeu a lâmina embebida em sangue cigano ─── Você é um filho da puta bem difícil de encontrar.

  O Deus Inseto não disse uma só palavra. Ficou ali, entre o povo que subia apressadamente nas asas dos monstros voadores e o homem magro de feições cinzentas que emanava uma intenção assassina que beirava a opressão. Permaneceram se encarando durante incontáveis instantes, até que, como se um sino tivesse soado, moveram-se. Adaga contra espada, e a canção do aço cantou naquele oásis sagrado. Carregavam os dois olhares de loucura, tão profundos quanto só a guerra poderia ensiná-los a ser. Eram ágeis e rápidos, de modo que a luta tornou-se um borrão a quem se interessasse em assistir. Treze esteve em centenas de combates como aquele, e mesmo que tenha se afastado de tudo isso durante um ano completo, ainda sabia quando girar para se esquivar de uma lâmina, retirar peso de seus calcanhares e estocar um coração. Exatamente como fez. Olhou de tão perto para o homem que podia sentir seu cheiro azedo de suor e sangue, observando a vida escapar-lhe do corpo.

  No fim, houve silêncio novamente no oásis. Não fosse o fogo que bruxuleava sobre as cabanas, não haveria mais que o som do vento. O shinobi nem sequer olhou pra trás, como se a vergonha de olhar o rei nos olhos pudesse adoece-lo. Foi então que a mão da Yua tocou-lhe os ombros, mas havia receio naquele toque.

  ─── No coração de alguém, existem moradas para vários amores ─── ela sussurrou ─── Sei que me adora, mas a guerra é também sua amante, Peregrino. Quem sabe a maior dentre elas. Enquanto estiver aqui, terei apenas uma metade sua. Nós somos o que somos, e você é o Deus Inseto. Você é um ninja.

  ─── O melhor e mais fodão dentre todos esses malditos filhos da puta.

  ─── Então vá. Pegue-os. Mate todos eles. Sempre haverá uma outra vida para nos encontrarmos.

  Houve um último beijo, rápido e com gosto de sangue. Também houve uma promessa, e as palavras perderam-se no ar, deixando Yua sozinha entre elas.

  ─── Te buscarei ainda nessa.  

 



Considerações



Mapa de ações:

adendos:  gaiden de timeskip; 2 missões rank S (que são os dois nukenins mortos citados na história); 1 marcação num coqueiro do oásis no país do vento;



Cálculos:  
 



Jutsus usados:





Bolsa de armas:

- 1 Katana rank C (cabo marcado com Hiraishin)
- 8 Kunai (2 delas com marca Hiraishin)
- 3 Kibaku Fuuda (1 dela com marca Hiraishin)
- 3 Shuriken (2 delas com marca Hiraishin)
- 1 Mushi Ha rank B (Lâmina de insetos)
- 1 Manopla de garras do Gato rank A;



Marcações Hiraishin

Konoha:
- Arredores
- Área de Moradias
- Portão Principal
- Centro da Vila
- Quartel General
- Campo de Treinamento
- Academia Ninja
- Hospital

Lugares relevantes:
- País do Fogo
- País do Relâmpago
- País das Ondas
- País da Água
- País das Cachoeiras

Outros:
- Armamentos
- Roupa de Gen/Bandana de Squall
- Templo do Fogo






Bardo
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t2851-o-deus-inseto#23920
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t992-cj-bardo#6561
Tamamo no Mae
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
@
Tamamo no Mae
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