A noite era fria o bastante para fazer qualquer um ali, não acostumado com temperaturas baixas, bater o queixo e tremer. Entretanto, tudo aquilo passaria com o raiar do Sol firme sobre o País das Ondas.

Iniciava-se o momento de partirem em missão. Os jovens, da equipe de investigação, tinham que se dirigir até a principal cidade no País alvo das forças expedicionárias ninjas. A manhã de Sol brindou os presentes com seu esplendor e a coroa daquela estrela passava a ideia do poder necessário para reverterem aquela situação calamitosa.

A cidade, no centro do país, era grande o bastante para que todos os envolvidos naquela missão (de investigação) entendessem as razões de se tratar do maior grupo. As mentes mais primitivas poderiam questionar os métodos de um ancião com absurda experiência em táticas de batalha, mas qualquer resquício de inteligência faria com que qualquer um entendesse o plano.

Quanto menos fossem expostos, maior seria a chance de sucesso. Não era possível saber quem era de confiança dentro e fora da equipe ou em qualquer ponto daquele evento, cabendo aos ninjas buscarem a melhor forma de indicarem soluções aos seus parceiros que se infiltrariam na Vila Oculta da Ondas.

Como já lhes tinha sido relatado, a investigação poderia começar por alguns pontos específicos de informação, a saber: a feira da cidade, a prisão, o hospital geral, a biblioteca e a loja do herbologista. Eram cinco pontos para que toda aquela equipe improvisada pudesse agir e descobrir informações úteis para os parceiros distantes.

Considerações:

O mundo é deveras cômico, mas a piada está na raça humana.

H.P. Lovecraft


Aquele local era relativamente avançado apesar de suas caricatas casas de madeira, com dutos de esgotos que normalmente escoavam os dejetos para o mar perto ao porto, no entanto, naquele fatídico dia, a única coisa que tracejada pelas sarjetas e esgotos imundos era o sangue dos habitantes e guardas locais, despejados como quaisquer outro dejeto humano.

O sol preguiçosamente aquecia as areias do mar, fustigados apenas pelas nuvens brancas, um dia lindo para sorrir, assar carne e quem sabe se embriagar ao som de alguma lira musical, porém, aquele não era um dia para festejos ou gracejos, a carne a ser queimada era a de pessoas comuns e soldados que acreditavam em um bem maior, os sorrisos dado pelos guardas comuns era de cansaço ao poder se despedir pela última vez de algum ente querido desenterrado dos escombros, e a unica lira musical que podia ser escutada eram os gritos de desespero de mães ao remover os pedaços de seus amados das colunas de corpos.

As nuvens novamente cobriram o sol, marchando aos poucos sobre aqueles dois grupos de humanos com ideologias tão diferentes, mas que dentro de seus seres percorriam a única e verdadeira certeza, eles precisavam se vingar.

O primeiro movimento começou pelo senhor dos ossos, de suas mãos arqueadas para frente jaziam pequenos pontos que romperam a carne e a pele disparando pequenos ossos que avançaram com a ferocidade contra o grupo, seu objetivo era claro, matar tudo o que a o sol tocasse.

Ao mesmo tempo os inimigos, armados com suas kunais lançaram na direção do grupo kunais com tarjas explosivas, não se sabe ao certo quais delas teve o azar ou sorte de acertar justamente o pequeno fragmento de osso disparado contra eles, e somente precisou disso para que uma reação em cadeia gerasse mais explosões, a onda de choque e o ar aquecido distorceu mesmo que pouco a trajetória de tais armamentos balísticos ósseos, fazendo com que estes se perdessem sobre a areia como pequenos fragmentos de meteoritos.

O segundo a agir diante de tais ameaças foi o mestre das ilusões, seus passos avançaram a dez metros de distância do grupo de defesa, articulou suas mãos e imbuiu sobre as areias douradas da praia a geração de uma fumaça inebriante. O primeiro a cair em desespero foi os guardas da frente. Murmurando palavras sem sentidos e gritando desesperados, os demônios gerados pelo passado transtornado de tais humanos, recitando sobre eles, mantras infernais e de pavorosos espantos noturnos, visões das quais nenhum humano deveria ver, rasgando os ventres de sua mente e trazendo sobre si visões de um passado sombrio.

Dentro do Kurama, seu demônio ria intensamente, saboreando-se com as mortes e desgraças.

— Não se preocupem, estamos encobertos pelo nevoeiro, quando nos aproximarmos poderemos finalmente ataca-los… aguentem homens.— Disse o ninja que estava mais atras.

Tais palavras não projetavam a realidade, quando a princesa Hyuuga fez seu movimento, o manto de água que ocultava tais ninjas se desfez, não que ela precisasse, disso, seus olhos quase divinos lhe dotava do domínio completo do campo, mas isso era para auxiliar aqueles que não tinham total capacidade de vê-los, ela prontamente armou os aprisionando a fileira da frente inimiga com o jutsu estomacal do sapo aprisionando assim os inimigos mais fracos. A detonação automática ocorreu pelo fato de que a sanidade deles havia passado de um limite mínimo.

Sobrou agora apenas os mais fortes inimigos que estavam agora descobertos pela fumaça, os dois mestres de agua aproveitando-se da distância imediatamente pôs a fazer selos de mãos, em marcha todos deram passos à frente dessa vez ficando a cerca de vinte metros de distância dos quatro combatentes.

Caso os usuários de Taijutsu se aproximasse eles usariam do espelho de água para defletir o ataque inimigo, enquanto os mestres elementais futons se preparavam para com os selos de mãos já prontos para atacar com um jutsu de larga escala futon, o intuito era claro, eliminar as peças que eles julgavam mais fortes do tabuleiro.

Ao mesmo tempo o Yamanaka mais ao fundo agora precipitava suas mãos na direção de qualquer um que fosse acertado pelas técnicas de futon e caísse para poder então lançar sobre eles o controle mental.

Abaixo da terra o jovem o jovem aburame nunca havia conseguido realmente alcançar tais distâncias visto o limite de deslocamento, no entanto, isso não tirou seu merito, e nem sua capacidade, assim quando os ninjas se aproximaram um pouco mais, dois deles os mestres em futon acabaram por cair nas armadilhas geradas abaixo da terra, ceifando suas vidas em uma vala rasa

Iori, havia sido o unico a avançar contra tais ninjas e o movimento de seu aliado lhe permitiu que ele pudesse fazer um ataque aereo, visto que tudo corria ao mesmo tempo que estes mesmos ninjas eram surpreendidos por tais armadilhas, quando caiu de sobressalto atraido pela gravidade, os outros ninjas, ja percebendo que não teriam quaisquer chance de continuar a lutar, ativaram os detonadores em seus peitos com o intuito de levar o jovem ninja com ele, a detonação havia sido longe demais para causar-lhe dano direto, apesar de te-lo empurrado para longe.

Seu corpo estava ferido com pequenos estilhaços das armas inimigas, nada que fosse realmente preocupante, no entanto, cabe ressaltar que pela quantidade grotesca de explosões simultaneas seu corpo foi tingido por jatos de sangue e visceras de tais inimigos, dando a ele um aspecto ainda mais bestial e demoniaco.

Afinal o mundo era uma comédia mas a verdadeira piada, era a humanidade.

Haru continuou sua busca incessante atraves de qualquer coisa que pudesse ajudar, e de fato ela conseguiu encontrar, apesar de não ser o que procurava, relaxantes musculares, ataduras e outros itens que poderiam ajudar aos feridos e cansados de batalha, alem de um mapa desgastado que poderia ajudar na navegação para fora daquela ilha maldita.

Considerações: