RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Haru
Kirigakure Jōnin
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Timeskip — Você é a arma BmxUn0z

あなたは武器
Anata wa buki

você é a arma



NAS PROFUNDAS NOITES QUE sucederam a Tragédia da Nuvem, um evento natural surgia como mau agouro para todas as Cinco Grandes: a Lua Sangrenta, o luar tingido de vermelho que banhava as nações com seu brilho incandescente levando angustia; ele não aquecia, esfriava.

   Os olhos de ametista estavam lançados à janela do laboratório. Haru observava, através do vidro meio embaçado pela névoa, o astro que se ostentava corrompido logo no crepúsculo da noite. Nunca pensou que sentiria saudade da palidez da lua; não por não admirá-la, pois o fazia, mas sim por jamais imaginar que tal astro seria alcançado pelo caos do mundo humano.

   — Ainda buscando um jeito de explicar esse fenômeno, Haru-chan? — Uma voz feminina se ergueu pelas costas, posterior ao rodar da maçaneta e ao abrir da porta.

   Haru sequer precisou recorrer à sua faculdade sensorial para saber quem era. O aroma doce de flores chegava antes de qualquer coisa: a denúncia de aproximação daqueles cabelos rosados. Sem falar na voz melódica, o timbre único.

   — Sayuri-sensei — disse ela, mantendo-se detida frente à janela. — Sim. Mas, por enquanto, é apenas um desejo. Preciso de mais observação, informação, testes e...

   — Uma análise completa — cortou Sayuri. — O método científico que lhe ensinei. Fico feliz em vê-la o aplicando com tanto cuidado em suas pesquisas.

   Um sorriso tímido roçou nos lábios da Watanabi. Finalmente, virou-se para sua mestra. Vislumbrou o olhar majestoso da senhorita Abe, os cabelos cor-de-rosa, o aroma floral que exalava de cada fio, o jaleco que envergava sempre impecável, e o semblante de quem confia na própria inteligência: tudo nela era fascinante.

   Sayuri sorriu de volta, e disse:

   — Warui-sama fez uma sábia escolha ao nomeá-la Cientista Chefe. Além, é claro, de Assistente do Mizukage.

   Por um instante, um instante muito breve, a face porcelânica de Haru cedeu às emoções que aquela frase despertava. Lembrou-se de quando Warui a reconheceu como a cientista certa para encabeçar o cargo, confiando nela para enfrentar o negacionismo da Névoa Sangrenta que, no território da Água, continuava assombrando os avanços tecnológicos.

   As bochechas enrubesceram, um doce sorriso brincou em seus lábios e os olhos violeta miraram o nada. Foi rápido, mas não o suficiente para que passasse despercebido pela esperta senhorita Abe.

   — Deveria sorrir mais, Haru-chan — disse Sayuri.

   A fala surpreendeu Haru que, a princípio, ficou sem reação. Veio como um flash à sua memória o primeiro encontro que teve com Ashtar — um momento que aconteceu ali mesmo, em sua sala no laboratório. "Violeta-san, você deveria sorrir mais", a voz da caçadora ecoou em sua mente.

   A Watanabi meneou a cabeça sutilmente. Desde que havia estreitado os laços com Warui, principalmente na incursão do País do Raio, suas emoções estavam mais difíceis de serem contidas. Não era como antes, quando seu eu interno era vazio e sua voz racional expurgava qualquer sentimento.

   — Não é a primeira vez que alguém me diz isso — respondeu Haru, a entonação expressava um pouco de confusão.

   — Acredito que sim — concordou Sayuri. — Quem é que tenha dito isso está mais do que certo.

   Haru captou a conotação de conselho na fala de sua mestra.

   — Há muitos problemas lá fora para que eu tente começar a entender minhas emoções agora. — Haru meneou a cabeça novamente, só que com mais firmeza e voltou-se para a janela, encarando a lua de sangue.

   — Mudar a si mesmo também significa mudar a maneira como vemos e percebemos o mundo, como ele é capaz de nos atingir — rebateu Sayuri, com sua voz de timbre convicto. — Uma lagarta não enxerga o que uma borboleta é capaz de enxergar voando, e esse é o auge dela. Seu casulo está eclodindo. Pense bem, Haru-chan.

   Haru escutou os passos suaves da senhorita Abe se distanciando. Novamente, a maçaneta girou e a porta bateu. Apesar do aroma doce continuar pairando no ar da sala, a garota se percebeu sozinha.

   A última coisa que me veio a mente quando estive no território da Nuvem, refletiu imersa em seus pensamentos, foi que estava na hora de sair do casulo. Sayuri e Ashtar têm razão. Eu só não sei a melhor hora de trabalhar isso em mim, eu...

   Foi então que a jovem Watanabi enxergou, dentro de si, o que a voz racional gritava para esconder: o medo do desconhecido, o medo que faz parte da falha humana e para onde ela expurgava suas emoções.

   É isso! É isso que meus pais queriam de mim! Alguém sem falhas: a arma perfeita para cumprir seus objetivos perversos.

   Veio à tona a compreensão do propósito terrível que os senhores Watanabi, Hotarubi e Bison, tinham para sua filha. Haru sempre soube mas isso nunca a atingiu — não poderia atingi-la, na verdade. Hotarubi trabalhou tão bem na mente da garota que não havia margem para questionamentos. Talvez essa compreensão tenha sido a primeira coisa a ser expurgada, afastada do consciente e vetada do subconsciente.

   E agora isso se revelava como a primeira coisa que a luz de seus pensamentos conscientes tocava, desbravando as trevas mais profundas de sua psique.

   O silvo característico de uma cobra ecoou no ambiente.

   O barulho repentino rompeu o silêncio e o transe de Haru, puxando-a de volta para a realidade. Ela respirou fundo, e percebeu que havia esquecido do entorno, de onde estava, que o hiperfoco da própria mente a havia colocado numa situação de vulnerabilidade. Por fim, concentrou-se no silvo, era de um timbre familiar.

   — Já voltou, Shiro? — Haru se virou para sua mesa, observando a serpente albina se esgueirando pelos papéis e se apresentando para ela. — Por onde andou, mocinha?

   Um novo silvo se fez ouvir. Então escamas cor de grafite apareceram, uma cobra maior que Shiro e de aspecto mais velho, também subindo à mesa e se apresentando.

   — Mori — disse Haru, reconhecendo a serpente da velha Chiyoko —, o que faz aqui? Shiro foi te encontrar?

   As duas víboras, lado a lado sobre a mesa, ergueram as cabeças em sincronia. Elas começaram a silvar num ritmo cada vez mais próximo, como se o silvo de ambas fosse se encaixar a qualquer momento. E Haru reconheceu a mensagem velada que havia naquela ação: a cerimônia das cobras.

   Sem qualquer indício que a Watanabi fosse capaz de fisgar, mais cobras surgiram na sala. Saíram de debaixo dos móveis, suas escamas eram tão escuras que as silhuetas se confundiam facilmente com vultos. Pouco a pouco, criaram um círculo vivo em volta de Haru e não pararam de rastejar, dando voltas e voltas, girando em torno da garota.

   Estão me convocando, compreendeu Haru. Querem me levar para lá: o lendário Terreno do Dragão.

   O silvo de Shiro e Mori, a serpente branca e a cinzenta, entraram em uníssono com o das demais cobras negras que formavam o círculo. E a cerimônia se completou.








DEPOIS DE UM CLARÃO, Haru se viu no escuro, sem ser capaz de enxergar um palmo à frente.

   Ela inspirou fundo, exalando calmamente. Assumiu o controle da respiração, entendendo que deveria estimular a calma para que a insegurança não afetasse sua capacidade de discernimento.

   A mente humana é falha por natureza, disse no alto de seus pensamentos, como um mantra que deveria ser consolidado. Devo reprimir as atuações mais primitivas do meu ser e me deter ao que posso compreender de verdade, só assim poderei analisar o estado das coisas.

   Um foco de luz então se acendeu ao longe.

   Tratava-se de uma esfera luminosa que custava a clarear o ambiente; fraca demais, sem força para afastar as sombras. Haru a vislumbrou e concentrou sua atenção nela. Segundos se passaram e, como num passe de mágica, o ambiente começou a clarear.

   Permaneceu um pouco esmaecido, porém.

   Haru se percebeu pela segunda vez naquele território rígido. A julgar pelas paredes ligeiramente abobadadas de pedra, cheias de túneis, e pelo teto de pé direito descomunal, não só fora invocada para o Território do Dragão, como já estava dentro da caverna lendária. Parada ali, no centro do salão redondo: a zona principal do ninho de todas as serpentes míticas, para onde convergiam todos os túneis.

   Correram pelo ambiente, os orbes violeta.

   Metros à frente, deparou-se com o que provavelmente era o coração da caverna: um trono gigantesco de pedra, cujo encosto era coroado pela cabeça de um dragão lapidada na rocha. Assentado sobre ele, assumindo o posto régio, estava a cobra titânica de escamas albinas e olhos cor de âmbar, a Cobra Eremita, vestida com um turbante alaranjado. Ela encarava Haru com seu olhar de tensão obstinada, de quem detém alguns segredos do universo.

   A víbora era tão grande... Haru estimou que ela fosse milhares de vezes o tamanho de um ser humano.

   A luz fraca e a neblina que banhava o lugar dava à cena um quê de irrealidade. E a visão que Haru tinha da cobra gigante no trono de pedra era como um quadro vivo, ao qual se somava a dimensão formada pelo cheiro acre, o ar viciado, os sussurros das milhares de outras víboras que se abrigavam por ali e o arrastar de seus corpos lânguidos.

   Fui trazida aqui por ela, pela lendária Cobra Branca? questionou-se Haru.

   Olhou para baixo e avistou Shiro perto de seus pés, e bem ao lado estava Mori. Quando voltou a olhar para cima, para a grande cobra, todos os silvos cessaram de súbito, inclusive o de Shiro.

   Uma voz de timbre maduro e reflexão etérea ribombou pelos quatro cantos da caverna, ela disse:

   — Watanabi Haru, conhecida pelo seu povo como Viperina Ametista, eu a trouxe aqui para testá-la.

   A filha da Névoa arregalou os olhos, não sendo capaz de comprimir aquele ato. Ela já havia ouvido falar no teste da Eremita: o ritual de energia natural que se pretendia provar a aceitação do ser testado no ciclo mais profundo das cobras. E Haru também sabia que o pagamento da falha era a vida.

   De novo, Haru inspirou e exalou com calma.

   — Hakuja-sama — disse ela, ponderando a voz para dar o devido respeito ao ser lendário —, quando realizei o pacto de sangue, não me coloquei à provação. Meu comprometimento com vossa espécie é o da base.

   Como resposta, a garota escutou a risada da Eremita que era forte que nem uma chuva de trovões. Depois de rir, ajeitou-se no trono. Enquanto que Haru, sob a tensão em que era colocada, sustentou o silêncio.

   — Eu sei dos acordos de cada contratante — continuou a grande cobra. — O que quero, em verdade, é lhe fazer uma proposta. Mas, antes, conheça Beladona.

   De um dos túneis próximo ao trono, um vulto pálido rastejou. Outra víbora de escamas brancas surgia. Seu comprimento era menor do que o da Eremita, mas ainda era imensa se comparada à escala humana. E havia algo de belo nos seus traços, uma beleza majestosa exalava dos olhos — duas pedras polidas de um vermelho pulsante —, e as escamas que refletiam um brilho nacarado especial. E no centro da cabeça, onde seria a testa, havia algo ainda mais especial: um terceiro olho.

   Fascinada, Haru a estudou. Observou o capelo, e a categorizou como elapidae; as presas inoculadoras, e a categorizou como venenosa. Era uma naja.

   — Viperina Ametista — a voz da naja ressoou pelo ambiente feito música —, soube dos seus estudos. Shiro me contou dos seus anseios. Você modificou seu corpo para atingir a evolução de sua espécie.

   Haru custou a responder. O silêncio durou mais do que o pretendido. Quando tentou falar, as palavras morreram nos lábios entreabertos. Parecia enfeitiçada.

   A Cobra Eremita observava as duas lá do alto de seu trono, de cima para baixo, mas bastante intrigada. Enquanto que Beladona resolveu prosseguir:

   — Você despertou minha atenção. — O eco de sua voz era místico e suntuoso. — Tenho buscado, há muito tempo, alguém que pudesse realizar o ritual do meu último invocador, desde que ele partira deste plano.

   Ritual? É como uma experiência, devaneou Haru, buscando a melhor interpretação para o que Beladona dizia. E reuniu forças para falar:

   — Para quê?

   — Para prepará-la para o que está adiante — respondeu Beladona, de imediato. — Transformá-la no receptáculo de veneno perfeito, numa máquina capaz de computar e desassociar qualquer toxina. Esse ritual, minha querida, é para que você se torne muito, muito útil para nós, em especial para mim.

   Haru estreitou o olhar. — No que consiste esse ritual?

   — Eu irei injetar, dia após dia, semana após semana, mês após mês, estação após estação, a dose de uma toxina diferente em você por um ano completo. Se estiver viva até lá, quer dizer que seu corpo evoluiu, e que poderemos pensar em dar o próximo passo.

   Beladona usa as palavras com sagacidade, analisou Haru. É verdade o que ela diz. Ela me estudou. E provavelmente sabe que estou a estudando também. Bom, não posso negar que esse experimento se encaixa perfeitamente com as minhas linhas de pesquisa.

   — O que me diz, minha querida? — prosseguiu a naja.

   — Eu...

   Haru piscou durante seu ponderamento. E, durante esse piscar, foi interrompida numa velocidade abrupta. Tudo perdeu a cor, entrou naquele breu inicial, e voltou à luz no mesmo lapso de tempo. Quando deu por si, Beladona estava ao sua redor, com uma das presas tocando seu pescoço.

   Foi apenas um toque, e todo o corpo de Haru estremeceu, ardendo de dentro para fora, fazendo-a cair de joelhos.

   — O ritual começa agora — disparou a naja, sibilando fortemente. — A começar com o meu veneno!

   Ela me condicionou a um momento de distração, pensou Haru, já perdendo a força nos joelhos e cedendo, caindo de vez no chão.

   — Sh-shiro... — balbuciou. Seus últimos flashes de visão foram de sua companheira albina se aproximando.

   E a voz de Beladona foi a última coisa que escutou: — Concentre-se, Viperina Ametista. Confio que em breve você se tornará a arma que há muito não vejo.








LEVOU AS MÃOS ÀS maçãs do rosto, dando início à respiração controlada que serenava as emoções e clareava a mente. Deitada no chão, contraindo o corpo como reflexo da ardência que sentia, Haru buscou no pouco de autocontrole que lhe restava para banhar o corpo com energia espiritual.

   Irrigou cada músculo, cada fibra, cada célula com chakra.

   Recorreu à consciência a nível molecular, proporcionada pela última modificação corporal que realizara, para expandir a atuação da mente, tentando desprendê-la das amarras da dor, desviando o foco. Seu objetivo era, primeiro, localizar a substância que fora injetada. Sua visão era voltada para dentro de si, para dentro de seu sangue: a passagem que leva o veneno a seu destino.

   E Haru a encontrou, estava numa veia próxima ao coração.

   Eu preciso neutralizá-la. Devo interromper meu fluxo sanguíneo para isso.

   Assim o fez: forçou uma mudança repentina do próprio metabolismo, alterando o fluxo de sangue. O que era veia, agora recebia a função temporária de artéria, distanciando o veneno dali e ganhando tempo até que ele voltasse.

   Posso tentar expelir a toxina. Mas... se eu o fizer, perderei a oportunidade de progredir com o experimento... Então, eu...

   Devo alterá-la, anular a ação da droga e torná-la inofensiva.

   Aos poucos a consciência de Haru entendia o que deveria fazer. Mas o veneno dificultava o foco. E foi então que aconteceu: ela encontrou, na voz da razão interior, uma aliada para confrontar o objetivo maior: a droga que colocava em risco a sua vida e que, ao mesmo tempo, abria a porta da evolução de sua anatomia. Só assim conseguiu o foco absoluto que lhe era necessário.

   Estava ali, a lucidez aguçada, o influxo de dados, a precisão gélida da Redesignação Corporal.

   Concentrou-se na extensão celular do próprio sangue. Se o veneno está em mim, quer dizer que ele também pode ser analisado. Então se deparou com a substância, encontrando a si mesma na composição orgânica do veneno, no seu mais profundo aspecto: uma cadeia de células.

   Enxergando a substância como uma série de partículas dançantes, Haru reconheceu as estruturas e ligações atômicas: os carbonos, as proteínas, a forma helicoidal, as formações derivadas...

   Com o toque sutil e agudo de seu chakra, encostou no veneno, deslocando um cisco de oxigênio, refazendo uma fração daquela liga celular.

   De súbito, Haru voltou à consciência real de si.








A MENINA ARREGALOU OS olhos, reavendo a visão, e respirando com força, buscando fôlego para preencher os pulmões enquanto arfava freneticamente. Ainda debilitada, não conseguiu mais do que se sustentar por meio dos cotovelos, recebendo o alento gélido das escamas albinas de Shiro, que se aproximava e sibilava com preocupação.

   — Veja só, ela sobreviveu! — ribombou a Cobra Eremita.

   — Sim, sim! — exclamou Beladona, entusiasmada. — Sobreviveu à primeira dose! A mais decisiva de todas. — Seus três olhos faiscavam.

   Haru fitou as cobras gigantes e percebeu, na periferia da visão, a presença de incontáveis vultos sinuosas nas margens do salão.

   — Esperei tanto por esse momento — continuou a naja. — Watanabi Haru, é você quem eu queria.

   Cansada, a filha da Névoa fechou os olhos, repousando o rosto sobre o chão frio daquela caverna.



Considerações:

Haru
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t2857-f-haru
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t1347-c-j-haru#9821
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