Era mais uma manhã em Kirigakure com um belo sol raiando sobre as cabeças dos cidadãos, não podendo se dizer normal, porém, rotineira. A água e a névoa ainda estavam em conflito em uma genuína guerra civil causada pelo assassinato do herdeiro do trono do país da água. Movimentos de território eram constantes e combates de caráter anfíbio e marítimo aconteciam aos montes, costumeiramente os estilos mais brutais de uma guerra pelas altas causalidades.

Haru tinha chegado a pouco tempo depois do terrível ataque na Nuvem que havia praticamente destruído aquela vila do mapa, todavia, ao voltar a sua vila mãe, percebe que mesmo que as estruturas estivessem inteiras e as pessoas vivendo suas vidas como podiam, ainda era possível ver claras rachaduras sociais e emocionais que o conflito dentro do país causava. As mortes, a inflação, a falta de alguns recursos básicos, as filas nos hospitais, todos esses eram o preço da guerra.

Todos muito apreensivos com as notícias e rumores que chegavam das linhas de frente querendo saber se estavam vencendo ou perdendo, mas o mais importante, se haviam cartas de seus familiares nas linhas de frentes. A guerra seguir o era diferente das convencionais, era uma guerra civil, famílias se dividiram, irmãos lutando contra irmãos, pais contra filhos, amigos contra amigos, tudo pelo que acham o correto. Muitos que um dia almoçaram e beberam juntos, hoje estão em lados opostos em uma batalha sangrenta.

Toda a vila estava tensa, dia e noite só se falava daquilo sem parar enquanto é claro, as notícias do país do relâmpago ainda não chegavam para o grande público. Era nesse meio que a pálida Kunoichi Haru convivia todos os dias, voltando para sua rotina com sua volta.

De repente, em meio a uma caminhada matinal, Haru se depara com uma serpente cinza com escamas grossas carregando o que parecia ser uma bainha sem espada em sua boca, se rastejando pelos cantos e adentrando entre os arbustos. Shiro, a pequena cobra albina se agita ao ver um conterrâneo de mesma espécie, porém, não parecia medo ou aflição, era um estranho tipo de curiosidade e atração animal que faziam a cobra instintivamente querer seguir o caminha da outra.

Se Haru seguisse a vontade da sua pequena serpente, caminhando na direção pretendida, seguiria por um caminho estreito por dentre a mata, até encontrar uma pequena cabana. Olhando de longe, veria una velinha sentada em uma cadeira de balanço antiga na varanda de sua casa. A conta antes avistada por Haru lá estava, em frente a senhora entregando a bainha sem dono. Estranhamente, elas pareciam se comunicar frente a frente, mas a Kunoichi da névoa nada escutava daquela distância.
A velha olha um pouco para aquele objeto e então, o abraça com um carinho inexplicável.

considerações:

- Tsk... Maldita guerra – A idosa comenta olhando mais uma vez para a bainha sem espada com uma face de frustração perante aquilo. Então de repente, Haru se aproxima e ela percebe sua movimentação, sem ao menos olhar para o lado. Cicatrizes em seu rosto, mãos calejadas e orelhas amassadas. Era perceptível que a idosa não era uma simples senhorinha, mas tinha sinais de combatente, possivelmente uma veterana de um tempo bem distante.

- Hm... Ah... Uma Kunoichi... – Murmura, se ajeitando na postura - Já adianto... Não sou colaboracionista de nenhuma cidade inimiga e nem qualquer tipo de inimigos... Sinta-se livre para revistar minha casa, estou livre de suspeitas... Inclusive, eu e meu filho fomos ninjas de Kiri – A velha fala quase como se não preocupasse muito com aquilo sabendo exatamente o procedimento de revista de uma casa já se identificando para não causar mais problemas ou estresse,  achando que Haru veio ali para alguma revista geral, coisas comum em Kirigakure naquela situação delicada.

- Espera... Essa serpente – Ela se referia a Shiro, apontando seus dedos enrugados para a pequena cobra albina no pescoço de Haru com um ímpeto de surpresa que supera a indiferença apresentada anteriormente – Uma invocação... Mas ela não parece estar ligada por pacto com ninguém... Como? Isso não faz nenhum sentido – A senhora se encontrava surpresa e confusa com relação a cobra albina, falando termos que para a kunoichi, são estranhos e desconexos.

- O que acha Mori? – Ela pergunta para a serpente que outrora carregava a bainha e misteriosamente, elas conseguiam se comunicar, como se a velha entendesse o que o animal dizia – Menina... Qual a origem de sua pequena cobra? – Ela termina perguntando, interessada no animal de escamas de Haru.

Considerações:

- Laboratório... Tsk... Então foi isso... Alguns bastardos devem te-la capturado e cortado sua ligação de pacto para experimentos proibidos... Já encontrei e destruí alguns grupos desses na minha juventude... – A senhora diz, lembrando do passado e claramente nutre um sentimento de repulsa a esses grupos a quem se referiu ao mesmo tempo que a sensão de proteção perante a esses animais, como se fossem de grande importância para ela.

- Sua pequena cobrinha teve sorte de ter sido resgatada por você... Caso contrário... Coisas horríveis poderiam ter acontecido – Comenta não terminando sua linha de raciocínio, mantendo apenas em sua mente.

Porém, a idosa para, ficando um pouco pensativa e olhando para a kunoichi e seu animalzinho. Ela parecia ter flashbacks de algo e então, se levanta da cadeira onde estava sentada, andando lentamente com os braços pra trás na direção da jovem.

- Meu filho morreu na guerra e a única coisa que consegui recuperar do seu corpo foi essa pequena bainha a qual Mori achou... Agora... Estou velha e logo encontrarei com ele no outro lado... Querida... – Ela diz de forma melancólica, fazemdo uma pequena pausa para respirar e pensando um pouco na sua próxima decisão. Ela queria ter certeza se iria fazer realmente isso - Sinto no fundo que tem naturalmente uma grande conexão com serpentes, então pergunto, você gostaria de herdar meu legado e aprender a técnica de Kuchiyose das cobras? – Pergunta em um tom sério, esperando uma resposta da garota para sua pergunta inesperada.

- Ah claro... Antes de tudo.. Meu nome é Chiyoko Ogura e a senhorita, como se chama? – Ri um pouco por ter feito uma proposta tão importante antes mesmo de se apresentar.

Considerações:

Quest dada como finalizada por efeito da troca de arco.

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