Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.
Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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timeskip — 月光に浴びる, banhada pelo luar - Postado Seg Ago 07, 2023 12:05 am
月光に浴びる
Tsukiakari ni abiru
banhada pelo luar
parte um, no rastro da lua vermelha
A noite se desdobrava sobre a Vila da Névoa, como um manto de trevas entrelaçado com promessas sinistras. A lua pairava no céu, um farol pálido em meio às sombras que dançavam pelas vielas e becos, enquanto a vila descansava sob a égide noturna.
Por baixo do véu etéreo da névoa que envolvia o Arquipélago da Água, o par de orbes violeta mantinha vigilância sobre os edifícios e residências cilindroides. Vislumbres sutis dos contornos além, diluídos pela bruma translúcida.
Haru ergueu o rosto feérico para o céu noturno, onde o astro lívido predominava majestoso, derramando sua luz prateada sobre a vila. As cicatrizes em sua superfície não a impedem de brilhar. Mas logo repeliu as memórias do evento passado, a lua maculada, antes que esses pensamentos minassem seu raciocínio vigente.
Ao lado da cientista, Doninha ajustava sua máscara, suas características faciais ocultas, enquanto seus olhos vigilantes sondavam os arredores por entre as duas fendas estreitas que imitavam o olhar perspicaz do animal que inspirou seu codinome. Os dois descansavam sobre a cornija de uma das torres mais altas do local, alçados a esse posto de observação privilegiada.
O vento noturno sussurrou entre eles, trazendo consigo a aura de perigo iminente. Sinto a tensão de aproximação, pensou a jovem Watanabi. Ainda que fraca e distante.
Renegados, ninjas que haviam rompido os laços com sua terra, invadiram os domínios sagrados da Névoa. Era um desafio à segurança e à honra da vila, um ato que exigia ação imediata.
Um suspiro escapou dos lábios de Haru.
Após os anos sombrios da Névoa Sangrenta e da Lua Vermelha, a população da Vila da Névoa ansiava por um momento de respiro, uma pausa dos terrores que haviam atormentado suas vidas. As feridas daqueles eventos tumultuosos ainda ardiam na memória coletiva, e a aldeia estava exaurida, tanto emocional quanto fisicamente. O agora era um período de reconstrução e cura, e a necessidade de paz era um clamor unânime. No entanto, mesmo com esse desejo fervoroso por tranquilidade, os desafios persistiam.
Os vestígios do passado vermelho salpicavam as águas do tempo presente.
Doninha, o caçador que obteve acesso a informações privilegiadas em suas últimas missões investigativas, soube com antecedência da ameaça representada pelos renegados. Ciente de que qualquer alarde poderia causar pânico e desencadear um medo renovado na população, ele optou por agir em sigilo. Chamando apenas Haru para seu lado, os dois shinobis formaram uma aliança silente, determinados a proteger sua vila de maneira furtiva e eficiente; sem que o peso do medo passado recaísse sobre os ombros já cansados de seu povo.
A mão de Haru deslizou sobre o ombro, onde Shiro, sua serpente albina, estava enrolada. Um vínculo tácito as ligava, uma conexão de confiança e vigilância constante. A Watanabi escutou o sussurro cálido da víbora: ela também havia sentido a tensão do que estava por vir.
Doninha olhou para Haru, um sinal silencioso de entendimento passando entre eles.
Com movimentos precisos, eles avançaram. Seus corpos cintilaram. Seus passos eram como os de uma dança coreografada; fluidos e coordenados, um só corpo deslizando pelos telhados de tom azul desvanecido.
A invasão dos renegados os levou aos limites da vila, metros após os grandes portões, onde a névoa densa criava uma cortina de incerteza, pairando por entre as copas das árvores. As sombras dos ninjas adversários se misturavam à escuridão, mas o terceiro olho de Haru não a enganava. Ela visualizava a presença dos inimigos como labaredas acesas em sua mente, lampejos fugazes, enquanto eles se aproximavam do perímetro.
Doninha, exímio militar da elite da Névoa, se preparou. Seu corpo parecia se mesclar às sombras, fundindo-se com a escuridão circundante, adentrando as folhagens mais densas. A labareda de sua presença apagada. Ele empunhava uma tanto na destra e shurikens entre os dedos da sinistra, prontas para serem lançadas no momento certo.
Um silêncio tenso pairava no ar, quebrado apenas pelo sussurro da brisa noturna. Sons de passos mal e mal discerníveis, misturados com o dobrar natural da mata.
À beira do embate iminente, Haru empreendeu um vínculo com a terra, permitindo que seu ser se entrelaçasse com a textura das árvores circundantes, dissolvendo-se na própria paisagem. Sua silhueta se mesclou ao tronco de uma árvore próxima, a poucos passos da armadilha meticulosamente preparada para a chegada dos invasores. Enquanto seu corpo se fundia com a madeira, uma parte de seu semblante permaneceu impressa no tronco, como uma presença fantasmagórica. Os olhos violeta cintilavam com um propósito letal, e cada fibra de seu ser estava sintonizada com a dança mortal prestes a desencadear.
Com a precisão de uma artesã das sombras, a Viperina havia disposto várias agulhas envenenadas sob folhas caídas no chão, mal discerníveis mesmo para os olhos mais atentos. Essas agulhas, sutilmente camufladas, continham uma peçonha letal. Os ramos das árvores formavam uma rede a mais de proteção, longos dedos que estendiam a armadilha até a trilha.
Parte dos renegados avançou pela trilha, alheios à intricada armadilha oculta por Haru. Cada passo que davam era um mergulho mais profundo na teia letal que ela havia tecido. A névoa densa do Arquipélago da Água dificultava ainda mais o discernimento da artimanha, e os renegados seguiam adiante, inconscientes do perigo iminente que os rodeava.
A fragilidade da linha entre a vida e a morte era encapsulada naquela visão, traídos pela própria furtividade.
O grupo invasor continuou, avançando em direção à vila. Contudo, um suspense irrompeu na atmosfera. Os passos dos renegados congelaram, enlaçados pela surpresa momentânea. Uma aparição inusitada.
Shiro, a serpente albina, serpeava no meio do caminho. Sibilou ao avistar os renegados, exibindo suas presas afiadas.
A esteio da inesperada aparição da víbora, Haru emergiu às costas de sua pequena companheira, surgindo das sombras como um espírito da noite. Seus cabelos escuros como o céu noturno sem estrelas balançaram levemente na brisa insulana, enquanto seus olhos violeta faiscaram com uma serenidade imperturbável, transmitindo a presença de uma predadora peçonhenta.
A Watanabi notou a contração dos músculos dos oponentes, preparavam-se para reagir. Porém, antes que pudessem reunir seus ânimos para atacar, uma visão mais desconcertante os abordou: os corpos dos companheiros que os precederam jaziam na inércia, envoltos em um torpor profundo, como se a própria escuridão os tivesse enredado em seus braços acolhedores.
Os lábios da Ametista curvaram-se em um sorriso gélido, ecoando a certeza tranquila daqueles que conhecem a dança letal do sigilo e da astúcia.
Enquanto os renegados permaneciam paralisados em meio à surpresa e ao pânico silencioso, Haru curvou-se num movimento gracioso; sua mão estendida em direção a Shiro, que prontamente deslizou de volta para seu ombro, como se fosse uma extensão natural de sua própria presença. Com passos tranquilos e decididos, ela avançou na direção dos invasores imobilizados, sua serenidade contrastando com a impotência que tomava conta deles. À medida que ela atravessava o grupo, os corpos dos renegados cederam, quedando-se em uma coreografia sinistra induzida pelo veneno que percorria suas veias, levando-os à inconsciência e à derrota.
Todavia, a invasão não atingira seu fim.
Do seio da névoa densa, emergiram três renegados remanescentes, avançando na direção de Haru. Suas labaredas eram tão imperceptíveis quanto a de Doninha.
Pararam a poucos metros de distância, fixando seus olhares na filha da Névoa. Haru, vigilante a cada nuance, discerniu a coreografia precisa de seus movimentos. Eram ninjas experientes, constatou com uma leve inclinação de seus pensamentos. Em um instante de discernimento aguçado, percebeu que o líder estava entre eles: traços da autoridade que exercia sutilmente visíveis em sua postura e na maneira como os demais se ajustavam à sua presença.
No auge da tensão que tomava a atmosfera, uma sinfonia dissonante de gritos e gemidos desesperados irrompeu da mata.
Tanto Haru quanto o trio desertor voltaram sua atenção para a fonte desses sons torturados. Rapidamente, ficou evidente que os gritos se originavam do grupo secundário de invasores, que haviam tomado um percurso distinto. Essa realização repercutiu em suas mentes, a compreensão se espalhando como rastilho de pólvora. A expressão serena de Haru abrigou um relance de entendimento — Doninha tinha dado conta dos invasores restantes.
Aquele identificado como líder da invasão, submerso em uma mistura de fúria e angústia diante da notícia da morte de seus aliados, viu-se possuído por uma determinação feroz. Seus olhos injetados de ódio refletiam uma tempestade interior, e sua mão cerrava-se com força em torno do cabo da katana que pendia de seu cinto.
Com um movimento brusco, a lâmina curva da espada deslizou para fora de sua bainha, emitindo um silvo afiado ao cortar o ar.
Ele investiu contra Haru, sua figura projetando uma sombra imponente na penumbra. Cada passo era carregado de uma ferocidade ardente, sua intenção de vingança exalando como um odor pungente.
Com agilidade quase sobrenatural, a Watanabi se esquivou do avanço do líder renegado, seu corpo tornando-se maleável e sinuoso como o de uma serpente. Ela deslizou para o lado, fluida e grácil, escapando por um triz do golpe furioso da lâmina do renegado. Em um movimento coordenado e surpreendente, ela canalizou sua astúcia em um contra-ataque ágil e letal. Da manga de seu quimono, uma serpente branca escapou feito um espectro. Com um movimento rápido, o ofídio avançou na direção do oponente, sua picada mortal mirada com precisão no pulso do adversário.
O veneno mortífero da serpente encontrou o alvo, e um espasmo de dor e surpresa atravessou o rosto do renegado enquanto ele sentia os efeitos do ataque venenoso se espalhando por seu corpo.
Então o homem caiu no chão, juntando-se àqueles que foram vítimas da tapeçaria de agulhas ocultas. Haru o observou com um semblante lúgubre, ele havia lhe parecido forte. O ódio, mesmo poderoso, é uma fraqueza quando cega a mente. Meneou a cabeça em descontentamento, os cabelos oscilaram feito um véu negro. O ódio o tornou previsível.
Haru lançou um olhar firme sobre os renegados restantes, reconhecendo a terrível realidade que enfrentavam.
Os dois homens também foram tomados pela paralisia; não por algum veneno, mas pelo medo que se apossou de suas mentes diante do que presenciaram. Imobilizados pela visão dos corpos caídos, dos gritos de terror e, principalmente, do cadáver espasmódico de seu lidar, eles pareciam congelados em um estado de choque.
A mão pálida da Viperina deslizou em meia lua, suscitando o disparo de duas agulhas envenenadas expelidas de seu quimono contra os dois, atingindo pontos vitais que garantiram um fim rápido e eficaz.
Ela suspirou.
Haru ergueu a cabeça e contemplou a lua, que pairava no céu com sua luz prateada. Uma sensação de alívio preenchia seu ser por ter enfrentado e triunfado sobre a invasão, mas as cicatrizes na superfície lunar eram como marcas indeléveis que a lembravam de que o perigo nunca estaria distante o suficiente para que fosse possível baixar a guarda.
De súbito, Doninha surgiu ao seu lado, sua presença quase etérea como sempre.
— Missão cumprida, Srta. Watanabi — informou ele. — A área está limpa e os renegados foram derrotados.
Haru assentiu, seus olhos ainda fixos na lua.
— Resta apenas limpar o recinto — disse ela. — Não podemos deixar rastros.
Doninha concordou.
— Exatamente. Providenciarei isso.
Shiro se agitou, inquieta, sua língua bifurcada provando o ar. A serpente havia avistado algo, algo que escapara à atenção de Haru e Doninha.
A Watanabi desviou seu olhar do astro noturno e seguiu a percepção ofídica de Shiro. Os olhos violeta encontraram uma cena que se contrastava com a escuridão da noite: uma flor banhada pelo luar, sua beleza delicada iluminada pela luz prateada de aspecto lívido.
Um sorriso sutil brincou nos lábios de Haru, um vislumbre de serenidade em meio às sombras que cercavam a Vila da Névoa.
parte dois, para além do espírito
O aroma de ervas medicinais permeava os corredores do Hospital da Vila da Névoa, misturando-se ao som suave de passos apressados e murmúrios atenciosos. Sob a luz branda da alvorada, Haru Watanabi percorria os corredores com determinação, seu jaleco branco imaculado contrastando com os tons suaves do ambiente.
Era um novo dia e, com ele, vinha a oportunidade de provar mais uma vez sua dedicação e habilidade como médica.
A figura serena de Yumi Ito, a Chefe do Hospital, se destacava à distância. Seus cabelos lilases fluíam como uma cascata de cores pastéis, refletindo a calma e a autoridade que ela exercia sobre a equipe. Seus olhos cerúleos, escondidos por pequenos óculos circulares, observavam atentamente cada movimento no hospital, sempre prontos para identificar a promessa naqueles que cruzavam seu caminho.
Ao se aproximar de Yumi, Haru sentiu o nervosismo se misturar à sua determinação. A evolução para a patente de Especialista não era um passo insignificante em sua carreira como médica. Era um sinal de reconhecimento por sua dedicação incansável, por suas mãos habilidosas e por seu compromisso com a saúde da vila.
Yumi dirigiu a Haru um sorriso gentil, e os cantos de seus olhos se enrugaram suavemente — rugas que carregavam segredos de décadas de experiência medicinal.
— Srta. Watanabi — disse ela, sua voz carregada de uma serenidade profunda —, você demonstrou talento e dedicação desde que ingressou nesta equipe. Como Residente, suas habilidades médicas evoluíram de forma notável.
O coração de Haru pulsava com expectativa. E a Srta. Ito prosseguiu:
— Tudo isso se consolidou na noite de ontem. Mais um passo.
A frase proferida pela mulher evocou, nos pensamentos de Haru, as lembranças da última noite. A jovem lembrou-se de quando erguera a cabeça e observara a lua, sua luz prateada lançando um brilho etéreo sobre os telhados da vila, raios lívidos adentrando pelas janelas da ala médica do hospital. Nessa ocasião, ela enfrentou um desafio derradeiro.
A sala estava mergulhada em silêncio, exceto pelo ritmado som do monitor cardíaco.
Deitado na maca, um homem lutava por cada respiração. Seu rosto estava pálido, olhos fechados em agonia. Ele havia sido encontrado à beira da morte, envenenado por uma substância obscura que desafiava a compreensão dos médicos.
Haru se aproximou da maca cautelosamente, sua mente analisando cada detalhe da condição do paciente. Os olhos cerúleos da Srta. Ito estavam sobre ela, uma presença silenciosa de confiança em sua habilidade.
— Haru — disse Yumi, abandonando a formalidade naquele momento —, este homem está nas garras de um veneno desconhecido. Nossos esforços até agora foram em vão. Você é a nossa melhor chance de salvar sua vida.
A Watanabi assentiu, sua expressão refletindo a seriedade da situação.
Ela tinha confiança em suas habilidades médicas, mas sabia que essa seria uma batalha difícil. Tinha noção de que a chave para desvendar o mistério do antídoto estava na análise do próprio veneno.
Em um gesto decidido, a garota de olhos violeta retirou um pequeno frasco de vidro de sua bolsa médica e uma agulha fina. Cuidadosamente, ela extraiu uma amostra da substância que corria pelas veias do paciente, mantendo seu olhar fixo no monitor cardíaco, como se cada batimento ecoasse com o ritmo de suas ações.
Com mãos ágeis, ela se debruçou sobre a mesa de preparo. Examinou o líquido viscoso com um olhar concentrado. A luz branca do hospital iluminava os contornos do veneno, e a mente analítica de Haru começou a trabalhar. Ela separou a amostra em diferentes componentes, cada um revelando segredos sobre a natureza da peçonha.
Durante horas a fio, ela observou e registrou meticulosamente cada constatação.
Finalmente, Haru encontrou um padrão na complexidade do veneno. Era como resolver um quebra-cabeça traiçoeiro, em que cada peça revelava uma parte da imagem final. As propriedades do veneno se desdobraram diante dela, como páginas de um livro antigo sendo desviradas. Com um vislumbre de triunfo nos olhos, ela identificou os elementos-chave que poderiam neutralizar o veneno.
Em seguida, veio a parte mais delicada. Com uma destreza notável, a cientista começou a misturar as ervas e substâncias que ela havia selecionado. Cada medida era precisa, cada passo era calculado. O veneno era um adversário formidável, mas a jovem Watanabi estava determinada a criar um agente-resposta ainda mais poderoso.
Horas se transformaram em um ritmo quase hipnótico de ação. O silêncio da sala era interrompido apenas pelo som do choque de substâncias e o suave rolar das ervas entre os dedos de Haru. O aroma da mistura preencheu o ar, um sinal tangível de sua progressão.
Finalmente, o antídoto estava pronto.
O líquido tinha uma cor suave, um tom que contrastava com a escuridão do veneno original. Haru olhou para a substância que tinha diante de si, uma sensação de satisfação se espalhando por sua mente exausta.
Haru aproximou-se do homem. Com cuidado, injetou sua mais recente substância elaborada na veia do paciente.
Os olhos dele se abriram, e o rosto pálido ganhou uma tonalidade mais saudável. Haru observou com uma mistura de ansiedade e esperança e, então, finalmente, um suspiro de alívio escapou de seus lábios.
O veneno tinha sido neutralizado, a vida de mais um filho da Névoa tinha sido salva.
— Você está seguro agora — sussurrou Haru, um sorriso gentil iluminando seu rosto enquanto observava a gradual recuperação do paciente.
A Chefe do Hospital se aproximou, seus olhos azulados expressando gratidão.
Enquanto Haru e Yumi compartilhavam um olhar carregado de significado, a sensação de realização inundou a Watanabi. Aquela experiência tinha sido mais do que uma conquista médica; tinha sido uma prova de descoberta e superação.
E a Srta. Ito estava contente em reconhecê-la.
— Chegou a hora de sua promoção — continuou Yumi, seus olhos fixos nos de Haru. — Seu comprometimento com o bem-estar de nossos cidadãos é inegável. Você exibiu habilidades não apenas no uso de técnicas médicas, mas também na compaixão e no cuidado com os pacientes.
Haru sentiu um misto de alívio e gratidão se misturando ao compasso de suas batidas. Era uma honra ouvir as palavras de elogio da Chefe do Hospital. Cada ferida tratada, cada diagnóstico correto, cada momento em que havia aliviado o sofrimento de alguém estava sendo reconhecido.
— Portanto —, concluiu Yumi, um sorriso acolhedor tecido em seu rosto —, com grande prazer, declaro que você ascende à patente de Especialista. Continue a trilhar o caminho da cura com dedicação e compaixão, Haru Watanabi.
parte três, fique a meu lado
Parecia tão difícil virar para ele.
No silêncio da noite, debaixo do véu prateado que despencava da lua, Haru e Warui encontravam-se nos altos telhados do edifício que abrigava o gabinete da Sexta Sombra.
As estrelas pontilhavam o céu escuro, e a névoa que muitas vezes escondia a vila agora parecia suave ao redor deles, era uma testemunha íntima do que acontecia naquele momento.
Sentados lado a lado, suas figuras delineadas pelo tênue brilho lunar, eles deixaram de lado as formalidades e as máscaras que usavam em público. A quietude entre eles era tão poderosa quanto as palavras que poderiam trocar, uma conexão que transcendia o entendimento superficial. As emoções pulsavam entre eles, visíveis em pequenos gestos e olhares fugazes; mas como se ainda fossem dois estranhos recém-colocados de um time, eles hesitavam em se abrir completamente.
Haru enfrentou uma sequência de palpitações e virou-se para Warui.
O lampejo violeta de seus olhos à luz da lua.
Em silêncio, eles compartilharam um sorriso sutil, um entendimento mútuo que ultrapassava as barreiras que o tempo e a circunstância haviam construído entre eles. As palavras pareciam desnecessárias naquele momento, pois ambos sabiam que estavam ali por uma razão mais profunda do que a simples admiração pela vista panorâmica da vila.
Enquanto a brisa noturna envolvia-os, Haru e Warui permaneceram ali, um ao lado do outro, o coração deles batendo em sincronia com o ritmo da noite. A promessa de amanhã estava nas entrelinhas de seus olhares, uma promessa que, com o tempo, poderia se tornar realidade.
E assim, sob a lua, eles compartilharam um momento íntimo, um vislumbre de um futuro que ainda estava por ser escrito.
- Considerações:
- Gerais
❀ Ficha e MF no perfil;
❀ Vestimentas aqui, com as mangas estiradas;
❀ Este post trata-se da Gaiden de Timeskip do Arco 6;
❀ A gaiden é dividida em três partes: parte um, dedicada a uma missão rank S e conquista de 3 ingredientes (1.950 palavras); parte dois, dedicada à evolução da profissão Médico, da patente Residente para a patente Especialista (1.061 palavras); e a parte três, dedicada a um RP casual com o personagem do @Nero (285 palavras);
❀ Total de 3.296 palavras.
Demais status e cálculos
❀ VT: 9/9
❀ Byakugō no In: 1000/1000
❀ Cálculos: —
Shiro
❀ É uma pequena cobra albina, a companheira de Haru;
❀ Sua presença é meramente narrativa;
❀ Referência (imagem).
Informações pertinentes
❀ 50% de desconto de CH devido ao Mestre em Controle de Chakra;
❀ 10% de CH por post devido ao Recuperação Espiritual Acelerada;
❀ Nv. 30 de Reputação, Herói;
❀ Alcunha local: Viperina Ametista.- EQUIPAMENTOS:
Capacidade total de carga: 20/25
Equipamentos no corpo
❀ Bolsa de Armas [5/20 Espaços]: 1 — presa sobre a lombar
❀ Pergaminho Médio [10 Espaços]: 2 — presos abaixo da bolsa
❀ Senbon [5 Espaços]: 5 — escondidas sob cada manga e todas envenenadas (2 com Zéfiro, 1 com Hipnos e 2 com Nyx)
Equipamentos na bolsa de armas
❀ Pergaminho Pequeno [4 Espaços]: 4
❀ Semente de Irvin [0 Espaços]: 1 — adquirida aqui
❀ Armadilha Rank B [1 Espaço]: 1 — preparada e descrita aqui
Equipamentos nos pergaminhos
❀ Pergaminho Pequeno 1 [5/10 Espaços]: 5 Senbons — todas envenenadas com Zéfiro
❀ Pergaminho Pequeno 2 [10/10 Espaços]: 10 Senbons — todas envenenadas com Hipnos
❀ Pergaminho Pequeno 3 [03/10 Espaços]: 4 Kibaku Fuuda e 9m Fio de Aço
❀ Pergaminho Pequeno 4 [04/10 Espaços]: 1 Frasco de Veneno (Zéfiro) e 1 Kit de Primeiros Socorros
❀ Pergaminho Médio 1 [20/20 Espaços]: 1 Dokugiri, 10 Senbons e 10 Kibaku Fuuda — 1 Kibaku Fuda anexado em cada Senbon
❀ Pergaminho Médio 2 [20/20 Espaços]: 1 Dokugiri e 1 Haru no Seirei: Anshin
Itens selados aqui
- TÉCNICAS USADAS:
- Nenhuma.
- TÉCNICAS PASSIVAS:
- Kanchi — 335m de alcance
Requisitos: Grande Controle de Chakra & Atenção Intensificada.
Descrição: O Kanchi permite que shinobi do tipo sensor molde chakra e mude para o tipo sensor. Isso permite que ele detecte e rastreie alvos por meio de suas assinaturas de chakra. O alcance desta técnica varia entre os sensores.
Byakugō no In — CH armazenado aqui, aqui, aqui e aqui
Requisitos: Mestre em Controle de Chakra & Versado em Fuinjutsu.
Descrição: O Byakugō no In (Selo da Força de Uma Centena) é um jutsu da era do Sábio dos Seis Caminhos que requer um controle de chakra extremamente delicado. Ao armazenar uma grande quantidade de chakra por um longo período de tempo em um ponto específico de seu corpo - geralmente a testa - o usuário cria esse selo, que se manifesta na forma de uma marcação semelhante a um losango. Uma vez que o selo é formado, o já impressionante controle de chakra do usuário permite que ele execute técnicas sem qualquer desperdício de energia. Quando liberado, o selo se espalhará pelo rosto do usuário ou envolverá todo o corpo. O chakra armazenado é então liberado em seu corpo, amplificando muito o poder de suas técnicas. O selo permanecerá no centro da testa do usuário, presumivelmente para que o usuário possa continuar se beneficiando de seus efeitos.
- TÉCNICAS SELADAS:
- Espírito Primaveril: Laço (春の精霊・絆, Haru no Seirei: Kizuna) — com Tanya aqui; com Warui aqui
Rank: A
Classe: Suplementar
Requerimentos: Haru no Seirei, Versado em Fūinjutsu e Altas Habilidades
Descrição: Unindo seu raciocínio elevado com o estilo de luta Espírito Primaveril, Haru criou um Fūinjutsu que atua como elo de comunicação entre ela e o alvo marcado. Após realizar os selos manuais necessários, os dedos de Haru se energizam com labaredas purpúreas e, a partir de um contato físico, o alvo recebe a tatuagem de uma pequena borboleta em sua pele. Após o selamento, Haru ou o alvo pode ativar a marca por meio de um selo manual, então, ao custo de uma porção de chakra, surge uma borboleta purpúrea através da tatuagem que voa ao redor da cabeça do usuário. É através dessa borboleta que a comunicação é realizada, ocorrendo um efeito de propagação da voz do usuário, ele escolhe se será ouvido apenas pelos marcados ou se terceiros também serão capazes. A manifestação de chakra pode, inclusive, se multiplicar para criar formas e, consequentemente, imagens a fim de ilustrar alguma ideia. Quando se recebe uma mensagem, a tatuagem emite um brilho violeta.
O selo não tem duração determinada, permanecendo nos alvos até que Haru ou alguém o desfaça com um Fūinjutsu: Kai. O custo para ativar a técnica é de 60 de CH fixo, permanecendo ativa por até 3 turnos. Enquanto a técnica estiver ativa, cada comunicação através da borboleta consome 1 Ação Rápida. Há um limite de até 3 selos que podem ser criados, mas a rede de comunicação é apenas uma e une todos os participantes, sendo capaz de ser estabelecida mesmo que os usuários não estejam presentes no mesmo tópico.
Receptáculo Peçonhento (毒のある船, Doku no Aru Fune) — selados Hipnos e Nyx aqui
Rank: S
Requerimentos: Mestre em Fūinjutsu; Genialidade; Conhecimentos Toxicológicos; Veneno a ser selado.
Classe: Suplementar
Descrição: O Receptáculo Peçonhento é um Fūinjutsu desenvolvido por Haru para que ela consiga usar seus venenos através de seu próprio corpo, ou seja, sem necessidade de recipientes. Com um veneno em mãos, Haru previamente sela a substância em seu corpo, então a marca de uma serpente se manifesta em sua pele, como uma tatuagem que parece ter vida própria. Para cada veneno selado, uma nova serpente surge. Essas serpentes logo somem, ficando inativas. Quando Haru quer usar um dos venenos, ela ativa a respectiva serpente que em seguida se manifesta em qualquer canto de seu corpo, proporcionando dois modos de uso:
A primeira maneira de usar a técnica é projetando a serpente para fora da pele, ela então pode abocanhar o alvo de Haru para injetar o veneno. Quando usada assim, a técnica consome uma Ação Ofensiva, porém não possui dano, aplicando apenas os efeitos do veneno. As serpentes podem ser projetadas a partir de qualquer parte do corpo de Haru e se estendem a até 15m base, e com o custo, o tempo de preparo e a velocidade de uma técnica Rank S mais bonificações;
A segunda forma é quando este Fūinjutsu é usado em conjunto com outra técnica de Haru que faz necessário o uso de venenos. A serpente se manifesta e, sem se projetar, abre sua boca para expelir o jutsu. Essa forma consome uma Ação Rápida, mas não agrega custo ou tempo de preparo à técnica usada em conjunto, servindo apenas como se fosse o recipiente do veneno a ser usado.
Assim como outros Fūinjutsus, é necessário deixar nas considerações do post o link de onde ocorreu o selamento. Há um limite de 5 serpentes (ou seja, 5 venenos) que podem ser armazenados em 1 só corpo.
Jigō Jubaku no In — selada no corpo aqui
Rank: B
Classe: Suplementar
Requerimentos: Estudado em Fuinjutsu e Estudado em Paralisia
Descrição: Trata-se de uma técnica similar à Técnica de Erradicação da Língua Amaldiçoada, este selo também pode ser aplicado durante um combate, e pode ser secretamente colocado no corpo do oponente. Quando o usuário o ativa, as marcas do selo amaldiçoado espalham-se pelo corpo do oponente, paralisando-o. No entanto, é possível se livrar do selo através de uma liberação de chakra forte o suficiente.
Dokugiri — selada no pergaminho médio 1 e 2 aqui
Rank: B
Classe: Ofensiva
Requerimentos: Iryō Ninjutsu, Altas Habilidades e Conhecimentos Toxicológicos
Descrição: O chakra é reunido dentro do corpo do usuário e, em seguida, transformado em substâncias químicas especiais que depois é ejetado através da boca. Quando a substância entra em contato com o ar exterior no corpo, ele muda instantaneamente e é transformado em uma névoa de veneno letal. A capacidade do veneno para matar é enorme, pois mesmo apenas com a respiração em uma pequena quantidade vai significar o fim da vida do alvo. Como esta técnica ninjutsu é combinada com química e conhecimentos médicos, o seu uso requer o controle de chakra e habilidade avançada em ninjutsu médico.
Espírito Primaveril: Alívio (春の精霊・安心, Haru no Seirei: Anshin) — selada no pergaminho médio 2 com 200 de CH curativo aqui
Rank: A
Requerimentos: Haru no Seirei; Iryō Ninjutsu; Shōsen Jutsu; Reservas Sobre-humanas.
Classe: Suplementar
Descrição: Após tecer os selos necessários, uma nuvem de borboletas cor-de-rosa surge dentro do alcance e se reúne acima do alvo da técnica. Elas buscam por ferimentos e, ao pousarem sobre eles, despejam chakra curativo semelhante ao Shōsen Jutsu, sarando feridas e recuperando vitalidade. As borboletas duram até 2 turnos, enquanto isso podem ser controladas para voar pelo campo e promover a cura através do chakra da usuária. Elas são capazes de curar até 3 alvos simultaneamente. Após o tempo se esgotar ou caso a usuária desejar, as borboletas se dissipam. O custo desta técnica e a sua capacidade de cura — os ferimentos que ela pode sarar — seguem as regras de Iryō Ninjutsu, além de 5 de CH por turno para mantê-la. Pode-se utilizar o jutsu através das borboletas já criadas por manipulação de Haru no Seirei ou invocá-las com o próprio uso da técnica.
- VENENOS:
- Zéfiro (微風, Soyokaze) — 3/3 usos
Rank: A
Tipo: Líquido
Ingredientes: Acônito, Mamona, Lírio-do-Vale e Cicuta.
Efeitos: O veneno Zéfiro é um coquetel de substâncias extremamente tóxicas extraídas de flores e purificadas em laboratório. Um composto líquido, inodoro, insípido e de cor anil. Seu efeito é baseado na aconitina, a perigosa substância encontrada no acônito, que age diretamente nos pulmões e coração. Zéfiro diminui a frequência cardíaca da vítima, dificultando o bombeamento do sangue e, por conseguinte, provocando o aumento da pressão no interior dos vasos sanguíneos dos pulmões. Essa condição gera um edema pulmonar, caracterizado pelo acúmulo de líquidos no órgão. A toxina também atinge os alvéolos pulmonares de forma direta, danificando-os ao interferir no metabolismo celular e prejudicando as trocas gasosas entre o ar e o sangue. Com o sistema respiratório comprometido, a vítima sente fortes dores no peito, dificuldade de respiração, enjoo, tosse seguida de secreção e intensa fadiga. O veneno causa a perda de 50% do HP pelos danos aos pulmões.
Hipnos (ヒュプノス, Hyupunosu) — 3/3 usos
Rank: S
Tipo: Líquido.
Ingredientes: Belladona, Mamona, Acônito, Lírio-do-Vale e Cicuta.
Efeitos: Hipnos é um veneno de efeito soporífero produzido por Haru a partir de substâncias tóxicas extraídas de flores venenosas e tratadas em laboratório. O resultado é um composto líquido, insípido e incolor, mas de cheiro suavemente agradável de notas florais. Seu efeito é baseado na substância neurotóxica encontrada na Belladona. Hipnos age diretamente nas células nervosas da vítima, provocando o desaceleramento das sinapses que proporcionam a comunicação entre corpo e cérebro. Essa condição provoca um estado progressivo de dormência, em que a vitima tem dificuldade para se movimentar e adormece aos poucos. No primeiro turno de contato, o veneno causa perda temporária de 5 pontos de Destreza devido à demora do cérebro em receber os estímulos do corpo, pondo a vítima em um estado inebriante; no segundo em diante, a vítima é completamente anestesiada, caindo em um sono profundo.
Nyx (ニュクス, Nyukusu) — 3/3 usos
Rank: S
Tipo: Líquido.
Ingredientes: Acônito, Cicuta, Belladona, Ervilha-do-Rosário e Lírio-do-Vale.
Efeitos: Nyx é um veneno de alta toxicidade produzido por Haru a partir de substâncias tóxicas extraídas de ervas venenosas e tratadas em laboratório. O resultado é um composto líquido, insípido, de cheiro suavemente agradável de notas florais e de tom púrpuro bem escuro. Seu efeito é baseado na substância cardiotóxica convallatoxin, encontrada no Lírio-do-Vale, capaz de intensificar as contrações do coração. Nyx age diretamente no sistema cardíaco de sua vítima, desregulando de modo abrupto o ritmo do bombeamento sanguíneo. As principais artérias e veias ligadas ao coração são as primeiras a serem afetadas pelo fluxo desregulado. O coração para de bombear por alguns milésimos de segundos, acumulando sangue e, em seguida, despeja uma corrente intensa de sangue. As contrações só pioram, danificando severamente o sistema cardíaco da vítima e, por consequência, as demais funções do corpo. Algumas artérias e veias podem ser rompidas. Apesar do que acontece no interior, Nyx é um veneno taciturno, não gerando mais do que o desconforto de palpitações em sua vítima, enquanto ela mal sabe que está morrendo. À vista disso, o veneno causa 90% de dano ao HP da vitima.
Amaterasu
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Re: timeskip — 月光に浴びる, banhada pelo luar - Postado Seg Ago 07, 2023 11:07 am
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Sempre uma delícia ler seus posts.
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