RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Tsukuyomiiiii
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homens das sombras




OS DEDOS DA SOMBRA INTERINA DO FOGO TAMBORILAVAM com impaciência sobre a madeira da grande mesa em sua sala. Havia dois outros seres presentes no local com os rostos cobertos por máscaras de animais, despidos do grande sobretudo negro que adorna os caçadores comuns da Folha e trajados em vestes justas tão escuras quanto a própria treva. Quem olhasse rápido, teria a sensação de ver dois rostos flutuando nos cantos mais escuros do âmbito mal iluminado.

  O velho rangia os dentes tomado pela insatisfação e a sensação de impotência que o consumia, mas havia vivido demais para se deixar tomar por um acesso de raiva qualquer quando algo fugia do planejado. A mão pousou delicadamente sobre o grande pergaminho desenrolado sobre a mesa e o único olho amostra correu mais uma outra vez esquadrinhando cada palavra daquele relatório.

  — Onde está Gato? — ele perguntou, com o tom bastante mais calmo.

  — Achamos melhor não contactá-lo, senhor. Envolvê-los diretamente em assuntos da aldeia representaria uma exposição muito grande. — a resposta de um dos caçadores foi breve, a voz era de um homem. No topo de sua máscara, o kanji escrevia “Dezessete”.

  — Por este motivo, pensamos ser melhor enviar o garoto. — emendou uma voz feminina vinda daquela que tinha a porcelana marcada com “Dezoito”.

  O interino calou-se por um instante e cruzou os dedos a frente dos lábios enrugados; os dois mascarados tinham um ponto bastante forte, embora eu tivesse outros planos para Treze. Estava contrariado e não fazia esforço para esconder. Eu precisava prepará-lo para lidar com Kagushiki o pensamento veio acompanhado de um suspiro pesaroso, seus planos de moldar um forte candidato à Sombra do Fogo pareciam ficar mais distantes de si naquele momento. A primeira aproximação na reunião fora um passo de sucesso, assim ele julgava, e está começando a ficar irritante a dificuldade em mover a próxima peça.

  — Vão. — não disse muito, apenas enrolou o pergaminho de novo e o sacou um papel e uma caneta de tinta. — Aguardem nos portões pela manhã, nada de máscaras e nem números.

  O branco das porcelanas fora engolido pelo breu após a resposta silenciosa em um movimento de anuir dos dois. Os ventos uivavam do lado de fora, soprando toda a quietude para longe conforme a noite avançou. Quando o primeiro raio de sol jorrou sobre a Folha, uma pequena ave negra pousava no parapeito da janela de Treze com um bilhete em seu bico. Cada batida no vidro era forte e insistente, e não pararia até que fosse atendido. “Faça as malas para uma longa viagem e vá para os portões”, as palavras eram bem diretas, ordens que tinham o carimbo do Fogo que as tornariam incontestáveis.

  Repousados sob a sombra de uma grande árvore, estavam uma mulher loira de belas curvas e olhos azuis cristalinos brandos e carregados de uma intensidade que parecia transbordar seu poder e um homem com olhos idênticos, mas com os longos e finos fios de cabelo de azeviche. Os dois vestiam o negro e tinham os braços cruzados a frente do peito. Não havia muito sol para se esconderem, mas quanto mais próximos das trevas, mas à vontade ficariam.

  Agora, não eram Dezessete e Dezoito.
  O homem, Lapis; a mulher, Lazuli.
  Restava apenas aguardar por Treze.



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Tsukuyomiiiii
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虫神様
contos do deus inseto




Se continuar assim, vocês vão morrer — A pétala de serracenia quase murcha fez meu semblante desanimar, mas não deixei de regar o conjunto de tímidas flores que se aconchegaram uma na outra dentro daquele vaso de terra pendurado na viga do alpendre em frente minha casa — Vamos garotas, ânimo.

Cuidar das flores havia se tornado um hobbie muito mais comum do que eu esperava que um dia seria. No verão, as cores cintilantes de vermelho, lilás e branco eram fortes e chamativas, quase lisérgicas, ao ponto em que várias abelhas e outros pequenos insetos vinham até o jardim secreto para aproveitar do alimento e moradia fornecido. No entanto, se o cortante vento frio fazia mal até aos meus lábios ressecados naquele cinza começo de manhã, imagine só para as plantas que se alimentam da escassa luz do sol e florescem junto ao calor. Graças a isso, o bosque dos insetos estava mais quieto que o normal, como se pairasse a mesma sensação de quando todo mundo já foi embora da escola e o eco te lembra que só restou você.

“Até os besouros estão quietos hoje”. Dei de ombros, guardando o regador no canto ao lado da cadeira de balanço. Fiz menção de sentar ali mesmo, mas não tive tempo suficiente: um pássaro negro precipitou o bico contra o vidro da minha janela logo ao pousar no parapeito. Eu sabia o que isso significava. “Logo assim tão cedo?”, perguntei-me ainda que não fosse incomum que chamados como esses aconteçam sem aviso prévio. Então, sem demora, caminhei até o animal para mostrá-lo que não precisava chamar através janela visto que eu já me encontrava do lado de fora, mas não sem antes segurar um punhado de alpiste que eu deixava exposto no alpendre para alimentar os beija-flores que por algum acaso encontrassem aquele jardim.

Obrigado pelo trabalho, garoto — Estendi minha mão e troquei os grãos pela carta, ousando até mesmo acariciá-lo um pouco sobre a cabeça — Beba água também. E não precisa de pressa para ir embora, tem sido um pouco solitário aqui.

Sorri logo após menear a cabeça em reprovação própria quando percebi que esperava uma resposta do mensageiro alado. Mudei minha atenção para as palavras escritas.

Uma longa viagem? — Olhei-o de soslaio enquanto terminava de ler o conteúdo no pergaminho — Você sabe do que se trata, bicuço?

É claro que ele não sabia, tanto que saiu voando sem se despedir ou sequer agradecer. Tendo perdido assim meu breve companheiro de penas, não me restava muito além de preparar a bagagem para que eu partisse o quanto antes assim como me foi pedido.

O dojo que eu havia feito de lar não era um lugar muito grande quando se descarta a área externa arborizada que o rodeava, então os passos na madeira que rangia cruzaram rapidamente o salão. Ali estava guardado tudo que eu precisava - e tudo que eu tinha, se parasse para pensar, desde a fita preta que prenderia meus longos e lisos cabelos azuis até a bolsa ninja que foi abotoada ao redor da cintura sobre o kimono azul e branco. No punho esquerdo, uma faixa de treinamento bege enrolava-se de forma que firmava o pulso para que os intensos treinamentos com a espada não causassem lesões, e a katana acoplada às costas escondeu-se quando me cobri com um manto de viagem puído e surrado. Uma última conferida na mochila operacional e não restava dúvidas de que eu estava pronto.

Busquei o caminho sobre as casas para chegar até o portão principal da folha, tentando manter o trajeto alheio a qualquer atenção dos habitantes do vilarejo. Não obstante, entre o vai e vem despreocupado de comerciantes e civis, gritos e correrias de crianças e movimentar cambaleante de carroças, observei todo o cenário. Um salto rápido me levou até o chão onde esperaria novas informações. Ali, outros ninjas também pareciam aguardar o desígnio de suas missões, alguns de coletes verde oliva e outros apenas portando uma feição irritadiça, mas não me precipitei até nenhum deles: o selo do Fogo na carta era incontestável, e era certo que de uma forma ou de outra as respostas chegariam até mim.



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Tsukuyomiiiii
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Lapis & Lazuli




— ELE CHEGOU, ENFIM. — DISSE LAZULI, se afastando da sombra que a copa da árvore fazia sobre seus corpos.

  Os longos fios de cabelo azuis pareciam dançar suavemente ao ritmo de uma brisa que brincava nos arredores dos portões e a aparência de Treze era bastante conhecida por todos, inclusive por eles. Se o rapaz olhasse em sua direção, veria a bela loira com seus intensos olhos azuis caminhando sem pressa, todas as suas curvas bem delineadas e justas sob as vestes negra adornadas por um semblante quase inexpressivo. Tanto ela como seu irmão carregavam mochilas grandes o suficiente para que conseguissem levar todo o suprimento necessário.

  Lapis, com traços bastante andróginos, era bastante parecido com a mulher, mas tinha os cabelos pretos como ônix; os olhos eram tão parecidos com os da kunoichi que pareciam ter sido feitos em laboratórios. O outro surgiu logo atrás como uma sombra da loira, parando em frente ao escolhido do interino. Ambos o analisaram de cima a baixo antes que o silêncio constrangedor que pairou por alguns instantes fosse quebrado.

  — É um prazer, Treze-san. — a voz dela era doce e macia, um tanto arrastada também como se desejasse flertá-lo.

  — Espero que tenha feito as malas para uma viagem longa. — emendou o rapaz, mais sério, porém sem chegar a ser ríspido. — Me chamo Lapis.

  — E eu sou Lazuli. — a loira cortou, estendendo sua mão direita para um cumprimento e mirando um olhar afiado e sereno buscando os orbes do Deus Inseto.

  Com um meneio, o moreno tomou as rédeas e sugeriu que caminhassem portões afora – não somente o destino era um tanto distante como a missão demandava certa urgência. Acelerou os passos, se lançando aos galhos mais altos e esperou até que os portões não estivessem mais a vista e ninguém mais os pudesse ouvir.

  — Acredito que não tenham lhe falado nada a respeito da tarefa ainda. — Lapis dizia enquanto seus pés firmavam na superfície de madeira para dar outro impulso na direção norte do país.

  — Daremos mais detalhes quando pararmos para descansar. — Lazuli parecia dividir o mesmo cérebro com o irmão, nenhum deles se incomodava em ser interrompido um pelo outro.

  — Mas, em resumo, um dos caçadores da ANBU foi morto e capturado em uma expedição ordenada pelo Rokudaime-sama para investigar atividades suspeitas no País das Cachoeiras.

  — Tememos que segredos da Folha e do País do Fogo sejam revelados por aquele corpo se não o recuperarmos o quanto antes.

  — E o destruirmos.



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虫神様
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Acenei com um balançar rápido de cabeça em resposta ao “oi” dado de longe por um garotinho de cabelos cor de palha que caminhava de mãos dadas com a mãe. “Não é o deus inseto?”, eu podia ouvir seus cochichos. Nos últimos tempos, senti que meu nome estava se tornando recorrente nos lábios dos moradores do vilarejo e arredores, como se fizessem de mim uma espécie de figura cujo a expectativa crescia a cada missão. Não como uma celebridade ou coisa do tipo, era mais sobre… confiança? Alguém que os guardaria em momentos de crise, que se preocuparia e seria capaz de tal feito.

Eles estavam corretos.  


A voz saída das sombras me empertigou, logo tomei uma postura menos relaxada. “Então a missão não é com os Hakai”, concluí ao entender que o timbre não pertencia a nenhum dos integrantes do esquadrão que eu liderava como Capitão, tampouco de alguém do Time 1. Não, estou certo que nenhum dos meus amigos tem aquelas curvas bem desenhadas que se moldavam ao redor do vestido justo. Passo após passo, ela se aproximou de mim com um intenso semblante vazio através dos olhos azuis. Engoli a seco, “Ela é ainda mais bela que Áries”, e não estava sozinha. O garoto que parecia ter as feições esculpidas pelo mesmo artesão da garota surgiu como uma duplicata de suas costas, então se colocaram diante de mim para se apresentar.

O prazer é todo meu, Lazuli — respondi primeiro a loira que me estendia a mão, desacostumado demais à presenças femininas chamativas para conseguir olhá-la nas profundas orbes azuis fixamente. Voltei a atenção logo em seguida para seu aparente irmão de cabelos negros — Dizem que em longas missões cada um carrega o seu conforto — levantei a capa bege e puída deixando a mochila operacional à mostra, embora ela não fosse tão grande ou cheia quanto as deles. Dei de ombros — E eu não preciso de muito conforto.  

Sorri com gentileza. Deuses não se preocupam com efemeridades, afinal. De fato, queria entender mais sobre o trabalho que prestaria nessa viagem, e para isso acompanhei a dupla até os altos galhos já fora dos portões. Seguindo o trajeto a partir dali, me explicaram sobre o conceito básico da missão e que mais informações seriam oferecidas quando parássemos. Eu, teimoso como sou, não esperaria tanto.

Esse caçador… Qual foi a última notícia que tivemos sobre ele? — disse sem diminuir o ritmo do passo — Precisamos de um ponto de busca inicial, estou certo que vocês já sabem qual usaremos… Sabemos onde está o corpo? Além do mais, quem ele foi? Nome, habilidades e quais informações o corpo possui que poderia interessar tanto a algum inimigo.  

Para o bem da verdade, minha inteligência aguçada agora trabalhava para entender muito além das palavras que eles usariam como resposta. Testava os limites do que me seria informado, seriam eles totalmente abertos ou guardariam algum segredo? Gostava de pensar enquanto viajava, então não era incomum que eu seguisse em silêncio durante longos períodos massificando a situação em minha mente.

A pausa para descanso foi feita no Marco do Percurso, uma estalagem que se escondia entre a profunda floresta sempre-ao-norte quase na divisa do outro país. O lugar era ideal pois ficava ainda há alguns quilômetros da próxima pequena aldeia, portanto menos frequentado, podendo nos fornecer a quietude necessária para se seguir em uma viagem onde se queria chamar pouca atenção. Lá, fomos recebidos por um estalajadeiro com cabelos intensamente ruivos que tocava um alaúde sentado em seu balcão de forma despretensiosa. Apresentou-se como Kvothe, e seu ajudante Bast. Não haviam outros clientes.  

Boa noite, senhores — tomei a mesa mais afastada para nós — Pode nos trazer um chá, por gentileza, Bast? E sopa, se tiver. Não se acanhe, senhor anfitrião, uma boa música é sempre bem vinda e vale um bom dinheiro. Continue!

O ambiente musicado nos oferecia mais conforto para uma conversa. Foi bom sentar próximo ao fogo e tirar a mochila das costas, escorando-a na parede ao meu lado. Mexi um pouco os dedos dos pés descalços e relaxei a postura.

Então… Vocês são mesmo irmãos? — agradeci o chá e voltei a atenção para os dois companheiros de viagem — É que eu nunca os vi pelo quartel, sabe? Acho que eu teria me lembrado. Para serem enviados para uma missão tão importante, provavelmente são jounins também... e dos fortes! Eu trabalho com insetos, mas e vocês? — sorri, sem jeito — Ouso dizer que pareciam saber sobre mim. Até me tratou com um título ao me conhecer, Lazuli-chan. Parecia ter intimidade com o meu nome. Sejam sinceros, o que tem ouvido por aí?



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Tsukuyomiiiii
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caçadores




A PRESENÇA DO RAPAZ DE CABELOS DE COBALTO SE EQUIPARAVA a de uma celebridade dentro do vilarejo, quem quer que passasse o cumprimentava e parecia feliz em vê-lo. Crianças o tinham como um bom espelho e pais e mães o viam como um exemplo a ser seguido não só por seus filhos, mas também por eles. O Deus Inseto era um fio de esperança no mar de caos que rondava a Folha silenciosamente, ainda que a paz entre as nações tivesse sido alcançada.

  O trio não se delongou na aldeia e se lançou para a floresta, seguindo viagem rumando para o noroeste, o País das Cachoeiras era o destino. As relvas bloqueavam os fracos feixes de luz que conseguiam romper por entre as nuvens que desenhavam os céus de ardósia, tornando suas sombras ainda mais frias do que costumam ser, pontos de menos luz e calor. Lapis olhou para Treze com seus olhos que pareciam transbordar desinteresse, mas este sentimento estava longe de tocá-lo.

  — Hokage-sama nos pediu que falasse pouco e menos ainda das missões da ANBU, — Treze poderia notar que tanto ele quanto Lazuli estavam com os tons de voz sempre bastante tranquilos. — mas Gebo havia sido enviado para Takigakure no Sato junto a mim e minha irmã.

  — Ele se sacrificou para que pudéssemos fugir com as informações que conseguimos arrancar. — Lazuli completou, naquele estranho hábito que os dois tinham de se completar como se suas mentes fossem interligadas. — E é apenas isso que podemos lhe falar.

  A cada olhar que a loira mirava, o Aburame poderia sentir que era como se ela mergulhasse em sua alma. Aquele par de olhos azuis cristalinos eram plácidos e ao mesmo tempo intensos como o imenso oceano que guarda mistérios que poucos homens foram audazes o suficiente para tentar desvendar, ou loucos a ponto de saber que custaria suas vidas. Um sorriso singelo brincou naqueles lábios rosados.

  — Espero que não fique bravo comigo por isso, Treze-san.

  — Mas poderemos levá-lo até o ponto onde perdemos ele. — completou o gêmeo.

  Chegaram perto do cair da noite no Marco do Percurso, em algum lugar entre a Folha e a Cachoeira. O Deus Inseto era ainda mais famoso lá que em qualquer viela de Konoha e todos à volta o tinham mais como um membro da família que como um herói. O estalajadeiro ruivo não tardou em lhes arrumar uma boa mesa, providenciar bons quartos, pedir que Bast levasse o melhor de tudo que Treze pudesse pedir e tocar para que animasse um pouco a noite dos viajantes.

  Os irmãos subiram até seus quartos antes para despachar seus pertences, tomados por uma confiança de que mal algum iria acontecer às mochilas – ou, quiçá, ligando pouco para o caso de serem roubadas. O rapaz bebericou seu chá e inalou calma e profundamente o vapor da bebida.

  — Eu sou dois minutos mais velho que ela. — respondeu à pergunta do parceiro com uma informação pouco relevante.

  — Um minuto e meio. — Lapis o corrigiu.

  — Tanto faz.

  O Aburame disparava mais perguntas, arrancando um riso fácil da caçadora.

  — Você nunca nos viu porque usamos máscaras o tempo inteiro, bobinho.

  — Hokage-sama achou melhor virmos sem as máscaras, porém; disse seria um disfarce melhor. E concordo com ele.

  — Eu e meu irmão fomos convocados para ANBU muito cedo, não temos habilidades chamativas além de conseguir esconder nosso chakra. — ela mirou outro olhar carregado de sua energia, mergulhando nos olhos do Deus Inseto. Desta vez, estavam um tanto afiados. — Sabemos mais sobre você do que imagina. — enfim, um raríssimo tom sério.

  — Acho melhor irmos dormir o quanto antes, ainda temos uma longa viagem.

  Lapis interveio antes que o Aburame pudesse fazer mais perguntas, ele e a gêmea então se levantando após deixarem os copos vazios. Ela acenou para o rapaz com suaves movimentos dos dedos delicados da mão direita e o outro apenas o cumprimentou com um rápido tombar da cabeça. Os caçadores misteriosos desapareceram na escuridão do topo das escadas, seguindo a passos calmos para os leitos. A noite fria soprava do lado de fora e Treze estava a sós com seus pensamentos agora que a música de Kvothe havia parado.

  Ele não poderia saber, mas sua paz estava com cada segundo contado.
  — Sujeitos estranhos estes que você trouxe. — o estalajadeiro comentou enquanto limpava a mesa.



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虫神様
contos do deus inseto




Em posição de Lótus, retesei a coluna para só então sorver mais uma vez o chá entre os lábios. Sentava-me de frente para Lazuli que parecia nem se incomodar com o não tão confortável assento de almofada e sem encosto posto no chão de forma que rodeava a mesa, assim como Lapis, seu irmão, sempre impassível.

Minha respiração lenta e olhos concentrados poderiam me proporcionar um ar sério e analítico enquanto ouvia as respostas, e vez ou outra deixava um sorriso escapar diante de alguma brincadeira que a garota loira fizesse, embalados pela doce canção que ainda soava: tinha a sensação de ser puxado para a profundidade daqueles olhos tão azuis que pareciam ter roubado a cor do céu refletido na água do lago em dias de verão. Sim, atraído como um mosquito que se encanta pela lamparina incandescente.

— Ah, o notável esquadrão assassino
— deixei meu timbre soar divertido quando citaram suas máscaras e a impossibilidade de me explicarem mais —, tão misteriosos quanto o próprio diabo.  

O mais velho soava respeitoso e quase apaixonado quando se referia ao Hokage - recurso que buscava sempre que possível, demonstrando sua total devoção. A garota deveria ser igual, embora agisse de forma menos robótica que o irmão. Gebo pode ter sido um grande devoto de Danzou, já que se sacrificou para que as informações adquiridas pudessem ser repassadas. Ou, quem sabe, era apenas um bom ninja.

A fala séria de Lazuli me deixou empertigado.

Parece que muita gente sabe — Dei um sorriso amarelo. Era uma condição recente, me refiro a isso de ser reconhecido por aí, mas algo nela soava mais profundo. A estranheza no ar foi cortada pela fala sincronizada de Lapis após a gêmea, então concordei com o chamado para descanso da comitiva —, tenham uma boa noite. Também preciso de um bom sono.

Fiquei um pouco mais e os vi subindo as escadas em direção ao corredor dos aposentos. O Marco do Percurso tremulava com a dança do fogo nas velas, e com os cabelos tão vermelhos quanto aquele mesmo fogo, Kvothe, que limpava a mesa, me lembrou do quanto deveríamos parecer um grupo estranho.

São boa gente, Kvothe — que assassino frio não seria? Dei de ombros, como se não importasse. Do bolso, tirei algumas moedas e as arrastei pela mesa em direção ao estalajadeiro — Isso é pela música — então, com um olhar afiado, arrastei mais algum dinheiro pela madeira antes de perguntar: — Pode me emprestar esse seu pano?

Ele arqueou as sobrancelhas, mas me ofereceu o pedaço de tecido branco e limpo que carregava no ombro. O rasguei em três, como num ritual, impondo minha mão sobre as três partes separadamente e marcando-as com o selo hiraishin, que após alguns segundos desapareceu das vistas. Olhei outra vez para o ruivo e sorri educadamente frente ao seu semblante curioso.

Dos seus pequenos pães doce recheados com mel, eu quero três — entreguei-lhe os panos marcados — embrulhe um em cada pano e nos entregue quando estivermos partindo, exatamente um para cada. Faça os pães em seu tamanho mínimo, de forma que possa caber no bolso. Anotou tudo?

Dessa vez, eu quem deixava o salão do Marco do Percurso. Não havia mais música, clientes, a luz bruxuleante do fogo e até mesmo o estalajadeiro, restando apenas o silêncio solitário no cômodo vazio. No quarto, no entanto, eu ainda não podia me dar ao luxo de dormir. Afinal, se eles sabem tanto sobre mim - como Lazuli gostou de afirmar -, talvez não fosse de todo mal tentar entender algo sobre eles. Me vi então sentado na cama e me atentando a presença de algum mosquito desavisado que eventualmente estava próximo.  Teci alguns selos, com a finalidade de me conectar como um warg ao inseto e finalmente ver com seus olhos e ouvir com seus… pêlos. Uma vez feito isso, seguiria em direção ao quarto da dupla.

O pequeno espião passaria por debaixo das portas caminhando, infiltrando-se sorrateiramente por frestas e mantendo-se sempre coberto pelas sombras dos móveis enquanto estivesse no cômodo. Tinha a intenção de descobrir algo que pudesse ser útil para mim naquele momento, afinal, como havia aprendido, não gostava de ser o mais desinformado sentado à mesa. Ouviria com atenção e tentaria observar os irmãos, e tendo conseguido ou não, desconectaria a técnica após algum tempo e dormiria no tempo que me sobrava.

Seja como for, estaria pronto para a partida junto com o despertar da comitiva. Aceitaria de bom grado o seu pão-de-mel oferecido por Kvothe e guardaria-o no bolso, com um sorriso tranquilo e disposto a seguir os gêmeos até o ponto marcado para que a missão continuasse, aconselhando que não nos aproximássemos demais sem um plano antes, mas pra isso precisaria ver o local. Usaria sempre um capuz cobrindo os cabelos de cobalto e, se necessário, colocaria a máscara de pano preto que tampava apenas a boca e podia ser puxada de um tecido amarrado no pescoço.  



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segredos




O QUARTO ESCURO TINHA AS VENEZIANAS FECHADAS E NEM MESMO os raios de prata da lua eram bem vindos. Uma única chama bruxuleante suspensa por uma arandela presa a parede atrás das cabeceiras dos gêmeos iluminava fracamente parte do ambiente. Aqueles dois pares de olhos azuis tão inexpressivos que por vezes pareciam sem vida perdiam-se nas sombras projetadas no teto, dando pouca ou nenhuma importância aos entornos.

  — Voltaremos onde perdemos Dezesseis muito antes do que eu esperava.

  O rapaz rompeu o silêncio que perdurava por quase uma hora. Seu timbre, diferente de antes, era como se as palavras lhe escapassem os lábios com alguma dificuldade, quase dava para dizer que havia um nó em sua garganta e um pesar na fala. Os olhos correram na direção da loira antes dele virar o corpo sob as cobertas, voltando-se para ela, que ainda estava mais interessada na silhueta dançante do fogo.

  — Eu sei disso. — ela era mais fria e limitava-se em responder brevemente. — E não chame Gebo desta forma, — foi a vez de Lazuli virar-se na direção do gêmeo e fitá-lo com aqueles grandes olhos de gelo. — as paredes tem ouvidos.

  — Certo. — ele aceitou a reprimenda, embora ainda parecesse perturbado.

  —O segredo do Fogo está acima de nossas vidas, irmão. — a loira virou-se sob sua coberta, oferecendo a visão de suas costas. — Nunca esqueça disso.

  Lapis apagou a chama antes de se recolher também. O breu e o silêncio tomaram aquele quarto da estalagem até que alguns tímidos raios invadiram por entre as frestas da janela. Não perderiam muito tempo com uma futilidade como dormir mais do que o necessário, estariam prontos alguns minutos antes mesmo de Treze. Quebraram o jejum com café quente e sem adoçar, junto com alguns pães frescos que o estalajadeiro ruivo preparou para todos.

  A manhã estava mais silenciosa, Lapis parecia um tanto soturno enquanto Lazuli estava como na noite anterior: bela e serena. Pouco antes de deixarem o Marco do Percurso, aceitaram algo embrulhado que viram o jōnin receber das mãos de Kvothe.

  — Cortesia da casa. — disse o homem, com seu alaúde preso às costas e piscando um dos olhos na direção de Treze. — Passem aqui na volta para casa, irei providenciar cerveja gelada e carne fresca.

  As palavras arrancaram um sorriso doce da caçadora, enquanto não mais que um tombar de cabeça fora a resposta de seu irmão mais velho. Os passos silenciosos de Lapis o fizeram tomar a dianteira outra vez, seguido de perto por Lazuli e Treze na direção noroeste. O verde os cercaria até cruzar a fronteira e o sol já haveria se posto quando estivessem no País das Cachoeiras.

  O rapaz não parecia disposto a fazer pausas, mas o ritmo com o qual ele propunha seguir era alucinante, impressionando mesmo o Deus Inseto com o ímpeto e fôlego para alcançar o ponto onde perderam Gebo. Corujas e lobos entoavam suas canções e o trio da Folha já poderia sentir uma miríade de olhos postos sobre si, mesmo antes de ultrapassar a divisa entre as nações. As copas das árvores farfalhavam, mas nenhum deles saberia dizer se estavam sendo acompanhados. Teria o inimigo antecipado cada um dos passos dos Filhos do Fogo? Ou não passaria de uma paranoia?

  Lapis sequer notaria, o olhar do rapaz parecia enxergar apenas o que estava a frente enquanto seus pés o empurravam. Lazuli estaria ficando um tanto incomodada, mas em seu semblante não transpareceria mais do que aquela calma perturbadora.

  Mas e quanto ao Deus Inseto?
  Estaria o inimigo brincando com ele?
  Ou o cansaço lhe estaria custando a sanidade?



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contos do deus inseto




Abri os olhos, me adaptando novamente à sensação de ver através deles e não mais do inseto que se infiltrou no quarto dos irmãos de forma sorrateira, fornecendo o seu corpo para que eu pudesse passear sem ser percebido como não mais que outro inseto debaixo de uma cômoda.

Agora, solitário em meu quarto, sentia o coração levemente acelerado diante do que ouvi: Dezesseis? Não pude deixar de associá-lo ao laboratório em que fui mantido preso durante toda primeira infância. Seria ele um paciente do projeto? Ou uma coincidência? E, de qualquer forma, se meu desejo era descobrir se eles estavam guardando algum segredo, a literal citação ao “Segredo do Fogo” me soa como um dos grandes.

No outro dia pela manhã, não me importei em trocar muitas palavras com a equipe e a intenção era mútua. Lapis seguiu na frente, mais focado do que o normal e puxando um ritmo acelerado e cansativo até o cair da noite. Estávamos próximos da fronteira e mesmo antes de cruzá-la, cada vez mais uma sensação estranha me ocorria. Seja por intuição ou experiência ninja, sentia que estávamos sendo observados. O desconforto pareceu tocar a loira também. Com Lazuli ao meu lado, em dado momento, quebrei o silêncio da viagem.

Como foi que vocês perderam Gebo? — falei de repente, sem tirar os olhos do caminho entre as árvores. Deixava explícito que queria saber se haviam sido atacados — Acho que estamos sendo observados. Você também sentiu? — dei um sorriso confiante — Vamos seguir em frente para além da fronteira. Se eles forem corajosos o suficiente, podemos até conseguir uma boa luta. Ei, Lapis, espero que esteja em forma.

Tomei a dianteira do séquito após um impulso, aumentando ainda mais a velocidade. Era difícil me livrar do ímpeto excessivamente confiante e da teimosia em meu cerne - sem falar da possibilidade de sermos atacados. Só de me imaginar em combate, uma estranha euforia tomava meu peito. Sendo assim, finalmente entramos em terras estrangeiras e com o direcionamento de Lapis nós nos aproximamos do lugar onde o famigerado Gebo havia desaparecido.

Aqui é onde vocês precisam me inteirar da situação, ou não vou saber o que buscar — falei com sinceridade — O que estamos enfrentando?

Não poderia apenas pegar uma lupa e sair chutando as folhas em busca de um corpo cujo qual eu nada sei. Eles precisariam ser mais claros quanto ao ocorrido para que a missão obtivesse sucesso. No entanto, não me basearia apenas nas respostas deles.

Obviamente, como um bom Deus, invocaria meus súditos da região para que eles pudessem me trazer algum tipo de informação sobre o que havia acontecido ali recentemente e quem sabe descobrir mais do que os gêmeos estavam querendo me revelar. Se não pela boca deles, saberia através dos pequenos seres que são os olhos da floresta. Então, espalmei a mão sobre o chão e uma teia de chakra se estendeu como veios azulados pelo chão, formando uma teia que atrairia meus companheiros. Uma vez que tivessem se reunido ao meu redor, estaria disposto a ouvi-los e entender o que se passava.  



HP:500/500, CH:495/500,
Sta:3/8, San: 270/270,



Considerações:
técnicas & cálculos:
Bolsa de Armas:
Selo Hiraishin:


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Esta narração irá continuar neste tópico.
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o fim (?)




O SILÊNCIO TOMOU A EQUIPE DA FOLHA NO CAMINHO ATÉ O MARCO DO PERCURSO. Os gêmeos se uniram para carregar o corpo de Gebo, lhes faltando coragem para destruí-lo como mandava o juramento dos caçadores. Havia entre eles uma ligação muito mais forte que meramente o fato de compartilharem máscaras de porcelana, missões obscuras e corações mergulhados nas trevas. Os olhos cristalinos, pela primeira vez, pareciam em paz ainda que fossem quase inexpressivos.

  Nem Lapis e tampouco Lazuli pareciam ter pressa em regressar para a Folha. A luz da alvorada irrompeu quando estavam distantes o suficiente da Cachoeira. Salvos pela técnica fantástica do Deus Inseto, a explosão alcançou seus ouvidos somente quando já estavam na estalagem próxima a entrada e seus vultos passaram despercebidos, todas as atenções se voltavam para o coração da aldeia. Com o cadáver de Dezesseis enrolado por uma grossa manta negra, se hospedaram no País do Fogo onde poderiam ter algum sossego após horas e mais horas de deslocamento.

  Os irmãos tomavam um copo cheio de chá quente para aquecer o corpo após uma viagem longa e ainda mais exaustiva por carregarem o falecido amigo. O frio parecia chicoteá-los ainda mais forte quando corriam Cachoeira afora e mesmo nas condições a que foram submetidos, tanto Lapis quanto Lazuli sentiam como se tivessem tirado um peso de suas costas.

  Eles sopravam calmamente o líquido que fazia o ar sobre a caneca tornar-se vapor tamanho era o contraste da noite fria com o calor da bebida. Os olhos de Lazuli buscaram os de Treze por um segundo antes de virar o primeiro gole, tomando cuidado para não queimar a língua, mas apreciando a sensação da alta temperatura lhe esquentando o peito.

  — Sei que tem muitas perguntas a fazer, mas como já te contamos, não podemos falar tanto. — a voz era plácida como Treze bem poderia se lembrar, ainda que as últimas horas tenham sido mudas.

  — Meu verdadeiro nome é Dezessete, minha irmã se chama Dezoito e Gebo na verdade se chamava Dezesseis. E isso é tudo que conseguimos lhe dizer.

  E o silêncio tomaria o trio outra vez até que seus pés pisassem na Folha outra vez. Ninguém esperava por eles, estava escuro no ápice da madrugada gelada quando cruzaram os portões. Os gêmeos se despediram de forma singela, mas não deixando de ser gratos.

  — Certamente nos veremos outra vez. — Dezessete tinha aquela expressão branda em seu olhar que não mostrava antes. — Jamais iremos esquecer.

  — Obrigado.

  Os irmãos agradeceram em uníssono antes de partirem para dar ao caçador que foram resgatar um enterro digno. Para Treze, ficavam as tantas perguntas e a incumbência de entregar o relatório no gabinete.

  As respostas jaziam na Sombra;
  Que guarda o Segredo do Fogo.



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A ponta da caneta deslizou sobre a folha branca e riscou com tinta preta algumas palavras de êxito e sucesso. A iluminação do ambiente era sustentada apenas por uma lâmpada amarela que não servia de muito, focada unicamente na mesa de centro, o único móvel ali, por não alcançar os cantos da sala que permaneciam mergulhados nas sombras. Seria o suficiente, afinal não tinha muito o que dizer: com a destruição do laboratório, a Cachoeira oculta na cachoeira dava um passo para trás. O corpo de Gebo foi recuperado e a dupla anbu que me acompanhou foi efetiva em seus desígnios de missão. Simples.

Mas haviam coisas que não cabiam em relatórios.

“Eu nunca esqueço das minhas promessas”, lembro-me de ter sido a última coisa que disse para Lazuli ao me despedir. O selo nas línguas dos gêmeos não permitiria que eles me dissessem mais do que o que já havia sido dito, ainda que seus nomes contassem muito sobre quem eram e faziam-me pensar até que, de alguma forma, fizemos parte do mesmo tipo de experimento da Igreja. Seria possível?

Suspirei, consternado. Também não é cabível em relatórios incluir qualquer informação sobre os inimigos que matei. Não sabia seus nomes, sobre seus anseios e seus amores, mas tudo isso deixou de importar quando a chama da vida foi-lhes arrancada pela ponta da minha espada. Por isso era melhor esquecê-los.

Ao fim, dobrei o papel no meio e o segurei entre os dedos antes de sair da pequena sala escura e solitária para entregá-lo ao responsável. O ato seria o último antes que eu pudesse considerar toda a missão devidamente cumprida, finalmente livre para seguir até minha casa e descansar as costas no colchão que me esperava após um banho. Com o tempo, a estrada te deixa entorpecido, mas ainda era possível encontrar motivos para seguir em frente. Veja bem, hoje, salvei amigos da morte certa, resgatei o corpo de alguém especial para eles, explodi um laboratório macabro e matei primeiro aqueles que quiseram me matar. Era tudo questão de perspectiva, certo? Pois olhando pela minha ótica, tudo que sei é que o Deus Inseto mais uma vez conseguiu ser brilhante.



HP:500/500, CH:500/500,  
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Considerações:
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@missão concluída!

Recompensas:

• 240 de exp; e
• 60 YP pelas missões + 30 YP por salvar os parceiros da morte + 15 YP por derrotar inimigos da Konoha.
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